Ficha Técnica:
Autor: Marc Pastor
Título Original: La Mala Dona
Páginas: 256
Editor: Topseller
ISBN: 9789898626561
Tradutor: Artur Guerra e Cristina Rodriguez
Sinopse:
Tão cativante quanto assustador. Uma mistura de CSI com Jack, o Estripador, na Barcelona do início do século XX.Barcelona, 1912. Há crianças a desaparecer. Quando um cadáver é encontrado numa viela estreita, dilacerado e sem um pingo de sangue, surgem rumores bizarros sobre um «vampiro» que se move pelas sombras da cidade e que anda a roubar as almas dos inocentes.Para a polícia trata-se apenas de mais um cadáver, num lugar onde a morte e o crime são tão frequentes que se tornaram banais. E quanto às crianças desaparecidas, ninguém quer saber dos filhos das prostitutas que povoam Barcelona.Mas para o inspetor Moisès Corvo um polícia rude e dissoluto, com um sexto sentido peculiar este é um mistério que tem de ser resolvido, com um criminoso que afinal é uma mulher.Gótico e chocante, "A Mulher Má" revela um mundo macabro, uma história verídica que nos faz duvidar de um dia ter realmente existido uma mulher tão pérfida, capaz de crimes tão monstruosos. Um livro assombroso que agarrará o leitor da primeira à última página.
Opinião:
Este é um policial assustador, principalmente por ser baseado em factos reais. Quem é que poderia imaginar que pudesse ter existido alguém assim? É certo que estamos habituados a ver todos os dias pessoas estranhas e acontecimentos ainda mais estranhos, muitos deles horripilantes. No entanto ver algo assim retratado de forma tão crua e directa foi um pouco chocante. Como é que poderá ter existido uma mulher capaz de tamanha maldade, alguém que roubava crianças e as matava de forma a poder-se alimentar delas e assim manter puro o seu sangue?
Este livro é contado pela morte. Através dela vamos conhecendo os personagens que povoam o livro, desde o nosso amigo inspector Moisés Corvo, até à nossa assassina. A maneira como a morte nos apresenta as cenas e as personalidades dos personagens está bem conseguida. Gostei principalmente do facto de ela se "converter" em alguém de carne de modo a poder interagir com personagens que não são propriamente importantes para a história, mas sim para a caracterização da Mulher Má. É fascinante como o autor através de pequenos diálogos e interacções nos consegue mostrar tanto da pessoa com quem a morte está a falar, mas também fazer uma caracterização tão profunda da história desta mulher assassina.
A linguagem utilizada pelo autor foi outra coisa que me cativou. Ele usa uma linguagem crua, directa, agressiva e o que pode ser considerado asneirenta. No entanto senti que esse tipo de linguagem se adequava perfeitamente ao tipo de ambiente e ao tipo de personagens que nos foram apresentadas. As próprias atitudes dos personagens eram um pouco mais agressivas, sem todo aquele protocolo de comportamento que estamos habituados a ver hoje em dia nos policiais. Isto terá como causa o facto de o livro se passar num tempo em que tudo era conseguido à base da força.
Houve poucos aspectos dos quais não gostei. Aquele que mais me incomodou foi o facto de não ter sentido o ambiente de Barcelona. Acho que teria gostado mais se o autor tivesse conseguido transmitir melhor o ambiente da cidade, se tivesse utilizado mais referências e descrições que nos ajudassem a situar no ambiente físico em que se passa a história. Algo que me costuma incomodar e que desta vez não aconteceu foi o facto de que desde o início que temos uma visão clara de quem é o culpado das mortes. Louvo o autor por me ter conseguido passar essa informação sem que eu tenha perdido o interesse no livro.
Em suma, um livro que vale a pena ser livro devido aos seus aspectos positivos.
Este livro é contado pela morte. Através dela vamos conhecendo os personagens que povoam o livro, desde o nosso amigo inspector Moisés Corvo, até à nossa assassina. A maneira como a morte nos apresenta as cenas e as personalidades dos personagens está bem conseguida. Gostei principalmente do facto de ela se "converter" em alguém de carne de modo a poder interagir com personagens que não são propriamente importantes para a história, mas sim para a caracterização da Mulher Má. É fascinante como o autor através de pequenos diálogos e interacções nos consegue mostrar tanto da pessoa com quem a morte está a falar, mas também fazer uma caracterização tão profunda da história desta mulher assassina.
A linguagem utilizada pelo autor foi outra coisa que me cativou. Ele usa uma linguagem crua, directa, agressiva e o que pode ser considerado asneirenta. No entanto senti que esse tipo de linguagem se adequava perfeitamente ao tipo de ambiente e ao tipo de personagens que nos foram apresentadas. As próprias atitudes dos personagens eram um pouco mais agressivas, sem todo aquele protocolo de comportamento que estamos habituados a ver hoje em dia nos policiais. Isto terá como causa o facto de o livro se passar num tempo em que tudo era conseguido à base da força.
Houve poucos aspectos dos quais não gostei. Aquele que mais me incomodou foi o facto de não ter sentido o ambiente de Barcelona. Acho que teria gostado mais se o autor tivesse conseguido transmitir melhor o ambiente da cidade, se tivesse utilizado mais referências e descrições que nos ajudassem a situar no ambiente físico em que se passa a história. Algo que me costuma incomodar e que desta vez não aconteceu foi o facto de que desde o início que temos uma visão clara de quem é o culpado das mortes. Louvo o autor por me ter conseguido passar essa informação sem que eu tenha perdido o interesse no livro.
Em suma, um livro que vale a pena ser livro devido aos seus aspectos positivos.
(Livro lido em parceria com o Segredo dos Livros)
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