domingo, 27 de setembro de 2015
sexta-feira, 25 de setembro de 2015
Opinião - A Rapariga do Comboio
Ficha Técnica:
Autor: Paula Hawkins
Título Original: The Girl on the Train
Páginas: 320
Editor: TopSeller
ISBN: 9789898800541
Tradutor: José João Leiria
Sinopse:
Todos os dias, Rachel apanha o comboio... No caminho para o trabalho, ela observa sempre as mesmas casas durante a sua viagem. Numa das casas ela observa sempre o mesmo casal, ao qual ela atribui nomes e vidas imaginárias. Aos olhos de Rachel, o casal tem uma vida perfeita, quase igual à que ela perdeu recentemente.
Até que um dia...
Rachel assiste a algo errado com o casal... É uma imagem rápida, mas suficiente para a deixar perturbada. Não querendo guardar segredo do que viu, Rachel fala com a polícia. A partir daqui, ela torna-se parte integrante de uma sucessão vertiginosa de acontecimentos, afetando as vidas de todos os envolvidos.
Opinião:
Muitas vezes gera-se um grande hype em volta de determinado livro e depois quando se var lê-lo acabamos por nos sentir enganados visto o mesmo não ir de encontro às altas expectativas que criámos. Este não é o caso.
A rapariga do Comboio é contada através de três pontos de vista. Inicialmente através de Rachel e Megan, sendo que um pouco mais tarde aparece Anna. Todos eles são importantes para a caracterização dos personagens e desenvolvimento da narrativa.
Através dos POV de Rachel ficamos a conhecer o que se está a passar no presente e o desenvolvimento dos acontecimentos desde o desaparecimento de Megan. Rachel é uma personagem triste e deprimente. Alguém que sente que a vida não tem sentido. Alguém que julga ter tido tudo o que sempre quis e viu tudo isso e a sua felicidade ser-lhe retirada de debaixo dos pés sem qualquer aviso prévio. É ainda uma pessoa com um nível de autoconfiança bastante baixo e que por isso se está constantemente a denegrir. Para isto contribui ainda o facto de ser alcoólica. A única alegria que considera ter é ver a vida perfeita e cheia de amor que Jess (Megan) e Jason (Scott) parecem levar quando olha através da janela do comboio em que viaja. Eventualmente com o decorrer da história e a descoberta de novas informações Rachel vai crescendo, evoluindo, ganhando confiança, enquanto tenta chegar ao fundo dos acontecimentos que levaram ao desaparecimento de Megan e de encontro às suas memórias perdidas.
Megan é também uma personagem quebrada. Para Megan a história começa um ano atrás e aos poucos vão-nos sendo desvendados os pormenores que levaram ao seu desaparecimento. Isto acontece de uma forma a que as informações se vão encaixando com as novas descobertas e teorias que Rachel vai contando no presente. Relativamente à sua personalidade, Megan é alguém descompensada, com tendência para destruir as coisas boas que tem na vida, por ter ataques de pânico por se sentir sozinha ou acompanhada, que determinada pessoa não é suficiente ou só ela é suficiente. Ao fim e ao cabo Megan é alguém que devido a um erro no passado acha que não é boa o suficiente e por isso não se esforça por se melhor cometendo os mesmos erros uma e outra vez.
Os POV da Anna são poucos e aparecem um pouco mais tarde que os de Rachel e Megan. Eles mostram-nos uma pessoa desesperada e receosa com a sua actual situação, bem como o caminho que empreende até à aceitação do facto que nem sempre o que parece é. É uma personagem algo mesquinha que não sente remorsos pelas atitudes do passado e que ainda sente prazer ao recordar a tristeza que causou. No geral todas as personagens.
No geral todas as personagens estão bem construídas, são cativantes e importantes para a percepção de todos os ângulos que a história apresenta. Isto aliado ao facto de que o ritmo da narrativa está conseguido de forma magistral contribuem para que este livro mereça todos os elogios que lhe são feitos.
A única coisa que tenho a apontar é que relativamente cedo fiquei com uma ideia de quem seria o culpado através de um comentário sem nada de mais. Contudo foi interessante ver que tinha razão e qual o motivo que nos fez chegar à situação inicial do livro. Contudo fiquei também um pouco triste por desde o início ter uma ideia fixa e não ter vacilado nas minhas suspeitas.
A rapariga do Comboio é contada através de três pontos de vista. Inicialmente através de Rachel e Megan, sendo que um pouco mais tarde aparece Anna. Todos eles são importantes para a caracterização dos personagens e desenvolvimento da narrativa.
Através dos POV de Rachel ficamos a conhecer o que se está a passar no presente e o desenvolvimento dos acontecimentos desde o desaparecimento de Megan. Rachel é uma personagem triste e deprimente. Alguém que sente que a vida não tem sentido. Alguém que julga ter tido tudo o que sempre quis e viu tudo isso e a sua felicidade ser-lhe retirada de debaixo dos pés sem qualquer aviso prévio. É ainda uma pessoa com um nível de autoconfiança bastante baixo e que por isso se está constantemente a denegrir. Para isto contribui ainda o facto de ser alcoólica. A única alegria que considera ter é ver a vida perfeita e cheia de amor que Jess (Megan) e Jason (Scott) parecem levar quando olha através da janela do comboio em que viaja. Eventualmente com o decorrer da história e a descoberta de novas informações Rachel vai crescendo, evoluindo, ganhando confiança, enquanto tenta chegar ao fundo dos acontecimentos que levaram ao desaparecimento de Megan e de encontro às suas memórias perdidas.
Megan é também uma personagem quebrada. Para Megan a história começa um ano atrás e aos poucos vão-nos sendo desvendados os pormenores que levaram ao seu desaparecimento. Isto acontece de uma forma a que as informações se vão encaixando com as novas descobertas e teorias que Rachel vai contando no presente. Relativamente à sua personalidade, Megan é alguém descompensada, com tendência para destruir as coisas boas que tem na vida, por ter ataques de pânico por se sentir sozinha ou acompanhada, que determinada pessoa não é suficiente ou só ela é suficiente. Ao fim e ao cabo Megan é alguém que devido a um erro no passado acha que não é boa o suficiente e por isso não se esforça por se melhor cometendo os mesmos erros uma e outra vez.
Os POV da Anna são poucos e aparecem um pouco mais tarde que os de Rachel e Megan. Eles mostram-nos uma pessoa desesperada e receosa com a sua actual situação, bem como o caminho que empreende até à aceitação do facto que nem sempre o que parece é. É uma personagem algo mesquinha que não sente remorsos pelas atitudes do passado e que ainda sente prazer ao recordar a tristeza que causou. No geral todas as personagens.
