Ficha Técnica:
Autor: Lauren Beukes
Título Original: The Shining Girls
Páginas: 344
Editor: Porto Editora
ISBN: 9789720044969
Tradutor: Cristina Paixão
Sinopse:
Ele é o assassino perfeito. Imparável. Impossível de identificar. Pensa ele… CHICAGO, 1931: Harper Curtis,um vagabundo paranóico e violento, dá de caras com uma casa que possui um segredo tão chocante como a natureza distorcida de Curtis: permite o acesso a outras épocas. Ele usa-a para perseguir as suas raparigas cintilantes – e tirar-lhes o brilho de uma vez por todas.
CHICAGO, 1992: Diz-se que o que não nos mata nos faz mais fortes. Experimente dizê-lo a Kirby Mazrachi, cuja vida ficou devastada depois de sofrer uma brutal tentativa de assassínio. Continua a tentar encontrar o agressor, tendo como único aliado Dan, um ex-repórter de crime que cobrira o seu caso anos antes. À medida que prossegue a sua investigação, Kirby descobre as outras raparigas, as que não sobreviveram. Os indícios apontam para algo… impossível. Mas para alguém que devia estar morto, impossível não quer dizer que não aconteceu…
Opinião:
As Raparigas Cintilantes é um livro interessante na medida em que mistura policial e também fantasia ou ficção científica. O livro em si pretende ser mais um policial ou thriller, em que o vilão é um bocadinho para o alucinado e tira um prazer mórbido dos assassinatos que comete. No entanto a autora dá-lhe um twist algo diferente ao trazer para a mistura uma casa que tem a capacidade de fazer o vilão viajar no tempo, permitindo-lhe perseguir as suas raparigas cintilantes ao longo do tempo de forma a poder cometer os crimes na altura em que os mesmos são devidos.
Por um lado gostei bastante da premissa do livro. A ideia da casa que tem propriedades "mágicas", o modo como os acontecimentos se encadeiam, com os primeiros assassinatos a acontecer mais tarde no tempo e vice-versa. É um pouco assustador, no final, ver como tudo se interliga num ciclo que parece não ter fim. Gostei ainda da caracterização dos personagens, desde os heróis aos vilões. A Kirby é alguém muito especial, não só por quase ter morrido, mas também por tudo aquilo que passou e ultrapassou quando era uma criança. Gostei bastante da sua personalidade determinada e da sua língua comprida. Gostei do Dan e de como a sua relação com a Kirby o afecta e como é que ele lida com isso. Contudo o personagem que mais atenção merece é sem dúvida Harker. O homem é doentio e a autora consegue transmitir-nos essa sensação bastante bem. Além disso a sua lógica e raciocínio são assustadores, sendo que ao mesmo tempo deixam o leitor agarrado à narrativa.
No entanto houve coisas que também me desagradaram e influenciaram bastante para o facto de não ter gostado do livro tanto como poderia. Uma dessas coisas é a maneira algo confusa como nos são apresentadas as diferentes personagens as diferentes raparigas cintilantes. Além das datas na página achei que poderia ter havido um maior cuidado a ligar as histórias e em situar o leitor no tempo histórico e no tempo da narrativa. Também não gostei do facto de a autora não ter desenvolvido mais acerca da casa. O que é ela, de onde vinha, qual o seu propósito? Apenas sabemos que ela existe e trabalha de certo modo, mas isso na minha opinião não é suficiente. Por fim, o final. Se por um lado gostei por causa da ideia de ciclo que nos transmite por outro lado ficamos sem saber muito bem o que aconteceu com os personagens, É um final algo em aberto.
Este é um daqueles livros que me deixa dividida e que não sou capaz de dizer se vale a pena ser lido ou não. Acho que vai depender muito do gosto de cada pessoa e do estado de espírito.
Por um lado gostei bastante da premissa do livro. A ideia da casa que tem propriedades "mágicas", o modo como os acontecimentos se encadeiam, com os primeiros assassinatos a acontecer mais tarde no tempo e vice-versa. É um pouco assustador, no final, ver como tudo se interliga num ciclo que parece não ter fim. Gostei ainda da caracterização dos personagens, desde os heróis aos vilões. A Kirby é alguém muito especial, não só por quase ter morrido, mas também por tudo aquilo que passou e ultrapassou quando era uma criança. Gostei bastante da sua personalidade determinada e da sua língua comprida. Gostei do Dan e de como a sua relação com a Kirby o afecta e como é que ele lida com isso. Contudo o personagem que mais atenção merece é sem dúvida Harker. O homem é doentio e a autora consegue transmitir-nos essa sensação bastante bem. Além disso a sua lógica e raciocínio são assustadores, sendo que ao mesmo tempo deixam o leitor agarrado à narrativa.
No entanto houve coisas que também me desagradaram e influenciaram bastante para o facto de não ter gostado do livro tanto como poderia. Uma dessas coisas é a maneira algo confusa como nos são apresentadas as diferentes personagens as diferentes raparigas cintilantes. Além das datas na página achei que poderia ter havido um maior cuidado a ligar as histórias e em situar o leitor no tempo histórico e no tempo da narrativa. Também não gostei do facto de a autora não ter desenvolvido mais acerca da casa. O que é ela, de onde vinha, qual o seu propósito? Apenas sabemos que ela existe e trabalha de certo modo, mas isso na minha opinião não é suficiente. Por fim, o final. Se por um lado gostei por causa da ideia de ciclo que nos transmite por outro lado ficamos sem saber muito bem o que aconteceu com os personagens, É um final algo em aberto.
Este é um daqueles livros que me deixa dividida e que não sou capaz de dizer se vale a pena ser lido ou não. Acho que vai depender muito do gosto de cada pessoa e do estado de espírito.
(Livro lido em parceria com o Segredo dos Livros)
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