quarta-feira, 30 de março de 2016

Opinião - Cross My Heart and Hope to Spy e Don't Judge a Girl by Her Cover

Ficha Técnica:
Autor: Ally Carter
Série: Gallagher Girls, #2 e #3
Páginas: 260 e 272
Editor: Disney Hyperion
ASIN: B002CQ28MS e B004H4XB6U

Sinopse:
Cross My Heart and Hope to Spy
After the excitement of the fall, all Cammie Morgan wants is peaceful semester at school. But that's easier said than done when you're a CIA legacy and go to the premier school in the world...for spies. Despite Cammie's best intentions, trouble crops up quickly. Cammie, Bex, and Liz learn that the Gallagher Academy is hosting guests from another spy school a school that is known to the world as the Ethan Frome Academy a secret spy school for boys. After her fiasco with Josh last fall, Cammie isn't sure she's ready for daily encounters with boy spies – especially after she meets Zach an incorrigible cutie who everyone thinks is just perfect. Cammie is right to be worried about their new guests. Soon after the boys' arrival, she's blamed for a series of security breaches that leave the school's top-secret status at risk. And the perfectly crushable Zach is her prime suspect. The Gallagher Girls will need to use all their skills to investigate the Frome Boys. Even though they're confident about their guy-spying (as if they haven't done it before!), the playing field is level this time, and the stakes for Cammie's heart—and her beloved school— are higher than ever.


Don't Judge a Girl by Her Cover
Here's the thing about covert operations: the really bad things always happen when you least expect them. The enemies don't give you a heads-up. And they never let you stop to put on comfortable shoes.

A spy-in-training, Cammie Morgan has a cover for every occasion. But what happens when she is forced to lose her cover to save her best friend, Macey? Cammie and her friends are determined to hunt down the group that threatens to tear their secret sisterhood apart. This time it's personal.

Opinião:
Visto que estive de férias decidi aproveitar para ler algumas séries que estivessem a meio e que fossem fáceis de terminar. Ao fim e ao cabo tenho séries por terminar que nunca mais acabam. Muitas delas desnecessariamente. Assim sendo decidi começar com esta série juvenil. Além de ser de fácil leitura, os livros são relativamente pequenos e a história e personagens são na realidade interessantes e bastante reais o que acaba por cativar o leitor, mesmo um leitor que já não é propriamente juvenil. Além disso adoro o que a autora fez com os títulos.

Depois da desgraça que foi o primeiro ano para Cammie e as suas amigas na escola de espias, estas estão de volta para mais um ano e muitas peripécias. Desta vez a Academia Gallagher recebe alunos de outra escola de espiões, alunos esses todos rapazes. Como devem calcular foi a loucura para a maior parte das raparigas que normalmente não tem a oportunidade de lidar com rapazes no dia-a-dia. Contudo para Cammie e as suas amigas algo parece deslocado relativamente a estes alunos, até porque alguém anda a tentar roubar informação importante da escola. As desconfianças recaem principalmente sobre Zach, um dos alunos que além de ser extremamente giro é também bastante misterioso e bom naquilo que faz.

No Don't Judge a Girl by Her Cover, Cammie está de férias com Macey quando alguém a tenta raptar. Cammie acaba por conseguir salvar Macey, colocando-se em risco e colocando em risco também a sua identidade. Este é um livro em que ficamos a conhecer um pouco melhor Macey e a sua personalidade. Tudo aquilo porque passa acaba por mostrar que a maior parte das facetas que mostra ao mundo são simplesmente máscaras e que essas máscaras são excelentes. Contudo é a verdadeira Macey que acaba por conquistar o leitor pela sua fragilidade e ao mesmo tempo pela sua força. Claro que no final nem tudo o que parece é, o que quer dizer que a seita que tentou raptar Macey se calhar não andava verdadeiramente atrás de Macey. Adivinha-se aqui um arco de história que irá abranger os próximos livros e que espero venha a ser cativante. De fazer referência ao Preston, um dork verdadeiramente amoroso e que espero venha a aparecer nos próximos livros.

No geral é fantástico ver como espias em treino, capazes de decifrar os códigos mais complexos, se tornam de certa forma taralhocas quando confrontadas com a simples tarefa de falar com um rapaz. Mas não é relativamente aos rapazes que isto acontece. A verdade é que a autora mantém um excelente equilíbrio entre o ser espia e ser uma rapariga de 16 anos que ainda está a descobrir o seu caminho no mundo. Que ainda tenta perceber de onde veio e como é que os acontecimentos do seu passado a condicionaram. E isto não se coloca só para Cammie. Bex, Liz e Macey também se colocam essas questões e tentam lidar com elas da melhor maneira que conseguem. É ver a sua humanidade e os seus problemas de miúdas de 16 anos tão reais e bem retratados que dá dimensão à narrativa. Claro que os mistérios apresentados também são interessantes e prendem o leitor à narrativa. Pergunto-me se cada livro continuará a ter o seu pequeno mistério agora que supostamente existe um mistério "maior" para desvendar.

segunda-feira, 28 de março de 2016

Opinião - The Sending

Ficha Técnica:
Autor: Isobelle Carmody
Série: The Obernewtyn Chronicles, #6
Páginas: 755
Editor: Penguin Group
ISBN: 9780143567479

Sinopse:
The time has come at last for Elspeth Gordie to leave the Land on her quest to find and stop the computermachine Sentinel from unleashing the deadly Balance of Terror arsenal. But before she can embark on her journey, she must find a lost key. And although she has long prepared for this day, nothing is as she anticipated.

Elspeth's search will take her where she never thought to go, and bestow upon her stranger companions athan any she ever imagined. It will lead her far from her destination to those she believed lost forever.

And it will test her, as she has never been tested before...

Opinião:
Quatro anos e meio? Só passaram quatro anos e meio? Parece quase impossível. Diria que muito mais tempo se tinha passado desde que li pela última vez Carmody. Tudo isto porque estava a seguir a edição Americana da série. Basicamente o 6º livro Australiano foi lançado em 2011, o que corresponde ao 7º e 8º Americano, mas na realidade nunca chegou a ser editado em paperback na América. Claro que depois de muita espera e confusão e desapontamento acabei por perceber o que se passava, quando isso aconteceu já o interesse tinha esmorecido um pouco e depois a edição Australiana do paperback custa tanto ou mais que um hardback, o que me levou a adiar constantemente a compra (ainda bem que entretanto o Bookdepository já envia livros da Austrália). O ano passado lá acabei por arranjar coragem para o comprar (Obrigada Rita *.*) e por isso aqui estou eu para dar a minha opinião.

Sou sincera, não me lembro de muito pormenores do que aconteceu nos livros anteriores. Na realidade recordo-me melhor do que aconteceu nos primeiros livros da série do que nos últimos, o que não deixa de ser um bocado frustrante porque a maior parte dos acontecimentos referenciados ao longo da narrativa são relativamente recentes o me fez sentir um pouco perdida. Houve várias alturas em que tinha uma vaga memória dos acontecimentos e personagens e apenas após várias referências é que conseguia criar uma imagem mais sólida daquilo que a autora pretendia que o leitor recordasse. Confesso que fiz também várias pesquisas na internet para me ajudar, principalmente nas alturas em que quase dava em maluca (bem dita internet).

Isto tudo para dizer que não consigo contextualizar o momento em que o livro começa. Só sei que neste momento a Elspeth se encontra em Obernewtyn depois de uma série de peripécias, e que a maior parte dos personagens que conhecemos se encontram divididos pelos vários locais nos quais a narrativa já decorreu. Apesar de a Dragon continuar desaparecida as coisas a situação parece ser minimamente estável após as revoltas que existiram. Existem novos chefes "tribais" que são mais tolerantes e íntegros e começa a existir uma aceitação das pessoas normais pelos Misfits. Ao mesmo tempo a própria Elspeth sente-se mais segura no caminho que tem que percorrer e na sua relação com o Rushton.

