quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Opinião - Perfection

Ficha Técnica:
Autor: R. L. Mathewson
Páginas: 276
Editor: Rerum Publishing House
ASIN: B005JL196Y

Sinopse:
Zoe is used to taking care of herself and has long ago accepted that if anything bad was going to happen, it was going to happen to her. So when she loses her job over something most bosses would probably be happy with and her life starts going down hill from there she doesn't expect it to get any better. She certainly didn't expect any help from the loud jerk next door, but then again she has nothing to lose so puts her trust in him and hopes for the best. What she didn't expect was the once in a lifetime opportunity that he offers her through an arrangement where they both benefit and no one is supposed to get hurt, but she should have known better because her luck has never been that good.

Like most Bradfords, Trevor has a soft spot for food, but that's about all. He leads a pretty straightforward life and likes to keep things simple and that includes his relationships. He wants the perfect woman and knows exactly what she'll be like. So when he discovers much to his horror that he's thinking about his frumpy little neighbor he decides the best way to get his head straight is by working her out of his system. He'll keep her around, but only until he finds perfection.

Opinião:
Desta vez ficamos a conhecer Trevor, um dos primos de Jason. Ao contrário de Jason que sempre teve uma vida relativamente fácil devido à sua sorte e à sua inteligência, Trevor sempre teve alguns problemas em ambas as áreas. Não que ele seja burro, o problema aqui passa mesmo por uma doença que afecta muita gente e os rouba da capacidade parcial ou total de fazer determinadas coisas. Zoe é alguém que também não teve muita sorte na vida. Sempre tomou conta de si própria e aprendeu desde cedo a não contar com ninguém a não ser consigo mesmo. Além do que tudo o que é azar lhe bate à porta.

É devido aos azares de Zoe que esta e Trevor acabam por se começar a dar e desenvolvem uma amizade. Apesar de Trevor estar constantemente a fazer a vida negra a Zoe quando percebe que algo não está bem dispõe-se a ajudá-la, nomeadamente arranja-lhe trabalho, o que lhe permite tornar-se novamente independente.

Foi engraçado ver como aos poucos Trevor se vai apaixonando por Zoe, mas parece determinado em não o admitir ou demonstrar. Isto tudo porque Zoe não corresponde à descrição exacta da mulher que Trevor quer para o resto da sua vida. Afinal ela não é elegante e não sabe cozinhar. Como é que é suposto uma mulher que não sabe cozinhar conseguir manter um Bradford satisfeito?

Claro que ao longo da narrativa existem várias peripécias com comida, e como não podia deixar de ser esta é uma vez mais utilizada como moeda de troca para que Zoe tenha o que quer de Trevor. Fiquei bastante satisfeita pela autora manter Jason e Jared tão perto de Trevor e dos leitores. Esta começa a mostrar-nos neste livro que para os Bradford a família é realmente importante. Isto tendo em conta a história de Trevor e do seu pai.

Uma vez mais este é um livro cheio de peripécias, muitas cenas quentes, bem como muitas cenas fofinhas. Não faltam Bradfords a meter-se em confusões por causa de comida e uns raptos e medidas extremas pelo meio. Mais uma leitura extremamente divertida e satisfatória.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Mini-Opinião - The Queen e The Prince

Ficha Técnica:
Autor: Kiera Cass
Páginas: 67
Editor:HarperTeen
ASIN:B00JZOVYNY

Sinopse:
Before America Singer's story began, another girl came to the palace to compete for the hand of a different prince….

Don't miss this digital original novella set in the captivating world of Kiera Cass's #1 New York Times bestselling Selection series. This prequel story takes place before the events of The Selection and is told from the point of view of Prince Maxon's mother, Amberly. Discover a whole new Selection with this inside look at how Maxon's parents met—and how an ordinary girl named Amberly became a beloved queen.

Opinião:
The Queen mostra-nos um pouco da selecção da Rainha Amberly, a mãe de Maxon. Gostei bastante desta personagem. Bastante calma e portadora de uma grande gentileza. É impossível ficar indiferente à personalidade de Amberly. Do pouco que vi do pai de Maxon pareceu-me ser uma pessoa correcta, que sabe o que quer e que tenta não se ir abaixo com todos os problemas que o rodeiam. Nomeadamente os que englobam os seus pais. Achei uma boa introdução à série.


Ficha Técnica:
Autor: Kiera Cass
Páginas: 128
Editor:HarperTeen
ASIN:B008O8I8KY

Sinopse:
Before thirty-five girls were chosen to compete in the Selection...

Before Aspen broke America's heart...

There was another girl in Prince Maxon's life...

Don't miss this thrilling 128-page original novella set in the world of the New York Times bestselling novel The Selection. Also features a teaser to The Elite, Kiera Cass's hotly anticipated sequel to The Selection.

Opinião:
Este conto provavelmente deveria ter sido lido depois do livro The Selection. Apesar de conter algumas cenas que se passam antes do livro a verdade é que também contem uma cena que se passa durante o livro. Assim sendo senti que alguma da novidade foi perdida, mas não posso dizer que me tenha arrependido de o ler. Foi também ele uma boa introdução a Maxon e à sua personalidade. Maxon tem muito da sua mãe, a Rainha Amberly. Principalmente a nível de bondade. Maxon simplesmente não consegue ser má pessoa. Gostei bastante deste pequeno conto e estou curiosa para conhecer America e ter acesso a esta cena do seu ponto de vista.

Opinião - Anya's Ghost

Ficha Técnica:
Autor: Vera Brosgol
Páginas: 224
Editor: First Second
ASIN: B00CNTSVA2

Sinopse:
Anya could really use a friend. But her new BFF isn’t kidding about the “Forever” part...

Of all the things Anya expected to find at the bottom of an old well, a new friend was not one of them. Especially not a new friend who’s been dead for a century.

Falling down a well is bad enough, but Anya’s normal life might actually be worse. She’s embarrassed by her family, self-conscious about her body, and she’s pretty much given up on fitting in at school. A new friend—even a ghost—is just what she needs.

Or so she thinks.

Spooky, sardonic, and secretly sincere, Anya’s Ghost is a wonderfully entertaining debut from author/artist Vera Brosgol.

