sexta-feira, 1 de julho de 2016

Opinião - Um, Dó, Li, Tá

Ficha Técnica:
Autor: M. J. Arlidge
Título Original: Eeny Meeny
Páginas: 336
Editor: Topseller
ISBN: 9789898626783
Tradutor: Rui Azeredo

Sinopse:
DOIS REFÉNS. UMA BALA. UMA DECISÃO TERRÍVEL. SACRIFICARIA A SUA VIDA PELA DE OUTRA PESSOA?

Uma jovem rapariga surge dos bosques após sobreviver a um rapto aterrador. Cada mórbido pormenor da sua história é verdadeiro, apesar de incrível. Dias mais tarde é descoberta outra vítima que sobreviveu a um rapto semelhante.

As investigações conduzem a um padrão: há alguém a raptar pares de pessoas que depois são encarcerados e confrontados com uma escolha terrível: matar para sobreviver, ou ser morto.

À medida que mais situações vão surgindo, a detetive encarregada deste caso, Helen Grace, percebe que a chave para capturar este monstro imparável está nos sobreviventes. Mas a não ser que descubra rapidamente o assassino, mais inocentes irão morrer?

Um jogo perigoso e mortal num romance de estreia arrebatador e de arrasar os nervos, que lembra filmes como Saw, Enigma Mortal e A Conspiração da Aranha.

Opinião:
Tenho andado numa fase menos boa no que toca a leituras. A vontade de ler existe e ao mesmo tempo não existe, devido ao tempo reduzido e cansaço e à consequente vontade de não fazer nada. Por isso, e como me apetecia pegar em algo diferente do habitual, e ainda para mais o autor deste Um, Dó, Li, Tá ia estar presente na Feira do Livro de Lisboa deste ano, resolvi aventurar-me nesta leitura.

Não tenho grandes conhecimentos nesta área da literatura, já que ainda não tinha lido nenhum thriller/policial, destes que têm andado na berra, tendo-me apenas dedicado a policiais mais clássicos, estilo Agatha Christie. No entanto, daquilo que pude apreciar neste livro, parece-me um género interessante, com uma componente mais obscura e psicológica, que merece que lhe dedique mais tempo e atenção.

Gostei do que li, embora ache que teria apreciado melhor a leitura se tivesse estado num mood mais adequado. Gostei da forma como a história nos é contada, cheia de mistério, revelando informações e detalhes importantes de forma gradual, de modo a que possamos ir juntando as peças e construindo o puzzle. 
As próprias personagens também estão envoltas em sombras, pois pouco vamos sabendo delas, o que se por um lado nos aguça a curiosidade para saber mais e o porquê de agirem de determinado modo, por outro, não nos permite estabelecer uma ligação com as mesmas.

Para além disso, devo dizer que gostei muito de ler os capítulos soltos e misteriosos, que iam aparecendo aqui e ali, ao longo da narrativa. Capítulos esses claramente decorridos no passado e que só podem pertencer à mente doente do(a) assassino(a). Os capítulos pertencentes às vítimas, antes e depois do rapto, são também bastante vívidos e intensos, um verdadeiro relato de como pode ser rápida a degradação do ser humano e da sua humanidade.

Um, Dó, Li, Tá foi uma leitura que me agradou, algo sombria e com momentos surpreendentes, que facilmente cativa e mantém o leitor interessado. Uma leitura que imprime a vontade de ler M. J. Arlidge uma vez mais.

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