Ficha Técnica:
Autor: Paula Hawkins
Título Original: The Girl on the Train
Páginas: 320
Editor: TopSeller
ISBN: 9789898800541
Tradutor: José João Leiria
Sinopse:
Todos os dias, Rachel apanha o comboio... No caminho para o trabalho, ela observa sempre as mesmas casas durante a sua viagem. Numa das casas ela observa sempre o mesmo casal, ao qual ela atribui nomes e vidas imaginárias. Aos olhos de Rachel, o casal tem uma vida perfeita, quase igual à que ela perdeu recentemente.
Até que um dia...
Rachel assiste a algo errado com o casal... É uma imagem rápida, mas suficiente para a deixar perturbada. Não querendo guardar segredo do que viu, Rachel fala com a polícia. A partir daqui, ela torna-se parte integrante de uma sucessão vertiginosa de acontecimentos, afetando as vidas de todos os envolvidos.
Opinião:
Muitas vezes gera-se um grande hype em volta de determinado livro e depois quando se var lê-lo acabamos por nos sentir enganados visto o mesmo não ir de encontro às altas expectativas que criámos. Este não é o caso.
A rapariga do Comboio é contada através de três pontos de vista. Inicialmente através de Rachel e Megan, sendo que um pouco mais tarde aparece Anna. Todos eles são importantes para a caracterização dos personagens e desenvolvimento da narrativa.
Através dos POV de Rachel ficamos a conhecer o que se está a passar no presente e o desenvolvimento dos acontecimentos desde o desaparecimento de Megan. Rachel é uma personagem triste e deprimente. Alguém que sente que a vida não tem sentido. Alguém que julga ter tido tudo o que sempre quis e viu tudo isso e a sua felicidade ser-lhe retirada de debaixo dos pés sem qualquer aviso prévio. É ainda uma pessoa com um nível de autoconfiança bastante baixo e que por isso se está constantemente a denegrir. Para isto contribui ainda o facto de ser alcoólica. A única alegria que considera ter é ver a vida perfeita e cheia de amor que Jess (Megan) e Jason (Scott) parecem levar quando olha através da janela do comboio em que viaja. Eventualmente com o decorrer da história e a descoberta de novas informações Rachel vai crescendo, evoluindo, ganhando confiança, enquanto tenta chegar ao fundo dos acontecimentos que levaram ao desaparecimento de Megan e de encontro às suas memórias perdidas.
Megan é também uma personagem quebrada. Para Megan a história começa um ano atrás e aos poucos vão-nos sendo desvendados os pormenores que levaram ao seu desaparecimento. Isto acontece de uma forma a que as informações se vão encaixando com as novas descobertas e teorias que Rachel vai contando no presente. Relativamente à sua personalidade, Megan é alguém descompensada, com tendência para destruir as coisas boas que tem na vida, por ter ataques de pânico por se sentir sozinha ou acompanhada, que determinada pessoa não é suficiente ou só ela é suficiente. Ao fim e ao cabo Megan é alguém que devido a um erro no passado acha que não é boa o suficiente e por isso não se esforça por se melhor cometendo os mesmos erros uma e outra vez.
Os POV da Anna são poucos e aparecem um pouco mais tarde que os de Rachel e Megan. Eles mostram-nos uma pessoa desesperada e receosa com a sua actual situação, bem como o caminho que empreende até à aceitação do facto que nem sempre o que parece é. É uma personagem algo mesquinha que não sente remorsos pelas atitudes do passado e que ainda sente prazer ao recordar a tristeza que causou. No geral todas as personagens.
No geral todas as personagens estão bem construídas, são cativantes e importantes para a percepção de todos os ângulos que a história apresenta. Isto aliado ao facto de que o ritmo da narrativa está conseguido de forma magistral contribuem para que este livro mereça todos os elogios que lhe são feitos.