Opinião:
Para os desafios deste mês decidi ler algo um pouco diferente. Assim sendo optei por esta BD sugerida pela p7 do Bookeater/Booklover. Como já referi anteriormente não sou nenhuma especialista em BD e por isso aquilo que considero ser uma boa BD para mim é mais à base do que gosto do que da real qualidade do trabalho.

Em Anya's Ghost ficamos a conhecer Anya, uma rapariga Russa que tal como muitos outros jovens está carregada de inseguranças e tormentos próprios de uma estudante do Secundário. Um dia Anya cai a um poço e lá descobre o fantasma de uma rapariga, fantasma este que acaba por a acompanhar quando finalmente Anya é salva. Ao início tudo parece correr de forma perfeita. Anya e Emily criam uma relação forte e vê-se ali uma verdadeira amizade. Contudo aos poucos as coisas começam a mudar e determinadas atitudes de Emily tornam-se assustadoras. Levando tanto Anya como o leitor a questionar o que é que realmente se passa.

De um modo geral gostei bastante da história que a autora nos apresenta. Cheia de acontecimentos e revelações desde o início até ao final. Gostei também dos temas abordados pela autora. Temas como a insegurança dos jovens sobre o seu papel no mundo, se há alguém que se preocupe e goste deles, se ter determinadas atitudes é vantajoso, visto assim serem reconhecidos apesar de acabarem por perder um pouco mais do eu que os caracteriza. Anya passa por várias destas questões, mas não é a única. Existem outros personagens, como o rapaz russo que acabou de chegar à América que é constantemente enxovalhado e gozado, bem como mal-tratado e que acaba por receber conforto pelo facto de perceber que não será sempre um estranho. Também a actual namorada da paizão de Anya se deixa encurralar pela situação em que se encontra e acaba por ser usada pelo seu namorado e submeter-se a determinadas humilhações só para não ficar sozinha.

No final o pensamento que permanece é que toda a gente tem os seus problemas. Nenhum é pior que outro, apenas diferentes. E ser jovem implica uma série de inseguranças e tragédias próprias da idade, que com o tempo vão perdendo importância.

Os desenhos em si são também apelativos. É fácil perceber o estado de espírito dos personagens mesmo sem falas, bastando para isso focarmo-nos nos desenhos que são apresentados.

domingo, 25 de outubro de 2015

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Opinião - Playing for Keeps

Ficha Técnica:
Autor: R. L. Mathewson
Páginas: 332
Editor: Rerum Publishing House
ASIN: B004YQBXIE

Sinopse:
Done with being the world's biggest pushover, Haley decides that things are going to change starting with the aggravating neighbor who has too much charm and not enough restraint. What she didn't expect was to sucked into his world, but Haley has a game plan and she won't let herself forget just what the bad boy next door is capable of.

The last thing Jason expected was for his little shy neighbor to go Rambo on him over some ruined flowers. After he decides to take her under his wing he can't help but that notice that she fits very nicely in his life. Now the only left is to convince her that this is anything but a game.

Opinião:
Esta é a história de Haley e Jason e é aqui que ficamos a saber o que significa ser um Bradford. E que diversão é conhecê-los!

A o início Haley é uma rapariga super querida e simpática, que não é capaz de dizer que não a quem quer que seja mesmo que isso a prejudique. É alguém que não gosta de confrontos e por isso acaba por se submeter a toda a gente acabando por ser espezinhada por todos. É aqui que entra Jason. Ele adora arreliá-la sempre na esperança de que ela acaba por se revoltar, o que não acontece durante bastante tempo, até ele decidir tocar nas flores do jardim dela. A partir daí está lançado o caos.

Gostei bastante de como a sua amizade teve início e de como esta foi evoluindo em algo mais. Achei super fofo o facto de ambos não conseguirem dormir sozinhos, e por isso estão constantemente a aparecer na casa um do outro para poderem dormir de forma confortável.

Se bem que o que torna este livro fenomenal é a personalidade dos homens da família Bradford. Se bem que este livro se foque em Jason são-nos apresentados outros Bradford, nomeadamente Jared, o pai de Jason. É impossível não ver as similaridades entre os homens da família visto que ambos são completamente alucinados por comida, andam à porrada por causa dela, parecem bebés grandes a fazer beicinho por causa dela e ainda conseguem ser banidos de restaurantes e estados devido a esta sua fixação por comida. É divertidíssimo ver Haley a usar as suas capacidades culinárias de modo a conseguir de Jason o que quer.

Mas não é só contra Jason que Haley aprende a fazer frente. Haley aprende também a fazer frente aos seus pais e restantes familiares de modo a escolher o seu caminho e ser feliz. Ao mesmo tempo Haley aprende também a impor-se perante os seus amigos que acabam por mostrar que não são assim tão amigos quanto isso. Cada vez que ela dizia que ia usar os Fists of Fury só me apetecia rir porque a autora descreve-a como alguém pequenino e fofinho e um ar um pouco nerd com os seus óculos sempre na ponta do nariz.

Como não podia deixar de ser houve complicações antes de o casal poder ficar junto, mas a maneira como eles resolveram os seus problemas foram hilariantes! Desde raptos, até chantagem emocional, é impossível ficar chateada com um Bradford principalmente quando eles nos conseguem fazer sentir que tudo o que aconteceu de mal foi culpa nossa mesmo que isso não seja verdade.

Fiquei bastante satisfeita com a minha escolha e espero sinceramente que os próximos livros sejam tão bons a entreter como este.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Opinião - A Escola do Bem e do Mal

Ficha Técnica:
Autor: Soman Chainani
Título Original: The School for Good and Evil
Páginas: 540
Editor: Individual Editora (Lápis Azul)
ISBN: 9789898730152
Tradutor: Luis Costa

Sinopse:
Estamos perante uma trilogia que desencadeia um mundo de fantasia novo e deslumbrante, onde as melhores amigas, Sophie e Agatha estão prestes a embarcar na aventura de uma vida.
Na Escola do Bem e do Mal, meninos e meninas são treinados para serem extraordinários bons ou maus, mas um subverter dos papéis assumidos das nossas heroínas, quando Agatha é "erroneamente" enviada para a escola do bem, e Sophie para a escola do mal, tudo é posto em causa, e se o erro é na verdade a primeira pista para descobrir quem Sophie e Agatha realmente são? Fantástica trilogia na qual a única saída para fugir das lendas sobre contos de fadas e histórias encantadas é viver intensamente uma delas.