O livro segue a um passo lento, e por isso a viagem final da Elspeth só começa mais tarde no livro, ou seja, dá para perceber que a autora anda ali um pouco a encher chouriços e a arrastar a narrativa, contudo isso não me irritou tanto como poderia acontecer porque a escrita da autora e as descrições que faz são suficientemente cativantes para contrariar o aborrecimento que poderia sentir. Além disso existem uma série de outros mistérios que vão aparecendo e que vão sendo apresentados e que deixam o leitor curioso. Nomeadamente existe um certo ser que durante a jornada de Elspeth alguns companheiros irão morrer e eu não posso deixar de me perguntar quem é que não vai sobreviver a esta viagem atribulada.

Várias pessoas acabam por se juntar a Elspeth durante a sua viagem. Algumas delas eu já esperava que acompanhassem, outras foram uma surpresa pois ou não estava à espera ou já não me lembrava que elas existissem. Os últimos companheiros a juntar-se a Elspeth na sua caminhada são algo inesperados e pergunto-me que papel mais hão-de ter além de guias. São seres peculiares e interessantes.

Houve uma ou outra coisa na narrativa que me chateou um pouco, apesar de o enrolanço não ter sido uma delas, a verdade é que houve alturas em que os acontecimentos pareciam algo forçados. O aparecimento da Dragon poderia ter sido mais composto. Achei tudo muito fácil de se resolver. Sempre que havia uma dúvida ou algo semelhante surgia uma resposta do nada através de uma visão no momento ou de uma visão anterior que não fazia sentido. Achei que basicamente todas as escolhas que os personagens poderiam ter efectuado lhes foram negadas visto que já tinham sido previstas e toda a gente já as conhecia. Onde raio está o livre arbítrio? 

Para finalizar não posso deixar de referir as vezes em que me senti comovida. Depois de tudo pelo que a Elspeth e o Rushton passaram mereciam ter tido um pouco mais de tempo. A dor da Elspeth é palpável e foram muitas as vezes que me comovi com a dor dela. Com a dor de abandonar todos aqueles que nos eram queridos e seguir numa viagem sem retorno e sem saber o que será o futuro.

Aguardo ansiosamente a oportunidade de ler o último livro, para saber como é que a história irá terminar.

sábado, 26 de março de 2016

Opinião - Forever With You

Ficha Técnica:
Autor: Jennifer L. Armentrout/J. Lynn
Série: Wait For You, #5
Páginas: 384
Editor: Avon
ASIN: B00RTM6KBK

Sinopse:
In the irresistibly sexy series from #1 New York Times bestselling author Jennifer L. Armentrout, two free spirits find their lives changed by a one-night stand…

Some things you just believe in, even if you've never experienced them. For Stephanie, that list includes love. It's out there. Somewhere. Eventually. Meanwhile she's got her job at the mixed martial arts training center and hot flings with gorgeous, temporary guys like Nick. Then a secret brings them closer, opening Steph's eyes to a future she never knew she wanted—until tragedy rips it away.

Nick's self-assured surface shields a past no one needs to know about. His mind-blowing connection with Steph changes all that. As fast as he's knocking down the walls that have kept him commitment-free, she's building them up again, determined to keep the hurt—and Nick—out. But he can't walk away. Not when she's the only one who's ever made him wish for forever . . .

Opinião:
Desta autora este foi o livro que mais gostei até ao momento. Foi o mais equilibrado, com uma situação ligeiramente diferente do que estava à espera e com personagens que apesar dos seus problemas não cometiam erros estúpidos uns atrás dos outros.

A Steph e o Nick têm bastantes pontos em comum. Os mais notáveis são o facto de não terem inclinação para relações sérias, cada um pelos seus motivos, e o facto de terem personalidades bastante frontais. Cada um diz aquilo que está a pensar no momento, seja bom ou mau, constrangedor ou não. Nenhum dos dois se esconde por trás de mentiras, assim sendo cada um sabe sempre exactamente o que o outro pensa. Foi refrescante apanhar um casal que não tem propriamente segredos um do outro, segredos esses que podem vir a danificar a relação. A Steph não tem nenhum trauma e o Nick também não tem o tem, propriamente. Assim sendo são mais as circunstâncias do presente que contribuem para os desentendimentos.

Cedo na história acontece algo à Steph que vai obrigar a que ambos fiquem juntos. Assim sendo durante grande parte do livro a Steph debate-se com o medo de que o Nick esteja com ela apenas por causa do que aconteceu e não porque goste realmente dela. Para o leitor é óbvio que ele está com ela também porque a adora, mas as dúvidas dela são normais e é fácil para o leitor compreendê-las e aceitá-las. Aquilo porque o Nick e a Steph passam não é algo fácil, mas fiquei contente que eles o ultrapassassem juntos após a primeira cabeçada.

Tanto a Steph como o Nick são personagens fantásticas. Foi adorável vê-los a apaixonarem-se após sentirem uma atracção física tão forte. Aos poucos vê-mos como o Nick pode ser carinhoso e como faz de tudo para alterar a sua maneira de estar e agir de modo a que possa estar com a Steph e tomar conta dela. Ao mesmo tempo Steph começa a perceber o que é estar apaixonada e começa a compreender melhor as atitudes de determinadas raparigas quando descobrem que ela é ex dos seus actuais namorados.

 Como não podia deixar de ser foi excitante ver novamente os outros personagens. No final até temos direito a ver o casamento da Avery e do Cam. O casal que mais aparece é o Reece e a Roxy, e é adorável vê-los sempre a picarem-se um ao outro. Uma vez mais menção honrosa para a Katie. Aquela rapariga é algo de genial! Com os seus poderes psíquicos ela parece acertar sempre na muche. É engraçado ver como cada vez mais as pessoas acreditam naquilo que ela prevê. Além disso com a sua maneira desbocada e directa de falar com as pessoas é ela que acaba por fazer com que Steph quebre, no bom sentido, para depois ser capaz de recuperar devidamente

Uma agradável surpresa, um livro que não estava à espera de gostar tanto como gostei. Tenho curiosidade para saber se o próximo livro será tão bom quanto este. Mas este ficou, sem dúvida, a ser um dos favoritos.

quinta-feira, 24 de março de 2016

Opinião - A Quinta dos Animais

Ficha Técnica:
Autor: Geroge Orwell
Título Original: Animal Farm: A Fairy Story
Páginas: 160
Editor: Antígona
ISBN: 9789726081975
Tradutor: Paulo Faria

Sinopse:
Esta nova tradução de Animal Farm recupera o título original, contrariamente às edições anteriores, que adoptaram os títulos panfletários O Porco Triunfante e - o mais conhecido - O Triunfo dos Porcos.

À primeira vista, este livro situa-se na linhagem dos contos de Esopo, de La Fontaine e de outros que nos encantaram a infância. Tal como os seus predecessores, Orwell escreveu uma fábula, uma história personificada por animais. Mas há nesta fábula algo de inquietante. Classicamente, atribuir aos animais os defeitos e os ridículos dos humanos, se servia para censurar a sociedade, servia igualmente para nos tranquilizar, pois ficavam colocados à distância, "no tempo em que os animais falavam", os vícios de todos nós e as sua funestas consequências. Em A Quinta dos Animais o enredo inverte-se. É a fábula merecida por uma época - a nossa época - em que são os homens e as mulheres a comportar-se como animais.

Opinião:
A Quinta dos Animais pretende ser uma representação do governo de Estaline. Sou sincera quando digo que esta representação em si me passa um pouco ao lado. História nunca foi o meu forte e por isso todos acontecimentos que se pode considerar serem de grande escala me passam algo ao lado. Eu sei, shame on me. De qualquer modo o livro tem pelo menos dois prefácios, uma nota do tradutor e pelo menos dois textos que em si ajudam a contextualizar a obra bem como as intenções do autor. Se por um lado considero que estes textos me ajudaram a perceber de onde é que veio o desejo de escrever esta fábula e as convicções de Orwell, por outro não precisava de nada disto para perceber a verdade que Orwell nos tenta mostrar.

Basicamente é-nos apresentada uma fábula em que os animais que vivem na quinta fartos de serem maltratados pelo homem e a após serem incitados pelo sonho de um porco sábio decidem rebelar-se contra os humanos. Assim sendo expulsam-nos da quinta e decidem que doravante serão os animais a tomar conta da quinta. São estabelecidas uma série de regras que todos os animais deverão cumprir. Como por exemplo a igualdade entre todos os animais. Claro que ao início é tudo muito bonito, mas aos poucos as coisas começam a mudar e é isso que se torna assustador.

