Ficha Técnica:
Autor: Marie Lu
Título Original: Legend
Páginas: 296
Editor: ASA
ISBN: 9789892325415
Tradutor: ?
Sinopse:
Outrora conhecida como a costa ocidental dos Estados Unidos, a República é agora uma nação em guerra permanente com as vizinhas, as Colónias.
Nascida numa família de elite num dos distritos mais abastados da República, June, aos quinze anos, é um prodígio militar. Obediente, entusiasmada e dedicada ao seu país, está a ser aperfeiçoada para fazer parte dos círculos mais elevados da República.
Nascido num dos bairros de lata do Setor Lake da República, Day, também com quinze anos, é o criminoso mais procurado da República. Mas talvez os seus motivos não sejam tão maliciosos quanto parecem.
Pertencendo a mundos muito diferentes, não há motivo algum para que os caminhos de June e Day se cruzem - até ao dia em que o irmão de June, Metias, é assassinado, e Day se torna o principal suspeito. Agora, apanhado no derradeiro jogo do gato e do rato, Day corre pela sobrevivência da sua família, enquanto June tenta desesperadamente vingar a morte do irmão.
Contudo, numa reviravolta chocante, os dois descobrem a verdade daquilo que verdadeiramente os levou a encontrarem-se, e a que ponto a nação de ambos está disposta a chegar para manter os seus segredos.
Repleto de ação imparável, suspense e romance, o fascinante primeiro romance de Marie Lu irá certamente comover e arrebatar os leitores.
Opinião:
Se, há um ou dois anos, a moda, na literatura fantástica, eram os vampiros, agora (e cada vez mais) a moda parece ser livros distópicos. A sorte está em encontrarmos um realmente bom, não só a nível de caracterização, mas também de worldbuilding e encadeamento de acontecimentos.
Neste livro, ficamos a conhecer June e Day, duas pessoas muito diferentes, mas ao mesmo tempo bastante iguais. June pertence à elite. É um dos soldados mais jovens da República, com um score perfeito no exame de 1500. Já Day é um delinquente, uma espécie de Robin Wood, que rouba aos ricos para dar aos pobres. O encontro com ele faz com que June aprenda coisas acerca de si mesma e da República que nunca pensou vir a descobrir.
De um modo geral, achei o livro agradável. As personagens estão bem caracterizadas. Tanto June como Day agem de acordo com aquilo em que acreditam, e ambos têm personalidades bastante distintas e que se complementam. Enquanto June tem um personalidade mais revoltada e descontrolada, Day é uma pessoa mais calma, que ajuda os outros e que põe a sua segurança sempre em último lugar. Não é muito normal vermos um criminoso como ele. Relativamente às personagens secundárias, houve umas de que vi muito pouco, mas achei que estavam bem conseguidas, como a Tess e o Metias, e houve outras que, apesar de ter visto muito delas, não me afectaram, como o Tomas. Fiquei um pouco desiludida com a autora, porque, apesar de tudo aquilo que descobrimos e depois de vermos o que realmente é a República, não conseguiu fazer-me odiar por completo este estado e as pessoas que o seguem. Não conseguiu fazer-me odiá-los ao ponto de os querer ver destinados à ruína.
Apesar disso, um dos pontos positivos é a carga emocional do livro. Principalmente o Day, que é um rapaz completamente sentimental, consegue descrever muito bem o que lhe vai na cabeça e no coração, deixando-nos sempre com um sorriso no canto da boca. Já June é mais contida nos seus sentimentos e, só mais para o fim, quando se começa a revoltar, é que temos vislumbres daquilo que sente. Fiquei apenas um pouco triste por não ter sentido a ligação entre June e Day a formar-se. Bem, a autora dá-nos uns momentos em que June olha para Day e vice-versa e se sentem fascinados um com o outro. Mas é mais a nível físico. A nível psicológico, achei que vimos muito pouco do tempo que passaram juntos (enquanto se apaixonavam) e, do pouco que vimos, foram coisas que senti não serem propriamente importantes para estabelecer uma relação. Não é que sinta que duas pessoas como eles não se podem apaixonar. Pelo contrário, compreendo perfeitamente o porquê de serem perfeitos um para o outro. Simplesmente, gostava de ter sentido isso a acontecer...