Opinião:
A Escola do Bem e do Mal revelou-se uma leitura interessante. Confesso que não fui instantaneamente cativada pela história ou pelos personagens, possivelmente por já não pertencer ao público alvo, um público juvenil, mas a pouco e pouco dei por mim envolvida em toda a trama e com vontade de ler e saber mais e mais.

Inicialmente, esta aparentava ser uma história mais básica, com a clássica dicotomia Bem vs Mal, em que no primeiro encontramos príncipes e princesas, vestidos rosa e beleza, e no segundo bruxas e outros que tais, roupas negras e andrajosas, fealdade. Ao longo da leitura, percebemos que não é bem assim e que se trata de algo mais: temos efectivamente todos esses elementos mencionados, mas eles acabam por ser como que uma máscara que esconde algo mais profundo e complexo, nada tão linear quanto quer parecer. Desde o início que o percebemos, através das duas personagens principais: Sofia, loira e bonita, fã de vestidos rosa e sapatos de vidro de salto alto; e Agatha, uma menina de curtos cabelos negros, que mora num cemitério e que se refugia no lado mais sombrio das coisas. Bastante óbvio, caso se tratasse de uma história cliché, não é? As duas amigas são ambas seleccionadas para ingressar na Escola do Bem e do Mal, mas cada uma para o lado oposto do que esperava, não se conformando: Sofia para o Mal e Agatha para o Bem.
Escusado será dizer, que a vinda destas duas novas alunas para a escola, vai trazer grandes mudanças e colocar diversas questões: tudo o que é mau tem de ser feio e o que é bom, bonito? Cuidar da aparência e praticar boas acções, só porque é o que se espera, faz de nós verdadeiramente bons? É a nossa aparência que determina o que somos e onde nos encaixamos, ou são as nossas acções? Ser bom ou mau é assim tão linear? 

Apesar de não ser totalmente inovadora, a ideia de uma escola em que se aprende a ser bom ou mau, acaba por ser, sem dúvida, muito engraçada, e claro, achei também muita piada às disciplinas que cada lado tem de frequentar e tudo o que têm de aprender. 

Não podia terminar esta opinião sem referir o final deste livro. Foi muito diferente do que podia esperar e deixou muita curiosidade para o próximo volume e saber efectivamente o que aconteceu às duas "amigas" depois de tudo o que se passou.

A Escola do Bem e do Mal é uma belíssima história para o público mais jovem, que certamente fará as suas delicias, e que, ao mesmo tempo, proporcionará uma leitura leve e agradável aos leitores mais experientes. 

(Livro gentilmente cedido para opinião pela Individual Editora)

domingo, 18 de outubro de 2015

Mini-Opinião - Dream of You

Ficha Técnica:
Autor: J. Lynn
Páginas: 131
Editor: Evil Eye Concepts, Incorporated
ASIN: B00OJI0K04

Sinopse:
Abby Erickson isn't looking for a one-night stand, a relationship, or anything that involves any one-on-one time, but when she witnesses a shocking crime, she's thrust into the hands of the sexiest man she's ever seen - Colton Anders. His job is to protect her, but with every look, every touch, and every simmering kiss, she's in danger of not only losing her life but her heart also.

Opinião:
Ok. Começo solenemente a ficar irritada com o facto de esta autora estar sempre a tentar arranjar a mesma maneira de juntar dois personagens, que é basicamente um deles correr perigo de vida. Com tantos dilemas da vida real que existem a sério que é necessário as últimas três personagens femininas verem a sua vida posta em perigo? Não podemos simplesmente ter os regulares problemas de confiança, ou situações complicadas no passado que interferem com a maneira de ver o mundo no presente? É que toda esta situação já começa a parecer irreal de mais. Espero sinceramente que a autora tenha um motivo para estar constantemente a trazer o Isaiah para o meio da história e o quão perigoso ele é.

Depois deste desabafo, tenho a dizer que não achei a relação do Colton com a Abby assim nada de especial. Por um lado a história é mais curta, logo não há tanto desenvolvimento e por outro passei o livro todo a querer estrangular a autora pelo simples facto de estar a ler mais do mesmo relativamente aos dois livros anteriores.

Quanto aos personagens, se por um lado o Colton é um querido e um fofo a quem só dá vontade de apertar, a realidade é que me deu vontade de dar dois pontapés na Abby. Tudo bem que uma pessoa se pode sentir insegura. Toda a gente se sente insegura. Mas ela leva a insegurança ao cúmulo e chega a uma altura em que tira qualquer pessoa do sério. Ao menos para o final ela começa a lutar contra essa tendência e ganha alguma garra para lutar por si e por aquilo que quer. Infelizmente não foi o suficiente para me fazer gostar da história.

Sunday's Quotes (114)

“And what would humans be without love?"
RARE, said Death.”― Terry Pratchett, Sourcery

sábado, 17 de outubro de 2015

Opinião - Ema

Ficha Técnica:
Autor: Jane Austen
Título Original: Emma
Páginas: 504
Editor: Europa-América
ISBN: 9789721061729
Tradutor: José Parreira Alves

Sinopse:
Ema é uma herdeira rica, inteligente e bela. Optimista, consciente da sua superioridade, segura de si mesma, fiel respeitadora das «conveniências» — enfim, o tipo finito da «verdadeira senhora» —, passa o tempo a combinar casamentos «convenientes» entre amigos e protegidos.

Um dia, sem arranjos prévios, ela própria é pedida em casamento pelo Sr. Knightley. Ema não assume um compromisso, mas não o desencoraja, debatendo-se com um drama interior: o pretendente é amado por uma das suas melhores amigas, a qual Ema deseja ver feliz e «convenientemente» casada. Porém, no seu íntimo tem um sentimento de aversão ao casamento de Harriet com Knightley e não pelas questões de conveniência que tanto respeita: é que ela própria ama Knightley.

Ema cede finalmente a um amor que tem razões mais fortes que a própria razão.

Opinião:
Depois da perfeição que foi Orgulho e Preconceito este livro foi um verdadeiro balde de água fria! Como é possível a mesma autora conseguir despertar sentimentos tão fortes em mim com uma narrativa para logo a seguir não conseguir despertar nenhuns?

