Ficha Técnica:
Autor: Rainbow Rowell
Título Original: Eleanor & Park
Páginas: 336
Editor: Chá das Cinco
ISBN: 9789897101229
Tradutor: Susana Serrão
Sinopse:
Dois inadaptados. Um amor extraordinário.
Eleanor... é uma miúda nova na escola, vinda de outra cidade. A sua vida familiar é um caos; sendo roliça e ruiva, e com a sua forma estranha de vestir, atrai a atenção de todos em seu redor, nem sempre pelos melhores motivos.
Park... é um rapaz meio coreano. Não é propriamente popular, mas vestido de negro e sempre isolado nos seus fones e livros, conseguiu tornar-se invisível. Tudo começa a mudar quando Park aceita que Eleanor se sente ao seu lado no autocarro da escola.
A princípio nem sequer se falam, mas pouco a pouco nasce uma genuína relação de amizade e cumplicidade que mudará as suas vidas. E contra o mundo, o amor aparece. Porque o amor é um superpoder.
Opinião:
Este é um dos romances mais fofinhos entre adolescentes que eu li até hoje. Além disso é também uma história com, digamos, história. Pode-se dizer que o livro não se foca apenas na relação entre estes dois personagens, mas em tudo o que faz parte da vida deles.
Esta é uma história simples, escrita de uma maneira simples. Não existem subterfúgios ao longo da história, as coisas são como são e a autora vai-nos apresentando as diversas informações e acontecimentos de uma forma clara e directa.
Gostei bastante do ambiente da história, em que os walkmans ainda mandavam no mercado e não havia telemóveis. Lembro-me bastante bem de ainda gravar as minhas playlist em cassetes e de combinar uma hora ao telefone com as minhas amigas para podermos falar, apesar de isto já ter sido nos anos 90 e não nos anos 80.
Quanto aos personagens, achei-os adoráveis. A Eleanor é uma rapariga cheia de força que faz o melhor que pode com a sua situação familiar. Como é óbvio tudo aquilo porque passa não deixa de a afectar, levando a que se torne numa pessoa insegura e algo fechada. Contudo é também alguém que nunca baixa os braços e cabeça e se esforça por seguir em frente. Já o Park acaba por ter a vida familiar ideal, em que os pais se amam e estão lá para os filhos sempre que é preciso. Por um lado isso também mexe com Park porque de certa forma o impede de perceber quem é e agir de acordo com isso.
Terem-se conhecido foi a melhor coisa que poderia ter acontecido a ambos. A sua relação desenvolve-se através de pequenas acções que ao início nem sequer usam de palavras, até ao momento em que estão tão embrenhados um no outro que nada mais interessa. A maneira como a relação de ambos os afecta é positiva, aos poucos Eleanor começou a aceitar-se melhor a si mesma e a perceber que realmente pode existir amor entre dois indevidos sem que haja necessidade de se magoarem. Já Park encontrou em Eleanor a força para começar a fazer aquilo que quer e assim começar a traçar a sua personalidade.
Quanto aos outros personagens, é triste ver como uma relação dominada pela força pode ser tão destrutiva tanto para os adultos como para as crianças. Os irmãos de Eleanor parecem ser bastante inteligentes e engraçados, mas vivem num mundo constante de medo o que acaba por os transformar. Já a mãe de Eleanor parece ser uma pessoa que perdeu imenso do seu brilho e custa-me ver que não é capaz de se erguer contra as adversidades e estar lá para os seus filhos. Relativamente à família de Park, os pais amam-se profundamente e isso é fácil de ver. Percebe-se ainda que a mão de Park tem um coração enorme e se preocupa de mais com os filhos. Gostei de ver como a sua atitude mudou para com Eleanor a partir do momento em que se apercebe como as coisas realmente são. Já o pai de Park é alguém bastante recto e que acha que tudo tem que ser feito à sua maneira. Apesar disso acaba por vir a apoiar incondicionalmente o filho quando ele realmente precisa desse apoio.
