Ficha Técnica:
Autor: João Tordo
Páginas: 328
Editor: Companhia das Letras
ISBN: 9789898775337
Sinopse:
Numa pequena ilha perdida no Atlântico, um homem procura a solidão e o esquecimento, mas acaba por encontrar muito mais.
A ilha alberga criaturas singulares: um padre sonhador, de nome Elias Gro; uma menina de onze anos perita em anatomia; Alma, uma senhora com um coração maior do que a ilha; Norbert, um velho louco que tem por hábito vaguear na noite; e o fantasma de um escritor, cuja casa foi engolida pelo mar.
O narrador, lacerado pelo passado, luta com os seus demónios no local que escolheu para se isolar: um farol abandonado, à mercê dos caprichos da natureza – e dos outros habitantes da ilha. Com o vagar com que mudam as estações, o homem vai, passo a passo, emergindo do seu esconderijo, fazendo o seu luto, e descobrindo, numa travessia de alegria e dor, a medida certa do amor.
O luto de Elias Gro é o romance mais atmosférico e intimista de João Tordo, um mergulho na alma humana, no que ela tem de mais obscuro e luminoso.
Opinião:
O Luto de Elias Gro fala-nos acerca da perda, do desespero. Do abismo sem fundo onde às vezes o ser humano se coloca por vontade própria porque é mais fácil viver no sofrimento do que fazer algo para sair dele.
A história é contada do ponto de visto de um personagem do qual nunca saberemos o nome e passa-se numa ilha que nunca saberemos qual é. Através dos olhos deste personagem vamos ficando a conhecer os poucos habitantes da ilha e os seus demónios, bem como os fantasmas do próprio narrador.
A escrita do autor é simples, mas poderosa. É capaz de transmitir na totalidade os sentimentos e angústias dos personagens. A sua caminhada desde o desespero, o luto, a culpabilização até à redenção, à aceitação. Mais importante que a história em si são os sentimentos que o autor transmite ao leitor. Este sentimentos corrosivos são transmitidos principalmente através do narrador, de Elias Gro e de Drosler (um alemão já falecido). Cada um destes personagens teve os seus próprios demónios, se bem que alguns eram bastantes semelhantes. Contudo cada um deles encontrou, ou não, uma maneira diferente de lidar com eles, de os ultrapassar e do tentar remedias os danos que possam ter causado enquanto vogavam através da sua tristeza e abandono.
Os únicos raios de esperança no meio da narrativa acabam por ser Alma e Cecília. A primeira que apesar das provações porque passou é alguém bondoso e sempre disposta a ajudar com um sorriso na cara. A segundo uma criança de 11 anos que tem um fascínio pelos ossos do corpo humano, que tem sempre uma resposta mordaz na ponta da língua e dona de uma personalidade muito forte.
Apesar de ser um livro intenso e que me agradou a leitura foi algo morosa. Isto deveu-se principalmente ao facto de o livro não ser dividido em capítulos. Sendo a narrativa toda seguida. A mim fez-me sentir que não tinha tempo para respirar entre acontecimentos, levando a que fosse mais difícil "digerir" o que se estava a passar e processar os acontecimentos.
A história é contada do ponto de visto de um personagem do qual nunca saberemos o nome e passa-se numa ilha que nunca saberemos qual é. Através dos olhos deste personagem vamos ficando a conhecer os poucos habitantes da ilha e os seus demónios, bem como os fantasmas do próprio narrador.
A escrita do autor é simples, mas poderosa. É capaz de transmitir na totalidade os sentimentos e angústias dos personagens. A sua caminhada desde o desespero, o luto, a culpabilização até à redenção, à aceitação. Mais importante que a história em si são os sentimentos que o autor transmite ao leitor. Este sentimentos corrosivos são transmitidos principalmente através do narrador, de Elias Gro e de Drosler (um alemão já falecido). Cada um destes personagens teve os seus próprios demónios, se bem que alguns eram bastantes semelhantes. Contudo cada um deles encontrou, ou não, uma maneira diferente de lidar com eles, de os ultrapassar e do tentar remedias os danos que possam ter causado enquanto vogavam através da sua tristeza e abandono.
Os únicos raios de esperança no meio da narrativa acabam por ser Alma e Cecília. A primeira que apesar das provações porque passou é alguém bondoso e sempre disposta a ajudar com um sorriso na cara. A segundo uma criança de 11 anos que tem um fascínio pelos ossos do corpo humano, que tem sempre uma resposta mordaz na ponta da língua e dona de uma personalidade muito forte.
Apesar de ser um livro intenso e que me agradou a leitura foi algo morosa. Isto deveu-se principalmente ao facto de o livro não ser dividido em capítulos. Sendo a narrativa toda seguida. A mim fez-me sentir que não tinha tempo para respirar entre acontecimentos, levando a que fosse mais difícil "digerir" o que se estava a passar e processar os acontecimentos.
Um livro que gostava de ler mas, creio, preciso de estar com a mente mais descansada para o poder absorver.
ResponderEliminarDefinitivamente. Não considero este livro como sendo de fácil leitura. Tem que se estar no estado de espírito certo.
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