Acredito que a autora tentou de certa forma retratar a comunidade daquela época, talvez de uma forma até algo exagerada, ou talvez não... Não posso afiançar porque não sou propriamente entendida na matéria. Mas não me admirava nada que no geral as pessoas fossem como Ema. Apenas interessadas no estatuto. Com a mania de que as suas decisões são mais correctas e que por isso têm o direito e o dever de controlar e gerir a vida das outras pessoas.

Se por um lado não fui capaz de gostar e me familiarizar com nenhum personagem, a verdade é que também não fiquei a detestar nenhum deles. E de certa forma dou graças por isso, algumas pessoas que conheço simplesmente não gostaram de Ema. A mim esta foi uma personagem que não me aqueceu nem arrefeceu. Quanto aos restantes personagens, são todos farinha do mesmo saco e um pouco irritantes com a mania da importância ou com o facto de acharem que por não terem nascido em berço de ouro são apenas ralé.

Quanto a história em si, esta não existe. É-nos simplesmente apresentado o dia-a-dia de alguém com estatuto e de que forma pensa e gere a sua vida e a dos que o rodeiam. Para mais, Ema é diferente das personagens a que estamos habituadas pelo simples facto de não estar interessada em casamento ou em romance, estando a toda a hora a fugir deles até que há um momento em que se faz luz na sua cabecinha.

Foi um livro difícil de ler. Só bem depois de ter lido mais de metade do livro é que ganhei embalo e foi porque estiver a ler horas seguidas. Se continuasse a lê-lo aos poucos acho que nem para o ano o acabava. Foi sem dúvida um livro que preferia ter deixado para o final quando já tivesse o meu gosto pela autora mais consolidado.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Opinião - Fall With Me

Ficha Técnica:
Autor: J. Lynn
Páginas: 389
Editor: Avon
ASIN: B00LEYF0T2

Sinopse:
Eleven months ago, bartender and weird-shirt-wearing extraordinaire Roxy and Officer Reece Anders had a one night stand. Well, kind of. She’s been in love with him since she was fifteen, and he wishes that night they shared never happened. She’s sworn him off forever, but the past and future collide, forcing her to rely on the one man who broke her heart not once, but twice.

Her best friend since birth has been in a long-term care facility since he became a victim of a hate crime years ago, and the person who put him in there is out of prison and wanting to make amends with him and Roxy. She’s not sure she has room for forgiveness in her and when she begins to receive frightening messages and is on the receiving end of escalating violence, she thinks she knows who is to blame. The man who already destroyed one life already.

But Reece isn’t convinced. The threats are too personal, and even if Roxy doesn’t believe him, he’s not willing to let anyone hurt her. Including himself. He’s already messed up more than once when it comes to Roxy and he’s not going to let history repeat itself.

Opinião:
Neste livro ficamos finalmente a conhecer a história de Roxy e Reece. Já no livro anterior se tinha percebido que havia qualquer coisa entre estes dois personagens. Qualquer coisa por resolver relativamente à atracção que sentem um pelo outro. Depois de saber o que se tinha passado achei que a coisa foi muito mal amanhada. Digo isto na medida em que é um bocado óbvio que quando Reece disse o que disse que levou ao afastamento de Roxy não se estava propriamente a referir a Roxy mas sim a estado em que se encontrava quando as coisas aconteceram. Este desentendimento poderia ter resultado, tal como já resultou noutras histórias. Contudo achei que a autora não forneceu bases credíveis ao leitor para aceitar que Roxy tenha interpretado incorrectamente as palavras de Reece.

Algo que também me deixou extremamente frustrada foi o facto de tão facilmente se ter resolvido a situação entre ambos. O desentendimento não durou mais que meia dúzia de páginas. Assim sendo a autora tinha que arranjar outra maneira de colocar um entrave à relação e mais uma vez achei esse entrave bastante fraquinho e mal amanhado. Para resolver tudo o que é que a autora decide fazer? Colocar a Roxy numa situação de perigo de vida tal como já tinha feito com Calla.

Se por um lado gostei bastante de Roxy e dos dilemas pelos quais ela estava a passar relativamente a uma situação do passado, por outro os pontos acima descritos aborreceram-me durante grande parte do livro. A ingenuidade de Roxy perante o facto de acontecerem coisas estranhas em casa dela também me levou a revirar os olhos, mas tentei compreender que realmente ela poderia acreditar naquilo que pensava ser a verdade. Quanto a Reece apesar de ser um querido e material de namoro não me conseguiu cativar completamente. Não consegui estabelecer uma ligação tão forte com ele como estabeleci com os anteriores.

Não posso deixar de referir a Kattie. Aquela mulher é fogo. Adoro a maneira como age, sem vergonhas, sem receios, é quem é e não tem medo de o mostrar. E é simplesmente assustadora quando se põe a fazer previsões e acaba por acertar. Adorei o final em que ela faz uma previsão ao Nick e apesar de esta parecer estar errada mostra-se mais certeira do que se poderia imaginar.

Em jeito de resumos, foi um livro razoável para descontrair e passar o tempo. Mas já li melhor, inclusive da autora. Espero que a situação melhore nos próximos livros se não ver-me-ei obrigada a desistir desta série.

domingo, 11 de outubro de 2015

Sunday's Quotes (113)

“You seek a false comfort when you demand that I define myself for you with words. Words do not contain or define any person. A heart can, if it is willing.”― Robin Hobb, Golden Fool

sábado, 10 de outubro de 2015

Opinião - The Half Life of Molly Pierce

Ficha Técnica:
Autor: Katrina Leno
Páginas: 256
Editor:HarperTeen
ASIN:B00FVW3RLQ

Sinopse:
You take it for granted. Waking up. Going to school, talking to your friends. Watching a show on television or reading a book or going out to lunch.

You take for granted going to sleep at night, getting up the next day, and remembering everything that happened to you before you closed your eyes.

You live and you remember.

Me, I live and I forget.

But now—now I am remembering.


For all of her seventeen years, Molly feels like she’s missed bits and pieces of her life. Now, she’s figuring out why. Now, she’s remembering her own secrets. And in doing so, Molly uncovers the separate life she seems to have led…and the love that she can’t let go.