Os porcos tomam conta de tudo e passam a dominar e escravizar os outros animais tal como o Sr. Reis o fazia. E é assustador ver como os animais o aceitam pois com certeza que antigamente as condições eram piores, pelos menos é o que os porcos dizem, pois eles têm sempre razão. Afinal são mais inteligentes. É realmente perturbador ver como os acontecimentos que vão ocorrendo na quinta podem ser tão facilmente transpostos para o dia-a-dia da humanidade. Como é fácil deixarmo-nos enganar por aquilo que acreditamos ser uma realidade melhor, sem nunca colocar nada em questão. Como é fácil esquecer como as coisas eram anteriormente e acreditar que as coisas anteriormente eram piores só porque nos dizem que neste momento estamos bem. Quando o ser humano se vê numa situação complicada, quão fácil é para um tirano depor um tirano e fazer-nos acreditar que a sua tirania é melhor. Tirania é tirania, não existe melhor ou pior.

Esta é uma fábula que todos devíamos ler. Por aquilo que representa, pelo quão bem escrita é. A Quinta dos Animais é um livro que se mantém actual a todos os níveis que interessa.

terça-feira, 22 de março de 2016

Opinião - Slightly Sinful

Ficha Técnica:
Autor: Mary Balogh
Série: Bedwyn Saga, #5
Páginas: 368
Editor: Dell
ASIN: B000FC1M2I

Sinopse:
Meet the Bedwyns—six brothers and sisters—men and women of passion and privilege, daring and sensuality....Enter their dazzling world of high society and breathtaking seduction...where each will seek love, fight temptation, and court scandal...and where Alleyne Bedwyn, the passionate middle son, is cut off from his past—only to find his future with a sinfully beautiful woman he will risk everything to love.

As the fires of war raged around him, Lord Alleyne Bedwyn was thrown from his horse and left for dead—only to awaken in the bedchamber of a ladies' brothel. Suddenly the dark, handsome diplomat has no memory of who he is or how he got there—yet of one thing he is certain: The angel who nurses him back to health is the woman he vows to make his own. But like him, Rachel York is not who she seems. A lovely young woman caught up in a desperate circumstance, she must devise a scheme to regain her stolen fortune. The dashing soldier she rescued from near-death could be her savior in disguise. There is just one condition: she must pose as his wife—a masquerade that will embroil them in a sinful scandal, where a man and a woman court impropriety with each daring step...with every taboo kiss that can turn passionate strangers into the truest of lovers.

Opinião:
Depois do final do livro anterior foi com alguma expectativa que aguardei este livro. Ao fim e ao cabo colocava-se a questão se quem aparece no final do livro é realmente o personagem que esperávamos. Tal como não podia deixar de ser é realmente ele, contudo o interessante é saber o que lhe aconteceu até aparecer no dia do casamento de Morgan.

A história de Alleyne passa-se basicamente ao mesmo tempo que a de Morgan, sendo que o final de ambas coincide a nível temporal e alguns acontecimentos se sobrepõem. Basicamente o que acontece é que o Alleyne perde a memória e acaba por ser resgatado pela Rachel e pelas suas amigas cortesãs. É na companhia destas e do sargento Strickland que Alleyne começa a melhorar dos seus ferimentos físicos, apesar de continuar a ser assombrado pelo facto de não se conseguir lembrar de quem é.

Durante este tempo ele acaba por desenvolver um carinho especial por Rachel, o que aliado ao facto de ter sido ela a sua salvadora leva a que este sugira um embuste. Ele irá fazer de conta que é marido de Rachel de modo a que ela possa aceder à sua herança e ajudar as suas amigas que foram privadas das suas poupanças graças ao homem com quem ela estava para casar.

A premissa já começa a ser um bocado grande repetitiva na medida em que nos deparamos constantemente com casamentos arranjados neste família, ainda por cima daquilo que me recordo não é a primeira vez que esta desculpa é usada de modo a alguém ter acesso a uma herança. Não fosse a personalidade cativante dos personagens e os livros começariam a tornar-se aborrecidos.

Sendo que Alleyne é um Bedwyn tem uma personalidade muito semelhante àquela que já conhecemos dos outros irmãos. Assim sendo Alleyne tem sempre uma resposta na ponta da língua, está constantemente a fazer piadas e neste caso em específico está constantemente a flirtar com as madames. Já Rachel é alguém que tem consciência dos seus atributos, mas não os usa como armas, sendo uma pessoa bastante terra-a-terra. Ao mesmo tempo Rachel é bastante fiel e tem um sentido de honra bastante elevado, tentando sempre compensar as suas amigas mesmo quando na realidade não teve culpa de nada. Ao mesmo tempo Rachel é alguém que não julga os outros pelas suas profissões ou a maneira como levam a sua vida, mas por aquilo que são realmente no seu interior.

Não posso deixar de referir as quatro cortesãs ou rameiras que são amigas da Rachel. Pessoas experimentadas da vida, que não têm papas na língua e que se protegem umas às outras venha quem vier. Apesar de terem assistido a muita coisa são mulheres com um coração mole que tiram grande prazer dos acontecimentos mais simples da vida e que acabam por encontrar a paz e o sentimento de pertença que sempre procuraram. E há que referir também o sargento Strickland, apesar de ser uma pessoa simples, diz as coisas mais acertadas nos momentos mais propícios. Na sua simplicidade e maneira singela de ver as coisas acaba por ter um maior entendimentos dos sentimentos das outras pessoas do que aquilo que se poderia adivinhar.

No geral foi um livro agradável para se passar o tempo. Aguardo pela possibilidade de ler o última volume.

domingo, 20 de março de 2016

Peek-a Book (Joana) - O Lago dos Sonhos





Ficha Técnica:
Autor: Juliet Marillier
Título Original: Dreamer's Pool
Páginas: 448
Editor: Planeta
ISBN: 9789896576288
Tradutor: Catarina F. Almeida

Sinopse:
Em troca de ajuda para escapar a um longo e injusto encarceramento, a amarga curandeira mágica Blackthorn jurou pôr de lado o seu desejo de vingança contra o homem que destruiu tudo o que lhe era querido. Seguida por um companheiro de clausura, um homem grande e silencioso chamado Grim, ela viaja para o norte, rumo a Dalriada. Aqui, viverá na orla de uma misteriosa floresta e terá de cumprir, durante sete anos, a promessa que fez ao seu libertador: aceder a todos os pedidos de socorro que lhe forem dirigidos.

Oran, príncipe herdeiro do trono de Dalriada, esperou com ansiedade a chegada da sua noiva, Lady Flidais. Conhece-a apenas por via de um retrato e da poética correspondência que trocaram entre si e que um dia o convenceu de que Flidais era o seu verdadeiro amor. Oran descobre, porém, que as cartas também mentem, pois, embora igual em aparência à imagem no retrato, a sua noiva vem a revelar-se uma mulher muito diferente da criatura sensível e sonhadora que escreveu aquelas cartas.

Nas vésperas do seu casamento, o príncipe não vê saída para a o seu dilema. Mas corre o rumor de que Blackthorn possui um dom extraordinário para a resolução de problemas espinhosos, e ele pede a sua ajuda. Para salvar Oran das suas insidiosas núpcias, Blackthorn e Grim vão precisar de todos os seus recursos: coragem, engenho, astúcia e talvez até um pouco de magia.

Opinião:
Antes de mais quero agradecer à Rita por me ter desafiado a ler este livro. Já há bastante tempo que não lia nada de Juliet. Ao mesmo tempo os livros mais recentes que li da autora eram YA, assim sendo podemos considerar que se passou mesmo muito tempo desde que li um livro para "adultos" desta autora. O que provavelmente explica o porquê de ter levado tanto tempo a pegar nele. De certa forma já me tinha esquecido do quão extraordinária é a escrita, os personagens e as histórias da autora.

