Autor: Catherine Doyle
Título Original: Vendetta
Páginas: 375
Editor: Individual Editora (Lápis Azul)
ISBN: 9789898730268
Tradutor: Filomena Aguiar de Vasconcelos
Sinopse:
As coisas não andam a correr lá muito bem para a jovem Sophie Gracewell. O pai está preso, a mãe trabalha dia e noite para conseguir sustentar a família, e ela própria tem que ajudar no restaurante da família. Para além da sua amiga Millie, não se passa grande coisa naquele pequeno subúrbio de Chicago onde vive. Mas tudo está prestes a mudar. A velha casa abandonada lá da rua está habitada pela primeira vez desde há imensos anos. A nova família é composta por cinco irmãos e, para Sophie e Millie, parece saída de um sonho. Quando dois dos irmãos vão até ao restaurante, ambas ficam caídas pelos rapazes e, de repente, o verão até parece mais luminoso. No entanto, nem tudo é o que aparenta ser. É que os dois bonitos rapazes são parte de um problema bem maior. São parte da família Falcone, bem conhecida pela sua má reputação e, pelos vistos, Sophie não é bem vinda à casa dos Falcone. Ela não consegue perceber o porquê, e a sua paixão pelo belo Nic faz com que não desista sem primeiro dar luta.
É garantido que o sangue vai jorrar e os corações se vão partir.
Opinião:
Vendetta de Catherine Doyle foi um dos poucos livros que comecei a ler, sem saber nada da história e sem ler sequer a sua sinopse. E a verdade, é que foi uma experiência interessante, já que este livro me cativou facilmente, o que se traduziu numa rápida leitura em que mal dava pelas páginas a voar.
A narrativa passa-se nos dias de hoje, em Cedar Hill, uma localidade nos arredores de Chicago, e apresenta um bom leque de ingredientes: humor, romance, mistério e uma curiosa dose de submundo do crime.
Vendetta conta-nos a história de Sophie, uma adolescente de dezasseis anos, que se encontra a passar uma fase complicada da sua vida. Com o pai preso por assassinato e com os habitantes da região a olhá-la de lado, excomungando-a como se fosse um pária, à excepção da sua melhor amiga Millie, Sophie faz os possíveis por seguir com a sua vida. Claro que, como qualquer história, esta tem o seu ponto de viragem, neste caso sob a forma de cinco novos moradores, todos irmãos e com sotaque italiano, que vão residir na famosa mansão com rumores de assombrada.
No decorrer dos capítulos, apercebemo-nos facilmente da presença de diversas peças soltas, que supomos de imediato, pertencerem a um puzzle mais vasto, que só a pouco e pouco começam a encaixar.
Gostei de todos aqueles momentos, envoltos numa aura misteriosa, que a autora criou, que me conseguiram sempre aguçar a curiosidade. Desde frascos de mel com fitas negras, a navalhas gravadas e símbolos de falcões, a personagens com atitudes suspeitas, enfim... Muitas foram as passagens que me puseram a cabecinha a magicar e tentar desvendar todas as incógnitas.
É também, no entanto, verdade que momentos houve simples de antecipar, apesar da existência de tantos outros capazes de surpreender.
Mesmo achando a história deste livro bem conseguida de um modo geral, penso que, um dos momentos chave, como a descoberta do segredo de Nico e família, por parte da protagonista, foi um pouco irreal. Um segredo daquele calibre, que faria qualquer pessoa fugir a sete pés, acabou por ter um efeito um pouco "leviano" em Sophie. Sim, mesmo após todas as suas palavras sensatas, as suas acções manifestaram o oposto, o que me pareceu pouco natural dadas as circunstâncias.
No que respeita ao romance, consegue-se descortinar as intenções da escritora ao sub-repticiamente, semear a dúvida no leitor. Existe a possibilidade de um desfecho óbvio e cliché, que confesso, não me desagradaria de todo, embora o que gostasse efectivamente de ver fosse uma escolha diferente, não tão evidente e que a meu ver teria boas pernas para andar. E tudo isto sem aqueles enfadonhos triângulos amorosos!
Apesar das dúvidas, lançadas ao longo da narrativa, terem sido gradualmente e satisfatoriamente respondidas, ficou a vontade de saber mais sobre este grupo de personagens e desenrolar de eventos, não me restando outra opção, se não aguardar, com alguma expectativa pela publicação do segundo livro da trilogia.
A narrativa passa-se nos dias de hoje, em Cedar Hill, uma localidade nos arredores de Chicago, e apresenta um bom leque de ingredientes: humor, romance, mistério e uma curiosa dose de submundo do crime.
Vendetta conta-nos a história de Sophie, uma adolescente de dezasseis anos, que se encontra a passar uma fase complicada da sua vida. Com o pai preso por assassinato e com os habitantes da região a olhá-la de lado, excomungando-a como se fosse um pária, à excepção da sua melhor amiga Millie, Sophie faz os possíveis por seguir com a sua vida. Claro que, como qualquer história, esta tem o seu ponto de viragem, neste caso sob a forma de cinco novos moradores, todos irmãos e com sotaque italiano, que vão residir na famosa mansão com rumores de assombrada.
No decorrer dos capítulos, apercebemo-nos facilmente da presença de diversas peças soltas, que supomos de imediato, pertencerem a um puzzle mais vasto, que só a pouco e pouco começam a encaixar.
Gostei de todos aqueles momentos, envoltos numa aura misteriosa, que a autora criou, que me conseguiram sempre aguçar a curiosidade. Desde frascos de mel com fitas negras, a navalhas gravadas e símbolos de falcões, a personagens com atitudes suspeitas, enfim... Muitas foram as passagens que me puseram a cabecinha a magicar e tentar desvendar todas as incógnitas.
É também, no entanto, verdade que momentos houve simples de antecipar, apesar da existência de tantos outros capazes de surpreender.
Mesmo achando a história deste livro bem conseguida de um modo geral, penso que, um dos momentos chave, como a descoberta do segredo de Nico e família, por parte da protagonista, foi um pouco irreal. Um segredo daquele calibre, que faria qualquer pessoa fugir a sete pés, acabou por ter um efeito um pouco "leviano" em Sophie. Sim, mesmo após todas as suas palavras sensatas, as suas acções manifestaram o oposto, o que me pareceu pouco natural dadas as circunstâncias.
No que respeita ao romance, consegue-se descortinar as intenções da escritora ao sub-repticiamente, semear a dúvida no leitor. Existe a possibilidade de um desfecho óbvio e cliché, que confesso, não me desagradaria de todo, embora o que gostasse efectivamente de ver fosse uma escolha diferente, não tão evidente e que a meu ver teria boas pernas para andar. E tudo isto sem aqueles enfadonhos triângulos amorosos!
Apesar das dúvidas, lançadas ao longo da narrativa, terem sido gradualmente e satisfatoriamente respondidas, ficou a vontade de saber mais sobre este grupo de personagens e desenrolar de eventos, não me restando outra opção, se não aguardar, com alguma expectativa pela publicação do segundo livro da trilogia.
(Livro gentilmente cedido para opinião pela Individual Editora)
parece ser um livro fantástico, não me importaria nada de o ter debaixo da minha árvore de natal :)
ResponderEliminarboas festas!!
Olá Daniela! A temática é porreira, é um livro que se lê muito bem e que proporciona bons momentos de leitura :)
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