quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Opinião - The Wolf Wilder - A Encantadora de Lobos

Ficha Técnica:
Autor: Katherine Rundell
Título Original: The Wolf Wilder
Páginas: 322
Editor: Individual (Lápis Azul)
ISBN: 9789899512429
Tradutor: Tânia Castela

Sinopse:
A vida de Feo é extraordinária. Ela e a mãe ensinam lobos domesticados a aprender a sobreviver nas vastidões geladas da Rússia. Feo adora trabalhar com lobos, especialmente com os três que já foram devolvidos ao seu habitat natural, mas que se recusam a abandoná-la. São meio-selvagens, não são animais de estimação. Mas nem todos são apaixonados por lobos - especialmente o General Rakov, que tenciona destruir tudo aquilo que Feo ama. Em breve, para salvar a mãe, Feo irá ter que atravessar os bosques gelados para chegar a São Petersburgo - e aprender a confiar em desconhecidos cujas vidas foram igualmente afectadas pelo cruel general.

Depois do êxito de Rooftoppers, Katherine Rundell regressa com uma história maravilhosa que nos fala de amor, de sobrevivência - e de lobos.

Opinião:
The Wolf Wilder - A Encantadora de Lobos é o segundo livro da escritora Katherine Rundell, publicado em Portugal pela Individual Editora (Lápis Azul).

É um livro único, sem qualquer continuação, que se passa na Rússia de há um século atrás e que nos conta a história de uma menina, chamada Feodora, mais conhecida por Feo, que vive com a sua mãe, Marina, numa casinha de madeira perto da floresta. Neste tempo, no seio da aristocracia Russa, estava na moda ter-se lobos como animais de estimação, e sendo o lobo um animal selvagem, feito para viver em liberdade e não em cativeiro, podem-se imaginar os problemas que esta infeliz ideia trouxe... Os lobos que, por qualquer motivo, eram rejeitados e abandonados, eram enviados para Marina e Feo, encantadoras de lobos, que os ensinam a ser novamente bravios e que os colocam posteriormente em liberdade no seu habitat.

Feo é uma menina um pouco selvagem, tal como os lobos e o ambiente que a rodeia, que prefere a companhia dos animais à de outros seres humanos e que devido ao seu isolamento não sabe muito bem como interagir com os seus pares. Nesta história, a vida desta pequena encantadora de lobos sofre uma viragem quando conhece Ilya, um rapaz de idade aproximada, soldado Imperial, que inadvertidamente se torna seu amigo, apesar do entrave inicial que constitui a sua "profissão". Este exército Imperial do Czar é comandado pelo malfadado general Rakov que nutre especial prazer em incendiar coisas, intenta matar lobos e ainda separa famílias dos seus entes queridos, tal como Feo e sua mãe.

Para quem leu Rooftoppers - Vagabundos dos Telhados, da mesma autora, a premissa de uma menina em busca da sua mãe não será novidade, pois apesar de muito diferente, esta busca central mantém-se.
No que respeita às personagens, temos algumas personalidades fortes, quer da parte dos humanos, como Feo e Marina, quer da parte dos lobos, como a fiel mas desconfiada Cinzenta, o que facilmente cativa o leitor. Contudo, no geral, não se tratam de personagens muito elaboradas, são algo simples, mas agradáveis para a história que contam.

The Wolf Wilder - A Encantadora de Lobos é um livro de leitura breve e fácil, ideal para se ler no Inverno e imaginar todo aquele manto branco a cobrir as belas paisagens Russas e a sua magnífica cidade de São Petersburgo. Repleto de lindas e cativantes gravuras, que deliciam o leitor, é uma obra agradável que nos permite viajar sem sair do conforto do nosso lar. 

Mesmo não sendo, para mim, uma história tão bela, enternecedora e cativante como o outro livro da autora, anteriormente mencionado, The Wolf Wilder - A Encantadora de Lobos teve toda a minha atenção e manteve o meu interesse em ler, futuramente, outras obras de Katherine Rundell.

(Livro gentilmente cedido para opinião pela Individual Editora)


terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Resultado: Passatempo "O Sino Entre Mundos" de Ian Johnstone - Individual Editora

Olá a todos :)

Terminou então o 2º passatempo realizado aqui no blog, onde estava em sorteio um exemplar do livro "O Sino Entre Mundos" de Ian Johnstone, gentilmente cedido pela Individual Editora.


Antes de anunciar o(a) vencedor(a), gostaria de agradecer, em meu nome e no da Joana, todas as participações recebidas.

Sem mais demoras o(a) sortudo(a) é:


Muitos parabéns Teresa! Já foi enviado um e-mail a solicitar os dados para o envio do livro.

Se não ganharam desta vez, não desanimem! Nos próximos dias haverá um novo passatempo onde podem tentar novamente a vossa sorte.

Boas leituras :)


domingo, 27 de dezembro de 2015

Opinião - Os Homenzinhos Livres

Ficha Técnica:
Autor: Terry Pratchett
Páginas: 322
Editor: HarperCollins
ASIN: B000R33QWY

Sinopse:
A nightmarish danger threatens from the other side of reality . . .

Armed with only a frying pan and her common sense, young witch-to-be Tiffany Aching must defend her home against the monsters of Fairyland. Luckily she has some very unusual help: the local Nac Mac Feegle—aka the Wee Free Men—a clan of fierce, sheep-stealing, sword-wielding, six-inch-high blue men.

Together they must face headless horsemen, ferocious grimhounds, terrifying dreams come true, and ultimately the sinister Queen of the Elves herself. . . .

Opinião:
Apesar de ter a versão portuguesa do livro a verdade é que li a original. Penso que talvez seja por isso que cada vez gosto mais de Pratchett. Parecendo que não com a tradução perde-se sempre um pouco do ritmo, do encadeamento  e dos jogos de palavras que Pratchett usa. Por exemplo os nomes dos Wee Free Man, acho que em português estes não teriam tanta piada porque se perderia o duplo significado dos nomes.

Neste livro ficamos a conhecer Tiffany. Tiffany sabe que há algo de errado com ela pois não vê ou sente as coisas do mesmo modo que as outras pessoas, contudo não tem bem a certeza o que é. A única coisa que sabe é que quer ser uma bruxa. E vejam lá bem se não é mesmo isso que ela é! Tiffany é uma personagem bastante cativante pela  sua maneira de pensar, a sua capacidade de Second Thoughts leva a que consiga ter uma mente objectiva e calculista (no bom sentido claro). Ao mesmo tempo o seu First Sight permite-lhe ver o que realmente existe e não aquilo que esperamos ver. Ambos as capacidades são bastante interessantes, principalmente quando aplicadas a uma criança de nove anos. Ver uma Tiffany que praticamente não tem medo, mas que quando o tem é capaz de o ultrapassar graças à lógica. Ver uma Tiffany que não dúvida daquilo que vê, daquilo que é é algo irónico e ao mesmo tempo reconfortante.

Quanto aos Wee Free Man, é impossível não gostar deles. A sua maneira de ser e de estar, sempre cheios de fulia leva a que o leitor esteja constantemente com um sorriso na cara. Principalmente os seus nomes fizeram-me rir ao longo de todo o livro pelo duplo sentido que têm e pelo facto de servirem que nem uma luva a estes personagens. A sua maneira de falar ao início foi um pouco difícil de entender, mas com o decorrer do livro tornou-se mais fácil. Os seus diálogos são simplesmente hilariantes, bem como a maneira com o tratam Tiffany por ser uma Aching. Sendo que Aching tem também duplo sentido.

Uma vez mais um livro excelente, cheio de ironias e situações pouco convencionais num livro de heróis, mas que na mão de Pratchett funciona perfeitamente.

Sunday's Quotes (122)

“Everything in the world exists in order to end up as a book.”― Stéphane Mallarmé

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Opinião - Frost Burned

Ficha Técnica:
Autor: Patricia Briggs
Páginas: 352
Editor: Ace
ASIN: B0099CFXEI

Sinopse:
Mercy Thompson’s life has undergone a seismic change. Becoming the mate of Adam Hauptman—the charismatic Alpha of the local werewolf pack—has made her a stepmother to his daughter Jesse, a relationship that brings moments of blissful normalcy to Mercy’s life. But on the edges of humanity, what passes for a minor mishap on an ordinary day can turn into so much more…

After an accident in bumper-to-bumper traffic, Mercy and Jesse can’t reach Adam—or anyone else in the pack for that matter. They’ve all been abducted.

Through their mating bond, all Mercy knows is that Adam is angry and in pain. With the werewolves fighting a political battle to gain acceptance from the public, Mercy fears Adam’s disappearance may be related—and that he and the pack are in serious danger. Outclassed and on her own, Mercy may be forced to seek assistance from any ally she can get, no matter how unlikely.