No geral todas as personagens estão bem construídas, são cativantes e importantes para a percepção de todos os ângulos que a história apresenta. Isto aliado ao facto de que o ritmo da narrativa está conseguido de forma magistral contribuem para que este livro mereça todos os elogios que lhe são feitos.
A única coisa que tenho a apontar é que relativamente cedo fiquei com uma ideia de quem seria o culpado através de um comentário sem nada de mais. Contudo foi interessante ver que tinha razão e qual o motivo que nos fez chegar à situação inicial do livro. Contudo fiquei também um pouco triste por desde o início ter uma ideia fixa e não ter vacilado nas minhas suspeitas.
(Livro lido em parceria com o Segredo dos Livros)
quarta-feira, 23 de setembro de 2015
Opinião - Frigid
Ficha Técnica:
Autor: Jennifer L. Armentrout
Páginas: 240
Editor: Spencer Hill Contemporary
ASIN: B00CONW5I6
Sinopse:
For twenty-one-year-old Sydney, being in love with Kyler isn't anything new. They'd been best friends ever since he pushed her down on the playground and she made him eat a mud pie. Somewhere over the years, she fell for him and fell hard. The big problem with that? Kyler puts the 'man' in man-whore. He's never stayed with a girl longer than a few nights, and with it being their last year in college, Syd doesn't want to risk their friendship by declaring her love. Kyler has always put Syd on a pedestal that was too high for him to reach. To him, she's perfect and she's everything. But the feelings he has for her, he's always hidden away or focused on any other female. After all, Kyler will always be the poor boy from the wrong side of tracks, and Syd will always be the one girl he can never have. But when they're stranded together at a posh ski resort due to a massive Nor'easter, there's nothing stopping their red-hot feelings for each other from coming to the surface. Can their friendship survive the attraction? Better yet, can they survive at all? Because as the snow falls, someone is stalking them, and this ski trip may be a life-changer in more ways than one.
Opinião:
-Normalmente quando me apetece um livro fofinho para descontrair esta é uma das autoras a que recorro. Por norma nunca saiu desiludida daquilo que estou à espera. E uma vez mais a autora deu-me exactamente o tipo de história de que eu estava à procura.
A Syd é uma rapariga um pouco tensa, que não tem muita facilidade em relaxar como os seus restantes amigos. É bastante pontual e organizada e não gosta de beber porque não gosta de perder o controlo. Já o Kyler é alguém bastante descontraído, sendo a sua especialidade encantar os espécimes do sexo oposto. Contudo Kyler é bastante protector de Syd e acabamos por perceber que se calhar ele não é um playboy tão grande como aparenta.
O que mais me agradou neste livro foi os desentendimentos que ocorrem para ambos. A Syd quer dizer uma coisa, e o Kyler interpreta o que ela diz de uma forma completamente errada com base naquilo que ele pensa serem os verdadeiros sentimentos da Syd. Sendo que o oposto também acontece. É frustrante e ao mesmo tempo hilariante ver como os cérebros destes dois personagens funcionam quando se trata de analisar as suas acções. Às vezes torna-se realmente complicado ver-mos aquilo que está mesmo à frente dos nossos olhos.
A forma como as coisas avançam e evoluem está bem estruturada e não parece nem repentina nem que se alonga. As coisas acontecem no passo certo para estes dois personagens. Claro que há algumas situações que levam ao forçar de determinados desenvolvimentos. Mas se assim não fosse também não tinha grande piada. A única situação de perigo para os personagens é facilmente dedutível. Contudo isso não estraga propriamente a envolvência do livro.
Quanto aos personagens secundários. Adorei o pai da Syd. Sei que o seu ponto de antena é quase igual a nulo, mas o senhor tem uma presença fantástica! Gostei também da Andrea e tenho curiosidade para saber a sua história. Até porque gostava de perceber melhor a sua relação com o Tanner visto que achei a coisa muito mal amanhada neste livro.
Fica então a curiosidade para ler o próximo.
A Syd é uma rapariga um pouco tensa, que não tem muita facilidade em relaxar como os seus restantes amigos. É bastante pontual e organizada e não gosta de beber porque não gosta de perder o controlo. Já o Kyler é alguém bastante descontraído, sendo a sua especialidade encantar os espécimes do sexo oposto. Contudo Kyler é bastante protector de Syd e acabamos por perceber que se calhar ele não é um playboy tão grande como aparenta.
O que mais me agradou neste livro foi os desentendimentos que ocorrem para ambos. A Syd quer dizer uma coisa, e o Kyler interpreta o que ela diz de uma forma completamente errada com base naquilo que ele pensa serem os verdadeiros sentimentos da Syd. Sendo que o oposto também acontece. É frustrante e ao mesmo tempo hilariante ver como os cérebros destes dois personagens funcionam quando se trata de analisar as suas acções. Às vezes torna-se realmente complicado ver-mos aquilo que está mesmo à frente dos nossos olhos.
A forma como as coisas avançam e evoluem está bem estruturada e não parece nem repentina nem que se alonga. As coisas acontecem no passo certo para estes dois personagens. Claro que há algumas situações que levam ao forçar de determinados desenvolvimentos. Mas se assim não fosse também não tinha grande piada. A única situação de perigo para os personagens é facilmente dedutível. Contudo isso não estraga propriamente a envolvência do livro.
Quanto aos personagens secundários. Adorei o pai da Syd. Sei que o seu ponto de antena é quase igual a nulo, mas o senhor tem uma presença fantástica! Gostei também da Andrea e tenho curiosidade para saber a sua história. Até porque gostava de perceber melhor a sua relação com o Tanner visto que achei a coisa muito mal amanhada neste livro.
Fica então a curiosidade para ler o próximo.
domingo, 20 de setembro de 2015
Sunday's Quotes (110)
“The trouble with life was that you didn’t get a chance to practice before doing it for real.”― Terry Pratchett, Pyramids
sábado, 19 de setembro de 2015
Opinião - Inveja
Ficha Técnica:
Autor: J. R. Ward
Título Original: Envy
Páginas: 512
Editor: Quinta Essência
ISBN: 9789897260209
Tradutor: Margarida Malcato
Sinopse:
7 PECADOS MORTAIS…
Sete almas para salvar. Esta é a terceira.
Redenção não é uma palavra que Jim Heron conheça muito bem. A sua especialidade é a vingança e, para ele, o pecado é relativo. Mas tudo muda quando se torna um anjo caído e é incumbido da tarefa de salvar sete pessoas dos sete pecados mortais... e o fracasso não é permitido.
