Autor: Colleen Houck
Título Original: Tiger's Curse
Série: Saga do Tigre, #1
Série: Saga do Tigre, #1
Páginas: 352
Editor: Porto Editora
ISBN: 9789720043719
Tradutor: Maria de Almeida
Sinopse:
Quando Kelsey Hayes se candidata a um trabalho no circo para ocupar as férias de verão até ao início das aulas na faculdade, está longe de imaginar a aventura em que se verá envolvida. Encarregada de cuidar de Ren, um majestoso tigre branco, sente-se de imediato fascinada pelo animal e não hesita em aceitar o convite para o acompanhar numa viagem até à Índia, rumo à reserva natural a que pertence.
O que Kelsey ainda não sabe é que o tigre a que tanto se afeiçoou é na verdade Alagan Dhiren Rajaram - um príncipe indiano vítima de uma maldição secular - e que ela poderá ser a única pessoa capaz de o ajudar a quebrar o feitiço.
Determinada a devolver a Ren a sua humanidade, Kelsey embarcará numa perigosa aventura por lugares repletos de magia e misticismo. No entanto, as forças do Mal não parecem dispostas a dar-lhes tréguas e os perigos espreitam a cada esquina. Será que a paixão que vai crescendo entre os dois resistirá a todos os obstáculos que lhes vão sendo colocados no caminho?
A Maldição do Tigre é o primeiro volume de uma extraordinária saga que promete apaixonar os fãs de literatura fantástica.
Opinião:
Já estava a faltar o desafio do mês, não é verdade? Pois então, para este mês de Abril, o papelinho tirado à sorte do meu frasco de desafios literários, indicava que teria de ler "O 1º livro de uma nova série/trilogia".
Assim sendo, e visto que já tinha os livros da saga do Tigre por ler há anos, A Maldição do Tigre de Colleen Houck pareceu-me ser uma boa escolha.
Ora, a verdade é que esta leitura foi diferente do que eu esperava e, apesar de chegar à conclusão, que até gostei, deixou-me dividida. Se por um lado me senti logo cativada pelo ambiente da história - a Índia, seus templos e selvas, mitologia e aventuras estilo Indiana Jones/Tomb Raider (embora mais soft) - por outro lado tive problemas com a escrita da autora, essencialmente no que respeita aos diálogos, que achei, muitas vezes, básicos e disparatados.
Para além disso, existiram momentos nada credíveis e fracamente conseguidos: por exemplo, logo nos primeiros capítulos vemos Kelsey, a nossa personagem principal, no seu trabalho temporário de Verão num circo, cuja tarefa, no meio de tantas outras, consiste em cuidar de um tigre. Surge então um indivíduo indiano, Mr. Kadam, que consegue comprar o dito tigre (que sabemos não ser o que aparenta) para o libertar na selva indiana. Este pede a Kelsey que o acompanhe à Índia, para cuidar do tigre, sob a promessa de um grande salário e todas as despesas pagas. Ninguém parece achar isto mega suspeito, porque é assim se deixa uma miúda de dezoito anos acabadinhos de fazer, ir para a Índia sozinha com um homem desconhecido, realizar um trabalho no qual tem apenas duas semanas de experiência com supervisão, e pelo qual irá receber um bom dinheiro. Enfim... Acho que nem a própria escritora ficou convencida, porque não só põe Kelsey a fazer anos naquela altura de modo a ser maior de idade, como vemos Mr. Kadam ser descrito como sendo alguém sério e com ar de ter boas intenções e não o contrário...
Posto isto, penso que nem vale a pena falar de toda a ostentação desnecessária que vamos tendo ao longo do livro, seja por via de carros, casas, roupas etc. Mas pelo menos, apesar de mal conseguidos, certos momentos acabam por ser esclarecidos e justificados de forma minimamente satisfatória, o que torna tudo um pouco melhor.
No entanto, houve algo ou melhor dizendo, alguém, que me irritou acima de tudo neste livro: Kelsey.
Não foi automático, foi um sentimento que se foi instalando e desenvolvendo até eu chegar à recta final da obra completamente passada com esta criatura! Não sei como é que é suposto sentir empatia por uma personagem assim... De início parecia só um pouco irritante e chata com tantas perguntas, mas depois aquela constante desvalorização que ela gosta de fazer de ela própria e o facto de começar a criar problemas que não existem e a lamentar-se deles tiraram-me do sério. A miúda não pode aceitar e ficar simplesmente feliz com aquilo que começa a surgir entre ela e Ren, tem de pôr entraves e fazer uma novela mexicana de pôr os nervos em franja a qualquer pessoa!
