Autor: Katherine Rundell
Título Original: The Wolf Wilder
Páginas: 322
Editor: Individual (Lápis Azul)
ISBN: 9789899512429
Tradutor: Tânia Castela
Sinopse:
A vida de Feo é extraordinária. Ela e a mãe ensinam lobos domesticados a aprender a sobreviver nas vastidões geladas da Rússia. Feo adora trabalhar com lobos, especialmente com os três que já foram devolvidos ao seu habitat natural, mas que se recusam a abandoná-la. São meio-selvagens, não são animais de estimação. Mas nem todos são apaixonados por lobos - especialmente o General Rakov, que tenciona destruir tudo aquilo que Feo ama. Em breve, para salvar a mãe, Feo irá ter que atravessar os bosques gelados para chegar a São Petersburgo - e aprender a confiar em desconhecidos cujas vidas foram igualmente afectadas pelo cruel general.
Depois do êxito de Rooftoppers, Katherine Rundell regressa com uma história maravilhosa que nos fala de amor, de sobrevivência - e de lobos.
Opinião:
The Wolf Wilder - A Encantadora de Lobos é o segundo livro da escritora Katherine Rundell, publicado em Portugal pela Individual Editora (Lápis Azul).
É um livro único, sem qualquer continuação, que se passa na Rússia de há um século atrás e que nos conta a história de uma menina, chamada Feodora, mais conhecida por Feo, que vive com a sua mãe, Marina, numa casinha de madeira perto da floresta. Neste tempo, no seio da aristocracia Russa, estava na moda ter-se lobos como animais de estimação, e sendo o lobo um animal selvagem, feito para viver em liberdade e não em cativeiro, podem-se imaginar os problemas que esta infeliz ideia trouxe... Os lobos que, por qualquer motivo, eram rejeitados e abandonados, eram enviados para Marina e Feo, encantadoras de lobos, que os ensinam a ser novamente bravios e que os colocam posteriormente em liberdade no seu habitat.
Feo é uma menina um pouco selvagem, tal como os lobos e o ambiente que a rodeia, que prefere a companhia dos animais à de outros seres humanos e que devido ao seu isolamento não sabe muito bem como interagir com os seus pares. Nesta história, a vida desta pequena encantadora de lobos sofre uma viragem quando conhece Ilya, um rapaz de idade aproximada, soldado Imperial, que inadvertidamente se torna seu amigo, apesar do entrave inicial que constitui a sua "profissão". Este exército Imperial do Czar é comandado pelo malfadado general Rakov que nutre especial prazer em incendiar coisas, intenta matar lobos e ainda separa famílias dos seus entes queridos, tal como Feo e sua mãe.
Para quem leu Rooftoppers - Vagabundos dos Telhados, da mesma autora, a premissa de uma menina em busca da sua mãe não será novidade, pois apesar de muito diferente, esta busca central mantém-se.
No que respeita às personagens, temos algumas personalidades fortes, quer da parte dos humanos, como Feo e Marina, quer da parte dos lobos, como a fiel mas desconfiada Cinzenta, o que facilmente cativa o leitor. Contudo, no geral, não se tratam de personagens muito elaboradas, são algo simples, mas agradáveis para a história que contam.
The Wolf Wilder - A Encantadora de Lobos é um livro de leitura breve e fácil, ideal para se ler no Inverno e imaginar todo aquele manto branco a cobrir as belas paisagens Russas e a sua magnífica cidade de São Petersburgo. Repleto de lindas e cativantes gravuras, que deliciam o leitor, é uma obra agradável que nos permite viajar sem sair do conforto do nosso lar.
Mesmo não sendo, para mim, uma história tão bela, enternecedora e cativante como o outro livro da autora, anteriormente mencionado, The Wolf Wilder - A Encantadora de Lobos teve toda a minha atenção e manteve o meu interesse em ler, futuramente, outras obras de Katherine Rundell.
É um livro único, sem qualquer continuação, que se passa na Rússia de há um século atrás e que nos conta a história de uma menina, chamada Feodora, mais conhecida por Feo, que vive com a sua mãe, Marina, numa casinha de madeira perto da floresta. Neste tempo, no seio da aristocracia Russa, estava na moda ter-se lobos como animais de estimação, e sendo o lobo um animal selvagem, feito para viver em liberdade e não em cativeiro, podem-se imaginar os problemas que esta infeliz ideia trouxe... Os lobos que, por qualquer motivo, eram rejeitados e abandonados, eram enviados para Marina e Feo, encantadoras de lobos, que os ensinam a ser novamente bravios e que os colocam posteriormente em liberdade no seu habitat.
Feo é uma menina um pouco selvagem, tal como os lobos e o ambiente que a rodeia, que prefere a companhia dos animais à de outros seres humanos e que devido ao seu isolamento não sabe muito bem como interagir com os seus pares. Nesta história, a vida desta pequena encantadora de lobos sofre uma viragem quando conhece Ilya, um rapaz de idade aproximada, soldado Imperial, que inadvertidamente se torna seu amigo, apesar do entrave inicial que constitui a sua "profissão". Este exército Imperial do Czar é comandado pelo malfadado general Rakov que nutre especial prazer em incendiar coisas, intenta matar lobos e ainda separa famílias dos seus entes queridos, tal como Feo e sua mãe.
Para quem leu Rooftoppers - Vagabundos dos Telhados, da mesma autora, a premissa de uma menina em busca da sua mãe não será novidade, pois apesar de muito diferente, esta busca central mantém-se.
No que respeita às personagens, temos algumas personalidades fortes, quer da parte dos humanos, como Feo e Marina, quer da parte dos lobos, como a fiel mas desconfiada Cinzenta, o que facilmente cativa o leitor. Contudo, no geral, não se tratam de personagens muito elaboradas, são algo simples, mas agradáveis para a história que contam.
The Wolf Wilder - A Encantadora de Lobos é um livro de leitura breve e fácil, ideal para se ler no Inverno e imaginar todo aquele manto branco a cobrir as belas paisagens Russas e a sua magnífica cidade de São Petersburgo. Repleto de lindas e cativantes gravuras, que deliciam o leitor, é uma obra agradável que nos permite viajar sem sair do conforto do nosso lar.
Mesmo não sendo, para mim, uma história tão bela, enternecedora e cativante como o outro livro da autora, anteriormente mencionado, The Wolf Wilder - A Encantadora de Lobos teve toda a minha atenção e manteve o meu interesse em ler, futuramente, outras obras de Katherine Rundell.
(Livro gentilmente cedido para opinião pela Individual Editora)