Opinião:
?Já não lia Briggs à bastante tempo. Não porque não goste ou tenha perdido o interesse, mas simplesmente porque estava a seguir a história em português à medida que ia saindo e como deixaram de ser publicados a minha leitura parou. O desafio Monthly Key Word fez-me pegar no livro a seguir ao último que li e a verdade é que quando dei por mi já o tinha terminado.

Mais uma vez a história é extremamente cativante. Apesar de parecer que nada de significante acontece a verdade é que quando damos por isso já vamos a meio do livro e a trama adensou-se consideravelmente. O que parecia ser uma situação simples acaba por se transformar numa situação bem mais complexa do que se esperava. Situação essa que nunca estaríamos à espera. O resultado final é bastante inesperado tendo em conta os acontecimentos iniciais.

É impossível ficar indiferente à energia de Mercy. A sua tenacidade, a sua vontade de ajudar e proteger a família. O facto de ajudar de ter aliados entre quase todos os seres e ser uma Wild Card torna-a numa mais valia para todas as espécies existentes neste mundo. O facto de ser uma das poucas caminhantes existentes permite ao leitor ir acompanhando Mercy enquanto esta descobre as suas capacidades. Gostei bastante do modo como a autora nos mostrou mais acerca das capacidades de Mercy e como estas influenciam a ligação que esta tem à matilha.

Ver outros personagens que adoro foi fantástico. Adorei recer Zee com todo o seu poder e presença, e ficar a conhecer mais das capacidades de Tad. Wulfe é uma incógnita, nunca se percebe quais as suas intenções, além de que é simplesmente assustador! Claro que gostei de rever Adam, principalmente nas suas interacções com Mercy, mas achei que, apesar da sua presença mais constante, outras personagens tiveram mais impacto na história.

Assim sendo é com curiosidade e vontade redobrada que irei pegar nos próximos livros. Quero ver onde as aventuras de Mercy nos vão levar e o que mais ainda há por descobrir.

Mini-Opinião - Guys Do Not Do Secret Santa

Ficha Técnica:
Autor: Miranda Kenneally
Editor: Wattpad

Sinopse:
A Catching Jordan short story (9 months before Catching Jordan events)

Opinião:
Um conto acerca da Jordan passado na época do Natal. A ideia de os rapazes não fazerem Secret Santa, ou terem uma ideia horrível do que são realmente presentes está bastante explícita neste livro. Ao ler as prendas que cada um decidiu oferecer não conseguia deixar de pensar: "Rapazes...". Ao contrário do livro, gostei bastante do conto e o mesmo conseguiu envolver e cativar-me. Gostava de ter mais vislumbres acerca dos restantes casais da série.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Opinião - A Jornada do Assassino e Os Dragões do Assassino

Ficha Técnica:
Autor: Robin Hobb
Título Original: Fool's Fate
Páginas: 419 e 440
Editor: Saída de Emergência
ISBN: 9789896374242 e 9789896374709
Tradutor: Jorge Candeias

Sinopse:
A Jornada do Assassino
Os poderes do Assassino tornaram-no uma lenda.
Mas quando ensinar o herdeiro a usá-los, ficará o reino mais seguro ou irremediavelmente perdido?
Depois do desafio lançado ao Príncipe Respeitador pela narcheska das Ilhas Externas, só lhe resta embarcar para o país de Eliânia em busca do dragão de Aslejval que tanto pode existir como não passar de uma lenda antiga.
Fitz, o mais famoso e temido assassino do reino, irá com ele. Mas a partida do herdeiro ao trono dos Seis Ducados para uma atribulada viagem marítima até uma terra de antepassados e inimigos não é algo que se faça de ânimo leve.
Que desafios irão ter de enfrentar os nossos heróis? As magias que ambos manejam imperfeitamente, serão uma ajuda ou um empecilho?
E o que acontecerá aos Seis Ducados se o herdeiro desaparecer para sempre nessa terra misteriosa e distante?


Os Dragões do Assassino
Os Dragões do Assassino termina uma das séries de fantasia mais épicas de sempre. Por uma vez, todos parecem estar unidos num único objetivo: chegar ao dragão Fogojelo, sepultado sob o glaciar de Aslevjal. Uns pretendem libertá-lo, outros querem matá-lo. O que será que vai acontecer? No meio está o Príncipe Respeitador, preso pela vontade de paz a um casamento que depende da morte do dragão, mas ligado pela Manha a quem quer devolver ao mundo aquela grande vida. O dragão de Vilamonte, poderá ter uma palavra a dizer? E o Bobo, que profetizara que morreria naquela ilha; morrerá? No centro do turbilhão, como sempre, encontra-se Fitz, sempre o fulcro, sempre o Catalisador, sempre o agente da mudança. Que surpresas, que reviravoltas no fluxo do tempo poderá ele ainda causar?

Opinião:
Uma vez mais os livros foram lidos em conjunto visto que no original constituem apenas um livro.

Nestes últimos dois livros desta trilogia acompanhamos Fitz, Respeitoso, Obtuso e Breu na sua demanda por cortar a cabeça do Dragão de modo a que possa ser realizada a união entre os Seis Ducados e as Ilhas Externas.

No decorrer da narrativa ficamos a conhecer a resposta a muitas questões que têm sido levantas e que ficaram por responder ainda da trilogia anterior. Principalmente questões referente à Mulher Branca. Isto leva a que muitas perguntas acerca do Bobo, da sua origem e do seu papel sejam também respondidas levando a que o leitor sinta que faz parte do grupo de poucas pessoas em que o Bobo confia. Por outro lado vemos como Respeitoso começa a crescer e a caminhar para se tornar no Rei que Fitz acredita que ele venha a ser. Esta nova faceta de Respeitoso leva a que Eliana se comece a interessar por ele e é possível ver afecto sincero a crescer entre os dois.

Mas muitos mais acontecimentos são dignos de referência. O aparecimento de Castro na ilha de
Aslevjal e o que daí advém. A maneira como Veloz acaba por derrotar o inimigo. O modo como Fitz sendo o catalisador resolve a visão que o Bobo tem da sua própria morte. A maneira como Urtiga descobre quem e o que é. E por fim o modo como Fitz recupera a sua verdadeira essência.

Todos estes acontecimentos misturados com os dilemas que vemos os personagens enfrentar, as suas discussões interiores quanto ao que é certo e errado, ou quanto ao que achamos ser o certo e aquilo que realmente queremos, fazem destes dois últimos livros uma obra fenomenal.

Se por um lado a história de Fitz poderia ter ficado por aqui e ficaria bem, a verdade é que após saber que existe uma nova trilogia a vontade de saber o que mais poderá estar a pôr em risco Fitz, os Seis Ducados ou o futuro que o Bobo viu é bastante grande. Contudo tenciono aguardar até sair o último livro. Conto pegar nos restantes livros da autora escritos sobre o pen name Robin Hobb.

domingo, 20 de dezembro de 2015

Mini-Opinião - Neighbor From Hell Short Stories

Esta autora é daquelas que vai lançando várias short stories acerca dos seus vários personagens ao longo do ano. E quando digo várias posso dizer que desde 2012 até agora ela deve ter lançado cerca de 20. Assim sendo não faz muito sentido estar a falar acerca de todas por vários motivos, sendo os principais que elas são bastantes curtas e por isso não há muito para dizer e que sendo muitas foram lidas todas seguidas. Assim sendo decidi fazer apenas um apanhado. No geral as short stories são mais focadas na Haley e no Jason, na Zoe e no Trevor e nos gémeos, os filhos do casal anterior. Existe uma focada no Connor e penso que é tudo. No geral os contos são bastante divertidos e abrangem várias situações, desde as mais comuns como idas às compras, como situações mais especiais, como por exemplo o Natal. Assim sendo permitem ao leitor ficar a conhecer um pouco mais daquilo que se vai passando nas suas vidas e de como é que as mesmas estão a evoluir. Os contos que mais gostei foram sem dúvida os que incluem os gémeos, Jonathan e Sebastian. Os filhos mais velhos de Trevor e Zoe. Aqueles demónios são perfeitos Bradford já com tão tenra idade e ao mesmo tempo são extremamente inteligentes e maquiavélicos. Sempre a arranjar sarilhos e a fazer com que outras pessoas arquem com as culpas.

Fica o desejo que a autora nos presenteie com pequenas histórias dos outros personagens e da sua prole. Gostava de ficar a conhecer os pequenos de cada casal e as suas personalidades.

Mini-Opinião - The Guard & The Favorite

Ficha Técnica:
Autor: Kiera Cass
Páginas: 64
Editor: HarperTeen Impulse
ASIN: B00DTTEDM0

Sinopse:
Before America Singer met Prince Maxon . . .
Before she entered the Selection . . .
She was in love with a boy named Aspen Leger.