Enquanto filho de um assassino em série, o detetive de Homicídios Thomas Delvecchio, Jr., cresceu à sombra do mal. Agora, dividido entre o dever cívico e a vingança cega, vai expia os pecados do pai - lutando com os seus demónios interiores. Sophia Reilly, a agente dos Assuntos Internos encarregue de supervisionar Delvecchio, tem por ele um interesse tanto profissional como pessoal. E Delvecchio e Sophia têm outra coisa a uni-los: Jim Heron, um misterioso desconhecido com demasiadas respostas... a perguntas que são fatais. Quando Delvecchio e Sophia entram na batalha final entre o bem e o mal, o seu anjo caído salvador é a única coisa que se interpõe entre eles e a danação eterna.
Opinião:
Este é o terceiro livro da série Anjos Caídos da já bastante conhecida J. R. Ward. Neste livro ficamos a conhecer melhor o Detective Delvecchio que já nos tinha sido apresentado na outra série da autora, A Irmandade da Adaga Negra. Para quem já conhecia o personagem foi interessante ficar a perceber as suas estranhas acções face àquilo que nos vai sendo apresentado no livro actual.
Sou sincera, não consigo imaginar sequer como é viver na sombra daquilo que o nosso pai fez. A cada momento do dia pensar se seremos iguais a ele, ter receio que a qualquer momento nos possamos tornar uns monstros só porque de vez em quando temos pensamentos menos próprios. Consigo perceber e aceitar as acções do personagem porque não sei se sendo eu a passar por todas aquelas situações não faria exactamente o mesmo.
Gostei também da Sophia, alguém que sabe o que quer e o que faz. Que viveu num ambiente rodeada de amor e de uma verdadeira família. Que aparenta ser alguém extremamente duro e impenetrável, mas que na realidade tem um lado mais sensível que não mostra a toda a gente. Apesar de terem existido ali umas dúvidas acerca da sua relação com o Delvecchio, rapidamente ela tenta chegar ao fundo da questão e decidir por si mesma em quem acreditar. E isto leva-me ao ponto que menos gostei na história.
Se por um lado a relação e a química entre os personagens é credível, tal só acontece quando eles não se enrolam. Não sei explicar porquê. Mas cada vez que se passava para uma cena de sexo ficava a sentir um completo desapego da parte dos personagens e o eclipsar de toda a química que ainda nos momentos anteriores ali estava presente. Não sei se por acontecerem sempre do mesmo ponto de vista, o que não faz sentido visto que em grande parte das narrativas é isso que acontece, ou se porque motivo for. Mas a verdade é que para mim a autora conseguiu arruinar completamente a química destes dois personagens nos momentos mais cruciais. Se alguém conseguir explicar-me porquê agradeço.
Quanto à batalha bem vs mal. Fiquei completamente arrasada com o que aconteceu ao Eddie, e espero sinceramente que ele nos venha a ser devolvido no futuro, mesmo que isso possa trazer complicações para o Jim. Em contrapartida a transformação que esse acontecimento provoca em Adrian é assustadora, mas ao mesmo tempo acho que essencial para o ajudar a ultrapassar aquela sensação de fracasso relativamente à Devina. Se por um lado gostei de ver o Jim a conhecer cada vez melhor os seus poderes e aprender a utilizá-los por outro lado irritou-me um pouco a sua obsessão com a Sissy. A ver no que isto vai dar.
E com isto faltam apenas três livro até ao grande final.
Sou sincera, não consigo imaginar sequer como é viver na sombra daquilo que o nosso pai fez. A cada momento do dia pensar se seremos iguais a ele, ter receio que a qualquer momento nos possamos tornar uns monstros só porque de vez em quando temos pensamentos menos próprios. Consigo perceber e aceitar as acções do personagem porque não sei se sendo eu a passar por todas aquelas situações não faria exactamente o mesmo.
Gostei também da Sophia, alguém que sabe o que quer e o que faz. Que viveu num ambiente rodeada de amor e de uma verdadeira família. Que aparenta ser alguém extremamente duro e impenetrável, mas que na realidade tem um lado mais sensível que não mostra a toda a gente. Apesar de terem existido ali umas dúvidas acerca da sua relação com o Delvecchio, rapidamente ela tenta chegar ao fundo da questão e decidir por si mesma em quem acreditar. E isto leva-me ao ponto que menos gostei na história.
Se por um lado a relação e a química entre os personagens é credível, tal só acontece quando eles não se enrolam. Não sei explicar porquê. Mas cada vez que se passava para uma cena de sexo ficava a sentir um completo desapego da parte dos personagens e o eclipsar de toda a química que ainda nos momentos anteriores ali estava presente. Não sei se por acontecerem sempre do mesmo ponto de vista, o que não faz sentido visto que em grande parte das narrativas é isso que acontece, ou se porque motivo for. Mas a verdade é que para mim a autora conseguiu arruinar completamente a química destes dois personagens nos momentos mais cruciais. Se alguém conseguir explicar-me porquê agradeço.
Quanto à batalha bem vs mal. Fiquei completamente arrasada com o que aconteceu ao Eddie, e espero sinceramente que ele nos venha a ser devolvido no futuro, mesmo que isso possa trazer complicações para o Jim. Em contrapartida a transformação que esse acontecimento provoca em Adrian é assustadora, mas ao mesmo tempo acho que essencial para o ajudar a ultrapassar aquela sensação de fracasso relativamente à Devina. Se por um lado gostei de ver o Jim a conhecer cada vez melhor os seus poderes e aprender a utilizá-los por outro lado irritou-me um pouco a sua obsessão com a Sissy. A ver no que isto vai dar.
E com isto faltam apenas três livro até ao grande final.
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
Opinião - Amor Cruel
Ficha Técnica:
Autor: Colleen Hoover
Título Original: Ugly Love
Páginas: 288
Editor: Topseller
ISBN: 9789898800572
Tradutor: Duarte Sousa Tavares
Sinopse:
Tate é enfermeira e muda-se para São Francisco, para casa do irmão Corbin, para estudar e trabalhar. Miles é piloto-aviador e mora no mesmo prédio de Corbin. Depois de se conhecerem de forma atribulada, Tate e Miles acabam por se aproximar e dar início a uma relação exclusivamente física. Para que esta relação exista, Miles impõe a Tate duas regras:
«Não faças perguntas sobre o meu passado. Não esperes um futuro.»
Tate aceita o desafio de manter uma relação distante, sem nenhum compromisso, nem sequer o da amizade. A relação alimenta-se assim da atração mútua entre os dois.
Miles nunca fala de si nem do seu passado, e comporta-se perante Tate de acordo com as regras que ele definiu. Será Miles capaz de desvendar o que se esconde por detrás desta necessidade tão grande de se distanciar emocionalmente dos outros?
E poderá algo tão cruel transformar-se numa relação bonita e duradoura?
Opinião:
Eu tentei. Eu juro que tentei gostar e perceber o porquê de tanta gente ser completamente alucinada por este livro. Contudo não consegui.
Neste livro são-nos apresentados Tate e Miles. Tate é uma rapariga que está a começar o mestrado de enfermeira anestesista e Miles é piloto de aviões tal como o irmão de Tate, Corbin, com quem ela actualmente está a viver.