Assim sendo é-nos apresentada Blackthorn, uma mulher sábia e curandeira, que se encontra presa nas masmorras de um tirano. A fazer-lhe companhia encontra-se Grim, um outro prisioneiro. Estes vão ser dois dos personagens principais desta história. O outro personagem será Oran, o príncipe e futuro Rei de Dalriada. O caminho destes personagens cruza-se pois Blackthorne faz uma promessa de viajar para Dalriada e aí permanecer durante sete anos a fazer o bem e a prestar ajuda a todos aqueles que precisem.

Houve vários aspectos no livro que me agradaram. A personalidade de Blackthorne foi uma delas. Blackthorne é uma pessoa bastante amargurada por causa do seu passado, que é conduzida pela vingança e que se deixa cegar por mentiras quando estas vão de encontro àquilo que ela espera, mesmo ela sabendo que aquilo que lhe estão a dizer não encaixa com aquilo que ela anteriormente sabia ser verdade. Ao mesmo tempo a Blackthorne é uma pessoa bastante independente que tenta ultrapassar as suas limitações, se bem que nem sempre da maneira mais inteligente. Quanto a Grim este é um completo mistério, descrito como um gigante com bastante força, a verdade é que Grim parece só querer um cantinho sossegado onde possa estar em paz e fazer as coisas que lhe trazem prazer. Grim parece ser um poço de calma e de um tipo de bondade bastante específico. É um pouco assustador pensar no que ele pode ter feito para estar aprisionado e aquilo de que é capaz quando se transforma e passa a ver tudo encarnado.

Quanto ao príncipe Oran, aqui tenho que fazer destacar um importante pormenor. Este livro foi lido metade em português e metade em inglês. Isto porque me disseram que a tradução era péssima, com brasileirismos e afins e eu queria ser capaz de testar esta situação por mim mesma. A realidade é que nem me apercebi assim tanto dos brasileirismos, talvez o megera mas pouco mais. Irritou-me um bocado o uso de palavras que de certeza que já ninguém usa. Com certeza que existem sinónimos mais comuns para aquilo que o tradutor queria. O leitor não é obrigado a andar com o dicionário atrás...

Mas para mim o pior foi mesmo a voz traduzida do príncipe Oran. Tendo em conta que este é um príncipe, o seu discurso é um pouco mais formal. Ainda por cima o príncipe Oran é diferente do normal na medida em que é um sonhador, e por causa disso um pouco ingénuo. Ora bem, ao ler os seus capítulos em português parecia que estava a ler os capítulos de um robô. O discurso não soava a natural, mas sim a forçado. Ao mesmo tempo parecia que o discurso era mecanizado e o príncipe um bocado totó. Eu só queria acreditar que o problema era da tradução, na minha mente era inconcebível a Juliet criar um personagem que fosse menos do que perfeito. E não é que tinha razão? Assim que passei para o original parecia que estava a ler a história contada por um personagem completamente diferente. Continua a existir um discurso régio, mas este não soa mecanizado e o príncipe já não parece tão totó.

Confesso que no fim fiquei bastante arrependida de ter lido o livro em português. Gostei bastante do livro, mas tenho a perfeita noção que teria gostado muito mais se o tivesse lido na íntegra na língua original.

Para finalizar tenho só que comentar que o mistério não era assim tão misterioso quanto isso. Basicamente existiram dois mistérios durante a história, um mais pequeno, que eu desvendei logo e bastante tempo antes de nos serem dadas todas as pistas, e um maior que acompanha a narrativa na sua totalidade. Também este desde o início foi fácil de adivinhar ou pelo menos ter uma desconfianças, e apenas uma, daquilo que deveria ter acontecido. Preferia que tivesse existido uma situação mais dúbia, de mais complexa percepção. Mas o defeito pode ser meu que já vou percebendo como é que a autora funciona.

Assim sendo aguardo ansiosamente pelo próximo, que irá ser lido em inglês. Estou bastante curiosa para saber o que aí vem e ao mesmo tempo saber qual a história do Grim.

Sunday's Quotes (133)

“We are all born mad. Some remain so.”― Samuel Beckett

sexta-feira, 18 de março de 2016

Opinião - Destined

Ficha Técnica:
Autor: Aprilynne Pike
Série: Wings, #4
Páginas: 371
Editor: HarperTeen
ASIN: B00655KG4O

Sinopse:
Destined delivers all the romance and action that fans expect as it brings Aprilynne Pike’s Wings series to a deeply satisfying conclusion.

Laurel used to think she was an ordinary girl from Crescent City, California. She never would have believed she was truly a faerie from a realm called Avalon.

Now Laurel must risk her life to save Avalon from destruction by Yuki—a rare and powerful Winter faerie—and troll-hunter Klea. But Laurel won’t have to fight alone; David and Tamani, two boys she loves in different ways, will be by her side, along with her best friend, Chelsea.

Readers of the Need and Graceling series will want to follow Laurel’s story from its beginning in Wings to its heart-stopping end in Destined.

Opinião:
E porque raras são as séries que não merecem ser acabadas decidi pegar neste pequenino de modo a poder arrumar mais uma série que já estaria pendurada à bastante tempo. Isto acontece porque essencialmente a editora decidiu que não iria publicar o último livro da colecção e como a série estava a ser lida em português acabou por ficar esquecida.

Confesso que ao início me custou um pouco entrar na história. Já li o livro anterior à algum tempo e os livros apesar de entreterem não são nada de especial e por isso a história não se encontrava muito clara na minha memória. Um pouco de pesquisa acabou por ajudar e a partir daí correu tudo melhor.

O livro continua essencialmente onde acaba o anterior e daí continua para as revelações e para a "guerra" final. Como não poderia deixar de ser houve alguns momentos mais tensos, outros em que a autora nos tenta assustar e pregar umas rasteiras, mas no geral nada de muito significante porque o livro também não é desse tipo.

Quanto aos personagens, mostram-se bastante fiéis àquilo que me recordo dos livros anteriores, com o Tamani a querer constantemente proteger a Laurel e ela a mostrar que é capaz de tomar conta de si sozinha. Gostei da atitude que ela teve no final. É preciso um tipo muito especial de coragem para se ser capaz de fazer o que ela fez, além de ser preciso confiarmos em nós próprios sem qualquer dúvida.

O David aqui tem um papel fundamental porque se não fosse ele a destruição seria massiva. Acaba por ser a humanidade de David que lhes dá a vantagem que precisam. Quanto à Chelsea, ela é simplesmente corajosa e alguém que se preocupa realmente com os outros. A maneira como ela apoia a Laurel e também o David sem pedir nada em troca acaba por nos deixar com um sorriso. E não poderia deixar de falar de Yuki, que no final tem uma mudança de atitude bastante repentina com uma fundamentação muito fraquinha. Sinceramente também não estava à espera de muito tendo em conta o tipo de história, por isso não me afectou por aí além.

A carta que aparece no final do livro é bastante comovente e deixou-me um peso no peito. Contudo acredito que tudo tenha acabado por correr pelo melhor.

Achei o livro um final adequado para esta tetralogia. Além de ter achado a tetralogia bastante bem conseguida tendo em conta o grupo alvo a que é dirigida. Mesmo o pessoal com mais experiência poderá passar bons momentos se for com uma mente aberta para a leitura e caso esteja à procura de uma leitura simples.

Opinião - Red Queen

Ficha Técnica:
Autor: Victoria Aveyard
Série: Red Queen, #1
Páginas: 383
Editor: Harper Teen
ISBN: 9780062310637

Sinopse:
This is a world divided by blood – red or silver.
The Reds are commoners, ruled by a Silver elite in possession of god-like superpowers. And to Mare Barrow, a seventeen-year-old Red girl from the poverty-stricken Stilts, it seems like nothing will ever change.
That is, until she finds herself working in the Silver Palace. Here, surrounded by the people she hates the most, Mare discovers that, despite her red blood, she possesses a deadly power of her own. One that threatens to destroy the balance of power.
Fearful of Mare’s potential, the Silvers hide her in plain view, declaring her a long-lost Silver princess, now engaged to a Silver prince. Despite knowing that one misstep would mean her death, Mare works silently to help the Red Guard, a militant resistance group, and bring down the Silver regime.
But this is a world of betrayal and lies, and Mare has entered a dangerous dance – Reds against Silvers, prince against prince, and Mare against her own heart...