Don't miss this digital original novella set in the captivating world of Kiera Cass's #1 New York Times bestselling Selection trilogy. This brand new 64-page story begins just after the group of Selected girls is narrowed down to the Elite and is told from Aspen's point of view. The Guard also features a teaser to The One, the thrilling conclusion to The Selection trilogy.

Opinião:
Neste pequeno conto temos a possibilidade de ver uma série de contos da perspectiva do Aspen. Não creio que tenha sido um conto propriamente necessário e que traga alguma coisa nova para a história que já nos foi contada. Talvez nos faça perceber melhor determinados momentos do livro The Elite, mas como não considero esses momentos propriamente marcantes e interessantes não considero que este esclarecimento seja uma mais valia. Gostei de ver a relação que Aspen desenvolve com as camareiras da America e de como ele reage aos elogios que são tecidos a America depois da sentença de Marlee. No geral o conto aborreceu-me um pouco pois achei-o repetitivo. Assim sendo considero que teria passado bastante bem sem o ler.
Ficha Técnica:
Autor: Kiera Cass
Páginas: 120
Editor: HarperTeen
ASIN: B00MEJUH80

Sinopse:
While America Singer's heart was torn between Aspen and Prince Maxon, her friend Marlee knew exactly what she wanted—and paid the price.

Revisit the captivating world of Kiera Cass's #1 New York Times bestselling Selection series in this digital original novella. Told from Marlee's point of view, this all-new 64-page story returns to the fateful Halloween when Marlee and Carter were discovered, and reveals how that night—and Prince Maxon—changed their lives forever.

Opinião:
Neste pequeno conto ficamos a conhecer um pouco do romance que surgiu entre Carter e Marlee. Vemos como é que ele começou bem como pequenos momentos partilhados. Estes são essencialmente mostrados ao leitor através de flashbacks que a Marlee vai tendo enquanto nos são descritos determinados acontecimentos, nomeadamente desde o momento em que Carter e Marlee são apanhados juntos até ao momento em que Maxon faz de tudo para os proteger.

Não achei que este conto trouxesse algo de novo para a história. Principalmente porque sendo ele tão curto não dá para sentir como reais os sentimentos que Marlee e Carter têm um para com o outro. Talvez seja interessante ver um pouco mais da bondade de Maxon, mas após ter lido os três livros o seu modo de agir não é algo que me surpreenda por aí além.

Assim sendo considero que o conto é satisfatório para se passar o tempo quando necessário, mas que não é um must read como complemento à história.

Sunday's Quotes (121)

“It's so hard to forget pain, but it's even harder to remember sweetness. We have no scar to show for happiness. We learn so little from peace.”― Chuck Palahniuk, Diary

sábado, 19 de dezembro de 2015

Passatempo "Fractured - Fraturada" de Teri Terry - Individual Editora

Olá a todos!

Como o Natal se aproxima porque não dar início a um novo passatempo? Desta vez, temos para vos oferecer três exemplares do livro "Fractured - Fraturada" de Teri Terry, gentilmente cedidos a mim, pela Individual Editora, para esse propósito.

Para se habilitarem a ser um dos três vencedores deste prémio, basta preencher correctamente o formulário que se segue. As quatro primeiras entradas são obrigatórias e desbloqueiam três outras entradas opcionais, sendo que uma delas pode ser efectuada diariamente.

Não esquecer que é obrigatório ser seguidor do blog (basta clicar em "Aderir a este Site" na barra lateral do lado esquerdo) e ter gosto/like na página do Facebook do Leitora de Fim-de-Semana e da Individual Editora.

Podem participar até ao dia 3 de Janeiro, data em que termina este passatempo.

Boa Sorte! :)

Nota: 
Passatempo válido apenas para Portugal Continental e Ilhas.
O livro será enviado por mim e nem o blog nem a editora se responsabilizam por atrasos ou extravios dos ctt

a Rafflecopter giveaway

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Opinião - Fontiçaria

Ficha Técnica:
Autor: Terry Pratchett
Título Original: Sourcery
Páginas: 297
Editor: Temas e Debates
ISBN: 9727596878
Tradutor: Mário Dias Correia

Sinopse:
Em Fontiçaria,assistimos ao regresso de Rincewind, o jovem feiticeiro sem talento que vive de fazer biscates na Universidade Invisível. Certo dia, surge um rapazinho que por ser o oitavo filho de um oitavo filho de outro oitavo filho é um fonticeiro, ou seja, não apenas um feiticeiro, mas uma fonte de magia, uma raridade entre as raridades. O pequeno Coin assume imediatamente o controlo da Universidade e é acolhido com entusiasmo pelos feiticeiros residentes, fascinados com o poder da criança, mesmo quando ela decide transformar pessoas em fumo e sapos. Ignoram que Coin é, na verdade, controlado pelo espírito vingativo do seu pai, um feiticeiro a quem foi recusada a admissão na Universidade. Todavia, o chapéu do arquichanceler, símbolo supremo do poderio mágico na Universidade, tem outras ideias acerca do futuro. Ao fazer-se raptar pela jovem Conina, uma lutadora e ladra cheia de recursos, o chapéu está determinado a preservar a feitiçaria contra o poder cataclísmico da fontiçaria, que poderá destruir o próprio tecido do Discworld. E claro que o pobre Rincewind se vê envolvido nesta batalha entre feitiçaria e fontiçaria, pois só há espaço no Discworld para uma delas.

Opinião:
Oh meu Deus! Pratchett, quero mais Pratchett! Como é que é possível que cá em Portugal este autor fenomenal quase não tenha tido saída e por isso deixou de ser publicado? Dos cerca de 40 livros que existem, em Portugal só tivemos direito  meia dúzia, sendo esta meia dúzia logo os livros iniciais e por isso falta-lhes alguma da qualidade que se pode encontrar relativamente a este autor. Os primeiros três/quatro livros são mais fracos do que os seguintes e por isso para quem só lê em português é difícil obter uma noção da verdadeira dimensão do autor.

Contudo não me posso queixar. Depois deste Fontiçaria e do Pirâmides com certeza que vou começar a ler Pratchett em inglês. A sua ironia, as suas piadas e a maneira de descrever de uma maneira surpreendente as situações mais inusitadas fazem de Pratchett um mestre. Além das suas personagens extremamente peculiares e que fogem à norma.

Uma vez mais Rincewind é um dos focos da história que nos é apresentada. É impossível não adorar este Feiticeiro completamente cobarde, com uma apetência extraordinária para sobreviver às situações mais improváveis. Além disso é algo extraordinário ler os seus diálogos interiores onde a vontade de por uma vez fazer o correcto e por outro lado a vontade de sobreviver se digladiam. Voltamos também a ver a Mala. Esse ser estranho, cheio de personalidade e verdadeiramente assustador para os mais incautos. Gostei dos personagens novos que nos são apresentados, Conina, a filha de Cohen, já nosso conhecido. O seu sonho de ser cabeleireira não de coaduna de todo ao facto de ser uma assassina exímia tal como o seu pai. Coin é também um personagem estranho, que ao início parece ser possuidor de uma sabedoria incrível, mas que com o aproximar do final da narrativa percebemos que não é bem assim.

A acção desenrola-se rapidamente sempre com Rincewind na frente dos acontecimentos. É sempre ele, por muito que não queira, que leva a que determinados acontecimentos se precipitem levando a que o esperado não aconteça e mais uma vez salvando o mundo contra todas as probabilidades. Gostei de ver mais da personalidade dos feiticeiros e de como eles descrevem e sentem a magia, face à Fontiçaria. Foi um bom livro para ficar a conhecer um pouco mais da história do Discworld.

Fica a curiosidade para saber o que aconteceu verdadeiramente a Rincewind e de como é que ele vai sair da encrenca em que se meteu.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Opinião Slated - Reiniciada

Ficha Técnica:
Autor: Teri Terry 
Título Original: Slated
Série: Slated, #1
Páginas: 488
Editor: Individual Editora (Lápis Azul)
ISBN: 9789898730237
Tradutor: Carla Ribeiro

Sinopse:
Kyla Davis está prestes a entrar numa nova vida. As suas memórias foram apagadas e, com elas, todo o conhecimento que tinha antes de ter sido Reiniciada. Como pena para um crime que, como tudo o resto, desconhece, tudo o que a identificava foi removido. Agora, Kyla tem à sua espera uma nova família e um novo início de vida, e a responsabilidade de cumprir tudo aquilo que esperam dela - caso contrário, as consequências poderão ser pouco agradáveis. Mas, mesmo enquanto se tenta adaptar à comunidade, Kyla começa a questionar. Há pessoas a desaparecer à sua volta e uma vigilância opressiva em que todos parecem estar apenas à espera que ela cometa o seu primeiro erro. E, algures por dentro, há memórias que lutam para surgir. Talvez ela não seja apenas a boa menina Reiniciada que todos lhe exigem que seja. Mas quem é, então? 