Não consegui gostar de nenhum personagem por aí além. A Tate é alguém aplicada e inteligente, mas quando se trata do Miles a inteligência dela foge toda não sei para onde. Sim, é preciso ter coragem para nos metermos numa situação que vai dar asneira e tentar tirar o melhor proveito das poucas coisas boas que essa situação nos pode trazer. Mas ao mesmo tempo é completamente idiota continuarmos a insistir em algo que vê-mos já não nos trazer quase nenhuma felicidade, mas apenas dores de cabeça. Ainda podia ter sentido se a Tate lutasse para que as coisas melhorassem, mas a verdade é que ela acaba por se submeter completamente àquilo que o Miles quer e ir na onde dele. Não senti que ela realmente estivesse a lutar pela relação de ambos.
Quanto ao Miles, é um bocado irritante ao início, mas aos poucos até comecei a gostar minimamente dele. Há atitudes dele ao longo do livro que são justificadas com os acontecimentos traumáticos da sua vida, e aos poucos começamos a vê-lo libertar-se desses traumas e a começar a abrir-se com a Tate. Contudo na cabeça do Miles ele não merece ser feliz e não consegue amar mais ninguém e por isso está constantemente a lutar contra aquilo que sente e acaba por magoar a Tate sucessivamente. Houve alturas em que pensei: "Já chega não?", afinal por muito grande que seja a dor uma pessoa aprende a viver com ela e a superá-la. Só alguém muito idiota e com uma auto-estima bastante baixa é que continua a viver voluntariamente com a dor.
Há que dizer também que me irritou solenemente o facto de a Tate ser tão obcecada com o Miles quando ainda nem se conheciam. Compreendo que quando nos sentimos atraídos por uma pessoa ela pareça ocupar bastante do nosso espaço pessoal. Mas não consigo perceber como é que podemos pensar nessa pessoa dia e noite quando ainda por cima mal a vê-mos. E se por um lado notei uma evolução dos sentimentos do Miles para com a Tate a verdade é que não senti isso da parte dela. Sendo que visto os capítulos do presente serem do ponto de vista dela tal deveria ter acontecido.
Por falar em capítulos. Detestei os capítulos do Miles. Extremamente irritantes, lentos e pirosos. E isto só a escrita, porque a "formatação" que essa escrita levou fez com que me apetecesse arrancar os olhos com uma colher. Estar a ler algo extremamente piroso e a formatação do texto tentar ir de acordo com a piroseira que estamos a ler é simplesmente intragável.
Ainda podia tentar virar-me para as cenas sexuais a ver se me safava, mas nem isso salva o livro. Os personagens secundários? Existem alguns interessantes, mas são pouco desenvolvidos e acabam por não contribuir assim tanto para o livro. Tirando o Comandante. As cenas com esse senhor são sempre dignas de serem lidas com bastante atenção.
Houve alguns momentos mais emocionais e tocantes, mas não foram o suficiente para me fazer mudar a opinião com que fiquei do livro. Que é uma opinião bastante fraca.
Neste livro são-nos apresentados Tate e Miles. Tate é uma rapariga que está a começar o mestrado de enfermeira anestesista e Miles é piloto de aviões tal como o irmão de Tate, Corbin, com quem ela actualmente está a viver.
Não consegui gostar de nenhum personagem por aí além. A Tate é alguém aplicada e inteligente, mas quando se trata do Miles a inteligência dela foge toda não sei para onde. Sim, é preciso ter coragem para nos metermos numa situação que vai dar asneira e tentar tirar o melhor proveito das poucas coisas boas que essa situação nos pode trazer. Mas ao mesmo tempo é completamente idiota continuarmos a insistir em algo que vê-mos já não nos trazer quase nenhuma felicidade, mas apenas dores de cabeça. Ainda podia ter sentido se a Tate lutasse para que as coisas melhorassem, mas a verdade é que ela acaba por se submeter completamente àquilo que o Miles quer e ir na onde dele. Não senti que ela realmente estivesse a lutar pela relação de ambos.
Quanto ao Miles, é um bocado irritante ao início, mas aos poucos até comecei a gostar minimamente dele. Há atitudes dele ao longo do livro que são justificadas com os acontecimentos traumáticos da sua vida, e aos poucos começamos a vê-lo libertar-se desses traumas e a começar a abrir-se com a Tate. Contudo na cabeça do Miles ele não merece ser feliz e não consegue amar mais ninguém e por isso está constantemente a lutar contra aquilo que sente e acaba por magoar a Tate sucessivamente. Houve alturas em que pensei: "Já chega não?", afinal por muito grande que seja a dor uma pessoa aprende a viver com ela e a superá-la. Só alguém muito idiota e com uma auto-estima bastante baixa é que continua a viver voluntariamente com a dor.
Há que dizer também que me irritou solenemente o facto de a Tate ser tão obcecada com o Miles quando ainda nem se conheciam. Compreendo que quando nos sentimos atraídos por uma pessoa ela pareça ocupar bastante do nosso espaço pessoal. Mas não consigo perceber como é que podemos pensar nessa pessoa dia e noite quando ainda por cima mal a vê-mos. E se por um lado notei uma evolução dos sentimentos do Miles para com a Tate a verdade é que não senti isso da parte dela. Sendo que visto os capítulos do presente serem do ponto de vista dela tal deveria ter acontecido.
Por falar em capítulos. Detestei os capítulos do Miles. Extremamente irritantes, lentos e pirosos. E isto só a escrita, porque a "formatação" que essa escrita levou fez com que me apetecesse arrancar os olhos com uma colher. Estar a ler algo extremamente piroso e a formatação do texto tentar ir de acordo com a piroseira que estamos a ler é simplesmente intragável.
Ainda podia tentar virar-me para as cenas sexuais a ver se me safava, mas nem isso salva o livro. Os personagens secundários? Existem alguns interessantes, mas são pouco desenvolvidos e acabam por não contribuir assim tanto para o livro. Tirando o Comandante. As cenas com esse senhor são sempre dignas de serem lidas com bastante atenção.
Houve alguns momentos mais emocionais e tocantes, mas não foram o suficiente para me fazer mudar a opinião com que fiquei do livro. Que é uma opinião bastante fraca.
(Livro lido em parceria com o Segredo dos Livros)
domingo, 13 de setembro de 2015
Opinião - A Luz Fantástica
Ficha Técnica:
Autor: Terry Pratchett
Título Original: The Light Fantastic
Páginas: 237
Editor: Círculo de Leitores
ISBN: 9724231798
Tradutor: Mário Dias Correia
Sinopse:
Uma nova e fantástica aventura que apresenta mais uma série de criaturas bizarras: Cohen, o bárbaro, com oitenta e sete anos, cujos ideais são água quente, um bom dentista e papel higiénico macio; Bethan, arrancada à situação de virgem sacrificial pelo herói; Herrena dos Cabelos Vermelhos Harridan e Ysabell, a louca filha adoptiva da Morte.
