quarta-feira, 12 de março de 2014

Opinião - Tenho o Teu Número

Ficha Técnica:
Autor: Sophie Kinsella
Título Original: I've Got Your Number
Páginas: 320
Editor: Quinta Essência
ISBN: 9789897260988
Tradutor: Maria João Vieira

Sinopse:
Dez dias antes do casamento, Poppy perde o anel de noivado. Desesperada, Poppy começa a telefonar a toda a gente para pedir ajuda e alguém lhe arranca o telemóvel da mão! Também o roubaram! Como irão agora avisá-la se encontrarem o anel? E, imediatamente, Poppy vê um telemóvel num caixote do lixo, um telemóvel abandonado de que ela precisa urgentemente. Poppy dá o seu novo número a todos os amigos e também atende as chamadas recebidas e lê as mensagens endereçadas à anterior proprietária, a secretária (que acaba de se demitir) de Sam Roxton, um empresário importante. Enquanto continua à procura do anel, Poppy mantem-se em contacto com Sam Roxton, o novo proprietário do telefone. Sam vai deixá-la ficar com o aparelho, desde que ela lhe reencaminhe todas as mensagens que receber, mas às vezes Poppy responde por Sam em assuntos profissionais e também pessoais. Não se contém. Sam também começa a opinar sobre a vida de Poppy, o seu casamento, sobre os sogros e até sobre o noivo, que talvez, não seja tão maravilhoso como ela pensava.

Opinião:
Poppy parece ter saído na rifa ao azar. Não só perdeu o anel de noivado a 10 dias do casamento, como ainda por cima lhe roubaram o telemóvel onde esperava receber informações caso este fosse encontrado. Mas nem tudo está perdido, pois encontra um telemóvel num caixote do lixo e este torna-se a sua salvação.

Este não é propriamente um livro que fica na memória durante um longo tempo ou que marca especialmente o leitor. No entanto não deixa de ser uma leitura agradável e que serve para desanuviar quando se acabou de ler um livro mais pesado ou quando precisamos de uma leitura mais leve para descontrair.

Poppy é basicamente uma rapariga que parece ainda não ter saído da adolescência, não que tenha atitudes idiotas, simplesmente lembra aquelas miúdas mais envergonhadas e que de certa forma se deixam subjugar, dizendo sempre que sim a tudo e achando que conseguem certos feitos mais por sorte que por mérito próprio. Já Sam é exactamente o contrário. Sabe o que quer, não tem papas na língua, nem sequer tenta agradar às pessoas. Limita-se a ignorar todos aqueles que o rodeiam sem se preocupar com os seus sentimentos, ou mesmo tentar conhecê-los. Estes são os personagens principais, e encontram-se bem caracterizados e conseguidos. Já os personagens secundários achei-os extremamente fracos. A caracterização que Poppy faz das suas amigas e dos familiares do seu noivo pretendem dar a conhecer os mesmos. Mas as palavras não são suficientes, há que caracterizar as personagens com acções, e nesse aspecto a autora falha um pouco.

O mais engraçado do livro é sem dúvida as interacções entre Sam e Poppy, a maneira como aos poucos se vão conhecendo melhor, se vão aceitando e se vão transformando em pessoas melhores através do convívio mútuo. Poppy começa a tornar-se uma mulher mais determinada e capaz sem medo de enfrentar os outros e Sam começa a dar mais atenção às pessoas e aos pormenores, tornando-se mais liberto e mais afectuoso. A maneiro como o seu relacionamento se vai aprofundando e crescendo está bem conseguida, com um passo calmo que nos permite ir observando as pequenas mudanças.

Das poucas coisa que realmente não gostei no livro foi do constante Ai meu Deus! de Poppy, principalmente ao início torna-se bastante irritante. Posteriormente torna-se mais fácil lidar com esta expressão pois começa a aparecer com mais raridade.

Um livro engraçado, que serve para descontrair, mas que apesar de ter gostado não me deixou fã da autora.

(Livro lido em parceria com o Segredo dos Livros)

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