Opinião:
Red Queen foi o livro escolhido como desafio de leitura de Março, do meu frasquinho de desafios literários, de onde saiu um papelinho que indicava que, este mês, teria de ler "Um livro em inglês". 
Andava com vontade de ler este Red Queen desde que saiu e este mês, dadas as circunstâncias, não me podia escapar.

Já tinha ideia de que se tratava de uma obra que iria certamente gostar, no entanto, devo confessar que não esperava ter gostado assim tanto.
Não é, de todo, uma daquelas clássicas histórias de fantasia Young Adult que tanto se publicam por aí, com adolescentes meio tolos que tendem a meter "a pata na poça" e que se focam mais em romances do que na história em si.
Aqui temos uma protagonista forte, Mare Barrow, uma rapariga de 17 anos, ladra, de pés leves e seguros, astuta e dada a poucas confianças. Ela pertence aos vermelhos, o comum mortal de sangue vermelho, sem qualquer tipo de habilidade especial, a classe mais baixa deste mundo de aspecto pós-apocalíptico criado por Victoria Aveyard.
Este é um mundo um pouco cruel e injusto, em que os vermelhos vivem para servir os abastados e poderosos prateados: a outra casta de humanos desta história, possuidores de sangue prateado e dos mais diversos poderes, como por exemplo o domínio da água, do fogo, do ar, do metal, poderes psíquicos e até mesmo o poder de silenciar o poder de qualquer um, entre tantos outros mais.

Posto isto é fácil perceber porque é que os vermelhos se permitem a ser subjugados quase como escravos dos prateados. Não só são eles que têm mais dinheiro, tecnologia (mais electricidade, armas, veículos...), posição social, como ainda são possuidores de poderes especiais que os elevaram quase à categoria de Deuses intocáveis, mas nada benevolentes.
No entanto, fica logo bem patente para o leitor que, no fim de contas, este mundo não se divide apenas entre vermelho e prateado, também existe algo mais dúbio, uma mistura dos dois.

Red Queen é uma história bem construída, com um worldbuilding interessante e bem pensado, onde abundam as intrigas palacianas e as traições. E aproposito disso mesmo, aproveito para destacar uma citação do livro que diz muito desta obra: «Anyone can betray anyone».
Para além da temática ser totalmente do meu agrado, houve algo neste livro que me deu um gosto especial observar: a atenção dada ao pormenor por parte desta jovem escritora, tornando tudo mais real. Um bom exemplo disso é o facto de um prateado não corar ou ficar com as faces afogueadas com o calor, devido ao facto do seu sangue não ser vermelho. São detalhes como este que dão mais brilho e credibilidade à história, tudo tem a sua lógica e é-nos explicado ou narrado de forma conveniente.

As personagens também estão bem conseguidas (gostei muito da Mare, da sua personalidade e astúcia) e parece que temos vilões e quiçá semi-vilões bem interessantes (aquela Rainha Elara ainda deve dar muito que falar). 

Os capítulos finais foram bem intensos, o que quer dizer muito num livro que me prendeu sempre a atenção e não teve momentos parados. Capítulos esses onde a autora nos brindou com várias reviravoltas, apesar de uma ou outra se deixarem adivinhar, ou pelo menos desconfiar que podiam vir a acontecer, mesmo não sendo óbvios. 

No entanto, apesar de ter adorado este livro, também é verdade que, em certos momentos, me fez lembrar Os Jogos da Fome. Apesar desse facto, está longe de ser uma cópia do que quer que seja e é uma história que vale por si mesma e que vale a pena ser lida. 


quarta-feira, 16 de março de 2016

Opinião - A Cidade do Fogo Celestial

Ficha Técnica:
Autor: Cassandra Clare
Série: Caçadores de Sombras, #6
Título Original: City of Heavenly Fire
Páginas: 576
Editor: Planeta
ISBN: 9789896575687
Tradutor: Mário Dias Correia

Sinopse:
Na deslumbrante e muito esperada conclusão da série Caçadores de Sombras, Clary e os amigos enfrentam a mais terrível expressão do Mal que alguma vez tiveram de combater: o irmão de Clary. Sebastian Morgenstern está ao ataque e volta Caçador de Sombras contra Caçador de Sombras. Com a ajuda da Taça Infernal, transforma Nefelins em criaturas saídas de um pesadelo, separando famílias e amantes enquanto engrossa as fileiras dos seus Ensombrados. Acossados, os Caçadores de Sombras refugiam-se em Idris… mas nem os poderes demoníacos de Alicante conseguem manter Sebastian à distância. E com os Nefelins encurralados em Idris, quem protegerá o mundo contra os demónios? Quando é desmascarada uma das maiores traições de toda a história dos Caçadores de Sombras, Clary, Jace, Isabelle, Simon e Alec são obrigados a fugir – ainda que a sua viagem os leve até ao coração dos reinos demoníacos, onde nunca nenhum Caçador de Sombras fora e de onde nenhum ser humano alguma vez regressara. Haverá amor sacrificado e vidas perdidas na terrível batalha pelo futuro do mundo neste empolgante final da clássica série de fantasia urbana Caçadores de Sombras.

Opinião:
E aqui estamos nós, ao fim de seis livros, a ver-mos a derrota definitiva dos vilões (ou não, só a próxima série o dirá).

E tal como desejado este livro é melhor que o anterior. A acção já se centra um pouco mais em tentar salvar o mundo e não propriamente na relação Jace e Clary. Se bem que mais para o final voltamos àquela situação onde eles arriscam tudo para salvar os amigos e já que ali estão aproveitam para salvar o mundo. Continuo a dizer que para mim isso não funciona e devia ser exactamente ao contrário.

Para não variar o pessoal da Clave são uns tapadinhos com a mania que são muito inteligentes e que sabem como é que o Sebastian pensa e o que vai fazer. Claro que acaba por lhes sair o tiro pela culatra e se não fossem os personagens já nossos conhecidos a coisa tinha corrido mesmo muito mal.

Neste livro Simon, Izy e Maia continuam a crescer e a desenvolver-se e a tomar diferentes contornos. Gostei da maior parte das coisas que a autora fez com eles, tirando o facto de o Simon ser sempre o desgraçado que tem que se sacrificar e o facto de a Maia estar tão apaixonada no livro anterior e de repente já não estar. Ainda por cima a coisa foi tão mal explicada que não tem ponta por onde se lhe pegue...

No final da série dos Instrumentos Mortais vemos uma Tessa e um Jem a reencontrarem-se e a finalmente ficarem juntos. E finalmente neste livro descobri como é que tal foi possível. Adorei ver a ligação que ambos têm para com a família Herondale e a família Carstairs, ao mesmo tempo que fiquei toda contente com a referência que é feita ao fantasma que salva toda a gente no instituto de Londres.

Contudo a maior surpresa foi sem dúvida a Emma. Adorei esta miúda. Cheia de energia, de força de vontade, coragem para dar e vender e um coração que sente mais do que aquilo que se poderia pensar. Adorei cada cena contada do ponto de vista dela e estou bastante curiosa para ver no que ela se tornou no livro que aí vem. Vejo nela as características que mais gosto e isso faz-me ter expectativas bastante elevadas para o próximo livro. Ao mesmo tempo tenho curiosidade em saber o que aconteceu aos seus pais, e espero que essa temática seja abordada no livro que aí vem.

Para finalizar não posso deixar de referenciar Sebastian. Se no livro anterior era fácil de ver a suas necessidade e desejo em ser aceite, neste livro essa faceta ainda é maior. O final deixou-me bastante triste pelo que poderia ter sido. Ao fim e ao cabo, o Sebastian não tinha propriamente culpa daquilo que era e só no final é que se apercebe disso e se tenta redimir.