A única coisa que tenho a apontar é que relativamente cedo fiquei com uma ideia de quem seria o culpado através de um comentário sem nada de mais. Contudo foi interessante ver que tinha razão e qual o motivo que nos fez chegar à situação inicial do livro. Contudo fiquei também um pouco triste por desde o início ter uma ideia fixa e não ter vacilado nas minhas suspeitas.
A rapariga do Comboio é contada através de três pontos de vista. Inicialmente através de Rachel e Megan, sendo que um pouco mais tarde aparece Anna. Todos eles são importantes para a caracterização dos personagens e desenvolvimento da narrativa.
Através dos POV de Rachel ficamos a conhecer o que se está a passar no presente e o desenvolvimento dos acontecimentos desde o desaparecimento de Megan. Rachel é uma personagem triste e deprimente. Alguém que sente que a vida não tem sentido. Alguém que julga ter tido tudo o que sempre quis e viu tudo isso e a sua felicidade ser-lhe retirada de debaixo dos pés sem qualquer aviso prévio. É ainda uma pessoa com um nível de autoconfiança bastante baixo e que por isso se está constantemente a denegrir. Para isto contribui ainda o facto de ser alcoólica. A única alegria que considera ter é ver a vida perfeita e cheia de amor que Jess (Megan) e Jason (Scott) parecem levar quando olha através da janela do comboio em que viaja. Eventualmente com o decorrer da história e a descoberta de novas informações Rachel vai crescendo, evoluindo, ganhando confiança, enquanto tenta chegar ao fundo dos acontecimentos que levaram ao desaparecimento de Megan e de encontro às suas memórias perdidas.
Megan é também uma personagem quebrada. Para Megan a história começa um ano atrás e aos poucos vão-nos sendo desvendados os pormenores que levaram ao seu desaparecimento. Isto acontece de uma forma a que as informações se vão encaixando com as novas descobertas e teorias que Rachel vai contando no presente. Relativamente à sua personalidade, Megan é alguém descompensada, com tendência para destruir as coisas boas que tem na vida, por ter ataques de pânico por se sentir sozinha ou acompanhada, que determinada pessoa não é suficiente ou só ela é suficiente. Ao fim e ao cabo Megan é alguém que devido a um erro no passado acha que não é boa o suficiente e por isso não se esforça por se melhor cometendo os mesmos erros uma e outra vez.
Os POV da Anna são poucos e aparecem um pouco mais tarde que os de Rachel e Megan. Eles mostram-nos uma pessoa desesperada e receosa com a sua actual situação, bem como o caminho que empreende até à aceitação do facto que nem sempre o que parece é. É uma personagem algo mesquinha que não sente remorsos pelas atitudes do passado e que ainda sente prazer ao recordar a tristeza que causou. No geral todas as personagens.
No geral todas as personagens estão bem construídas, são cativantes e importantes para a percepção de todos os ângulos que a história apresenta. Isto aliado ao facto de que o ritmo da narrativa está conseguido de forma magistral contribuem para que este livro mereça todos os elogios que lhe são feitos.
A única coisa que tenho a apontar é que relativamente cedo fiquei com uma ideia de quem seria o culpado através de um comentário sem nada de mais. Contudo foi interessante ver que tinha razão e qual o motivo que nos fez chegar à situação inicial do livro. Contudo fiquei também um pouco triste por desde o início ter uma ideia fixa e não ter vacilado nas minhas suspeitas.
(Livro lido em parceria com o Segredo dos Livros)
A opinião está bem construída, veio demonstrar que não é só mais um livro famoso porque sim.Obrigado,fiquei curioso, pois ainda não tive oportunidade de o ler.
ResponderEliminarObrigada =) Aqui tentamos sempre esquecer a fama do livro para podermos fazer uma justa avaliação do mesmo e neste caso a avaliação não deixou de ser bastante positiva.
EliminarEste livro tem feito furor... ainda bem que vai de encontro às expectativas. Está na minha wishlist desde que saiu, talvez tenha sorte nas prendinhas de Natal :)
ResponderEliminarSe não tiveres com sorte com este que tenhas sorte com qualquer outro que queiras! =D
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