Opinião:
Foi com surpresa e entusiasmo que vi surgir este livro no mercado português, praticamente sem aviso. Pois é, parece que ainda por aí uma nova editora, ainda de forma muito discreta, a investir em livros muito curiosos: Individual Editora, sobe a chancela (?) Lápis Azul.

Ora, Slated - Reiniciada passa-se num futuro "quase" pós-apocalíptico, e digo quase porque o resultado deste mundo, em 2054 (foi o que me deu pelas contas), reflecte a solução encontrada pelo governo para erradicar o terrorismo e a violência, pelo menos no que toca ao Reino Unido. Claro que neste tipo de livros, já sabemos que as coisas não são bem assim, tão bem intencionadas e altruístas, e neste primeiro volume a autora faz-nos perceber isso, mas ainda sem nos revelar os motivos subjacentes a este Reinicio. Este termo refere-se ao processo de eliminar a memória e a personalidade àquelas pessoas que cometeram actos violentos, terroristas, criminosos, dando-lhes assim uma "nova oportunidade" de vida e reinserção na sociedade. Acontece que estas pessoas, jovens até aos 17 anos, passam a ser controladas por um dispositivo que as pode vir mesmo a matar, caso se tornem agressivas, e têm de reaprender a fazer tudo, desde o mais básico, como o falar e o andar, e durante este processo são moldadas aos interesses do governos e dos Lordens.
No entanto, apesar da suposta boa intenção, o que se nota é que os Reiniciados são rejeitados pelas pessoas ditas normais, colocando-os um pouco à margem. Muitos odeiam-nos até e outros agem como se eles não existissem ignorando-os, alguns, aparentemente, por medo de represálias. 

Estamos portanto, a meu ver, perante uma sociedade hipócrita, que controla e oprime os seus cidadãos pelo medo, dirigindo o seu ódio aos reiniciados, que pelos vistos não são só ex. malfeitores, mas pessoas que por algum motivo não se encaixam nos seus padrões, desviando as atenções de algo maior (penso eu).

Achei o livro muito misterioso e intrigante. Com uma escrita simples, que permite uma leitura bastante fluída, de tal modo que nem damos pelas horas e páginas a passar.

Gostei de Kayla, a personagem principal, que como era de esperar é uma reiniciada diferente e que ao longo do livro a vemos passar da passividade, à dúvida e depois à vontade de agir, abrindo grandes expectativas para os volumes que se seguem. As personagens secundárias, tal como a história são muito intrigantes: a "Mãe" de Kayla e toda a sua importância por ser filha de quem é e a ideia que transmite de que talvez não seja a favor da sociedade em que vivem; o "Pai" de Kayla que inicialmente parecia um porreiro, mas que agora aparenta estar constantemente de olho nela a tentar decifrá-la (quem é ele afinal?); o professor de arte, o Sr. Gianelli, claramente contra as acções dos Lordens e com algum tipo de relacionamento com a "mãe" de Kayla (para onde terá ido?!); a Dra. Lysander, responsável pelos reinícios, mas cheia de enigmas e capaz de "fechar os olhos" a algumas coisas; Hatten ou Nico, alguém do passado de Kayla que a instruiu em matérias condenáveis e proibidas, de quem nada sabemos ainda; e o próprio Ben, um rapaz reiniciado, alegre que teve uma reviravolta e que agora me deixa a desejar saber o seu destino. E os terroristas que querem derrubar o governo? Quem são eles?

Muita curiosidade e muitas questões ficam no ar, deixando-me ansiosa pelo segundo volume desta trilogia, que espero, não tarde a ser publicado.

(Nota: Esta opinião já tem uns mesinhos. Foi escrita por mim, no mês de Maio deste ano de 2015, e foi inicialmente publicada no meu Goodreads e posteriormente num outro blog literário.)



terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Opinião - Persuasão

Ficha Técnica:
Autor: Jane Austen
Título Original: Persuasion
Páginas: 256
Editor: Presença
ISBN: 9789722321136
Tradutor: Fernanda Pinto Rodrigues

Sinopse:
É em Persuasão, o último romance acabado de Jane Austen, que encontramos a sua heroína mais notável – Anne Elliot. Naquela que é a sua obra mais amadurecida, que descreve uma órbita de afastamento nítida em relação ao tom predominantemente satírico dos seus anteriores romances, Austen trata o carácter e os afectos da protagonista de uma forma que, sem perder totalmente de vista a ironia, é, sem sombra de dúvida, muito mais terna, e anuncia já uma percepção mais aberta e dinâmica da personalidade e comportamentos humanos. Uma história de amor, desenvolvida com profundidade e subtileza, proporciona o campo ideal para um estudo reflectido, que sustenta na sua linha de horizonte o complexo relacionamento entre os dois sexos, e no qual homem e mulher surgem como seres moralmente análogos.

Opinião:
Depois da desilusão que foi o Ema dou graças por ter pegado no Persuasão. Fez-me acreditar novamente em Jane Austen e nas suas capacidades fascinantes para contar uma história.

Deste vez ficamos a conhecer Anna Elliot. Alguém pacato, que não gosta de confusões. Que tem o maior coração, tenta ajudar toda a gente e tem imensa paciência. Sendo que de certa forma tem tendência para colocar o bem estar dos outros à frente do seu. É impossível ficar indiferente a esta personagem e ao seu intelecto. Dona de bastantes conhecimentos e inteligência é normalmente relegada para segundo plano e ignorada devido aos seus modos mais calmos. Adorei estar na cabeça de Anna e ver como ela analisa e processa tudo aquilo que a rodeia. Nomeadamente as interacções de Wentworth com a própria e com os outros.

Como não podia deixar os personagens que fazem parte da família de Anna são uns idiotas. Gastam mais do que aquilo que tê, não dão valor à Anna e às suas opiniões, só querem saber do estatuto e na opinião do leitor estão sempre a fazer figuras de parvos por mais que tivessem o comportamento típico das pessoas daquela época.

Relativamente ao título, andei a fazer alguma pesquisa acerca do mesmo e compreendo perfeitamente o porquê do irmão de Jane Austen ter escolhido este título. Afinal foi a Persuasão de Lady Russell que levou a que Anne renegasse o Capitão Wentworth quando eram mais jovens. Mesmo hoje em dia a maior parte dos personagens pretende persuadir Anna a fazer o que eles querem ou o que acham que é melhor para ela sem dar a devida atenção aos seus sentimentos.

Este é sem dúvida um romance com uma maturidade diferente daquela que verifiquei em Orgulho e Preconceito em que apesar de tudo a história parece ter um ambiente mais leve e situações mais irónicas e caricatas.



domingo, 13 de dezembro de 2015

sábado, 12 de dezembro de 2015

Opinião - Winter

Ficha Técnica:
Autor: Marissa Meyer
Páginas: 824
Editor: Feiwel & Friends
ASIN: B00URW6FMI

Sinopse:
Princess Winter is admired by the Lunar people for her grace and kindness, and despite the scars that mar her face, her beauty is said to be even more breathtaking than that of her stepmother, Queen Levana.

Winter despises her stepmother, and knows Levana won’t approve of her feelings for her childhood friend—the handsome palace guard, Jacin. But Winter isn’t as weak as Levana believes her to be and she’s been undermining her stepmother’s wishes for years. Together with the cyborg mechanic, Cinder, and her allies, Winter might even have the power to launch a revolution and win a war that’s been raging for far too long.

Can Cinder, Scarlet, Cress, and Winter defeat Levana and find their happily ever afters?


Nota:
Este livro foi lido em conjunto com a Catarina do blog Bookeater/Booklover.

Opinião:
Que viagem fascinante. Este último livro foi qualquer coisa de sobrenatural. Este e Scarlet foram, sem dúvida os meus preferidos da série, e Winter foi o final perfeito para esta história.

Winter é simplesmente fascinante. A lucidez da sua loucura é qualquer coisa de surreal. Winter utiliza a sua loucura para ir onde quer e fazer o que quer sem que hajam consequências. Afinal de contas, quem liga aos devaneios de uma louca? Quanto a Jacyn é a coisa mais doce que pode existir. Todo o carinho que ele demonstra pela Winter, a maneira como a protege e como nega o seus próprios sentimentos é o suficiente para fazer qualquer pessoa suspirar.

Sem dúvida que adorei ver todos os outros personagens. O Kai mostra grande maturidade e confiança na Cinder. Além de que é excitante vê-lo fazer frente à Levana e lanear as suas acções de propósito para a chatear. A Cinder para mim foi a personagem mais fraca da história. Talvez porque infelizmente não consigo relacionar-me com a sua demanda para destronar a Levana. Não é que não ache que a Levana não deveria ser destronada, porque a morte é muito bondosa para aquela Lunar. Contudo a verdade é que me fez alguma confusão o facto de a Cinder pedir ao povo de Luna para lutar com ela e por ela, para que se possam ver livres da Levana quando não senti que ela se preocupasse realmente com o povo, mas sim com a sua sobrevivência, o bem estar do Kai e dos terrenos. Eu sei que a guerra é algo calculado, mas de certa forma não estava à espera de sentir que a Cinder estava apenas a usar os cidadãos sem na realidade se preocupar com eles e com as condições em que viviam.