No geral, é um livro agradável e interessante, mas que não acho nada de extraordinário. Tem umas ideias e personagens engraçadas, mas não sinto que tenha trazido algo de novo. No entanto, vou aguardar pelo próximo.
Neste livro, ficamos a conhecer June e Day, duas pessoas muito diferentes, mas ao mesmo tempo bastante iguais. June pertence à elite. É um dos soldados mais jovens da República, com um score perfeito no exame de 1500. Já Day é um delinquente, uma espécie de Robin Wood, que rouba aos ricos para dar aos pobres. O encontro com ele faz com que June aprenda coisas acerca de si mesma e da República que nunca pensou vir a descobrir.
De um modo geral, achei o livro agradável. As personagens estão bem caracterizadas. Tanto June como Day agem de acordo com aquilo em que acreditam, e ambos têm personalidades bastante distintas e que se complementam. Enquanto June tem um personalidade mais revoltada e descontrolada, Day é uma pessoa mais calma, que ajuda os outros e que põe a sua segurança sempre em último lugar. Não é muito normal vermos um criminoso como ele. Relativamente às personagens secundárias, houve umas de que vi muito pouco, mas achei que estavam bem conseguidas, como a Tess e o Metias, e houve outras que, apesar de ter visto muito delas, não me afectaram, como o Tomas. Fiquei um pouco desiludida com a autora, porque, apesar de tudo aquilo que descobrimos e depois de vermos o que realmente é a República, não conseguiu fazer-me odiar por completo este estado e as pessoas que o seguem. Não conseguiu fazer-me odiá-los ao ponto de os querer ver destinados à ruína.
Apesar disso, um dos pontos positivos é a carga emocional do livro. Principalmente o Day, que é um rapaz completamente sentimental, consegue descrever muito bem o que lhe vai na cabeça e no coração, deixando-nos sempre com um sorriso no canto da boca. Já June é mais contida nos seus sentimentos e, só mais para o fim, quando se começa a revoltar, é que temos vislumbres daquilo que sente. Fiquei apenas um pouco triste por não ter sentido a ligação entre June e Day a formar-se. Bem, a autora dá-nos uns momentos em que June olha para Day e vice-versa e se sentem fascinados um com o outro. Mas é mais a nível físico. A nível psicológico, achei que vimos muito pouco do tempo que passaram juntos (enquanto se apaixonavam) e, do pouco que vimos, foram coisas que senti não serem propriamente importantes para estabelecer uma relação. Não é que sinta que duas pessoas como eles não se podem apaixonar. Pelo contrário, compreendo perfeitamente o porquê de serem perfeitos um para o outro. Simplesmente, gostava de ter sentido isso a acontecer...
No geral, é um livro agradável e interessante, mas que não acho nada de extraordinário. Tem umas ideias e personagens engraçadas, mas não sinto que tenha trazido algo de novo. No entanto, vou aguardar pelo próximo.
(Livro lido em parceria com o Segredo dos Livros)
Concordo com tua opinião.
ResponderEliminarLi este livro no inicio deste ano e, apesar de ter gostado, não achei que trouxesse nenhuma novidade a este género literário.
Beijinhos :)
Ao menos assim não me sinto a ovelha ranhosa x)
EliminarOlá Joana :)
ResponderEliminarantes de mais gostei de conhecer este teu espaço. Vou passar por aqui mais vezes ;)
Quanto ao Legend, li o ano passado e fiquei assim como tu... Apesar de gostar de distopias estou a começar a ficar um bocadinho farta... É mesmo como se costuma dizer, o que é demais enjoa.
Não acho que estes livros tragam nada de novo ao género, infelizmente. Já começa a ser tudo muito igual e não há nada que me agarre de novo :(
(já somos duas ovelhas ranhosas :p)
Beijinhos