terça-feira, 27 de setembro de 2016

Opinião - Convergente

Ficha Técnica:
Autor: Veronica Roth
Título Original: Allegiant
Série: Divergente, #3
Páginas: 415
Editor: Porto Editora
ISBN: 9789720043832
Tradutor: Alcinda Marinho

Sinopse:
A sociedade de fações em que Tris Prior acreditava está destruída – dilacerada por atos de violência e lutas de poder, e marcada para sempre pela perda e pela traição. Assim, quando lhe é oferecida a oportunidade de explorar o mundo para além dos limites que conhece, Tris aceita o desafio. Talvez ela e Tobias possam encontrar, do outro lado da barreira, uma vida mais simples, livre de mentiras complicadas, lealdades confusas e memórias dolorosas. Mas a nova realidade de Tris é ainda mais assustadora do que a que deixou para trás. As descobertas recentes revelam-se vazias de sentido, e a angústia que geram altera as vontades daqueles que mais ama. Uma vez mais, Tris tem de lutar para compreender as complexidades da natureza humana ao mesmo tempo que enfrenta escolhas impossíveis de coragem, lealdade, sacrifício e amor. Convergente encerra de forma poderosa a série que cativou milhões de leitores, revelando os segredos do universo Divergente.

Opinião:
Ufff! Eu sei, ando super atrasada com as leituras e, especialmente, com os desafios a que me propus. No entanto espero até ao final do ano dar um bocadinho a volta a isto, pelo menos no que toca a este meu desafio mensal do frasquinho. 
Ora então, no que respeita ao presente e atrasadíssimo desafio do mês de Maio (leram bem, Maio *suspiro*), o papelinho tirado à sorte do meu frasco de desafios literários, indicava que teria de ler "Um livro já com filme ou que vai sair filme/série".
A minha escolha recaiu então sob o livro Convergente de Veronica Roth, pois não só se enquadra no pedido, como se  trata do derradeiro volume de uma trilogia que queria ver concluída.

Tenho pena de o dizer, mas não fiz a melhor das escolhas. Apesar de querer concluir a trilogia, não parti assim com muita vontade para a leitura e para além disso a história não me agarrou nada. Senti-me constantemente dispersa enquanto lia e em grande parte do tempo senti que estava a ler este livro só porque sim. 

Vendo bem, agora que analiso este Convergente com mais distanciamento e penso nos anteriores livros da trilogia, apercebo-me que tudo o que já descrevi, não é assim tão estranho. Houve sempre algo de que não gostei muito em cada livro, o que não me permitiu envolver ou sentir envolvida, e que me fez entrar, do primeiro ao último volume, numa espiral de descontentamento crescente.
Se antes me importava com os personagens, deixei de importar muito e senti-me mais distanciada deles. Por exemplo, Tobias, o personagem de que mais gostava, passa de um jovem firme, racional e ponderado, para um rapazito perdido, instável, impulsivo e um pouco irracional. Porquê? Não percebi bem, mas ao menos é algo que não dura o livro todo...
Para além disso, passar de uma narrativa sob o ponto de vista único de Tris, para uma narrativa com pontos de vista alternados entre esta e Tobias, não trouxe nada de relevante para a história e por isso pareceu-me algo desnecessário.

De referir também, que sou da opinião que a resolução de algumas questões finais de importância máxima para trama, se solucionaram algo atabalhoadamente, de forma fácil e pouco convincente, gerando uma espécie de anti-clímax. Refiro-me, por exemplo, à iminente batalha de Chicago, que num virar de página acabou antes de poder começar.

No entanto, apesar de tudo isto, emocionei-me na recta final e dei por mim a enxugar os olhos um par de vezes. Parece incoerente, depois de tudo o que já disse, não é? Ainda agora não sei o que se passou, mas de facto, apesar de já contar com algo trágico, não contava que fosse como foi, nem com a personagem em questão, e assistir ao sofrimento de uma outra, foi aquilo que mais me tocou.

Resta-me dizer que, de um modo geral, Convergente foi uma leitura morna, não me convenceu, mas em contrapartida ficar-me-há na memória, quanto mais não seja, pelo seu momento Mártir inesperado, que me trouxe as emoções à tona.


Sem comentários:

Enviar um comentário