Como não podia deixar de ser adorei todas as cenas em que aparece a Scarlet. A personagem com uma personalidade mais excêntrica, tirando a Winter, e por isso todos os momentos com ela são de grandes emoções. A relação que ela desenvolve com Winter é uma relação sincera em que não existem palavras fofinhas entre uma e outra, apenas uma aceitação daquilo que a Winter é. Scarlet sabe que Winter tem acessos de loucura, mas não é por isso que deixa de confiar nela. Principalmente a parte em que ambas entram na caserna com os homens-lobo é algo assustadora, mas não é por isso que Scarlet deixa de defender Winter e de certa forma acreditar nela. Quanto a Wolf, de certa forma este foi o que acabou por perder mais nesta demanda para destronar Luna. Fiquei bastante triste e destroçada com o que lhe aconteceu, mas ao mesmo tempo feliz pela aceitação que ele teve e manteve entre os seus amigos.

Para finalizar não posso deixar de referir como foi engraçado e awkward ver a relação da Cress e do Thorne a desnevolver-se. Sempre foi bastante óbvio que o interesse de um pelo outro, mas ambos o tentavam negar o que acabava por levar a situações constrangedoras. Principalmente para Cress, que é a coisa mais tímida e naive que pode existir. Apesar disso Cress mostrou-se uma das personagens mais fortes do livro, sacrificando-se uma e outra vez para salvar os outros e permitir que a missão avançasse. O mesmo pode ser dito de Thorne. Além da sua personalidade carismática e o seu sentido de humor a que ninguém fica indiferente, Thorne tenta deixar de ser o ladrão que sempre foi e tenta fazer o que é certo, apenas porque é certo, se bem que tente sempre dar a volta ao texto.

Gostei de ver um pouco mais de Lun,a do ambiente que se vive, da sua arquitectura e da sua sociedade. Já tinha dado para ver um pouco no livro da Levana, mas aqui são-nos dados a conhecer outros aspectos de Luna.

No geral foi uma história fascinante e um final sublime. Apesar de me sentir algo de pé atrás com a prestação da Cinder a verdade é que as restantes personagens e os acontecimentos compensam e ultrapassam esta sensação de que faltava algo. Fiquei um pouco triste por não ver mais de Winter. Havia muita coisa a passar-se ao mesmo tempo em muitos pontos diferentes e a autora quis-nos mostrar tudo o que estava a acontecer com os diferentes personagens. Contudo sendo o livro chamado Winter, esperava um pouco mais de tempo de antena para ela.

Gostei bastante de como a autora incorporou os aspectos chave da história da Branca de Neve nesta história, principalmente a parte da maçã e o consequente sono. A cena está bastante bem conseguida e enquadra-se perfeitamente na história.

Assim sendo aguardo ansiosamente o livro de contos que irá ser lançado em Fevereiro do próximo ano. Depois do final agridoce deste livro, a perspectiva de um casamento deixa-me com esperança de que as coisas tenham corrido da melhor maneira para estes personagens. Fevereiro, chega depressa por favor!

Passatempo "O Sino Entre Mundos" de Ian Johnstone - Individual Editora

Olá a todos!

Vamos dar início ao segundo passatempo aqui no blog e temos para vos oferecer um exemplar do livro "O Sino Entre Mundos" de Ian Johnstone, gentilmente cedido a mim, pela Individual Editora, para esse propósito.

Para se habilitarem a ganhar este prémio, basta preencher correctamente o formulário que se segue. As quatro primeiras entradas são obrigatórias e desbloqueiam três outras entradas opcionais, sendo que uma delas pode ser efectuada diariamente.

É obrigatório ser seguidor do blog (basta clicar em "Aderir a este Site" na barra lateral do lado esquerdo) e ter gosto/like na página do Facebook do Leitora de Fim-de-Semana e da Individual Editora.

Podem participar até ao dia 27 de Dezembro, data em que termina este passatempo.

Boa Sorte! :)

Nota: 
Passatempo válido apenas para Portugal Continental e Ilhas.
O livro será enviado por mim e nem o blog nem a editora se responsabilizam por atrasos ou extravios dos ctt

a Rafflecopter giveaway

Opinião - Vendetta

Ficha Técnica:
Autor: Catherine Doyle
Título Original: Vendetta
Páginas: 375
Editor: Individual Editora (Lápis Azul)
ISBN: 9789898730268
Tradutor: Filomena Aguiar de Vasconcelos

Sinopse:
As coisas não andam a correr lá muito bem para a jovem Sophie Gracewell. O pai está preso, a mãe trabalha dia e noite para conseguir sustentar a família, e ela própria tem que ajudar no restaurante da família. Para além da sua amiga Millie, não se passa grande coisa naquele pequeno subúrbio de Chicago onde vive. Mas tudo está prestes a mudar. A velha casa abandonada lá da rua está habitada pela primeira vez desde há imensos anos. A nova família é composta por cinco irmãos e, para Sophie e Millie, parece saída de um sonho. Quando dois dos irmãos vão até ao restaurante, ambas ficam caídas pelos rapazes e, de repente, o verão até parece mais luminoso. No entanto, nem tudo é o que aparenta ser. É que os dois bonitos rapazes são parte de um problema bem maior. São parte da família Falcone, bem conhecida pela sua má reputação e, pelos vistos, Sophie não é bem vinda à casa dos Falcone. Ela não consegue perceber o porquê, e a sua paixão pelo belo Nic faz com que não desista sem primeiro dar luta.
É garantido que o sangue vai jorrar e os corações se vão partir.

Opinião:
Vendetta de Catherine Doyle foi um dos poucos livros que comecei a ler, sem saber nada da história e sem ler sequer a sua sinopse. E a verdade, é que foi uma experiência interessante, já que este livro me cativou facilmente, o que se traduziu numa rápida leitura em que mal dava pelas páginas a voar.

A narrativa passa-se nos dias de hoje, em Cedar Hill, uma localidade nos arredores de Chicago, e apresenta um bom leque de ingredientes: humor, romance, mistério e uma curiosa dose de submundo do crime.
Vendetta conta-nos a história de Sophie, uma adolescente de dezasseis anos, que se encontra a passar uma fase complicada da sua vida. Com o pai preso por assassinato e com os habitantes da região a olhá-la de lado, excomungando-a como se fosse um pária, à excepção da sua melhor amiga Millie, Sophie faz os possíveis por seguir com a sua vida. Claro que, como qualquer história, esta tem o seu ponto de viragem, neste caso sob a forma de cinco novos moradores, todos irmãos e com sotaque italiano, que vão residir na famosa mansão com rumores de assombrada.

No decorrer dos capítulos, apercebemo-nos facilmente da presença de diversas peças soltas, que supomos de imediato, pertencerem a um puzzle mais vasto, que só a pouco e pouco começam a encaixar. 
Gostei de todos aqueles momentos, envoltos numa aura misteriosa, que a autora criou, que me conseguiram sempre aguçar a curiosidade. Desde frascos de mel com fitas negras, a navalhas gravadas e símbolos de falcões, a personagens com atitudes suspeitas, enfim... Muitas foram as passagens que me puseram a cabecinha a magicar e tentar desvendar todas as incógnitas.
É também, no entanto, verdade que momentos houve simples de antecipar, apesar da existência de tantos outros capazes de surpreender.

Mesmo achando a história deste livro bem conseguida de um modo geral, penso que, um dos momentos chave, como a descoberta do segredo de Nico e família, por parte da protagonista, foi um pouco irreal. Um segredo daquele calibre, que faria qualquer pessoa fugir a sete pés, acabou por ter um efeito um pouco "leviano" em Sophie. Sim, mesmo após todas as suas palavras sensatas, as suas acções manifestaram o oposto, o que me pareceu pouco natural dadas as circunstâncias.

No que respeita ao romance, consegue-se descortinar as intenções da escritora ao sub-repticiamente, semear a dúvida no leitor. Existe a possibilidade de um desfecho óbvio e cliché, que confesso, não me desagradaria de todo, embora o que gostasse efectivamente de ver fosse uma escolha diferente, não tão evidente e que a meu ver teria boas pernas para andar. E tudo isto sem aqueles enfadonhos triângulos amorosos!

Apesar das dúvidas, lançadas ao longo da narrativa, terem sido gradualmente e satisfatoriamente respondidas, ficou a vontade de saber mais sobre este grupo de personagens e desenrolar de eventos, não me restando outra opção, se não aguardar, com alguma expectativa pela publicação do segundo livro da trilogia.

