Ficha Técnica:
Autor: Terry Pratchett
Título Original: Wyrd Sisters
Páginas: 258
Editor: Caminho
ISBN: 9789722105910
Tradutor: Paula Reis
Sinopse:
Terry Pratchett é um autor que entronca na melhor e mais fabulosa tradição do humor britânico. Com uma dexteridade e uma imaginação desnorteantes, Pratchett desenrola o seu mundo-disco, que não se parece com qualquer outro, repleto de bruxas, bobos, fantasmas, dragões, e peripécias devastadoras, e situações inconcebíveis, e faz disto tudo um livro magnífico, surpreendentemente equilibrado, como um fogo-de-artifício altamente rebuscado em que nada falha e o espectáculo se executa com mão de mestre. Do mestre Terry Pratchett, escritor de grande e justificado êxito, que era urgente trazer ao convívio do leitor português.
Opinião:
Já não lia nada de Pratchett à algum tempo. É sempre preciso ter-se uma mente atenta quando estamos a ler este autor devido a todos os trocadilhos que ele faz e todas as referências que poderão passar despercebidas a um leitor menos atento ou no caso de uma tradução menos boa.
O Discworld é um mundo fascinante. Cheio de coisas estranhas e inacreditáveis e de personagens completamente fascinantes, com personalidades fortes e marcantes, ou fracas e marcantes (o que pode parecer impossível, mas acreditem que não é). Cada vez que se lê uma história do Discworld descobrem-se novas personagens e novas coisas que antes não sabíamos que existiam ou que eram possíveis.
Pelo menos uma das personagens deste livro eu já conhecia, a bruxa Weatherwax, do livro Ritos Iguais. Tinha uma vaga ideia da sua personalidade, mas assim que comecei a ler o livro notei que era exactamente a mesma pessoa com a mesma postura. Alguém muito rezingão, com uma ideia muito fixa do que é ser bruxa e do que se pode fazer, mas que quando lhe convém sabe dar a volta ao texto de uma maneira fenomenal. Já as outras duas bruxas não me recordo de ter lido sobre elas, no entanto posso dizer que são também personagens completamente alucinadas e com personalidades muito singulares. Ama Ogg adora andar na pinga e tem uma postura bastante descontraída, enquanto que Magrat é uma bruxa mais ligada à natureza e às coisas naturais e que é aficionada por pendentes e afins. No entanto as nossas bruxas não são as únicas personagens dignas de nota. As que mais me fascinaram foram o Duque e a Duquesa devido a toda a sua loucura. Principalmente o Duque é completamente assustador na sua loucura alucinada.
Quanto aos outros personagens, são também importantes para o desenvolvimento da trama, mas não foram capazes de me cativar tanto como os que mencionei acima. E por falar em trama, ao longo de todo o livro parece que nada acontece. Parece que tudo se desloca a passo de caracol e que não há propriamente nenhuma acção, a qual esperamos desde o início do livro devido ao tipo de história que é. No entanto quando damos por isso os maus estão derrotados e a paz foi restaurada no reino. É algo estranho de se perceber.
Houve quem me tenha questionado acerca da tradução, sinceramente não a achei má. Algumas letras trocadas, recordo-me que numa parte em vez de mais escreveram Maio, mas nada a que não se esteja habituado no dia a dia. Quanto às notas a que temos direito durante a leitura, gostei bastante que estivessem disponíveis pois ajudaram-me a perceber determinadas referências e piadas que de outro modo não perceberia. Como as inúmeras referência às peças de Shakespeare e aos trocadilhos de palavras que vão sendo utilizados ao longo da narrativa. Estas notas poderiam até quebrar o ritmo da leitura, mas como elas são tão engraçadas e interessantes parecem fazer parte da própria narrativa levando a que não se perca o embalo e que a leitura continue a correr de forma fluída.
Mais uma vez Pratchett conseguiu deixar-me rendida. Aconselho.
O Discworld é um mundo fascinante. Cheio de coisas estranhas e inacreditáveis e de personagens completamente fascinantes, com personalidades fortes e marcantes, ou fracas e marcantes (o que pode parecer impossível, mas acreditem que não é). Cada vez que se lê uma história do Discworld descobrem-se novas personagens e novas coisas que antes não sabíamos que existiam ou que eram possíveis.
Pelo menos uma das personagens deste livro eu já conhecia, a bruxa Weatherwax, do livro Ritos Iguais. Tinha uma vaga ideia da sua personalidade, mas assim que comecei a ler o livro notei que era exactamente a mesma pessoa com a mesma postura. Alguém muito rezingão, com uma ideia muito fixa do que é ser bruxa e do que se pode fazer, mas que quando lhe convém sabe dar a volta ao texto de uma maneira fenomenal. Já as outras duas bruxas não me recordo de ter lido sobre elas, no entanto posso dizer que são também personagens completamente alucinadas e com personalidades muito singulares. Ama Ogg adora andar na pinga e tem uma postura bastante descontraída, enquanto que Magrat é uma bruxa mais ligada à natureza e às coisas naturais e que é aficionada por pendentes e afins. No entanto as nossas bruxas não são as únicas personagens dignas de nota. As que mais me fascinaram foram o Duque e a Duquesa devido a toda a sua loucura. Principalmente o Duque é completamente assustador na sua loucura alucinada.
Quanto aos outros personagens, são também importantes para o desenvolvimento da trama, mas não foram capazes de me cativar tanto como os que mencionei acima. E por falar em trama, ao longo de todo o livro parece que nada acontece. Parece que tudo se desloca a passo de caracol e que não há propriamente nenhuma acção, a qual esperamos desde o início do livro devido ao tipo de história que é. No entanto quando damos por isso os maus estão derrotados e a paz foi restaurada no reino. É algo estranho de se perceber.
Houve quem me tenha questionado acerca da tradução, sinceramente não a achei má. Algumas letras trocadas, recordo-me que numa parte em vez de mais escreveram Maio, mas nada a que não se esteja habituado no dia a dia. Quanto às notas a que temos direito durante a leitura, gostei bastante que estivessem disponíveis pois ajudaram-me a perceber determinadas referências e piadas que de outro modo não perceberia. Como as inúmeras referência às peças de Shakespeare e aos trocadilhos de palavras que vão sendo utilizados ao longo da narrativa. Estas notas poderiam até quebrar o ritmo da leitura, mas como elas são tão engraçadas e interessantes parecem fazer parte da própria narrativa levando a que não se perca o embalo e que a leitura continue a correr de forma fluída.
Mais uma vez Pratchett conseguiu deixar-me rendida. Aconselho.
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