The Half Life of Molly Pierce is a suspenseful, evocative psychological mystery about uncovering the secrets of our pasts, facing the unknowns of our futures, and accepting our whole selves.

Opinião:
Este livro foi lido para o 2015 Monthly Key Word Challenge. Uma vez mais é um livro que já tinha no Kindle à bastante tempo, mas que ainda não tinha tido a sua oportunidade. É por isso que faço estes desafios, obrigam-me a pegar em livros que de outro modo não iria ler tão cedo.

Este livro foi completamente diferente daquilo que eu estava à espera. Estava à espera de algo mais sobrenatural, um thriller, qualquer coisa muito mais obscura do que aquilo que acabei por encontrar.

Molly tem partes do seu dia em que não se lembra do que fez ou porque o fez, e por isso vive em constante receio de fazer algo nessas alturas de que se venha a arrepender. Ao mesmo tempo Molly tenta a todo o custo não mostrar que tem estes apagões às pessoas que a rodeiam porque não os quer preocupar.

Aos poucos vamos conhecendo personagens que podem fazer parte da vida obscura de Molly, e que levam a que esta recupere a sua memória. É aqui que começamos a desvendar o mistério do que é que está por trás destes apagões que Molly tem às vezes. Em vez de ser algo de teor fantástico, como se poderia esperar, estes apagões de Molly são causados por algo bem mais simples e ao mesmo temo bem mais complexo.

Este é um livro que aborda o facto de às vezes criarmos no nosso subconsciente uma personalidade completamente diferente da nossa de modo a que sejamos capazes de nos defendermos de determinadas situações. Mas o que acontece quando esta situação é levada ao extremo e acabamos por ter duas personalidades completamente distintas, quase como se duas pessoas vivessem no mesmo corpo?

Foi interessante ver como Molly lidava com esta verdade. Como é que esta informação a afectava. Ver como de certa forma o ir descobrindo as coisas a tornava mais forte e mais segura de si mesma. A verdade é que Molly acaba por ter uma segunda oportunidade. Mas não apenas ela. O seu interesse amoroso, Sayer, também tem em Molly uma segunda oportunidade para ser feliz. E diga-se já de passagem que ambos a merecem. Até porque Sayer é um doce de pessoa e é impossível ficar indiferente a todo o carinho que ele demonstra por Molly mesmo não a conhecendo de verdade.

Não posso deixar de fazer referência à irmã de Molly. Apesar de ter uma atitude despreocupada a verdade é que é a mais sensível às alterações entre personalidades de Molly. É aquela que parece aceitar incondicionalmente as duas versões da irmã e amá-las da mesma maneira. Como se em vez de uma irmã mais velha tivesse duas.

Para finalizar quero apenas fazer referência à voz de Molly durante a narrativa. Esta é bastante envolvente. A maneira como ela descreve os seus medos, os seus sentimentos, os acontecimentos é completamente adequada ao tom da história. É impossível não nos sentirmos envolvidos pela sua voz, pela sua personalidade. 

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Opinião - Worthy

Ficha Técnica:
Autor: Catherine Ryan Hyde
Páginas: 325
Editor:Lake Union Publishing
ASIN:B00QQYZYOQ

Sinopse:
They might’ve been a family.

Virginia finally had the chance to explore a relationship with Aaron when he asked her on a date. She had been waiting, hoping that the widower and his young son, Buddy, would welcome her into their lives. But a terrible tragedy strikes on the night of their first kiss, crushing their hopes for a future together.

Nineteen years later, Virginia is engaged, though she has not forgotten Aaron or Buddy. When her dog goes missing and it comes to light that her fiancé set him loose, a distraught Virginia breaks off the engagement and is alone once again. A shy young man has found the missing pet, and although he’s bonded with the animal, he answers his conscience and returns the dog. Before long, Virginia and the young man discover a connection from their pasts that will help them let go of painful memories and change their lives forever.

Opinião:
Este livro foi lido para o 2015 Monthly Motif Challenge. Já o  tinha por casa, mas não seria lido tão cedo se não fosse pelo desafio.  Já anteriormente tinha lido um livro desta autora e lembro-me que o tinha adorado. Assim sendo esperava ficar completamente rendida a esta história. Tal não aconteceu. Isso não quer dizer que não tenha gostado bastante do livro e daquilo que ele representa.

Basicamente este livro conta a história de Virginia e do seu reencontro anos mais tarde com Buddy. Nas primeiras páginas é-nos feita uma introdução onde ficamos a saber quem é Virginia, bem como Aaron e Buddy, e qual o tipo de relação que existe entre os três. Contudo pouco depois uma tragédia ocorre e estes acabam por se separar. Apenas anos mais tarde Virginia e Buddy se irão reencontrar graças a Worthy, o cão de Virginia.

O essencial da história é o que acontece desde o momento em que Worthy desaparece, o que leva ao reencontro de Buddy e Virginia até ao momento em que ambos se apercebem de quanto são essenciais um para o outro. Buddy é um jovem de vinte e poucos anos, mas não é um jovem comum. A sua cabeça funciona de uma maneira ligeiramente diferente. É um doce de pessoa, bastante sensível, mas que não lida bem com o contacto com desconhecidos e com a pressão. Assim sendo vai-se por diversas vezes abaixo e acaba por ser Worthy que o acalenta e lhe dá apoio. Já Virginia é uma pessoa bastante agarrada ao passado, àquilo que poderia ter sido se a dita desgraça não tivesse acontecido. Virginia é uma pessoa que tem dificuldade em lidar com a solidão e que se resigna perante muitas situações só para não ter que ficar só.

Tudo isto muda quando estes dois personagens finalmente se encontram. Aos poucos ambos percebem que encontraram exactamente aquilo de que precisam. Buddy acaba por perceber de onde vêem muitos dos seus medos e isso torna-o uma pessoa mais estável e capaz de lidar com o stresse. Ao mesmo tempo torna-o uma pessoa mais corajosa, capaz de lutar por aqueles de quem realmente gosta. Virginia percebe que não precisa de um homem em casa para ser feliz, que é capaz de ser feliz com a amizade e o amor que sente pelos outros.

