Ficha Técnica:
Autor: Lisa Genova
Título Original: Still Alice
Páginas: 408
Editor: Lua de Papel
ISBN: 9789892330211
Tradutor: Elsa T. S. Vieira
Sinopse:
O mundo de Alice é quase perfeito. É professora em Harvard, vive com o marido uma relação que resiste à passagem dos anos, às exigências da carreira, à partida dos filhos. E tem também uma mente brilhante, admirada por todos, uma mente que não falha… Um dia porém, a meio de uma conferência, há uma palavra que lhe escapa. É só uma palavra, um brevíssimo lapso. Mas é também um sinal, o primeiro, de que o mundo de Alice começa a ruir.
Seguem-se as idas ao médico, as perguntas, os exames e, por fim, a certeza de um diagnóstico terrível. Aos poucos, quase sem dar por isso, Alice vê a vida a fugir-lhe das mãos. Ama o marido intensamente, ama os filhos, e todos eles estão ali, à sua volta. Ela é que já não está, é ela que se afasta, suavemente embalada pelo esquecimento, levada pela doença de Alzheimer.
O Meu Nome É Alice é a narrativa trágica, dolorosa, de uma descida ao abismo. É o retrato de uma mulher indomável, em luta contra as traições da mente, tenazmente agarrada à ideia de si mesma, à memória da sua vida, à memória de um amor imenso.
Opinião:
O Meu Nome é Alice é um livro incontornável. Um daqueles livros que merece ser lido por toda a gente, seja qual for a sua idade. Nunca li um livro sobre alguém com Alzheimer, penso até que nunca tinha lido nenhuma sinopse que abordasse o tema do Alzheimer. Caso o tenha feito, terá sido provavelmente algum tipo de publicação mais ao nível do científico e não ao nível do romance.
Este livro conta a jornada de Alice desde os seus primeiro ataques e diagnóstico até uma altura em que basicamente já não se recorda de quem é. Ao longo da narrativa seguimos o declínio de Alice, a sua perda de memória e o aumento dos seus medos. Medos estes que têm a ver basicamente com a essência do eu. Será que mesmo não tendo as minhas memórias o que me faz de mim eu continuará a existir. Será que mesmo perdendo a minha identidade continuarei a amar as pessoas que sempre amei? Será que por ter Alzheimer deixo de ser uma mais valia para a sociedade? Será que as minhas decisões e opiniões deixam de ter peso só porque não me consigo lembrar de algumas coisas na minha vida?
Estas são algumas das questões que Alice coloca a si própria e com as quais vai lutando por uma resposta ao longo da narrativa. É triste e deprimente, mas ao mesmo tempo enternecedor ver como a doença rouba tanto de Alice, mas ao mesmo tempo acaba por lhe trazer outras coisas que ela não tinha anteriormente. Uma maior aceitação de si mesma e dos outros. E uma mente aberta para conseguir perceber mais num único gesto, olhar ou palavra do que anteriormente conseguia.
No geral gostei bastante de todas as personagens da história, exceção feita ao marido de Alice, John. Não consegui gostar dele nem um pouquinho. Se por um lado entendo que ele seja dedicado ao trabalho, por outro não consegui acreditar que ele fosse capaz de abandonar a mulher que supostamente ama em detrimento de um emprego. Ao longo da narrativa nunca consegui acreditar que na realidade John amasse Alice como o autor constantemente nos dizia. Em contrapartida adorei Lydia. Foi sem dúvidas a segunda personagem de que mais gostei após Alice. Alguém cheio de carisma e que sempre teve os seus problemas com a mãe e que acaba por abandonar tudo para estar perto das pessoas que realmente são importantes na sua vida. Lydia foi uma das personagens que mais me surpreendeu por todo o apoio incondicional que dá a Alice e pelo facto de a tratar como um ser humano normal quando toda a gente à volta dela a tratava como uma inválida.
Não posso deixar de congratular a autora pelas descrições que faz da doença, tanto a nível científico como a nível pessoal/humano. Nota-se que é alguém que tem conhecimento acerca daquilo que escreve e que tem o cuidado de esclarecer o leitor sem o fazer sentir perdido. Ao mesmo tempo sentimos que a descrição que ela faz de como o Alzheimer afecta a vida de uma pessoa é bastante coerente e credível.
Como disse de início este é um livro a não perder. Aconselho toda a gente a lê-lo o mais rapidamente possível.
Este livro conta a jornada de Alice desde os seus primeiro ataques e diagnóstico até uma altura em que basicamente já não se recorda de quem é. Ao longo da narrativa seguimos o declínio de Alice, a sua perda de memória e o aumento dos seus medos. Medos estes que têm a ver basicamente com a essência do eu. Será que mesmo não tendo as minhas memórias o que me faz de mim eu continuará a existir. Será que mesmo perdendo a minha identidade continuarei a amar as pessoas que sempre amei? Será que por ter Alzheimer deixo de ser uma mais valia para a sociedade? Será que as minhas decisões e opiniões deixam de ter peso só porque não me consigo lembrar de algumas coisas na minha vida?
Estas são algumas das questões que Alice coloca a si própria e com as quais vai lutando por uma resposta ao longo da narrativa. É triste e deprimente, mas ao mesmo tempo enternecedor ver como a doença rouba tanto de Alice, mas ao mesmo tempo acaba por lhe trazer outras coisas que ela não tinha anteriormente. Uma maior aceitação de si mesma e dos outros. E uma mente aberta para conseguir perceber mais num único gesto, olhar ou palavra do que anteriormente conseguia.
No geral gostei bastante de todas as personagens da história, exceção feita ao marido de Alice, John. Não consegui gostar dele nem um pouquinho. Se por um lado entendo que ele seja dedicado ao trabalho, por outro não consegui acreditar que ele fosse capaz de abandonar a mulher que supostamente ama em detrimento de um emprego. Ao longo da narrativa nunca consegui acreditar que na realidade John amasse Alice como o autor constantemente nos dizia. Em contrapartida adorei Lydia. Foi sem dúvidas a segunda personagem de que mais gostei após Alice. Alguém cheio de carisma e que sempre teve os seus problemas com a mãe e que acaba por abandonar tudo para estar perto das pessoas que realmente são importantes na sua vida. Lydia foi uma das personagens que mais me surpreendeu por todo o apoio incondicional que dá a Alice e pelo facto de a tratar como um ser humano normal quando toda a gente à volta dela a tratava como uma inválida.
Não posso deixar de congratular a autora pelas descrições que faz da doença, tanto a nível científico como a nível pessoal/humano. Nota-se que é alguém que tem conhecimento acerca daquilo que escreve e que tem o cuidado de esclarecer o leitor sem o fazer sentir perdido. Ao mesmo tempo sentimos que a descrição que ela faz de como o Alzheimer afecta a vida de uma pessoa é bastante coerente e credível.
Como disse de início este é um livro a não perder. Aconselho toda a gente a lê-lo o mais rapidamente possível.
(Livro lido em parceria com o Segredo dos Livros)
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