terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Opinião - Kushiel's Avatar

Ficha Técnica:
Autor: Jacqueline Carey
Série: Phèdre's Trilogy, #3
Páginas: 702
Editor: Tom Doherty Associates
ISBN: 1405034149

Sinopse:
The land of Terre d'Ange is a place of unsurpassed beauty and grace. It's inhabited by the race that rose from the seed of angels, and they live by one simple rule: Love as thou wilt.

Phèdre nó Delaunay was sold into indentured servitude as a child. Her bond was purchased by a nobleman who recognized that she was pricked by Kushiel's dart, chosen to forever experience pain and pleasure as one. Phèdre's path has been strange and dangerous. She has lain with princes and pirate kings, battled a wicked temptress, and saved two nations. Through it all, the devoted swordsman Joscelin has been at her side, following the central precept of the angel Cassiel: Protect and serve.

But Phèdre's plans will put his pledge to the test, for she has never forgotten her childhood friend Hyacinthe. She has spent ten long years searching for the key to free him from his eternal indenture to the Master of Straights, a bargain with the gods to save Phèdre and a nation. The search will take Phèdre and Joscelin across the world and down a fabled river to a forgotten land. . . and to a power so intense and mysterious, none dare speak its name.

Opinião:
Depois de ter tido coragem para voltar a pegar em Kushiel e de ter gostado tanto do 2ª livro rapidamente peguei no 3º.

Desta vez a premissa é algo diferente na medida em que as aptidões de Phédre como espia e cortesão não são utilizadas propriamente na intriga da corte, mas sim na tentativa de descobrir uma maneira de libertar Hyacinthe e salvar o filho de Melisande de um destino desconhecido.

Sendo que passaram dez anos desde os acontecimentos do último livro, a Phédre e o Joscelin apresentados estão mais maduros. Joscelin finalmente compreende e aceita completamente aquilo que Phédre é, bem como a relação que têm. Existem determinadas alturas em que nos são apresentados momentos mais tensos entre ambos, contudo não existe rancor, ira ou qualquer outro sentimento negativo de um para com o outro.

Pela primeira vez encontramos uma Phédre completamente perdida. Não pela sua incapacidade de encontrar Imriel (o filho de Melisande), mas pela sua incapacidade em perceber quais os desígnios de Kushiel. O que é que Imriel poderá ter feito para merecer tal destino como o que lhe está reservado? Na mesma a história a autora aprenta-nos ainda uma Phédre quebrada. Há determinadas linhas que quando ultrapassadas não têm retorno e pode danificar a alma dessa pessoa para sempre. Phédre cruzou uma dessas linhas e o que daí adveio não foi bonito de se ver. Contudo acabou por recuperar e o susto que a autora prega ao leitor acaba por passar.

Adorei conhecer Imriel. Ele é uma rapaz rebelde, determinado e com um espírito que é fogo. Contudo é também um rapaz bondoso, com uma capacidade de amar enorme e com um sentido de responsabilidade bastante desenvolvido para alguém tão novo. É fácil apaixonarmo-nos por ele e querermos saber em que espécie de homem ele se vai tornar sob a tutelagem de Phédre e Joscelin.

Contudo não foi apenas o descrito acima que me cativou. Neste livro Phédre e Joscelin viajam por locais mesmo muito distantes, alguns deles mitos. Mesmo assim em cada novo local eu consegui fazer um paralelismo com um povo ou uma religião que conhecemos do mundo real. Estas alusões são-nos apresentadas de tal forma que o leitor não consegue mais do que ficar encantado. Mas para mim o que mais me impressionou no livro foi a capacidade da autora conseguir desenvolver de forma igual as duas linhas condutoras da história, a libertação de Hyacinthe e a descoberta de Imriel. Quando Phédre alcança a meio do livro uma das duas não senti que tivesse atingido o clímax do livro e que agora ir-se-ia começar a fazer crescer a história de início. O que senti foi que um dos objectivos tinha sido atingido, mas que a história ainda não tinha terminado. Não houve uma quebra de ritmo ou emoção. Este feito é extremamente importante para mim porque já vi utilizarem esta técnico num outro caso e não resultou de todo, o que me arruinou a leitura.

Assim sendo fica a vontade de iniciar a próxima trilogia, que tem como protagonista o Imriel. Sinto grande curiosidade para saber o que dali vem.

2 comentários:

  1. Adoro esta série, não era nada do que estava à espera mas surpreendeu-me :) lia-a em português e adorei

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    1. É fantástica! Tenho pena que cá Portugal não tenha tido muita saída e por isso tenha ficado parada... Quem sabe um dia ;)

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