Opinião:
Neste livro continuamos a seguir as aventuras de Twoflower e Rincewind. É impossível ficar indiferente a todo o azar que Rincewind tem e como se consegue sempre escapar de situações pontiagudas. Ao mesmo tempo é impossível não ter vontade de dar duas traulitadas a Twoflower devido ao seu optimismo e vontade de resolver tudo a bem.
Nesta nova aventura a comunidade de Feiticeiros pretende apanhar Rincewind de forma a conseguir obter o feitiço que se esconde na sua mente. Isto tem como finalidade conseguirem dizer todos os feitiços do Octano de forma a evitar a destruição certa do Discworld (que afinal não é assim tão certa). Claro que Rincewind vai passar mal e tentar fugir de toda esta responsabilidade, contudo no final ele mostra de que material é feito e faz aquilo que tem que ser feito.
Para não variar o livro é populado de ironia e sarcasmo. De críticas à sociedade e à sua maneira de estar. Bem como de sátiras ao que consideramos serem os alicerces da literatura fantástica. Não vale a pena estar a referi-las pois ainda são bastantes e a piada está em lê-las o contexto e no meio do diálogo destes personagens.
Por falar em personagens. Adorei ter visto um pouco mais acerca da Morte e de como funciona a hierarquia no mundo dos Feiticeiros. Adorei também ficar a conhecer Cohen, o Bárbaro, e Bethan, a virm sacrificial. Espero sinceramente que o autor volte a pegar nestes dois personagens pois eles merecem mais tempo de antena. Menção honrosa para A Mala. É impossível não nos sentir-mos fascinados com esta personagem que apesar de não ter cara e não falar consegue ser extremamente expressiva.
Nesta nova aventura a comunidade de Feiticeiros pretende apanhar Rincewind de forma a conseguir obter o feitiço que se esconde na sua mente. Isto tem como finalidade conseguirem dizer todos os feitiços do Octano de forma a evitar a destruição certa do Discworld (que afinal não é assim tão certa). Claro que Rincewind vai passar mal e tentar fugir de toda esta responsabilidade, contudo no final ele mostra de que material é feito e faz aquilo que tem que ser feito.
Para não variar o livro é populado de ironia e sarcasmo. De críticas à sociedade e à sua maneira de estar. Bem como de sátiras ao que consideramos serem os alicerces da literatura fantástica. Não vale a pena estar a referi-las pois ainda são bastantes e a piada está em lê-las o contexto e no meio do diálogo destes personagens.
Por falar em personagens. Adorei ter visto um pouco mais acerca da Morte e de como funciona a hierarquia no mundo dos Feiticeiros. Adorei também ficar a conhecer Cohen, o Bárbaro, e Bethan, a virm sacrificial. Espero sinceramente que o autor volte a pegar nestes dois personagens pois eles merecem mais tempo de antena. Menção honrosa para A Mala. É impossível não nos sentir-mos fascinados com esta personagem que apesar de não ter cara e não falar consegue ser extremamente expressiva.
Sunday's Quotes (109)
“The only way of discovering the limits of the possible is to venture a little way past them into the impossible.”― Arthur C. Clarke
quinta-feira, 10 de setembro de 2015
Opinião - Moonlight on Nightingale Way
Ficha Técnica:
Autor: Samantha Young
Páginas: 336
Editor: NAL
ISBN: B00Q5DLY42
Sinopse:
Logan from Echoes of Scotland Street is back with his own smoldering story, as the New York Times bestselling On Dublin Street series returns…
Logan spent two years paying for the mistakes he made. Now, he’s ready to start over. He has a great apartment, a good job, and plenty of women to distract him from his past. And one woman who is driving him to distraction…
Grace escaped her manipulative family by moving to a new city. Her new life, made to suit her own needs, is almost perfect. All she needs to do is find her Mr. Right—or at least figure out a way to ignore her irresistible yet annoying womanizer of a neighbor.
Grace is determined to have nothing to do with Logan until a life-changing surprise slowly begins turning the wild heartbreaker into exactly the kind of strong, stable man she’s been searching for. Only just when she begins to give into his charms, her own messy past threatens to derail everything they’ve worked to build…
Logan spent two years paying for the mistakes he made. Now, he’s ready to start over. He has a great apartment, a good job, and plenty of women to distract him from his past. And one woman who is driving him to distraction…
Grace escaped her manipulative family by moving to a new city. Her new life, made to suit her own needs, is almost perfect. All she needs to do is find her Mr. Right—or at least figure out a way to ignore her irresistible yet annoying womanizer of a neighbor.
Grace is determined to have nothing to do with Logan until a life-changing surprise slowly begins turning the wild heartbreaker into exactly the kind of strong, stable man she’s been searching for. Only just when she begins to give into his charms, her own messy past threatens to derail everything they’ve worked to build…
Opinião:
Até me custa a acreditar que este é o último livro nesta série. Adorei cada momento passado com cada um dos casais. Adorei vê-los crescer, ultrapassar os seus problemas, constituir família sem nunca deixarem de ser um grupo de amigos unidos onde o mais importante é o amor e apoio que se sente em cada interacção.
Esta é a história de Logan, o irmão de Shannon. Sabemos do livro anterior que ele esteve na prisão durante dois anos por ter deixado o ex-namorado de Shannon em estado de coma. Contudo nunca nos é mostrado em que é que isso o transformou. O par de Logan é Grace. Alguém que se vê ter tido uma boca educação e uma vida abastada, mas que tem um problema em confrontar as pessoas, fugindo constantemente aos conflitos. Se houve algo no livro que me cativou desde o início foi a capacidade de Logan para empurrar os botões certos de Grace de modo a fazer com que constantemente lhe salta-se a tampa. Dá para perceber perfeitamente que Grace é alguém calmo e que não gosta de confusões, mas que sempre que está perto de Logan a única coisa que lhe apetece é antagonizá-lo visto que ele consegue fazê-la transformar-se numa pessoa que a própria não conhece.
A autora teve uma excelente capacidade para desenvolver a relação destes personagens desde completos antagonistas até duas pessoas completamente apaixonadas. A maneira como elas passam de detestarem-se para uma amizade periclitante, até algo sólido está bastante bem trabalhada e não parece forçada.