Um livro que é um bom final para a história que a autora pretendia contar.

segunda-feira, 14 de março de 2016

Opinião - City of Lost Souls

Ficha Técnica:
Autor: Cassandra Clare
Série: Caçadores de Sombras, #5
Páginas: 546
Editor: Margaret K. McElderry
ASIN: B005O315ZW

Sinopse:
What price is too high to pay, even for love? When Jace and Clary meet again, Clary is horrified to discover that the demon Lilith’s magic has bound her beloved Jace together with her evil brother Sebastian, and that Jace has become a servant of evil. The Clave is out to destroy Sebastian, but there is no way to harm one boy without destroying the other. As Alec, Magnus, Simon, and Isabelle wheedle and bargain with Seelies, demons, and the merciless Iron Sisters to try to save Jace, Clary plays a dangerous game of her own. The price of losing is not just her own life, but Jace’s soul. She’s willing to do anything for Jace, but can she still trust him? Or is he truly lost?

Love. Blood. Betrayal. Revenge. Darkness threatens to claim the Shadowhunters in the harrowing fifth book of the Mortal Instruments series.

Opinião:
Visto que vai começar em breve uma nova série da autora achei que estaria mais que na hora de acabar esta série. Ao mesmo tempo o último livro foi o escolhido para um dos desafios deste mês, logo junta-se o útil ao agradável.

Achei este livro melhor que o anterior, apesar de ainda existir muita coisa que me irrita solenemente. Principalmente a necessidade que a autora tem de fazer toda a história girar em torno do romance entre a Clary e o Jace. Eu sei que eles são os personagens principais, mas gostava de os ver fazer alguma coisa em condições. A história deixa de ser acerca de um grupo de pessoas tentar salvar o mundo e passa a ser acerca de uma pessoa a tentar salvar o amor da sua vida. Se como bónus conseguirem parar o mau ainda bem. Para mim não é suposto isto ser assim, mas exactamente ao contrário. Chega a uma altura em que se torna extremamente irritante o facto de a Clary não conseguir fazer mais nada a não ser suspirar pelo Jace e pensar nele e fazer tudo em prol dele.

Não posso também deixar de comentar que houve determinados acontecimentos que foram introduzidos só para encher chouriços. Havia alturas em que a direcção que os personagens seguiam não fazia sentido nenhum. Ainda por cima após chegarem a essa conclusão percebia-se que aquilo não teve impacto nenhum para a história nem servia para os personagens chegarem a nenhuma conclusão.

Não fossem as personagens secundárias e estaria tudo arruinado. A que mais destaco é sem dúvida Maia. Achei-a bastante bem construída. Foi uma pessoa que cresceu depressa, mas que é bastante capaz, sabe onde estão as suas lealdades e a maneira correcta de agir de modo a tirar o maior partido de situações complicadas. O romance entre o Simon e a Izy desenvolve-se, mas não de uma maneira tão enjoativa como o da Clary e do Jace. É mais natural. Ao mesmo tempo ficamos a conhecer um pouco mais da Izy e o Simon ultrapassa as expectativas. Ele é obrigado a tornar-se um herói e fá-lo sem receios e sem voltar atrás.

É impossível não falar do Sebastian que é um personagem completamente doentio, mas pelo qual ao mesmo tempo é impossível não sentirmos alguma pena. Devido àquilo que é a verdade é que Sebastian procura conexão, aceitação e aquilo que acredita ser amor.

Por um lado gostei do livro, porque queria sempre saber o que ía acontecer a seguir e como é que eles se íam livrar de todas as trapalhadas. Por outro a vontade de saltar parágrafos foi grande sempre que a Clary se punha a discorrer sobre quanto amava o Jace e tudo o que faria para o salvar e blá blá blá. Ela tem a possibilidade de descobrir o que realmente o Sebastian quer, mas está-se sempre a esquecer disso e a tentar salvar o Jace. Gostava que ela tivesse um pouco mais de força de carácter. É agora esperar para ver se a coisa melhora no próximo livro.

domingo, 13 de março de 2016

Peek-a Book


Hey! Bem vindos à nova rubrica do blog! A ideia surgiu de uma rubrica que vi no Bookeater/Booklover e no Chaise Long com o nome de A Rainha Manda. Nesta rubrica cada bloguer escolhia um livro para a outra ler durante um mês, tendo que responder a várias questões predefinidas.

Aqui a ideia é um pouco diferente, sendo que o Peek-a Book só se irá realizar de três em três meses e não será necessário responder a questões predefinidas. A ideia é, basicamente, eu e a Rita nos incentivarmos a ler livros que estão na nossa lista. Livros que gostamos e que pretendemos saber a opinião da outra, ou livros que até temos curiosidade em ler e que gostávamos de saber a opinião de alguém em quem "confiamos". Também pode funcionar como um incentivo a ler livros ou séries que ficaram a meio e que achamos que merecem ser finalizadas.

E porquê Peek-a Book? É suposto ser um trocadilho entre Peek (espreitar) e Pick (escolher). Basicamente a ideia é dar-mos uma espreitadela na lista uma da outra e escolher o livro que achamos que naquele mês merece ser lido.

A rubrica irá ter início este mês e da minha parte, Joana, o livro que escolhi para a Rita ler será o Orgulho e Preconceito. Escolhi este livro porque não só é um clássico como é um livro que adorei. A autora tem um humor requintado e as personagens bem como a história são fascinantes. Espero sinceramente que a Rita goste tanto deste livro como eu gostei, e claro que estou bastante curiosa para saber a sua opinião. ;)

E da minha parte, Rita, o livro que escolhi para a Joana ler foi O Lago dos Sonhos de Juliet Marillier. O porquê da escolha deste livro é simples, trata-se de uma escritora que ambas adoramos e quero muito saber o que a Joana acha desta nova série: Blackthorn e Grimm. Eu gostei muito, mas tive problemas com a tradução e por isso também quero saber o que ela vai achar :p


sábado, 12 de março de 2016

Novos na Estante (da Rita) #2 - Fevereiro de 2016


Olá a todos, bem-vindos a mais um Novos na Estante :)

Já venho um pouquinho atrasada, mas aqui seguem os novos habitantes da minha estante do mês de Fevereiro (que foram muitos, ai, ai):

Para começar falemos dos livros PT.
Os cinco exemplares da primeira fila, na primeira imagem, foram todos ofertas. O Porque Escolhi Viver de Yeonmi Park + O Último Adeus de Kate Moss foram ganhos num passatempo de Natal e tenho ouvido falar muito bem de ambos. P.S. Ainda te Amo de Jenny Han foi presente do dia dos Namorados e foi o único livro das aquisições do mês que já foi lido (podem ver a opinião aqui, mas adianto que gostei muito).
A Cidade do Fogo Celestial de Cassandra Clare foi um presente de Natal inesperado, que me deixou muito contente. Agora tenho a série completa :) E o Revelada das Cast foi oferta 2=3 do site da SdE, na compra de Bando de Corvos de Anne Bishop e Helena de Tróia (Vol.2) de Margaret George (eu bem disse que não dava nem mais 1 cêntimo por um livro da Casa da Noite. Agora só de oferta e porque sou teimosa e quero concluir esta maldita série).

O Saque do Palácio de Verão de José Frèches foi um livro que me deu particular gozo conseguir, pois não só o adquiri por bom preço, como há anos que não o via à venda e era o único que me faltava do autor.
Também fiquei muito satisfeita por ter conseguido mais dois livros da série das campas de Darynda Jones: Sétima Campa... Estava Vazia e Oitava Campa ao Anoitecer. O Grande Bazar e Outras Histórias de Peter V. Brett é um livro que já comprei atrasada, pois trata-se de um autor que adoro e já tenho saudades de ler.

Por último, dos livros em PT, chegou-me já no final do mês A Rapariga Dinamarquesa de David Ebershoff, ganho num passatempo no mês de Dezembro e que já achava que nunca iria receber. Felizmente enganei-me e chegou só uns meses atrasado.

Quanto aos livros em Inglês, também tenho alguns para mostrar...

The Mad Ship e Ship of Destiny de Robin Hobb, são os livros 2 e 3 da trilogia Liveship Traders e segundo ouvi dizer são excelentes! Ou não estaríamos a falar de Hobb.
The Shadow Queen de C.J. Redwine e A Thousand Nights de E.K.Johnston são dois retellings: o primeiro da Branca de Neve e o segundo do clássico das Mil e Uma Noites. Estou muito curiosa com ambos e o A Thousand Nights é lindo de morrer!