A relação entre estes dois foi algo bonito de se ver. A sua evolução enquanto personagens foi bastante satisfatória e bem conseguida. Não posso deixar de referir Fern, a melhor amiga de Virginia. Tem uma personalidade única, bastante segura e que às vezes pode parecer um pouco fria, sem que na realidade o seja.

Um livro que não chegou ao patamar que esperava, mas que não é por isso que o considero inferior. Personagens bem caracterizadas, uma história interessante e um final que me deixou o coração cheio.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Opinião - Bitterblue

Ficha Técnica:
Autor: Kristin Cashore
Páginas: 575
Editor: Gollancz
ASIN: B007PQXGXA

Sinopse:
Eight years have passed since the young Princess Bitterblue, and her country, were saved from the vicious King Leck. Now Bitterblue is the queen of Monsea, and her land is at peace.

But the influence of her father, a violent psychopath with mind-altering abilities, lives on. Her advisers, who have run the country on her behalf since Leck's death, believe in a forward-thinking plan: to pardon all of those who committed terrible acts during Leck's reign; and to forget every dark event that ever happened. Monsea's past has become shrouded in mystery, and it's only when Bitterblue begins sneaking out of her castle - curious, disguised and alone - to walk the streets of her own city, that she begins to realise the truth. Her kingdom has been under the thirty-five-year long spell of a madman, and now their only chance to move forward is to revisit the past.

Whatever that past holds.

Two thieves, who have sworn only to steal what has already been stolen, change her life forever. They hold a key to the truth of Leck's reign. And one of them, who possesses an unidentified Grace, may also hold a key to her heart . . .

Opinião:
Escrever uma opinião a este livro vai ser extremamente complicado pois um livro que despertou sentimentos bastante diferentes em mim.

Por um ado adorei a história, adorei rever os personagens que já tinha adorado em Graceling e Fire. Bitterblue está crescida, mas a determinação que mostrava enquanto criança bem como a percepção que tinha do certo e errado continua a guiá-la. Foi fantástico rever Po e Katsa. Ambos mudaram ligeiramente e a sua relação está diferente. De certa forma evolui e quando os dois estão juntos nota-se que realmente se adoram. Gostei também dos novos personagens apresentados, Saf, Teddy, Meghan. Todos eles são bastante interessantes e todos eles trazem novos elementos importantes para a história. Não posso deixar de referir Death (que se lê como teeth), o bibliotecário do castelo de Bitterblue que tem como capacidade ler muito depressa e decorar tudo o que lê. Além disso tem uma personalidade muito própria e é bastante sarcástico, tratando Bitterblue como uma pessoa real em vez de alguém de porcelana e acho que isso foi bastante importante para centrar Bitterblue. Mesmo que ela não se tenha apercebido de tal.

Quanto à história em si, somos apresentados com um reino que continua destruído e que Bitterblue tenta reerguer a todo o custo. Contudo há muitas mentiras, muitas verdades escondidas, muitas coisas que não batem certo e de modo a que tudo possa ser posto em pratos limpos é necessário revisitar o passado e esclarecê-lo de modo a perceber de que modo a que se pode contrariar os efeitos que todo o mal efectuado por Leck está a ter no presente. Toda esta narrativa me agarrou do início ao fim. Achei o desenvolvimento da história interessante e queria sempre saber mais. O que é que iria acontecer a seguir? Que mais verdades é que iriam ser desvendadas?

Contudo não posso negar que houve alguns pontos que me deixaram desconfortável durante toda a narrativa. Para começar o interesse amoroso de Bitterblue, Saf. A sua alteração foi demasiado repentina e sem qualquer momento em que o leitor se pudesse ligar ao personagem e perceber essa alteração. Além de que Saf não é um personagem propriamente marcante. A maneira como ficou a sua relação com Bitterblue também poderia ter sido melhor trabalhada. O final destes dois foi bastante insípido e mal explorado. É difícil aceitar a explicação dada porque não se encaixa ou vem no seguimento do que quer que seja.

Outra coisa que também foi mal trabalhada foi o motivo de actualmente as pessoas ainda estarem maluquinhas com aquilo que Leck lhes fez. Tem toda a lógica aquilo que a autora nos diz, contudo não parece real, parece tudo esbatido e desapegado. Foi difícil para mim acreditar neste desnorteio das personagens e aceitar as consequências disso. De certa forma a maior parte delas acobardaram-se e só causaram foi problemas. Na minha opinião teria posto toda a gente na alheta que se desconjuntasse por tudo e por nada e teria querido pessoas minimamente sãs junto de mim para me ajudar a governar.

Por fim, achei que a autora foi apresentando a informação no meio de uma grande salgalhada. Penso que a introdução da informação acerca dos acontecimentos e porquê de ser tão importante poderia ter sido feita sem tantos floreados, sem tantos desvios adicionais. Nomeadamente não achei que a situação nos restantes reinos fosse realmente importante ou que tivesse qualquer interesse para aquilo que pretendia ser a história de Bitterblue. Também a situação de Grey foi desnecessária. Enfim não me consigo explicar melhor, a história deveria ser um pouco mais limpa e limada e a informação confusa e desnecessária deveria ter sido eliminada.

O final deixou-me algo triste. Esperava algo mais conclusivo e não tão aberto para todos os Sete Reinos. Depois de tanta coisa parecer que ficou tudo basicamente na mesma. Esperava um final mais feliz para as pessoas que sofreram tanto às mãos de tiranos. Não digo que este mundo merecesse um último livro, mas pelo menos um conto em que através de alguém ficássemos a conhecer os destino dos diferentes reinos, se foram capaz de sarar ou não e de como é que as coisas ficaram para os personagens que os leitores vieram a adorar.

domingo, 4 de outubro de 2015

Opinião - Jesse's Girl

Ficha Técnica:
Autor: Miranda Kenneally
Páginas: 304
Editor: Sourcebooks Fire
ASIN: B00TFZ0DDU

Sinopse:
Everyone at Hundred Oaks High knows that career mentoring day is a joke. So when Maya Henry said she wanted to be a rock star, she never imagined she’d get to shadow *the* Jesse Scott, Nashville’s teen idol.

