Ficha Técnica:
Autor: Paul Hoffman
Título Original: The Beating of His Wings
Páginas: 456
Editor: Porto Editora
ISBN: 9789720046352
Tradutor: Elsa T. S. Vieira
Sinopse:
«A tua alegria está em arrasar coisas… O que te alegra a alma é destruição e desolação.»
Thomas Cale anda a fugir da verdade. Desde que descobriu que o seu brutal treino militar tinha um objetivo - destruir o maior erro de Deus, a própria Humanidade - Cale é perseguido pelo mesmo homem que fez dele o Anjo da Morte: o papa Redentor Bosco.
Cale é um paradoxo: arrogante e inocente, generoso e desapiedado, temido e venerado por aqueles que o criaram, ele já deu inúmeras provas do seu enorme poder.
Mas agora Thomas Cale está fraco. A sua alma está a morrer. Enquanto as convulsões lhe percorrem o corpo, sabe que o julgamento final não esperará por um rapaz doente. À medida que o Dia do Juízo se aproxima, a vingança de Cale leva-o ao coração das trevas - o Santuário - onde confrontará a pessoa que mais odeia no mundo. Por fim, Cale terá de admitir que é a encarnação da Ira de Deus e decidir se se erguerá contra o Santuário dos Redentores ou se usará as suas capacidades únicas para destruir todas as coisas.
O destino da Humanidade depende da decisão de Cale.
Opinião:
Depois de uma espera interminável pela terceira parte desta trilogia eis que ela finalmente nos chega. Aqui vemos o que aconteceu desde que Cale foi deixado no "manicómio" até à queda dos redentores. Tenho desde já a dizer que teria sido inteligente do autor fazer um pequeno apanhado do que aconteceu nos livros anteriores para que os seus leitores mais facilmente conseguissem seguir o curso dos acontecimentos. Outra situação que não posso deixar de frisar é o aparecimento da nota inicial e dos Apêndices. Sinceramente não percebi muito bem qual a essência daqueles textos e exactamente para que servem. Provavelmente está-me a falhar algo dos livros anteriores, ou alguma espécie de conhecimento livresco. Se alguém souber dar-me uma ideia do porquê destes textos eu agradeço.
Passando à história propriamente dita, dou graças por este livro não ter sido uma lavagem cerebral como o anterior. Enquanto que em As Quatro Últimas Coisas senti que o autor estava simplesmente a falar de religião e isso me irritou profundamente, neste livro o autor foca-se mais noutras paisagens. Assim sendo temos toda a situação da guerra iminente contra os redentores, guerra essa que leva a que muitos acontecimentos ocorram, mas que à qual não é dado muito destaque. Sendo esta relegada para segundo plano e servindo apenas como "desculpa" para matar determinados personagens e fazer aparecer outros. Basicamente, gostava de ter visto mais desta guerra.
O livro prima pelas relações entre os personagens. Pela maneira como eles se aceitam ou não, como interagem e as consequências daquilo que dizem ou fazem. Gostei de ver um Cale fraco, que apesar de uma sabedoria imensa em determinadas situações não deixa contudo de ser também um jovem de 15 anos que se preocupa com coisas como o amor e não percebe muito bem o que determinadas coisas querem dizer. Gostei de vê-lo a agir como um Anjo de Destruição não tanto a nível físico como distribuidor de porrada, mas através da sua astúcia e planificação.
Adorei ver as restantes personagens que têm vindo a acompanhar Cale, como o Henri Vago e o Kleist. principalmente o Henri Vago foi um personagem que cresceu, mas que se manteve sempre igual a si próprio. Adoro o humor que ocorre entre o Cale e o Henri Vago cada vez que se começam a atazanar um ao outro. Já o Kleist mudou bastante, mas o Cale dá-lhe uma saída inteligente. Gostei do que ele fez pelo amigo, mesmo que este não se tenha apercebido disso. No entanto tenho que confessar que fiquei chocada com o destino que o autor deu a alguns dos personagens. Simplesmente não era merecido ou era mau de mais para ser verdade.
No final do livro o autor conta-nos um pouco dos acontecimentos da sua vida, e isso leva a que me tenha sido possível fazer paralelismos entre alguns acontecimentos na história e acontecimentos da vida do autor. Foi engraçado estabelecer as correspondências. E fiquei a perceber melhor a paranóia do autora com a religião.
Foi um agradável final para esta trilogia. é uma trilogia que aconselho caso se consiga passar o trauma do segundo livro. Fiquei extremamente agradada por ter dado uma segunda oportunidade a este autor.
(Livro lido em parceria com o Segredo dos Livros)
Passando à história propriamente dita, dou graças por este livro não ter sido uma lavagem cerebral como o anterior. Enquanto que em As Quatro Últimas Coisas senti que o autor estava simplesmente a falar de religião e isso me irritou profundamente, neste livro o autor foca-se mais noutras paisagens. Assim sendo temos toda a situação da guerra iminente contra os redentores, guerra essa que leva a que muitos acontecimentos ocorram, mas que à qual não é dado muito destaque. Sendo esta relegada para segundo plano e servindo apenas como "desculpa" para matar determinados personagens e fazer aparecer outros. Basicamente, gostava de ter visto mais desta guerra.
O livro prima pelas relações entre os personagens. Pela maneira como eles se aceitam ou não, como interagem e as consequências daquilo que dizem ou fazem. Gostei de ver um Cale fraco, que apesar de uma sabedoria imensa em determinadas situações não deixa contudo de ser também um jovem de 15 anos que se preocupa com coisas como o amor e não percebe muito bem o que determinadas coisas querem dizer. Gostei de vê-lo a agir como um Anjo de Destruição não tanto a nível físico como distribuidor de porrada, mas através da sua astúcia e planificação.
Adorei ver as restantes personagens que têm vindo a acompanhar Cale, como o Henri Vago e o Kleist. principalmente o Henri Vago foi um personagem que cresceu, mas que se manteve sempre igual a si próprio. Adoro o humor que ocorre entre o Cale e o Henri Vago cada vez que se começam a atazanar um ao outro. Já o Kleist mudou bastante, mas o Cale dá-lhe uma saída inteligente. Gostei do que ele fez pelo amigo, mesmo que este não se tenha apercebido disso. No entanto tenho que confessar que fiquei chocada com o destino que o autor deu a alguns dos personagens. Simplesmente não era merecido ou era mau de mais para ser verdade.
No final do livro o autor conta-nos um pouco dos acontecimentos da sua vida, e isso leva a que me tenha sido possível fazer paralelismos entre alguns acontecimentos na história e acontecimentos da vida do autor. Foi engraçado estabelecer as correspondências. E fiquei a perceber melhor a paranóia do autora com a religião.
Foi um agradável final para esta trilogia. é uma trilogia que aconselho caso se consiga passar o trauma do segundo livro. Fiquei extremamente agradada por ter dado uma segunda oportunidade a este autor.
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