Por bom preço comprei ainda Hansel & Gretel de Neil Gaiman, Six of Crows de Leigh Bardugo (com as bordas das folhas pretas! *.*) e Night Broken de Patricia Briggs.

O Glass Sword de Victoria Aveyard foi comprado em pré-venda (tal como o da C.J. Redwine), veio autografado e será sem dúvida uma das minhas próximas leituras, já que, de momento, me encontro a ler Red Queen, o primeiro livro da série e estou a gostar bastante. 

E pronto, pessoal, foram estes os estragos do mês de Fevereiro. Depois disto o mês de Março será bem mais contido.
E por aí, quais foram as novidades nas vossas estantes? Já leram ou querem ler algum destes livros Contem tudo, que por aqui gostamos de saber :)

Boas leituras!


quarta-feira, 9 de março de 2016

Opinião - Something More

Ficha Técnica:
Autor: Mia Castile
Páginas: 148
Editor: Entwined
ASIN: B00A9HJ60Y

Sinopse:
All she wanted was a fresh start. Moving to Chicago for college, escaping her small town, Nyla finally felt she had it all. Then Jameson is suddenly everywhere, invading her life, school schedule, and dating her supervisor at the posh art gallery where she works. How can she survive her fresh start, when her high school bully is everywhere.

The only thing that scared him about going to college was the crushing fear that he wouldn’t see Nyla anymore. So after graduation, Jameson applied to Roosevelt College, her school, to try to make sense of why he felt that way. Hoping it would only take a semester to understand his strange attraction and why he tormented her during high school, instead he realized that there was something more about Nyla, and something more to the way he felt. Now he must prove to her that she feels the same way about him.

Opinião:
E como o livro anterior não me encheu as medidas decidi arriscar com uma autora nova. Confesso que não estou anda arrependida. Este é um livro bastante pequenino, o que poderia levar a que determinados acontecimentos parecessem forçados e súbitos, contudo tal não acontece.

Basicamente Nyla e Jameson passaram grande parte da sua adolescência juntos,isto porque as suas irmãs são melhores amigas, estando sempre juntas e sempre acompanhas pelos seus irmãos mais novos. Entretanto as coisas mudam e Jameson acaba por começar a afastar-se de Nyla e a fazer-lhe a vida num inferno. É fácil de perceber o porquê de Jameson ter esta atitude. Ele é um rapaz que se apercebe que se está a apaixonar por uma rapariga e a única maneira que tem de lidar com a situação e mostrar que não sente nada por ela é fazer-lhe a vida num inferno. Não é propriamente a ideia mais brilhante que se possa ter, mas a verdade é que acredito que tal coisa aconteça e a autora fundamentou bastante bem as interacções entre os personagens. Gostei principalmente do facto de em determinados pontos a autora ir mostrando diversas cenas do passado e como é que estas os afectaram.

Como será óbvio entretanto Jameson apercebe-se que se calhar a brincadeira foi longe de mais e que está na hora de mudar de atitude porque na realidade ele não quer perder a Nyla. Daí ele ir atrás dela para o colégio fazendo com que esta se assuste como o raio e passe a andar constantemente com pezinhos de lã. Apesar de a amizade dos dois parecer que se desenvolve rapidamente a verdade é que passam meses entre as diferentes cenas que a autora conta, o que deixa o leitor percebeu que durante esse tempo existiram várias interacções menores que levaram a que existisse uma determinada quantidade de confiança e aceitação pela parte da Nyla para com o Jameson. Um dos impedimentos à relação de ambos não é só o passado atribulado em comum, mas também o interesse amoroso de Nyla, o Ethan. É fácil perceber que as coisas não vão acabar bem porque apesar de ela se sentir confortável com ela a verdade é que ele não faz com que ela tenha borboletas no estômago. Gostei de como a autora lidou com esta situação. Achei que foi madura e coerente com a história.

Também gostei do crescimento que vi da parte do Jameson e da Nyla. Ambos crescem consideravelmente durante a narrativa, principalmente o Jameson. Gostei de ver como ele acaba por se tornar num homenzinho capaz de fazer a Nyla feliz. Gostei principalmente das últimas cenas do livro. A cena em que o Jameson entrega à Nyla a sua prenda de Natal é simplesmente enternecedora bem como a cena mesmo final final.

Assim sendo este foi um livro de que gostei bastante e que esteve de acordo com as minhas expectativas. Esta será uma autora para referência futura.

segunda-feira, 7 de março de 2016

Opinião - Dizzy

Ficha Técnica:
Autor: Nyrae Dawn e Jolene Perry
Páginas: 287
Editor: Next Door Books
ASIN: B00A8PD6C6

Sinopse:
Dylan doesn’t do relationships. He and his older brother watched their dad go through hell and back, so they made a pact years ago—no girl would come between the Gibson boys. But his brother sells out. He's getting married anyway. To the sister of a chick Dylan met at a party, who's probably the angriest girl he's ever met. Unfortunately, she happens to be hot, too.

Ziah’s life is upside down—her safe boyfriend turns out to be not-so-safe, and now her sister is getting married before college is over to the older brother of a spoiled, party boy who drives her crazy. And also makes her heart beat too fast.

There’s no denying the attraction, but there's also no denying how much they irritate each other. When they’re thrown together as forced wedding planners, they find an ally in each other--neither wants this wedding to happen.

But instead of putting a stop to the crazy nuptials they find themselves at fittings and cake testing. And maybe even…a few dates? Dizzy is a novel about what happens when two people who are determined not to fall in love, maybe do anyway. Maybe.

Opinião:
Após a longa de leitura que foi Jordan nada melhor para espairecer e relaxar do que um livro com uma história simples e fofa. Assim sendo decidi pegar neste livro visto ser de duas autoras que já li e das quais até gosto. Infelizmente desta vez o livro ficou bastante aquém das minhas expectativas.

Lendo a sinopse este livro tem tudo para funcionar. Duas pessoas que se detestaram à primeira vista serem forçadas a trabalhar em conjuntos para organizarem um casamento só pode dar disparate e muitas peripécias. A verdade é que não aconteceu.

Nada neste livro me cativou, os personagens e o desenvolvimento da sua relação, a história, a maneira como a temática foi abordada, tudo deixou a desejar, Não conseguir sentir qualquer tipo de empatia para com os personagens principais. Apesar de terem o tipo de personalidade que por norma me atraia, a verdade é que desta vez tal não foi suficiente. Além disso os seus problemas e motivos para serem contra o casamento não estavam bem construídos, não pareciam credíveis. Não que não o sejam. A questão aqui é que as autoras não souberam trabalhar correctamente as situações e o impacto que estas tiveram na vida dos personagens. Achei tudo muito exagerado e mal fundamentado.

A maneira como a relação entre os personagens evolui também não me disse nada. Não achei que tivesse um ritmo natural. Tão depressa se detestam como de repente estão a partilhar segredos porque ele não gosta de ver uma rapariga chorar. Really? Até pode ser verdade, mas ele poderia fazê-lo com uma atitude mais contrariada e depois começar a aperceber-se que realmente gosta dela e da sua personalidade. A verdade é que em nenhum momento senti aquele click, aquele momento em que existe uma conexão entre os personagens. Não sentir que houvesse algo em Dylan qye a Ziah apreciasse realmente, sendo o reverso verdade.

Os personagens secundários também não foram nada de especial. Compreendo que estivessem no seu ninho de amor, mas daí a serem completamente cegos para os problemas dos outros principalmente quando supostamente são famílias tão chegadas? Para mim não existem explicação ou fundamente possível.

Basicamente este foi um livro muito fraquinho que me deixou bastante decepcionada. As únicas cenas interessantes foram as iniciais, principalmente a primeira, em que a Ziah e o Dylan se conhecem e acabam os dois quase à cabeçada. De resto não houve mais momentos interessantes e controversos para animarem a narrativa.

