Ficha Técnica:
Autor: Caragh M. O'Brien
Páginas: 369 (Kindle Edition)
Editor: Roaring Book Press
ASIN: B003GWX8TO
Sinopse:
IN THE ENCLAVE, YOUR SCARS SET YOU APART, and the newly born will change the future.
In the future, in a world baked dry by the harsh sun, there are those who live inside the walled Enclave and those, like sixteen-year-old Gaia Stone, who live outside. Following in her mother's footsteps Gaia has become a midwife, delivering babies in the world outside the wall and handing a quota over to be "advanced" into the privileged society of the Enclave. Gaia has always believed this is her duty, until the night her mother and father are arrested by the very people they so loyally serve. Now Gaia is forced to question everything she has been taught, but her choice is simple: enter the world of the Enclave to rescue her parents, or die trying.
A stunning adventure brought to life by a memorable heroine, this dystopian debut will have readers racing all the way to the dramatic finish.
In the future, in a world baked dry by the harsh sun, there are those who live inside the walled Enclave and those, like sixteen-year-old Gaia Stone, who live outside. Following in her mother's footsteps Gaia has become a midwife, delivering babies in the world outside the wall and handing a quota over to be "advanced" into the privileged society of the Enclave. Gaia has always believed this is her duty, until the night her mother and father are arrested by the very people they so loyally serve. Now Gaia is forced to question everything she has been taught, but her choice is simple: enter the world of the Enclave to rescue her parents, or die trying.
A stunning adventure brought to life by a memorable heroine, this dystopian debut will have readers racing all the way to the dramatic finish.
Opinião:
Neste livro ficamos a conhecer Gaia, uma parteira de apenas de 16 anos que tem como função entregar as três primeiras crianças nascidas em cada mês ao Enclave. Ao início Gaia está mais que satisfeita com o seu papel, afinal sempre lhe disseram e mostraram que as crianças estavam melhor no Enclave do que fora dele, pois do lado de fora da muralha não há regalias e a vida é dura. No entanto tudo muda após o rapto dos seus pais.
Apesar de se verificar um desenvolvimento grande a nível da personagem, esta deixa de ser uma rapariga passiva e submissa para passar a ser alguém que sabe o que quer e luta por isso, esta não me deixou convencida. Senti que faltava profundidade na personagem. A sua transformação foi, a meu ver, muito repentina. Apesar de gostar da Gaia mais activa achei que esta sua atitude não estava muito de acordo com a sensação que a personagem me transmitia. Além disso Gaia esconde-se constantemente atrás da sua cicatriz, negando a quem gosta dela o prazer de gostar dela, pois está constantemente a rebaixar-se.
Leon é um caso completamente diferente. Gostei deste personagem, mas mais uma vez achei-o muito superficial. Penso que a relação e a atracção que ele desenvolve por Gaia surgem do nada. Não achei que houvesse momentos ou acontecimentos entre os dois que causassem a ligação que acaba por se formar entre os dois. Principalmente da parte do Leon, pois a Gaia sente por ele uma espécie de atracção física mais do que outra coisa. A nível de personagens secundárias estas estão relativamente bem conseguidas, e achei que algumas delas tiveram um melhor desempenho do que as personagens principais. Tenho desde já a dizer que o Protectorat e o Mabrother Iris são algo assustadores. Principalmente o segundo, devido a toda a calma e lógica que empregam enquanto são ruins como as cobras.
Outro ponto que me desapontam foi a capacidade descritiva da autora, para mim houve aqui uma falha imensa. Não consegui ao longo de toda a narrativa construir uma imagem mental muito nítida da paisagem dentro e fora do Enclave. Via tudo como que através do nevoeiro, e se há coisa que eu detesto é não conseguir apoiar-me nas descrições dos autores para visualizar o ambiente em que se desenrola a acção.
O que mais gostei no livro e a explicação do que aconteceu e do porquê da entrega das crianças. Bem como o motivo pelo qual a mãe da Gaia foi presa. Gostei que estivesse relacionado com a situação do inbreeding e o acumular de genes recessivos levando à morte de muitos dos bebés e dos adultos. Aqui o verdadeiro problema é a hemofilia. Vê-se que a autora percebe daquilo que está a falar e que tem o cuidado de explicar as coisas de forma a que toda a gente as consiga perceber.
No geral foi uma leitura agradável, mas que não marcou. Irei ler o próximo porque tenho curiosidade em saber o que vai acontecer aos personagens, e tenho esperança de que a minha relação com eles melhore.
Apesar de se verificar um desenvolvimento grande a nível da personagem, esta deixa de ser uma rapariga passiva e submissa para passar a ser alguém que sabe o que quer e luta por isso, esta não me deixou convencida. Senti que faltava profundidade na personagem. A sua transformação foi, a meu ver, muito repentina. Apesar de gostar da Gaia mais activa achei que esta sua atitude não estava muito de acordo com a sensação que a personagem me transmitia. Além disso Gaia esconde-se constantemente atrás da sua cicatriz, negando a quem gosta dela o prazer de gostar dela, pois está constantemente a rebaixar-se.
Leon é um caso completamente diferente. Gostei deste personagem, mas mais uma vez achei-o muito superficial. Penso que a relação e a atracção que ele desenvolve por Gaia surgem do nada. Não achei que houvesse momentos ou acontecimentos entre os dois que causassem a ligação que acaba por se formar entre os dois. Principalmente da parte do Leon, pois a Gaia sente por ele uma espécie de atracção física mais do que outra coisa. A nível de personagens secundárias estas estão relativamente bem conseguidas, e achei que algumas delas tiveram um melhor desempenho do que as personagens principais. Tenho desde já a dizer que o Protectorat e o Mabrother Iris são algo assustadores. Principalmente o segundo, devido a toda a calma e lógica que empregam enquanto são ruins como as cobras.
Outro ponto que me desapontam foi a capacidade descritiva da autora, para mim houve aqui uma falha imensa. Não consegui ao longo de toda a narrativa construir uma imagem mental muito nítida da paisagem dentro e fora do Enclave. Via tudo como que através do nevoeiro, e se há coisa que eu detesto é não conseguir apoiar-me nas descrições dos autores para visualizar o ambiente em que se desenrola a acção.
O que mais gostei no livro e a explicação do que aconteceu e do porquê da entrega das crianças. Bem como o motivo pelo qual a mãe da Gaia foi presa. Gostei que estivesse relacionado com a situação do inbreeding e o acumular de genes recessivos levando à morte de muitos dos bebés e dos adultos. Aqui o verdadeiro problema é a hemofilia. Vê-se que a autora percebe daquilo que está a falar e que tem o cuidado de explicar as coisas de forma a que toda a gente as consiga perceber.
No geral foi uma leitura agradável, mas que não marcou. Irei ler o próximo porque tenho curiosidade em saber o que vai acontecer aos personagens, e tenho esperança de que a minha relação com eles melhore.
Sem comentários:
Enviar um comentário