But spending the day with Jesse is far from a dream come true. He’s as gorgeous as his music, but seeing all that he’s accomplished is just a reminder of everything Maya’s lost: her trust, her boyfriend, their band, and any chance to play the music she craves. Not to mention that Jesse’s pushy and opinionated. He made it on his own, and he thinks Maya’s playing back up to other people’s dreams. Does she have what it takes to follow her heart—and go solo?

Opinião:
Neste livro a autora decide variar um pouco e em vez de termos mais uma história acerca de desporto temos uma história acerca de música.

Adorei os personagens principais. Maya é uma rapariga cheia de energia e atitude que vive para e da música. Tudo aquilo que aprendeu foi sozinha, pois nunca teve oportunidade de ter aulas. Só posso dizer que admiro plenamente a sua determinação em perseguir o seu sonho apesar de todos os problemas e dúvidas que possam ter surgido no caminho. A sua personalidade revela-se completamente naquilo que veste, e foi engraçado ver isso mesmo ao longo da história. Pode parecer algo fútil, mas adorei as descrições dos fatos que ela usa! É impossível ficar indiferente a este furacão que não tem papas na língua e não se deixa subjugar por quem quer que seja.

Jesse é um cantor country bastante famoso desde tenra idade e que por isso nunca teve grande vida. Para muito gente ser famoso e ter dinheiro seria o suficiente, mas na realidade o que ele quer é simplesmente ser ele mesmo, ter amigos, sentir que pode confiar em alguém sem ter constantemente dúvidas se essa pessoa está com ele por interesse ou porque gosta realmente dele. Foi fácil colocar-me na sua pele e perceber os seus medos e dilemas no que toca à sua relação com a Maya. Ao longo da história ele vai-se transformando de idiota em alguém realmente encantandor e cheio de alegria.

Gostei da interacção entre os dois personagens e do modo como a autora desenvolve o romance. Além da mensagem que a mesma nos tenta transmitir de que os sonhos são importantes e devemos lutar por eles. Há sempre uma maneira de arranjar soluções e ultrapassar as dificuldades se assim o quisermos. Basta arriscar.


You have to take chances to get a chance at your dreams.

Não posso deixar de referir de que foi extremamente hilariante ver as interacções entre a Jordan e o Sam. Aqueles dois andam sempre à pancada, mas adoram-se de uma maneira louca e nada é capaz de os separar. É temível estar perto deles quando decidem discutir, parecem uma força da natureza e são capazes de arrancar gargalhadas ao leitor.

Mais um bom livro da autora. Espero sinceramente que continue com este nível de escrita. Aguardo pelo próximo livro

Sunday's Quotes (112)

“The problem with doing nothing is not knowing when you are finished.”― Nelson DeMille

sábado, 3 de outubro de 2015

Opinião - Com a Cabeça na Lua

Ficha Técnica:
Autor: João Seixas
Páginas: 412
Editor: Saída de Emergência
ISBN: 9789896371326
Tradutor: José Saraiva, João Seixas, Sofia Moreira e Mário Matos

Sinopse:
Em 20 de Julho de 1969, Neil Armstrong tornava-se o primeiro homem a pisar o solo lunar e, consequentemente, o primeiro ser humano a visitar um outro mundo que não a Terra. O feito, desde então inigualado, permanece como o maior desafio tecnológico a que a Humanidade se propôs. Antes, porém, de o Programa Apollo ter proporcionado o célebre pequeno passo para o Homem, um salto de gigante para a Humanidade, inúmeros autores de Ficção Científica - até então considerada um género menor - tinham levado o Homem à Lua pelos mais variados meios e pelos mais diversos motivos.
Esta antologia conta com autores tão distintos como Robert A. Heinlein, Isaac Asimov e Arthur C. Clarke.

Opinião:
Visto tratar-se de um livro de contos vou uma vez mais dar uma pequena opinião sobre cada um deles. Obrigada João Seixas pelas tuas introduções que me familiarizaram com cada um dos tipos de escrita dos diferentes autores.

O Homem que Vendeu A Lua - Robert A. Heinlein
O conto mais longo desta antologia. Nele ficamos a conhecer D. D. Harriman. Um completo sonhador cujo único objectivo de vida é conseguir construir um foguetão capaz de o levar à lua. Tem muito de semelhante com a história real que conhecemos apesar de ter sido produzido antes dela. Gostei bastante de D. D. Harriman. Alguém que faz o que for preciso para concretizar os seus sonhos. Gostei do facto de que apenas lhe faltava vender a mãe. Este personagem é dotado de uma grande capacidade para encantar todos aqueles que o rodeiam. O final é algo agridoce para o nosso personagem, mas acredito que com perseverança ele vá conseguir atingir o seu objectivo.

Uma Vez em Volta da Lua - Vic Philips
Neste conto o homem não chega verdadeiramente à Lua, apenas a contorna, contudo o sonho está lá. Aqui o autor deu mais proeminência aos aspectos técnicos da construção de um foguete, bem como ao facto de como todo se processaria desde a descolagem até à aterragem. Uma história não com um final muito feliz para o nosso protagonista. Mas um conto com bastante imaginação

Tendências - Isaac Asimov
Isaac Asimov dá-nos a conhecer uma vez mais um personagem cheio de sonhos e vontade de viver. Neste caso este personagem vê os seus sonhos a serem-lhe confiscados pela religião. Um mal que infelizmente muitas vezes se entre-põe onde não é chamado. Aquilo que Asimov descreve consigo perfeitamente visualizar como uma possibilidade caso o estado de espírito da população fosse ligeiramente diferente. Uma alternativa aos acontecimentos bastante assustadora.

Destino: Lua - Robert A. Heinlein
Uma vez mais Heinlein apresenta-nos um conto onde tudo se parece virar contra os protagonistas na sua demanda para chegar à Lua. Aqui temos os nossos protagonistas a correr contra o tempo de modo a conseguir colocar o foguetão em órbita. Contudo nem tudo corre como esperado e ao longo da aventura começam a surgir problemas que complicam o regresso à terra. Um conto em que quem decida o final é o leitor.

Umas Férias na Lua - Arthur C. Clarke
Aqui encontramos uma exploração Lunar mais avançada. Já não se trata dos inícios de colonização, mas sim uma colonização praticamente completa. Gostei que a personagem principal fosse feminina e de como o autor valoriza as capacidades científicas das mulheres. O conto em si é mais focado na beleza do universo do que propriamente nos aspectos técnicos de colonização da Lua. Um conto do qual gostei bastante, cheio de esperança, optimismo e beleza.