Outra personagem sobre a qual é impossível não falar é a Maia. Incrível Maia! Finalmente teve direito a uma família que a faz feliz e que está lá para ela. Uma família em que pode ser ela mesma. A Maia é alguém bastante sarcástico e com um humor muito próprio. Mas ao mesmo tempo é alguém capaz de um amor e confiança extremas tendo em conta tudo aquilo que passou. A sua relação com o Logan e a Grace é fantástica. Principalmente com a Grace sentiu-se uma empatia instantânea, como elas próprias dizem: fizeram clique. Foi graças à introdução de Maia que começamos a ver o melhor de cada um dos personagens.
Como não podia deixar de ser os personagens dos restantes livros vão aparecendo ao longo da narrativa. Como sempre estes recebem de braços abertos as novas aquisições à família, sem nunca julgar nem apontar dedos. Ao mesmo tempo que tentam fazer de tudo para que as novas aquisições encontrem o seu final feliz.
Fiquei satisfeita por no final a autora nos ter dado um pequenos vislumbre da vida de cada um dos casais e do que aí vem para eles. Gostava tanto que a autora de tempos a tempos nos presenteasse com pequenos contos para sabermos o que vai acontecendo na vida destes personagens... Contudo isso já é sonhar alto de mais. Dou-me por satisfeita por saber que a autora vai lançar uma pequena novela acerca de um personagem do qual nada sabemos à bastante tempo.
Esta é a história de Logan, o irmão de Shannon. Sabemos do livro anterior que ele esteve na prisão durante dois anos por ter deixado o ex-namorado de Shannon em estado de coma. Contudo nunca nos é mostrado em que é que isso o transformou. O par de Logan é Grace. Alguém que se vê ter tido uma boca educação e uma vida abastada, mas que tem um problema em confrontar as pessoas, fugindo constantemente aos conflitos. Se houve algo no livro que me cativou desde o início foi a capacidade de Logan para empurrar os botões certos de Grace de modo a fazer com que constantemente lhe salta-se a tampa. Dá para perceber perfeitamente que Grace é alguém calmo e que não gosta de confusões, mas que sempre que está perto de Logan a única coisa que lhe apetece é antagonizá-lo visto que ele consegue fazê-la transformar-se numa pessoa que a própria não conhece.
A autora teve uma excelente capacidade para desenvolver a relação destes personagens desde completos antagonistas até duas pessoas completamente apaixonadas. A maneira como elas passam de detestarem-se para uma amizade periclitante, até algo sólido está bastante bem trabalhada e não parece forçada.
Outra personagem sobre a qual é impossível não falar é a Maia. Incrível Maia! Finalmente teve direito a uma família que a faz feliz e que está lá para ela. Uma família em que pode ser ela mesma. A Maia é alguém bastante sarcástico e com um humor muito próprio. Mas ao mesmo tempo é alguém capaz de um amor e confiança extremas tendo em conta tudo aquilo que passou. A sua relação com o Logan e a Grace é fantástica. Principalmente com a Grace sentiu-se uma empatia instantânea, como elas próprias dizem: fizeram clique. Foi graças à introdução de Maia que começamos a ver o melhor de cada um dos personagens.
Como não podia deixar de ser os personagens dos restantes livros vão aparecendo ao longo da narrativa. Como sempre estes recebem de braços abertos as novas aquisições à família, sem nunca julgar nem apontar dedos. Ao mesmo tempo que tentam fazer de tudo para que as novas aquisições encontrem o seu final feliz.
Fiquei satisfeita por no final a autora nos ter dado um pequenos vislumbre da vida de cada um dos casais e do que aí vem para eles. Gostava tanto que a autora de tempos a tempos nos presenteasse com pequenos contos para sabermos o que vai acontecendo na vida destes personagens... Contudo isso já é sonhar alto de mais. Dou-me por satisfeita por saber que a autora vai lançar uma pequena novela acerca de um personagem do qual nada sabemos à bastante tempo.
terça-feira, 8 de setembro de 2015
Opinião - A Última Noite em Tremor Beach
Ficha Técnica:
Autor: Mikel Santiago
Título Original: La última noche en Tremore Beach
Páginas: 324
Editor: Jacarandá
ISBN: 9789898752703
Tradutor: Ângela Barroqueiro
Sinopse:
Um compositor que perdeu a inspiração. Uma casa isolada numa praia irlandesa. Uma noite de tempestade que pode mudar tudo...
A Última Noite em Tremore Beach conta a história de Peter Harper, um prestigiado autor de bandas sonoras que, após um divórcio complicado, se refugia num lugar perdido da costa irlandesa a fim de recuperar a inspiração. Situada numa praia enorme e solitária, a casa de Tremore Beach anuncia-se como o local indicado. Tudo parece perfeito... até que, certa noite, rebenta uma enorme tempestade.
«Nessa noite soprou um vento estranho. A dor de cabeça, que me deixara tranquilo durante o dia, começou novamente. Tique. Taque. Tique. Taque... como um relógio. Já tinha tomado metade dos comprimidos e chegara à conclusão de que aquilo não servia para nada. Fechei os olhos e esperei que me deixasse em paz. E foi o que aconteceu, deixou-me dormir durante umas horas, mas depois regressou. Foi crescendo até se tornar numa fisgada horrível, que me fez abrir os olhos e gritar: "Ó meu Deus!". E então estava no meu quarto. Havia uma tempestade enorme lá fora.»
Opinião:
A Última Noite em Tremor Beach apresenta-nos Peter, um personagem que ao início parece ser completamente normal, mas que na realidade tem uma características algo peculiar. Não irei revelar qual porque o interessante da história (pelo menos na primeira metade do livro) é perceber que característica é essa à medida que a história se desenrola.
A história começa realmente quando Peter é atingido por um raio e em consequência disso vê o potencial da sua peculiaridade aumentado. A partir daí a história ganha contornos de mistério e também um pouco de thriller até que o leitor perceber o que se está a passar. A partir daí começa a corrida contra o tempo numa tentativa de evitar o que se avizinha. Apesar de esta parte que podemos considerar a acção do livro, o autor aborda também algumas situações com que cada vez mais as pessoas se deparam sendo uma delas o facto de cada vez mais nos sentirmos perdidos e deixar-mos de saber quem somos.
Não considero que a escrita do autor seja especialmente marcante ou envolvente, se bem que o autor consegue criar convincentemente a aura de mistério que envolve quase toda a história.
Relativamente aos personagens são interessantes q.b.. Contudo não foram capazes de despertar em mim sentimentos de empatia ou qualquer outro tipo de sentimento. Ao mesmo tempo achei que o autor não soube trabalhar convenientemente o modo como os personagens lidam com os seus sentimentos e problemas. Pareceu-me tudo algo superficial.
Este é um livro que na minha opinião se pode considerar mediano. Uma leitura ligeira, simples, capaz de entreter o leitor. Para quem procura um livro com estas características irá gostar certamente.
