domingo, 1 de dezembro de 2013

Opinião - The Ocean at the End of the Lane

Ficha Técnica:
Autor: Neil Gaiman
Páginas: 246 (kindle edition)
Editor: William Morrow
ISBN: 0062278592

Sinopse:
Sussex, England. A middle-aged man returns to his childhood home to attend a funeral. Although the house he lived in is long gone, he is drawn to the farm at the end of the road, where, when he was seven, he encountered a most remarkable girl, Lettie Hempstock, and her mother and grandmother. He hasn't thought of Lettie in decades, and yet as he sits by the pond (a pond that she'd claimed was an ocean) behind the ramshackle old farmhouse, the unremembered past comes flooding back. And it is a past too strange, too frightening, too dangerous to have happened to anyone, let alone a small boy.

Forty years earlier, a man committed suicide in a stolen car at this farm at the end of the road. Like a fuse on a firework, his death lit a touchpaper and resonated in unimaginable ways. The darkness was unleashed, something scary and thoroughly incomprehensible to a little boy. And Lettie—magical, comforting, wise beyond her years—promised to protect him, no matter what.

A groundbreaking work from a master, The Ocean at the End of the Lane is told with a rare understanding of all that makes us human, and shows the power of stories to reveal and shelter us from the darkness inside and out. It is a stirring, terrifying, and elegiac fable as delicate as a butterfly's wing and as menacing as a knife in the dark.

Opinião:
O que posso dizer? Sempre ouvi falar extremamente bem deste autor, e pensei: "Porque não?". Assim sendo fui adquirindo os seus livros, houve alguns que não me disseram grande coisa, houve outros que me cativaram eternamente, como Neverwhere e Deuses Americanos, sendo que a estes dois posso agora juntar também The Ocean at the End of the Lane.

Este é um daqueles livros que é difícil descrever. É um daqueles livros que para mim é quase impossível opinar. Este livro cativou-me de uma maneira que me senti a todo o momento completamente imersa na história, completamente maravilhada. Contudo o mais frustrante é mesmo o facto de não conseguir dizer exactamente o porquê. Vou tentar falar um pouco acerca do livro, no entanto aconselho também a que dêem uma vista de olhos na opinião do Patrick Rothfuss no Goodreads.

A história começa com o nosso personagem principal, já adulto, a recordar-se de tudo o que lhe aconteceu na quinta dos Hempstock quando era mais novo. E ao mesmo tempo que ele recorda nós passamos a vivenciar também esses acontecimentos. Se houve algo que me deixou completamente rendida foram as passagens que o autor faz entre diferentes situações. A melhor maneira de explicar é dando um exemplo: no final do livro o personagem abandona a quinta e conforme a vai abandonando vai se esquecendo dos acontecimentos. A maneira como Gaiman vai distorcendo a realidade até que o personagem volte ao desconhecimento está simplesmente soberba. Nem nós nos conseguimos aperceber do que está realmente a acontecer e a forma como o autor o faz parece tão natural, tão normal que não nos suscita qualquer estranheza. E esta técnica é algo que o autora vai utilizando ao longo da narrativa e que foi uma coisa que adorei. Além desta proeza, Gaiman escreve de uma maneira que parece que tudo o que acontece é completamente normal. A maneira como o personagem principal aceita todas as situações, a maneira com que as Hempstock lidam com as mesmas leva-nos a crer que aquilo é real, que poderia ser assim.

A história é também um misto de conceitos e ideias diferentes mas que o autor consegue incorporar numa única história. Ao longo de toda a história há várias "verdades", várias situações que nós vamos aprendendo com as nossas vivências e que vamos esquecendo, mas que aqui nos são relembradas de uma forma subtil e muito bem conseguida. Além disso, todo o contexto mais sombrio da narrativa dá um quê de fascinante à história.

Sinceramente não sei mais que dizer acerca do livro a não ser que este merece ser lido por toda a gente, pois é sem dúvida uma obra de arte.

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