(Livro gentilmente cedido para opinião pela Individual Editora)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Opinião - Fairest: Levana’s Story

Ficha Técnica:
Autor: Marissa Meyer
Páginas: 256
Editor: Feiwel & Friends
ASIN: B00L0IACSG

Sinopse:
Mirror, mirror on the wall,
Who is the fairest of them all?

Fans of the Lunar Chronicles know Queen Levana as a ruler who uses her “glamour” to gain power. But long before she crossed paths with Cinder, Scarlet, and Cress, Levana lived a very different story – a story that has never been told . . . until now.

Marissa Meyer spins yet another unforgettable tale about love and war, deceit and death. This extraordinary book includes full-color art and an excerpt from Winter, the next book in the Lunar Chronicles series.

Opinião:
Nesta novela ficamos a conhecer um pouco da história de Levana. Ao mesmo tempo ficamos a conhecer um pouco da sua maneira de pensar e é-nos dada a resolução de alguns mistérios ligados a esta personagem.

A história inicia-se com o assassinato dos pais de Levana e termina com a morte do seu marido. Entre um ponto e o outro ficamos a conhecer como é que ela veio a "amar" o seu marido e como é que casou com ele. Ao mesmo tempo ficamos a conhecer Channary e a relação que esta tinha com Levana. É-nos ainda apresentado o início de vida de Winter e Selena, e a relação que Levana tem com ambas. Para finalizar, é-nos revelada a verdade acerca do boato de Levana ter um aspecto horrível.

Ler esta história do ponto de vista de Levana foi algo estranho. A autora não tenta com que o leitor sinta pena de Levana e a perdoe. Apenas nos mostra o que realmente aconteceu e como é que isso a transformou. Deu para perceber que a sua família teve bastante influência na maneira como esta se desenvolveu e na sua maneira de pensar, principalmente a Channary. Esta foi uma das personagens que mais influenciou Levana através de constantes agressões físicas e psicológicas.

A Levana tem uma maneira de pensar bastante clara. Ela pesa os prós e os contras de um modo completamente objectivo sem deixar que os seus sentimentos interfiram com aquilo que ela sente a necessidade que tem que ser feito. A sua maneira de pensar é de tal forma aliciante que o leitor se não tiver cuidado dá por si a acreditar naquilo que Levana pensa. É fácil o leitor deixar-se enredar nos pensamentos de Levana e por momentos deixar-se acreditar que as suas atitudes são plausíveis. Para mim foi assustador ter que estar constantemente a lembrar-me que aquilo que estava a ler não era normal, não eram os pensamentos e atitudes de uma pessoa sã.

Gostei de ficar a conhecer um pouco da Channary de forma mais directa. De certa forma esta era ainda mais assustadora que Levana devido à sua maldade requintada. Contudo acredito de que no que toca a Selena de certo modo ela seria uma boa mãe, não que fosse educar bem a criança, mas acredito que ela realmente a amava e que faria de tudo para a acompanhar ao longo do seu desenvolvimento.

Este foi um livro interessante para que fiquemos a conhecer um pouco melhor a história de Luna e também da actual vilã da história. Ao mesmo tempo considero que tenha sido uma boa introdução para o livro Winter. Afinal de contas se o livro vai ser passado em Luna faz sentido ter-mos um livro anterior que nos contextualize quanto à maneira de viver nesse planeta. Assim sendo aguardo ansiosamente pelo último livro da série.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Opinião - The Shadows

Ficha Técnica:
Autor: J. R. Ward
Páginas: 592
Editor: NAL
ASIN: B00LTZQOZA

Sinopse:
Two brothers bound by more than blood fight to change a brutal destiny in the heart-wrenching new novel of the Black Dagger Brotherhood by #1 New York Times bestselling author J. R. Ward.

Trez “Latimer” doesn’t really exist. And not just because the identity was created so that a Shadow could function in the underbelly of the human world. Sold by his parents to the Queen of the S’Hsibe as a child, Trez escaped the Territory and has been a pimp and an enforcer in Caldwell, NY for years- all the while on the run from a destiny of sexual servitude. He’s never had anyone he could totally rely on... except for his brother, iAm.

iAm’s sole goal has always been to keep his brother from self-destructing- and he knows he’s failed. It’s not until the Chosen Serena enters Trez’s life that the male begins to turn things around... but by then it’s too late. The pledge to mate the Queen’s daughter comes due and there is nowhere to run, nowhere to hide, and no negotiating.

Trapped between his heart and a fate he never volunteered for, Trez must decide whether to endanger himself and others- or forever leave behind the female he’s in love with. But then an unimaginable tragedy strikes and changes everything. Staring out over an emotional abyss, Trez must find a reason to go on or risk losing himself and his soul forever. And iAm, in the name of brotherly love, is faced with making the ultimate sacrifice...

Opinião:
Este livro foca-se essencialmente em Trez e iAm. As Sombras que agora vivem com a Irmandade da Adaga Negra. Já nos livros anteriores, principalmente no último as suas histórias tiveram mais importância o que levou a que este livro fosse sobre eles. Contudo apesar de a história se focar em ambos, principalmente em Trez, a verdade e que uma vez mais temos vários pontos de vista. Um dos pontos de vista que mais vezes nos é mostrado é o de Rhage. Se bem que neste momento já saiba que o próximo livro é sobre ele não seria muito difícil de o adivinhar tento em conta tudo aquilo que vemos acontecer neste livro.

A maior parte do livro foca-se na relação entre Trez e Serena. Afinal de contas estes dois já tem uma história algo complexa. É finalmente descoberto por todos aquilo que se está a passar com Serena, o que leva a uma corrida contra o tempo numa tentativa de salvar a sua vida. A atitude de Serena para com tudo aquilo que lhe está a acontecer vai mudando ao longo da narrativa, mas em nenhum momento me pareceu forçada ou menos real. A sua vontade de não querer ser tratada, de querer continuar a viver a sua vida e aproveitá-la ao máximo são atitudes que eu consigo aceitar e compreender. Ao mesmo tempo consigo aceitar as suas atitudes mais egoístas porque na situação dela qualquer pessoas as teria. Quanto a Trez, ele é um apoio sólido para a Serena. Se bem que muitas vezes Trez não compreenda ou aceita as decisões de Serena, a verdade é que acaba por a ouvir e apoiar mesmo contra aquilo que são os seus instintos. Ao mesmo tempo é impossível ficar indiferente à sua doçura e ao modo como tenta mostrar à Serena o quanto a ama.

Contudo iAm tem também o seu tempo de antena. Enquanto Trez passa por todas estas dificuldades com Serena, iAm tenta arranjar maneira de ajudar o irmão e ao mesmo tempo manter Trez fora das garras da S’Hsibe e da rainha que o quer a todo o custo para ser parceiro da sua filha. Apenas a custo é evitada uma guerra com a S’Hsibe, e isto apenas devido à coragem de uma Sombra que decide fazer frente à Rainha. Que decide puni-la pelos crimes que ela cometeu e pelas mentiras que contou. Como não podia deixar de ser esta é a Sombra pela qual iAm se apaixonou. Gostei da reviravolta que a autora deu a toda a complicação que a S’Hsibe representava e como isso proporcionou um final feliz para dois personagens que sem dúvida o mereciam. Apesar disso achei que a relação de iAm e da sua parceira foi algo repentina e poderia ter usado de mais algum tempo até passar de uma simples atracção para algo mais sério.

Quanto a Rhage, toda a situação com Serena leva a que este comece a entrar numa depressão com a qual ele luta sozinho. Talvez se admitisse o que se está a passar tudo se tornasse mais simples. Estou curiosa para ver o que aí vem para este personagem.

Outros personagens que merecem menção, Paradise, a filha de Abalone, e Craeg. São ambos os personagens principais do primeiro livro da nova série e estou curiosa para saber o que vai sair dali visto que gostei do que vi de ambos, a tenacidade de Paradise e a discrição de Craeg. Quem voltou a aparecer foi a Virgem Escrivã. Já há bastante tempo que ela não aparecia e por isso gostei de a ver e espero que ela volte a ter um papel mais importante, e benevolente, nos próximos livros. Quanto à relação do Xcor e da Layla, espero que os dois tenham rapidamente o seu livro e se entendam porque já começa a cansar este chove não molha.

Para finalizar, fiquei um pouco decepcionada por uma vez mais a guerra com os Minguantes ter ficado para décimo plano. Percebo que o foco principal seja a relação entre os personagens, mas acho que a autora poderia trabalhar um pouco mais no mundo e nos acontecimentos em que a Irmandade se insere. Afinal de contas parece que a guerra estagnou e que deixou de ser importante, sendo usada apenas como uma desculpa para fazer determinados personagens seguirem determinado caminho.