Heróis Relutantes - Frank M. Robinson
Quando se trata do avanço tecnológico ou científico existe sempre uma tendência para se negar ao ser humano os confortos mais básicos, fazendo-o acreditar que o sacrifício é sempre a única opção. Neste conto deparamo-nos com a parte mais humano dos viajantes e as implicações que as viagens e permanência na Lua têm para estes. Um conto do qual gostei bastante por mostrar os sacrifícios necessários ao ser humano e de como estes o afectam. Um conto que felizmente tem um final feliz.

A Luz - Poul Anderson
Um conto que tem uma pontada de mistério. Desde o início que o leitor fica com a sensação que algo vai acontecer. Que algo não está bem. E a verdade é que algo acontece, se bem que um pouco irreal (não que os restantes contos sejam reais, mas este soa mais irreal que os restantes). Contudo não deixa e ser cativante desde o início até ao fim.

Passeio Lunar - H. B. Fyfe
Neste conto ficamos a conhecer um personagem que passa por uma provação bastante difícil na Lua durante mais de um dia. A vontade de vencer, a capacidade para não desistir é o que cativa neste personagem, e quando acreditamos que já nada mais há a fazer, uma reviravolta acontece que deixa o leitor esperançoso e ao mesmo tempo na dúvida da realidade daquilo que está a ler.

Poeira Lunar, Aroma de Feno e Materialismo Dialéctico - Thomas M. Disch
Um conto bastante curto, mas carregado de uma enorme carga visto o protagonista estar ao corrente de quão curto é o seu período de vida. É extremamente desconcertante para o leitor estar constantemente a ser recordado de quanto tempo de vida o protagonista ainda tem, além de que os seus pensamentos no final são bastante atabalhoados e incertos enquanto tenta arranjar uma razão para tudo aquilo. Um conto algo intenso.

Requiem - Robert A. Heinlein
Um dos contos que mais gostei na antologia. Cheio de sonhos e uma paz enorme que se alcança quando finalmente se os consegue realizar. Poder-se ia dizer que este conto é a continuação do primeiro da antologia, só que na realidade este foi escrito antes. Aqui D. D. Harriman é alguém mais calmo e ponderado que só pretende ver o seu sonho realizado. Quando isso finalmente acontece e o autor o descreve é impossível não ficar com um sorriso de paz e felicidade na cara. Adorei!

De uma forma geral gostei dos contos, das temáticas, das várias ideias e tipos de escrita apresentados. Foi uma boa colectânea repleta de variedade. Contudo gostava de ter tipo oportunidade de ler algumas histórias mais felizes visto que basicamente todas acabam em tragédia ou de um modo menos bom. Sei que normalmente o desconhecido inspira grandes feitos e sacrifícios, mas gostava de ter visto um lado mais optimista para estas pessoas que se teriam sujeitado aos caprichos do homem e da natureza.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Opinião - Scorched

Ficha Técnica:
Autor: Jennifer L. Armentrout
Páginas: 320
Editor: Spencer Hill Press
ASINN: B00UUMAED6

Sinopse:
Sometimes life leaves a mark…

Most days, Andrea doesn’t know whether she wants to kiss Tanner or punch him in the gut. He is seriously hot, with legit bedroom eyes and that firefighter body of his, but he’s a major player, and they can’t get along for more than a handful of minutes. Until now.

Tanner knows he and Andrea have had an epic love/hate relationship for as long as he can remember, but he wants more love than hate from her. He wants her. Now. Tomorrow. But the more he gets to know her, the more it becomes obvious that Andrea has a problem. She’s teetering on the edge and every time he tries to catch her, she slips through his fingers.

Andrea’s life is spiraling out of control, and it doesn’t matter that Tanner wants to save her, because when everything falls apart and she’s speeding toward rock bottom, only she can save herself.

Sometimes life makes you work for that happily ever after…

Opinião:
Neste livro ficamos então a conhecer a história de Andrea e Tanner. No geral achei que esta história tinha um teor um pouco mais sério que a de Syd e Kyler e por isso penso que a autora se decidiu focar mais nos problemas de Andrea do que na sua relação com Tanner. Se bem que esta relação contribuiu em grande parte para o desenrolar dos acontecimentos.

A Andrea é uma personagem bastante complexa. É alguém que por um lado tem uma família que não sendo perfeita a apoia e gosta dela. Se bem como o que acontece em qualquer família existem pequenas desilusões e chatices. Assim sendo a nível familiar Andrea é uma pessoa estável e sem grandes problemas. No decorrer da narrativa apercebemo-nos de que também parece não ter existido nenhum acontecimento propriamente traumatizante na vida de Andrea para que esta tenha uma necessidade compulsiva de beber até perder os sentidos. Isto permite-lhe silenciar as vozes que tem na cabeça e que a assaltam nos momentos de silêncio. Gostei de como aos poucos fomos entrando na mente de Andrea, percebendo os seus medos e angústias e como no final ela decide fazer algo para ultrapassar os seus problemas. Esta história fala-nos de depressão e de como o modo como decidimos lidar com ela nos pode libertar ou constrangir.

O Tanner não é um personagem que se destaque por aí além, contudo é um excelente complemento à Andrea. É alguém que tem uma maneira de estar descontraída e que tem o condão de estar constantemente a espicaçar a Andrea só por respirar. Acabam por ser estas trocas de palavras duras e que magoam que levam a que Andrea comece a enfrentar a realidade do seu problema. Ao mesmo tempo vê-se que Tanner é alguém que se preocupa genuinamente com Andrea. Nem sempre Tanner tem a capacidade de dizer o que pensa da melhor maneira, pois perde rapidamente a paciência com Andrea quando a vê a colocar-se constantemente em situações que só a prejudicam. O que acaba por trazer problemas para o casal.

Não haja dúvidas de que se é verdade que a relação dos dois vai evoluindo e é interessante ao longo da história o que realmente me agarrou foi os problemas de Andrea, o descobrir o que se passava dentro da cabeça dela para que tivesse determinadas atitudes e receios e o modo como no final os enfrenta.