A maneira como a história acaba não é propriamente fácil nem bonita. Eleanor acaba por ter que dizer adeus devido aos perigos que corre e Park ajuda-a porque apesar de precisar dela Eleanor é mais importante que ele próprio. Foi uma despedida triste mas com esperança que me faz acreditar que Eleanor e Park ainda terão direito a um final feliz.
Esta é uma história simples, escrita de uma maneira simples. Não existem subterfúgios ao longo da história, as coisas são como são e a autora vai-nos apresentando as diversas informações e acontecimentos de uma forma clara e directa.
Gostei bastante do ambiente da história, em que os walkmans ainda mandavam no mercado e não havia telemóveis. Lembro-me bastante bem de ainda gravar as minhas playlist em cassetes e de combinar uma hora ao telefone com as minhas amigas para podermos falar, apesar de isto já ter sido nos anos 90 e não nos anos 80.
Quanto aos personagens, achei-os adoráveis. A Eleanor é uma rapariga cheia de força que faz o melhor que pode com a sua situação familiar. Como é óbvio tudo aquilo porque passa não deixa de a afectar, levando a que se torne numa pessoa insegura e algo fechada. Contudo é também alguém que nunca baixa os braços e cabeça e se esforça por seguir em frente. Já o Park acaba por ter a vida familiar ideal, em que os pais se amam e estão lá para os filhos sempre que é preciso. Por um lado isso também mexe com Park porque de certa forma o impede de perceber quem é e agir de acordo com isso.
Terem-se conhecido foi a melhor coisa que poderia ter acontecido a ambos. A sua relação desenvolve-se através de pequenas acções que ao início nem sequer usam de palavras, até ao momento em que estão tão embrenhados um no outro que nada mais interessa. A maneira como a relação de ambos os afecta é positiva, aos poucos Eleanor começou a aceitar-se melhor a si mesma e a perceber que realmente pode existir amor entre dois indevidos sem que haja necessidade de se magoarem. Já Park encontrou em Eleanor a força para começar a fazer aquilo que quer e assim começar a traçar a sua personalidade.
Quanto aos outros personagens, é triste ver como uma relação dominada pela força pode ser tão destrutiva tanto para os adultos como para as crianças. Os irmãos de Eleanor parecem ser bastante inteligentes e engraçados, mas vivem num mundo constante de medo o que acaba por os transformar. Já a mãe de Eleanor parece ser uma pessoa que perdeu imenso do seu brilho e custa-me ver que não é capaz de se erguer contra as adversidades e estar lá para os seus filhos. Relativamente à família de Park, os pais amam-se profundamente e isso é fácil de ver. Percebe-se ainda que a mão de Park tem um coração enorme e se preocupa de mais com os filhos. Gostei de ver como a sua atitude mudou para com Eleanor a partir do momento em que se apercebe como as coisas realmente são. Já o pai de Park é alguém bastante recto e que acha que tudo tem que ser feito à sua maneira. Apesar disso acaba por vir a apoiar incondicionalmente o filho quando ele realmente precisa desse apoio.
A maneira como a história acaba não é propriamente fácil nem bonita. Eleanor acaba por ter que dizer adeus devido aos perigos que corre e Park ajuda-a porque apesar de precisar dela Eleanor é mais importante que ele próprio. Foi uma despedida triste mas com esperança que me faz acreditar que Eleanor e Park ainda terão direito a um final feliz.
(Livro lido em parceria com o Segredo dos Livros)
Olá Joana,
ResponderEliminarGostei muito deste livro, achei bastante realista no contexto social em que se desenrola, o final a meu ver foi o melhor possível, mais realista não poderia ter sido.
Beijinhos e boas leituras.
É impossível não gostar! E agora vem aí o Fangirl! Quem já leu diz que é fenomenal! Estou bastante curiosa ;)
Eliminar