Ficha Técnica:
Autor: Dashiell Hammett
Título Original: The Thin Man
Páginas: 248
Editor: Porto Editora
ISBN: 9789720072214
Tradutor: Susana Silva
Sinopse:
Publicado originalmente em folhetins em 1934, O Homem Sombra é o último romance de Dashiell Hammett, e a passagem ao cinema e à televisão, com enorme êxito, desta história e das suas sequelas tornará famoso o casal de investigadores Nick e Nora Charles.
Uma secretária é assassinada e o suspeito é o seu patrão, famoso e rico investigador científico e antigo cliente de Nick, que desaparece.
Uma intrincada teia de mentiras, traições e assassínios vai envolver Nick, um famoso detective particular de origem grega, agora homem de negócios e algo alcoólico, que aceita uma investigação na qual os personagens marcantes são mulheres: belas, vingativas, manipuladoras. Mas a ironia e o humor acompanham também esta intriga em que Hammett mantém o mistério e o suspense sempre presentes, com a escrita seca, precisa e realista que o tornou um dos grandes mestres do romance policial moderno.
Opinião:
É difícil não gostas deste livro. Basicamente tudo nos encanta, desde as personagens, à história, e as reacções que desperta no leitor.
A nível de personagens é impossível não nos deixarmos cativar por Nick e Nora. Nota-se que ambos são de uma inteligência estrema, no entanto apesar de Nick ser visto como o cérebro por quem os conhece Nora é também bastante perspicaz e ajuda Nick a perceber e interpretar determinadas situações e acontecimentos. Além disso gostei do facto de serem personagens um pouco fora do normal. Os policiais que tenho lido, nas sua maioria lida com personagens completamente morais ou então que tiveram algum trauma que os influência. Aqui Nora e Nick não têm um trauma, mas também não são de uma moral incorrupta. Gostam de fazer jogos mentais com os outros personagens, além de que são praticamente bêbedos por escolha própria.
Os outros personagens também não deixam de ter o seu charme. Todos aqueles que ficamos a conhecer intimamente são completamente alucinados e desequilibrados, transmitindo a toda a narrativa um ambiente de incerteza e estranheza. Além deste ambiente, o autor consegue transmitir magistralmente o ambiente e o modo de vida das pessoas durante o tempo da Lei Seca (fiquei sem perceber como é que eles conseguiam arranjar aquelas quantidades astronómicas de álcool).
Dúvidas em relação à mestria do autor não há nenhumas. Nunca na minha vida eu iria conseguir perceber o que se estava a passar se ele mo tivesse esfregado na cara. Era impossível ter adivinhado quem o assassino e como é que tudo se estava a passar. O autor não dá pistas e não deixa transparecer nada. Toda a gente parece inocente ou culpada até que o autor aponta o dedo e diga: É ele. Nessa altura o único pensamento que passa pela mente (pelo menos pela minha) é: Mas que raio, como é que ele conseguiu perceber isto?
Um policial que merece ser lido.
A nível de personagens é impossível não nos deixarmos cativar por Nick e Nora. Nota-se que ambos são de uma inteligência estrema, no entanto apesar de Nick ser visto como o cérebro por quem os conhece Nora é também bastante perspicaz e ajuda Nick a perceber e interpretar determinadas situações e acontecimentos. Além disso gostei do facto de serem personagens um pouco fora do normal. Os policiais que tenho lido, nas sua maioria lida com personagens completamente morais ou então que tiveram algum trauma que os influência. Aqui Nora e Nick não têm um trauma, mas também não são de uma moral incorrupta. Gostam de fazer jogos mentais com os outros personagens, além de que são praticamente bêbedos por escolha própria.
Os outros personagens também não deixam de ter o seu charme. Todos aqueles que ficamos a conhecer intimamente são completamente alucinados e desequilibrados, transmitindo a toda a narrativa um ambiente de incerteza e estranheza. Além deste ambiente, o autor consegue transmitir magistralmente o ambiente e o modo de vida das pessoas durante o tempo da Lei Seca (fiquei sem perceber como é que eles conseguiam arranjar aquelas quantidades astronómicas de álcool).
Dúvidas em relação à mestria do autor não há nenhumas. Nunca na minha vida eu iria conseguir perceber o que se estava a passar se ele mo tivesse esfregado na cara. Era impossível ter adivinhado quem o assassino e como é que tudo se estava a passar. O autor não dá pistas e não deixa transparecer nada. Toda a gente parece inocente ou culpada até que o autor aponta o dedo e diga: É ele. Nessa altura o único pensamento que passa pela mente (pelo menos pela minha) é: Mas que raio, como é que ele conseguiu perceber isto?
Um policial que merece ser lido.
(Livro lido em parceria com o Segredo dos Livros)
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