Não fosse o facto de ter gostado de Ren, Mr. Kadam e até Kishan (apesar de tótós por admirarem tanto aquela idiota) e acima disso de ter gostado tanto do ambiente e de tudo o que já mencionei no início desta opinião, da história da maldição, da demanda e seus enigmas para a quebrar, esta teria sido uma leitura nada agradável. Em vez disso, consegui apreciar todos os pontos que considerei positivos e empolguei-me com os mistérios apresentados e momentos de aventura, que conseguiram inflamar a minha imaginação.
Posto isto, apesar dos pontos negativos, considero A Maldição do Tigre um livro razoável e interessante para os fãs de mitologia e aventura, que se não ficarem completamente assoberbados com o drama adolescente, ficarão certamente com vontade de continuar a acompanhar esta grande demanda pela quebra da maldição do tigre.
Ora, a verdade é que esta leitura foi diferente do que eu esperava e, apesar de chegar à conclusão, que até gostei, deixou-me dividida. Se por um lado me senti logo cativada pelo ambiente da história - a Índia, seus templos e selvas, mitologia e aventuras estilo Indiana Jones/Tomb Raider (embora mais soft) - por outro lado tive problemas com a escrita da autora, essencialmente no que respeita aos diálogos, que achei, muitas vezes, básicos e disparatados.
Para além disso, existiram momentos nada credíveis e fracamente conseguidos: por exemplo, logo nos primeiros capítulos vemos Kelsey, a nossa personagem principal, no seu trabalho temporário de Verão num circo, cuja tarefa, no meio de tantas outras, consiste em cuidar de um tigre. Surge então um indivíduo indiano, Mr. Kadam, que consegue comprar o dito tigre (que sabemos não ser o que aparenta) para o libertar na selva indiana. Este pede a Kelsey que o acompanhe à Índia, para cuidar do tigre, sob a promessa de um grande salário e todas as despesas pagas. Ninguém parece achar isto mega suspeito, porque é assim se deixa uma miúda de dezoito anos acabadinhos de fazer, ir para a Índia sozinha com um homem desconhecido, realizar um trabalho no qual tem apenas duas semanas de experiência com supervisão, e pelo qual irá receber um bom dinheiro. Enfim... Acho que nem a própria escritora ficou convencida, porque não só põe Kelsey a fazer anos naquela altura de modo a ser maior de idade, como vemos Mr. Kadam ser descrito como sendo alguém sério e com ar de ter boas intenções e não o contrário...
Posto isto, penso que nem vale a pena falar de toda a ostentação desnecessária que vamos tendo ao longo do livro, seja por via de carros, casas, roupas etc. Mas pelo menos, apesar de mal conseguidos, certos momentos acabam por ser esclarecidos e justificados de forma minimamente satisfatória, o que torna tudo um pouco melhor.
No entanto, houve algo ou melhor dizendo, alguém, que me irritou acima de tudo neste livro: Kelsey.
Não foi automático, foi um sentimento que se foi instalando e desenvolvendo até eu chegar à recta final da obra completamente passada com esta criatura! Não sei como é que é suposto sentir empatia por uma personagem assim... De início parecia só um pouco irritante e chata com tantas perguntas, mas depois aquela constante desvalorização que ela gosta de fazer de ela própria e o facto de começar a criar problemas que não existem e a lamentar-se deles tiraram-me do sério. A miúda não pode aceitar e ficar simplesmente feliz com aquilo que começa a surgir entre ela e Ren, tem de pôr entraves e fazer uma novela mexicana de pôr os nervos em franja a qualquer pessoa!
Não fosse o facto de ter gostado de Ren, Mr. Kadam e até Kishan (apesar de tótós por admirarem tanto aquela idiota) e acima disso de ter gostado tanto do ambiente e de tudo o que já mencionei no início desta opinião, da história da maldição, da demanda e seus enigmas para a quebrar, esta teria sido uma leitura nada agradável. Em vez disso, consegui apreciar todos os pontos que considerei positivos e empolguei-me com os mistérios apresentados e momentos de aventura, que conseguiram inflamar a minha imaginação.
Posto isto, apesar dos pontos negativos, considero A Maldição do Tigre um livro razoável e interessante para os fãs de mitologia e aventura, que se não ficarem completamente assoberbados com o drama adolescente, ficarão certamente com vontade de continuar a acompanhar esta grande demanda pela quebra da maldição do tigre.