A história começa realmente quando Peter é atingido por um raio e em consequência disso vê o potencial da sua peculiaridade aumentado. A partir daí a história ganha contornos de mistério e também um pouco de thriller até que o leitor perceber o que se está a passar. A partir daí começa a corrida contra o tempo numa tentativa de evitar o que se avizinha. Apesar de esta parte que podemos considerar a acção do livro, o autor aborda também algumas situações com que cada vez mais as pessoas se deparam sendo uma delas o facto de cada vez mais nos sentirmos perdidos e deixar-mos de saber quem somos.
Não considero que a escrita do autor seja especialmente marcante ou envolvente, se bem que o autor consegue criar convincentemente a aura de mistério que envolve quase toda a história.
Relativamente aos personagens são interessantes q.b.. Contudo não foram capazes de despertar em mim sentimentos de empatia ou qualquer outro tipo de sentimento. Ao mesmo tempo achei que o autor não soube trabalhar convenientemente o modo como os personagens lidam com os seus sentimentos e problemas. Pareceu-me tudo algo superficial.
Este é um livro que na minha opinião se pode considerar mediano. Uma leitura ligeira, simples, capaz de entreter o leitor. Para quem procura um livro com estas características irá gostar certamente.
(Livro lido em parceria com o Segredo dos Livros)
domingo, 6 de setembro de 2015
Sunday's Quotes (108)
“You have to take chances to get a chance at your dreams.”― Miranda Kenneally, Jesse's Girl
quinta-feira, 3 de setembro de 2015
Opinião - The Fill-In Boyfriend
Ficha Técnica:
Autor: Kasie West
Páginas: 352
Editor: HarperCollins Publishers
ASIN: B00MMFN7BU
Sinopse:
When Gia Montgomery's boyfriend, Bradley, dumps her in the parking lot of her high school prom, she has to think fast. After all, she'd been telling her friends about him for months now. This was supposed to be the night she proved he existed. So when she sees a cute guy waiting to pick up his sister, she enlists his help. The task is simple: be her fill-in boyfriend—two hours, zero commitment, a few white lies. After that, she can win back the real Bradley.
The problem is that days after prom, it's not the real Bradley she's thinking about, but the stand-in. The one whose name she doesn't even know. But tracking him down doesn't mean they're done faking a relationship. Gia owes him a favor and his sister intends to see that he collects: his ex-girlfriend's graduation party—three hours, zero commitment, a few white lies.
Just when Gia begins to wonder if she could turn her fake boyfriend into a real one, Bradley comes waltzing back into her life, exposing her lie, and threatening to destroy her friendships and her new-found relationship.
The problem is that days after prom, it's not the real Bradley she's thinking about, but the stand-in. The one whose name she doesn't even know. But tracking him down doesn't mean they're done faking a relationship. Gia owes him a favor and his sister intends to see that he collects: his ex-girlfriend's graduation party—three hours, zero commitment, a few white lies.
Just when Gia begins to wonder if she could turn her fake boyfriend into a real one, Bradley comes waltzing back into her life, exposing her lie, and threatening to destroy her friendships and her new-found relationship.
Opinião:
Gia é de certa forma o estereotipo da menina bem comportada que tem tudo. Tem uma família unida e com quem nunca tem problemas, é popular na escola, toda a gente gosta dela, tem o seu grupo de amigas com quem partilha praticamente tudo e um namorado com quem é feliz. Até que o namorado acaba com ela e afinal tudo o que ela pensava ser verdade começa a ruir aos poucos. É nesta altura que ela conhece o Fill-in Bradley que a vai ajudar a aceitar que diferente não significa propriamente mau.
É verdade que logo ao início Gia parece ser tudo aquilo que normalmente detestamos numa protagonista. Mas a verdade é que muito daquilo que vemos é só fachada. Apesar de Gia mostrar ser independente a verdade é que depende bastante da aprovação dos outros à sua volta para saber como agir e como estar. E é ao aperceber-se disso que o leitor também se apercebe. Gia acaba por perceber que algo de errado se passa com a sua família, e é esta sua percepção que nos mostra que realmente algo não está bem.
O romance que acaba por desenvolver com o Fill-in Bradley é sincero e inocente e vais crescendo a partir da amizade e do facto de finalmente Gia ser capaz de se partilhar sem reservas. Gostei do modo como a autora fez uma situação inconveniente/conveniente desenvolver-se em algo muito mais importante e estável. Se existe outra relação diga de nota é entre Gia e Bec, a irmã do Fill-in Bradley. É ela que puxa constantemente pela Gia, que lhe diz as verdades na cara, que a tira da sua zona de conforto e lhe mostra o que é realmente viver e sentir. Adorei cada momento passado com a Bec. É impossível não admirar alguém tão cheio de vida.
Apesar de no geral ter gostado de tudo no livro o que mais me cativou foi sem dúvida a evolução de Gia ao longo da história. Ela transforma-se realmente no decorrer da narrativa e no final deparamo-nos com alguém que já não é o que era, que cresceu visivelmente na sua maneira de estar e agir, alguém que se sente confortável no seu próprio corpo e consigo mesma e que não necessita da aprovação de ninguém. Com certeza que no final Gia não é perfeita nem chegou ao final do seu caminho. Contudo dá para perceber que está no bom caminho.
É verdade que logo ao início Gia parece ser tudo aquilo que normalmente detestamos numa protagonista. Mas a verdade é que muito daquilo que vemos é só fachada. Apesar de Gia mostrar ser independente a verdade é que depende bastante da aprovação dos outros à sua volta para saber como agir e como estar. E é ao aperceber-se disso que o leitor também se apercebe. Gia acaba por perceber que algo de errado se passa com a sua família, e é esta sua percepção que nos mostra que realmente algo não está bem.
O romance que acaba por desenvolver com o Fill-in Bradley é sincero e inocente e vais crescendo a partir da amizade e do facto de finalmente Gia ser capaz de se partilhar sem reservas. Gostei do modo como a autora fez uma situação inconveniente/conveniente desenvolver-se em algo muito mais importante e estável. Se existe outra relação diga de nota é entre Gia e Bec, a irmã do Fill-in Bradley. É ela que puxa constantemente pela Gia, que lhe diz as verdades na cara, que a tira da sua zona de conforto e lhe mostra o que é realmente viver e sentir. Adorei cada momento passado com a Bec. É impossível não admirar alguém tão cheio de vida.
Apesar de no geral ter gostado de tudo no livro o que mais me cativou foi sem dúvida a evolução de Gia ao longo da história. Ela transforma-se realmente no decorrer da narrativa e no final deparamo-nos com alguém que já não é o que era, que cresceu visivelmente na sua maneira de estar e agir, alguém que se sente confortável no seu próprio corpo e consigo mesma e que não necessita da aprovação de ninguém. Com certeza que no final Gia não é perfeita nem chegou ao final do seu caminho. Contudo dá para perceber que está no bom caminho.
terça-feira, 1 de setembro de 2015
Opinião - O Regresso do Assassino
Ficha Técnica:
Autor: Robin Hobb
Título Original: Fool's Errand
Páginas: 565
Editor: Saída de Emergência
ISBN: 9789896373306
Tradutor: Jorge Candeias
Sinopse:
Ele é um bastardo com sangue real.
