quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Opinião - A Quinta de Blackwood

Ficha Técnica:
Autor: Anne Rice
Título Original: Blackwood Farm
Série: The Vampire Chronicles, #9
Páginas: 516
Editor: Europa-América
ISBN: 9721052892
Tradutor: Inês Gromicho

Sinopse:
Bem vindos à Quinta de Blackwood. Nas profundezas dos pântanos da Louisiana ergue-se uma mansão senhorial de elevadas colunas brancas, salões espaçosos e jardins inundados pela luz solar. Este é o mundo de Quinn Blackwood, um jovem brilhante, assombrado desde a nascença por Goblin, um espírito vindo de um mundo de sonhos. Movendo-se através do tempo, desde a infância de Quinn até à Nova Orleães da actualidade, desde a antiga Atenas até à Nápoles do século XIX, Quinn procura o lendário vampiro Lestat, pois só este o pode libertar deste espectro que o atrai para o pântano de Sugar Devil e para os horrendos segredos que este esconde.

Opinião:
Sei que é um bocado mau dizer isto, mas sinto-me extremamente feliz com o facto de só me faltar mais um livro da colecção da Europa-América para ficar com os livros que tenho da autora lidos. Atenção, não é que não goste da história ou da escrita da autora ou algo do género. Simplesmente são livros com uma escrita mais complexa, livros nos quais demoro mais tempo a entrar no ritmo e que muitas vezes tenho que me forçar um pouco a lê-los até ganhar balanço, o que quer dizer que muitas vezes me ponho a procrastinar.

Passando agora ao livro em si. Este é contado sobre o ponto de vista de um novo vampiro, vampiro esse que não fazemos a mais pálida ideia de quem é e de qual a sua relação com os personagens que conhecemos. Na realidade não existe propriamente uma relação. Quinn foi criado por um(a) vampiro(a) do(a) qual também nunca ouvimos falar (pelo menos que me recorde), e vai à procura de Lestat porque é assombrado por uma entidade, Goblin, que se torna cada vez mais perigoso. A história começa com uma carta de Quinn para Lestat, a explicar por alto o motivo do seu contacto, mas rapidamente passa para uma história mais detalhada quando Lestat fica curioso e pede para conhecer a sua história na integra.

Se por um lado Quinn teve uma infância cheia de amor, a realidade é que também teve uma infância bastante solitária, onde as pessoas nunca acreditaram nele completamente. Apesar disso Quinn nunca perdeu o seu entusiasmo, a sua inocência. Esta acaba por lhe ser roubada aos poucos quando o seu avô morre, tornando-o o homem da casa. É nesta altura que Quinn começa a ficar curioso com a história das sua família, o que acaba por levar a que seja transformado num vampiro contra a sua vontade.

Uma vez mais o que é interessante de se ler é a evolução do personagem, o caminho que percorreu desde a sua formação até àquele momento. Os sentimentos que tem e que viveu e que o transformaram. Acho que ainda não tinha visto nenhum vampiro a amar um humano da mesma maneira que Quinn ama a sua família. É algo que permanece do seu tempo de humano e que espero que nunca venha a perder.

O que menos gostei no livro foi sem dúvida o final. Aquele final deu cabo de mim. Achei-o precipitado, sem nexo e sem qualquer contextualização. Não sei se alguma vez vou ter aquilo que mereço, mas tenho a sensação que não.

Por aquilo que li algures este livro acaba por fazer a ligação entre a série das Mayfair Witches e das Vampire Chronicles, como não li a série das Mayfair Witches não sei o que isso quer propriamente dizer. Contudo também já li algures que no próximo livro eles explicam tudo do início ao fim por isso não devo ter muitos problemas.

Questiono-me se estes dois vampiros terão verdadeira importância no decorrer da série, visto que Lestat parece amar tanto Quinn como encantar-se pela Mona. Só as próximas leituras o dirão.

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