Fico então a aguardar com curiosidade os próximos dois livros, até porque tenho curiosidade em saber onde é que se inserem cronologicamente um relativamente ao outro.

Resultado: Passatempo "Vendetta" de Catherine Doyle - Individual Editora

Olá a todos :)

Terminou então o 1º passatempo realizado aqui no blog, onde estava em sorteio um exemplar do livro "Vendetta" de Catherine Doyle, gentilmente cedido pela Individual Editora.


Antes de anunciar o(a) vencedor(a), gostaria de agradecer, em meu nome e no da Joana, todas as participações recebidas.

Sem mais demoras o(a) sortudo(a) é:


Muitos parabéns Alexandra! Já te foi enviado um e-mail a solicitar os dados para o envio do livro.

Se não ganharam desta vez, não desanimem! Nos próximos dias haverá novo passatempo onde podem tentar a vossa sorte.

Boas leituras :)

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Opinião - Pirâmides

Ficha Técnica:
Autor: Terry Pratchett
Título Original: Pyramids
Páginas: 324
Editor: Temas e Debates
ISBN: 9789727596898
Tradutor: Mário Dias Correia

Sinopse:
O jovem Teppic, príncipe herdeiro de Djelibeybi, o velho Reino do Sol, insatisfeito com a vida disparatadamente ritualizada que o aguarda no seu país, decide viajar para Ankh-Morpork onde se inscreve como aluno na Guilda dos Assassinos. Porém, quando o pai bate a bota sem cerimónia, Teppic vê-se obrigado a regressar a casa para assumir o trono. E assume-o; mas a vaga ilusão de que gorverna alguma coisa evapora-se no momento em que conhece Dios, o sumo-sacerdote de Djelibeybi, que o manipula relativamente à construção da maior pirâmide alguma vez vista..

Opinião:
Até ao momento este foi, sem dúvida, o livro de Pratchett de que mais gostei. Adorei cada momento passado a lê-lo.

Os personagens são fascinantes. Principalmente Teppic com a sua maneira de pensar e o modo como analisa as diferentes reacções e acções dos outros personagens. É impossível ficar indiferente à sua ironia e sarcasmo. Outras personagens extremamente interessantes são Dios, os amigos assassinos de Teppic e os arquitectos que dão início à construção da pirâmide do falecido pai de Teppic. Menção honrosa para o falecido rei. Vê-lo a descrever o processo da sua mumificação é de certa forma hilariante.

Eu interpreto este livro como uma crítica à religião. É impossível não nos apercebermos das críticas que são humoristicamente abordadas ao longo da narrativa. A religião é algo com bastante poder, que controla completamente a vida das pessoas. Mesmo quando aquilo que apregoa não faz propriamente sentido, a verdade é que nos deixamos guiar por ela numa tentativa de ver justificadas muitas das nossas acções. Além disso muitas vezes interpretamos da forma que achamos mais adequada aquilo que nos é transmitido quando possivelmente as intenções de quem nos transmite as ideias sejam completamente diferentes.

Uma vez mais não existe grande coisa que possa dizer acerca da história. Pratchett é sem dúvida um autor que para ser devidamente apreciado tem que ser lido. Só assim é possível compreender a magnitude da sua inteligência.

sábado, 5 de dezembro de 2015

Opinião - Redimida

Ficha Técnica:
Autor: P. C. Cast & Kristin Cast
Título Original: Redeemed
Páginas: 352
Editor: Saída de Emergência
ISBN: 9789896377137
Tradutor: ?

Sinopse:
No último livro da série bestseller Casa da Noite a Luz e a Escuridão enfrentam-se e o mundo nunca mais será o mesmo.

Zoey Rebdird está em perigo. Isolada dos seus amigos, a jovem está determinada a encarar o castigo que merece – mesmo que tal signifique que o seu corpo rejeite a mudança e comece a definhar. Só o amor dos que lhe são próximos poderão salvá-la do vazio do seu espírito, mas um mal terrível emerge das sombras, mais poderoso que nunca…

Neferet fez-se finalmente conhecer perante os mortais, coroandose de Deusa Negra e preparando-se para escravizar todo o mundo. Os vampyros da Casa da Noite trabalham com a polícia reagrupando os recursos que possuem, mas nada parece suficiente para vencer Neferet – a não ser que o vampyro que manipule os elementos possua também o dom de manusear Magia Antiga. Somente Zoey Redbird é herdeira de tal poder… mas devido às consequências de ter usado Magia Antiga no passado, Zoey não pode ajudar ninguém. Neste último romance da série Casa da Noite terá lugar a batalha épica entre a Luz e a Escuridão – a batalha que definirá quem será redimido… ou quem ficará perdido para sempre.

Opinião:
Finalmente chegamos ao fim. Depois de tanta volta, depois de tanto enrolanço e de que acontecimentos completamente desnecessários e não essenciais ao desenvolvimento da história chegamos ao último capítulo de uma história que se tem vindo a desenrolar por demasiado tempo.

Não há muito a acrescentar relativamente aos livros anteriores. O registo é basicamente o mesmo. As personagens não se desenvolvem de forma notória ao longo deste último livro. Os acontecimentos acabam por ser um pouco mais do mesmo. Ou seja, sacrifícios que têm que ser feitos de modo a que Neferet possa ser definitivamente encarcerada.

Se há algo que gostava de salientar é o aquilo em que a Neferet se transformou. Por um lado a autora transmite bastante bem que a Neferet é completamente louca e alucinada. Tanto pelas suas acções, como pela sua maneira de estar, como por aquilo que diz e pelos pensamentos a que vamos acedendo. Por outro lado desapontou-me um pouco porque fiquei com a sensação que estava frente a uma pessoa louca que é louca e faz coisas inexplicáveis só porque sim. Para quem segue a série sabemos que existem muitas razões que justificam esta loucura, mas ao longo do livros elas não estiveram presentes. A autora não me conseguiu transmitir uma sensação de finalidade com as acções praticadas pela Neferet.

Contudo tenho que tirar o chapéu às autoras, houve algumas alturas em que me conseguiram comover. Houve bastantes momentos emotivos ao longo da narrativa entre os vários personagens e isso foi uma das coisas que mais gostei no livro. Apesar de a maior parte dos personagens ser algo irritante porque são adolescentes e por isso mesmo dizem e fazem coisas idiotas tal como deviam, por outro lado andam sempre com as emoções à flor da pele e isso leva a que em determinadas situações sejamos inundados por cenas extremamente emocionais que, por algum motivo que não consigo perceber, até não são idiotas e se encontram bem escritas.

Apesar de não ter sido um bom final foi adequado para o tipo de livro e para a qualidade a que as autoras nos habituaram ao longo da história,

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Opinião - O Apelo da Selva

Ficha Técnica:
Autor: Jack London
Título Original: The Call of the Wild
Páginas: 135
Editor: Civilização Editora
ISBN: 9789722636568
Tradutor: Emília Maria Bagão e Silva

Sinopse:
Metade São Bernardo, metade Collie, Buck é afastado da sua vida confortável como animal de estimação na Califórnia e vendido a comerciantes de cães. Depressa se vê a bordo de um navio, a caminho do Norte do Canadá, onde, após inúmeros maus tratos, acaba por ser salvo por John Thornton. Em dívida para com o seu novo dono, Buck permanece ao lado de Thornton, no entanto, Buck não consegue resistir ao apelo da Natureza. Emocionante e cheio de ação, O Apelo da Selva explora a relação intemporal entre homem e cão, e os inevitáveis instintos primitivos que atraem Buck para longe da civilização e do homem, em direção a regiões inóspitas e selvagens.

Opinião:
Apesar de O Apelo da Selva ser considerado um clássico da literatura do século XX, confesso que não o conhecia, até a Civilização Editora o publicar, nesta bela colecção de clássicos: a colecção Vício dos Livros - Sol Nascente.
Tive ainda a sorte de ganhar este exemplar, num passatempo, no início deste ano. Visto que todos os meses me desafio a ler um livro tirado à sorte, e que o papelinho referente ao mês de Novembro pedia que eu lesse "Um Livro Único", portanto, sem continuação, O Apelo da Selva pareceu-me a escolha ideal, já que o tempo também não era muito.

Nunca tinha pensado ler um livro cuja personagem principal fosse um animal, neste caso um cão, e em que a perspectiva narrada fosse a desse mesmo animal. Ora, tenho a dizer que a experiência foi no mínimo interessante e que apreciei esta leitura, apesar das várias passagens fortes, desde lutas entre cães e maus tratos aos mesmos, por parte do Homem. Nesses momentos cheguei a encolher-me e a fazer mesmo alguns esgares, tal era a impressão e o incómodo que algumas cenas me provocavam.