Ele é um assassino com poderes malditos.
Ele é a única esperança para um reino caído em desgraça.
Atreva-se a entrar num mundo de perfídia e traição que George R. R. Martin apelidou de "genial". Atreva-se a acompanhar um herói que a crítica considerou "único". O Regresso do Assassino é o regresso da grande fantasia épica. Se está à espera de mais do mesmo, este livro não é para si. Caso contrário... bem-vindo a uma aventura que nunca irá esquecer!
Opinião:
Há anos que não lia Hobb. A ideia que me tinha ficado de quando li a primeira trilogia (em Portugal pentalogia) é que a escrita da autora apesar de ser excelente não era fácil de digerir e portanto as leituras tornavam-se algo prolongadas. Daí ter algum receio em pegar na outra trilogia que tinha lá por casa. Não pretendia que as leituras se arrastassem indefinidamente. Não poderia estar mais enganada.
É evidente que a escrita da autora permanece a mesma, bem como a sua forma de contar histórias. Os acontecimentos continuam a ser-nos apresentados de um modo lento e a autora é bastante dada à introspecção. Contudo a história é tão interessante que na realidade a sua lentidão não aborrece o leitor. Poderá ter também a ver com o facto de que sinto que como leitora tenho vindo a evoluir e consigo tirar melhor partido de determinados livros que há uns anos atrás não saberia apreciar.
Neste livro continuamos a seguir as aventuras de Fitz, mas um Fitz mais velho e de certa forma mais ponderado. É-nos também reapresentado o Bobo, que sofreu algumas alterações ao longo do tempo, se bem que apenas físicas. Foi bom ver que em essência ambos continuam a ser aquilo que sempre foram. É também extraordinário ver a relação entre estes dois personagens. O amor que nutrem um pelo outro e o modo como se entendem perfeitamente. Muitas vezes sem necessidade de palavras. Nem todos os autores têm a capacidade de criar uma relação tão pura como a destes os dois. É claro que a única relação que poderia suplantar a de Fitz com o Bobo será a de Fitz com Olhos-de-Noite. Uma relação única, difícil de descrever e apreender na totalidade por nós leitores.
Ao longo da narrativa Fitz vai ter que se redescobrir a si mesmo e às suas capacidades de forma a conseguir recuperar o Príncipe Respeitoso das mãos dos Pigarços. Ao mesmo tempo é-nos apresentada mais informação acerca do Bobo e de uma mulher branca que tem potencial para vir a tornar-se uma poderosa antagonista na demanda dos nossos heróis para que a linhagem Visionário seja mantida a salvo. Ao mesmo tempo a autora vai-nos apresentando o estado mental e física em que se encontram alguns dos personagens que já conhecíamos e amávamos da série anterior. Infelizmente nem tudo são boas notícias.
Contudo a autora apresenta-nos também novas personagens bastante interessantes, nomeadamente Gina que poderá no futuro vir a ter uma relação com Fitz. Se bem que eu ainda tenho esperança de o ver com Moly. Foi também fascinante conhecer o Príncipe Respeitoso que tem tanto de Fitz, como de Kettricken e Veracidade. Tenho bastante curiosidade para vir a conhecer a filha de Fitz e Moly. Zar, o filho adoptivo de Fitz poderá vir a tornar-se um personagem interessante, isto se tiver a possibilidade de ter mais tempo de antena no próximo livro.
A autora conseguiu deixar-me curiosa e de certa forma ansiosa para saber o que aí vem. Quem é esta mulher branca? O que é que os Pigarços realmente pretendem? Conseguirá Fitz ensinar e guiar de forma segura o Príncipe Respeitoso? Uma série de questões que pretendo ver respondidas brevemente.
É evidente que a escrita da autora permanece a mesma, bem como a sua forma de contar histórias. Os acontecimentos continuam a ser-nos apresentados de um modo lento e a autora é bastante dada à introspecção. Contudo a história é tão interessante que na realidade a sua lentidão não aborrece o leitor. Poderá ter também a ver com o facto de que sinto que como leitora tenho vindo a evoluir e consigo tirar melhor partido de determinados livros que há uns anos atrás não saberia apreciar.
Neste livro continuamos a seguir as aventuras de Fitz, mas um Fitz mais velho e de certa forma mais ponderado. É-nos também reapresentado o Bobo, que sofreu algumas alterações ao longo do tempo, se bem que apenas físicas. Foi bom ver que em essência ambos continuam a ser aquilo que sempre foram. É também extraordinário ver a relação entre estes dois personagens. O amor que nutrem um pelo outro e o modo como se entendem perfeitamente. Muitas vezes sem necessidade de palavras. Nem todos os autores têm a capacidade de criar uma relação tão pura como a destes os dois. É claro que a única relação que poderia suplantar a de Fitz com o Bobo será a de Fitz com Olhos-de-Noite. Uma relação única, difícil de descrever e apreender na totalidade por nós leitores.
Ao longo da narrativa Fitz vai ter que se redescobrir a si mesmo e às suas capacidades de forma a conseguir recuperar o Príncipe Respeitoso das mãos dos Pigarços. Ao mesmo tempo é-nos apresentada mais informação acerca do Bobo e de uma mulher branca que tem potencial para vir a tornar-se uma poderosa antagonista na demanda dos nossos heróis para que a linhagem Visionário seja mantida a salvo. Ao mesmo tempo a autora vai-nos apresentando o estado mental e física em que se encontram alguns dos personagens que já conhecíamos e amávamos da série anterior. Infelizmente nem tudo são boas notícias.
Contudo a autora apresenta-nos também novas personagens bastante interessantes, nomeadamente Gina que poderá no futuro vir a ter uma relação com Fitz. Se bem que eu ainda tenho esperança de o ver com Moly. Foi também fascinante conhecer o Príncipe Respeitoso que tem tanto de Fitz, como de Kettricken e Veracidade. Tenho bastante curiosidade para vir a conhecer a filha de Fitz e Moly. Zar, o filho adoptivo de Fitz poderá vir a tornar-se um personagem interessante, isto se tiver a possibilidade de ter mais tempo de antena no próximo livro.
A autora conseguiu deixar-me curiosa e de certa forma ansiosa para saber o que aí vem. Quem é esta mulher branca? O que é que os Pigarços realmente pretendem? Conseguirá Fitz ensinar e guiar de forma segura o Príncipe Respeitoso? Uma série de questões que pretendo ver respondidas brevemente.
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