De salientar também que existe um caso de traição no livro, bastante óbvio desde que acontece e que eu detesto e repugno mesmo esse tipo de situações. Principalmente quando a vítima tudo perdoa e continua amiga de quem a prejudicou e magoou. Para mim esse tipo de coisas não pega.

Assim sendo foi um livro que me deixou algo frustrada porque a intenção era que me deixasse satisfeita e com uma sensação de conforto o que não aconteceu.

domingo, 6 de março de 2016

sábado, 5 de março de 2016

Opinião - Lord of Chaos

Ficha Técnica:
Autor: Robert Jordan
Série: Wheel of Time, #06
Páginas: 1011
Editor: Thor
ASIN: 0812513754

Sinopse:
n this sequel to the phenomenalNew York Times bestseller The Fires of Heaven, we plunge again into Robert Jordan's extraordinarily rich, totally unforgettable world: On the slopes of Shayol Ghul, the Myrddraal swords are forged, and the sky is not the sky of this world; In Salidar the White Tower in exile prepares an embassy to Caemlyn, where Rand Al'Thor, the Dragon Reborn, holds the throne--and where an unexpected visitor may change the world.... In Emond's Field, Perrin Goldeneyes, Lord of the Two Rivers, feels the pull of ta'veren to ta'veren and prepares to march.... Morgase of Caemlyn finds a most unexpected, and quite unwelcome, ally....And south lies Illian, where Sammael holds sway....

Opinião:
27. 27 dias foi o tempo que levei a ler este livro. Não me recordo de ter levado mais que uma semana  a ler livros deste tamanho desde à bastante tempo para cá. 27 dias. Neste momento ainda fico em choque de cada vez que me lembro de quanto tempo levei para conseguir terminar este livro. E o que mais me assusta é o facto de me lembrar perfeitamente que adorei os anteriores.

Antes de mais não posso deixar de confessar que um dos maiores problemas que tive com esta leitura foi o facto de ter lido o livro anterior à cerca de 6 anos atrás. Não me recordava de praticamente nada da história nem dos personagens e as suas relações. Neste momento existem algumas relações e personagens das quais já me lembro, mas no geral ainda se encontra tudo muito vago. E isto dito após 1011pág. Lembro-me de como as coisas funcionam para as personagens principais (após muita pesquisa), mas existem muitas personagens secundárias que contribuem para a história e das quais não tenho recordações do que estão lá a fazer. Ao mesmo tempo tenho grandes problemas com os Forsaken. São mais que as mães e estou sempre a perder-lhes o fio à meada. Principalmente porque sou péssima com nomes...

Tudo o descrito anteriormente serviu para que me custasse a entrar na história. Podemos ainda aí adicionar longas páginas de nada com coisa nenhuma. Com isto quero dizer que apenas nas últimas 400pág do livro é que aconteceu algo de interessante e relevante que me fez ficar agarrada à história e curiosa por saber o que vai acontecer a seguir. Outra coisa que me cansou solenemente foi as inúmeras descrições. Não que tenha problemas com descrições visto que estas são importantes, mas o autor passa a vida a descrever as mesmas características acerca dos diferentes personagens e chega a uma altura em que isso satura.

Para finalizar não consigo engolir a ideia de que três mulheres estão apaixonadas pela Rand e que ele as ame às três da mesma maneira... Tudo bem que ele é Ta'veren, mas acho a situação um bocado irreal e uma grandessíssima parvoeira da parte do autor. De qualquer modo tento não pensar muito nisso. Mais um ponto que me ia esquecendo, achei a maneira como o autor escolheu para contar a história um pouco estranha e insatisfatória. Há alturas em que aparecem imensos capítulos sobre determinados personagens e o que lhes está a acontecer para de repente deixarem de fazer parte da narrativa e serem completamente esquecidos.

De qualquer modo o livro não foi só coisas más. No geral não me impressionou e provavelmente não leria mais nada do autor se não tivesse os livros cá por casa, mas não posso negar de que realmente gostei das últimas 400pág e que adoro a Nynaeve e a Egwene. O Mat também não está nada mal, bem como a Siuan. Senti alguma falta da Moiraine, mas espero que ela apareça brevemente. Custa-me a acreditar que ela esteja realmente morta.

Eventualmente não vou voltar a pegar em Jordan tão cedo. Conto ler pelo menos mais um livro dele este ano, mas não deverá ser assim tão cedo. Só espero que as coisas melhorem.

quarta-feira, 2 de março de 2016

Opinião - P.S. Ainda Te Amo

Ficha Técnica:
Autor: Jenny Han
Título Original: P.S. I Still Love You
Série: A Todos os Rapazes que Amei, #2
Páginas: 272
Editor: Topseller
ISBN: 9789898800770
Tradutor: Leonilda Santana

Sinopse:
Lara Jean sempre teve uma vida amorosa muito atribulada, pelo menos na sua imaginação. Ela jamais imaginou que as cartas que escreveu a despedir-se dos rapazes por quem se apaixonou, mas a quem nunca teve coragem de confessar o seu amor, chegassem às mãos dos seus destinatários. E por causa disso meteu-se numa grande confusão. Para escapar à vergonha, começou um namoro a fingir com o Peter Kavinsky.
Lara nunca esperou apaixonar-se a sério pelo Peter. E por isso está mais confusa do que nunca.
Agora, ela terá de aprender a estar num relacionamento que, pela primeira vez, não é a fingir. Porém, quando um outro rapaz do seu passado reaparece na sua vida, Lara percebe que também nutre por ele sentimentos mais profundos. Será possível uma rapariga estar apaixonada por dois rapazes ao mesmo tempo?
Uma história dedicada e encantadora, que nos mostra que o amor não é fácil, mas que é por isso mesmo que é tão fascinante apaixonarmo-nos.

Opinião:
Desde que li o livro anterior desta duologia, A Todos os Rapazes que Amei, que andava com vontade de ler a sua continuação e saber qual o derradeiro desfecho. Por isso, assim que soube que ia sair por cá em inícios de Fevereiro, não resisti em insinuar o quão adequado seria como presente de dia de S. Valentim *cof, cof* (Sim, adivinharam, fui bem sucedida :p )

Ao pegar neste P.S. Ainda te Amo, contava desfrutar, tal como da outra vez, de uma leitura ligeira, descontraída, reconfortante e amorosa e, felizmente, não me enganei. Obtive tudo isso e ainda diversos momentos divertidos graças à Kitty, a irmã mais nova da protagonista, que é uma espevitada adorável, mas terrível.

Neste livro, continuamos a acompanhar Lara Jean, agora namorada a sério de Peter Kavinsky, e todas as atribulações deste seu primeiro relacionamento amoroso, que não foram poucas. Vemo-la crescer e amadurecer com o passar das páginas, tornar-se mais firme com as suas escolhas, mesmo que isso lhe custe e venha a trazer algum sofrimento. Gostei de a ver menos dependente e menos na sombra de outras pessoas, a ficar um pouco mais como a sua irmã mais velha, Margot, mas sem perder a sua essência.
Também notei uma certa evolução no Peter: percebeu que não pode tomar ninguém como garantido, ao contrário do que estava habituado. No entanto, apesar de gostar do rapaz e achar que esteve bem em boa parte da obra, conseguiu irritar-me em alguns momentos por ser tão tapadinho e frouxo. 
Ainda no que toca a personagens, há uma que para mim se destaca e que até já havia mencionado: a Kitty. Ela é sem dúvida a personagem que mais gosto do livro, com apenas dez anos e toda a sua inocência, é sensata, astuta e matreira. Uma miúda de pulso firme que dá animação e um pouco de brilho à história.

Achei interessante a forma como a autora (re)introduz John McClaren na narrativa, trazendo-lhe alguma relevância, apesar de por alguns momentos, com o avançar da história, a ter questionado. Foi um personagem que gostei, mas que me pareceu um pouco mal aproveitado dadas as circunstâncias.

Tal como esperava, P.S. Ainda te Amo, foi um livro que me agarrou, fácil de gostar e de ler, um livro amoroso, excelente para desanuviar e proporcionar bons e relaxados momentos de leitura. Um livro de conforto, que nos deixa enternecidas e quentinhas por dentro.











Opinião livro 1: A Todos os Rapazes que Amei