O Apelo da Selva é um livro que nos relata a grande fidelidade do cão para com o ser humano e a sua incrível ligação, mesmo quando esta não se dá pelos melhores motivos. Vemos, não só, os abusos a que estes animais foram sujeitos aquando da época da corrida ao ouro, mas também momentos belíssimos de liberdade e vida selvagem, de afecto entre dono e animal, coragem e heroísmo associados à fidelidade.

Não deixei de achar curioso o facto de haver uma passagem no livro, que pode ser interpretada como o retratar do Índio um pouco como o mau da fita, que no final acaba, justamente(?), por pagar pelos seus crimes face a uma força da natureza. A ideologia típica Norte Americana da época, quiçá?


Em suma, achei O Apelo da Selva de Jack London um bom livro, que nos capta a atenção, de leitura fácil e rápida, que proporciona agradáveis momentos de leitura.





terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Opinião - The Selection, The Elite e The One

Ficha Técnica:
Autor: Kiera Cass
Páginas: 339, 337, 219
Editor: HarperTeen
ASIN:B006564VQC, B009NG1Q96, B00FJ2YTLK

Sinopse:
The Selection
For thirty-five girls, the Selection is the chance of a lifetime. The opportunity to escape the life laid out for them since birth. To be swept up in a world of glittering gowns and priceless jewels. To live in a palace and compete for the heart of gorgeous Prince Maxon.

But for America Singer, being Selected is a nightmare. It means turning her back on her secret love with Aspen, who is a caste below her. Leaving her home to enter a fierce competition for a crown she doesn't want. Living in a palace that is constantly threatened by violent rebel attacks.

Then America meets Prince Maxon. Gradually, she starts to question all the plans she's made for herself—and realizes that the life she's always dreamed of may not compare to a future she never imagined.



The Elite
The Selection gets fierce as rivals stake their claim on the Prince.
Six girls, one life-changing prize…

America Singer will leave her pre-destined life for a world of glamour and luxury, if she wins…

But surviving The Selection is tough. Rivals are battling to become Prince Maxon’s bride as the threat of rebel violence just beyond the palace walls escalates into war.

Only six girls are left and sworn friendships are tested to breaking point. America’s feelings for Maxon grow stronger, but she suspects darker mysteries in his royal past. With ex-lover Aspen waiting for her in the shadows, where do her loyalties truly lie?



The One
The time has come for one winner to be crowned.

When she was chosen to compete in the Selection, America never dreamed she would find herself anywhere close to the crown—or to Prince Maxon's heart. But as the end of the competition approaches, and the threats outside the palace walls grow more vicious, America realizes just how much she stands to lose—and how hard she'll have to fight for the future she wants.

Opinião:
Visto ter lido os três livros de seguida não faz muito sentido para mim estar a falar deles de forma individual. De uma forma geral gostei de todos os livros, mas o meu preferido foi o primeiro e o que menos gostei foi o último.

No primeiro livro são-nos apresentados os personagens e é-nos dado o contexto em que se desenrola a acção. Basicamente a história passa-se numa América que se passou a chama Illéa. Aqui as pessoas estão dividas por castas que se encontram numeradas de 1 a 8. 1 é a família real e o 8 são as pessoas mais pobres e miseráveis do reino. América encontra-se na casta 5, que basicamente pertence aos artistas, e no início da história está completamente apaixonada por Aspen, um rapaz de casta 6. É então que a Selecção tem início. A Selecção consiste basicamente de um concurso em que o Príncipe Maxon irá escolher de entre 35 raparigas aquela que irá ser a futura rainha. A partir do momento em que America é escolhida e conhece o Príncipe Maxon os seus sentimentos começam a mudar.

De uma forma geral gostei do contexto dado à história. A ideia das castas está bem estruturada e o desagrado das pessoas para com estas castas está bem patente. Ao mesmo tempo com tanto desagrado seria de esperar que hajam rebeldes. E efectivamente eles existem. A autora desenvolve mais os rebeldes do Norte do que Sul. Talvez porque os do Norte tenham um desígnio e importância para a história, enquanto que os rebeldes do Sul só querem causar estragos. De qualquer modo a autora podia ter mostrado um pouco mais do mundo fora dos muros do palácio visto aquilo a que temos direito ser tão pouco.

Quanto aos personagens, de uma maneira geral achei que estavam bem caracterizados. Gostei bastante de voltar a ver a Rainha Amberly. Através dos olhos da America é fácil notar que Amberly continua a ser a mesma rapariga cheia de bondade e calma que era antes de se tornar Rainha. Ela é um personagem com um coração enorme, e apesar de pouco ver-mos dela o pouco que vemos faz-nos adorá-la. Já o Rei foi uma completa desilusão. Manipulador para com todos às sua volta, agressivo e vingativo. Não estava nada à espera de ver alguém tão diferente no decorrer dos livros daquilo que tinha visto no conto. Quanto aos novos personagens, adorei a Marlee, a melhor amiga da America. Uma rapariga cheia de força, que acabou por sofrer bastante, mas que não desistiu da sua felicidade. Fiquei feliz por no final tudo se ter composto para ela. Não posso deixar de referir Celeste. Ela é simplesmente horrível, mas tão horrível que é impossível ficar-mos indiferentes. Foi surpreendente quando revelações são feitas acerca da sua pessoa. Não estava nada à espera de passar a gostar dela, e o seu final... Ela não merecia o que lhe aconteceu. Foi repentino de mais e a autora não deu tempo suficiente ao leitor para fazer o luto e se inteirar do que realmente tinha acontecido.

Falando agora dos personagens principais. Gostei da America. Uma rapariga com a cabeça em cima dos ombros, que apesar de todas as delicadezas com que é rodeada não se deixa enganar e continua fiel a si mesma desde o início até ao final do livro. Ela pode ceder em alguns aspectos, mas com o que é realmente importante ela não cede e não deixa de lutar por aquilo em que acredita. Houve vários momentos em que me senti bastante orgulhosa da sua rectidão e da sua moral. Ao longo da maior parte do livro a America balança entre o Aspen e o Maxon. Eu consigo perceber isso. O Aspen é alguém que ela conhece. Que é seguro. É o seu primeiro amor e é difícil conseguir separar o passado do presente quando não nos sentimos seguros de nós mesmos. O Maxon é algo novo e inesperado, e devido a todas as dúvidas que a America tem sobre as suas capacidades para ser Rainha tem alturas em que se afasta do Maxon levando a que as coisas entre eles possam não acabar da melhor maneira. Quanto ao Maxon, gostei da personalidade dele em certos aspectos tão parecida com a da sua mãe. Contudo ele é um pouco mais brincalhão e essa sua faceta acenta-lhe perfeitamente. Na maior parte do tempo o Maxon anda de volta da América, contudo no terceiro livro ele afasta-se dela e começa a ficar próximo de outra rapariga. Se por um lado eu percebo que ele precisasse de encontrar uma segunda opção no caso de não conseguir conquistar a America a verdade é que me fez imensa confusão ele tornar-se tão próximo de outra rapariga. Como é que ele esperava que a America não tivesse dúvidas e ficasse com ele se ele não mostra que a pessoa que mais importa é ela?

Juro que no último livro este chova não molha entre os dois me irritou solenemente. Tantos mal entendidos e tantas cabeçadas que seriam evitadas se pelo menos fossem sinceros consigo mesmos e um com o outro. Quanto ao Aspen, ele está sempre presente, mas as interacções com a America são poucas, apesar de importantes. Contudo nunca senti que ele tivesse propriamente uma oportunidade.

Pontos negativos, o final da história. Tão fácil. Detesto quando os autores recorrem à técnica mais fácil para resolver os problemas, matar quem está a mais. Não tem piada nenhuma e faz-me sentir que o autor não tem capacidade para resolver as coisas de uma maneira satisfatória. Já disse que detestei toda a indecisão mostrada no último livro pela America e pelo Maxon, mas infelizmente também não senti uma ligação verdadeiramente forte entre os dois. Senti que havia algo entre eles, mas a autora não me fez acreditar numa relação segura e forte. Não me conseguiu fazer acreditar na química existente entre eles.

Poderia falar de mais aspectos, mas iria alongar-me por de mais. Em jeito de conclusão, fiquei triste por o meu interesse nos livros vir a diminuir e não a aumentar. De um modo geral gostei da história, dos conceitos, dos personagens, mas acho que a autora lhes poderia ter dado mais credibilidade, bem como uma maior química. Depois de ler esta primeira parte não tenho muita curiosidade para ler o próximo livro que se passa com a filha da America e do Maxon. Parece-me mais uma repetição e se a autora se focar novamente apenas na Selecção e deixar os problemas fora do palácio de fora da narrativa considero que a leitura do livro seja uma perda de tempo.

Assim sendo esta é uma história que aconselho para um público que gosta de leituras juvenis. Não sendo do melhor que li também não é do pior. Posto isto se têm curiosidade acerca dos livros devem lê-los porque não são uma total perda de tempo.