quinta-feira, 28 de abril de 2016

Opinião - A Maldição do Tigre

Ficha Técnica:
Autor: Colleen Houck
Título Original: Tiger's Curse
Série: Saga do Tigre, #1
Páginas: 352
Editor: Porto Editora
ISBN: 9789720043719
Tradutor: Maria de Almeida

Sinopse:
Quando Kelsey Hayes se candidata a um trabalho no circo para ocupar as férias de verão até ao início das aulas na faculdade, está longe de imaginar a aventura em que se verá envolvida. Encarregada de cuidar de Ren, um majestoso tigre branco, sente-se de imediato fascinada pelo animal e não hesita em aceitar o convite para o acompanhar numa viagem até à Índia, rumo à reserva natural a que pertence.
O que Kelsey ainda não sabe é que o tigre a que tanto se afeiçoou é na verdade Alagan Dhiren Rajaram - um príncipe indiano vítima de uma maldição secular - e que ela poderá ser a única pessoa capaz de o ajudar a quebrar o feitiço.
Determinada a devolver a Ren a sua humanidade, Kelsey embarcará numa perigosa aventura por lugares repletos de magia e misticismo. No entanto, as forças do Mal não parecem dispostas a dar-lhes tréguas e os perigos espreitam a cada esquina. Será que a paixão que vai crescendo entre os dois resistirá a todos os obstáculos que lhes vão sendo colocados no caminho?

A Maldição do Tigre é o primeiro volume de uma extraordinária saga que promete apaixonar os fãs de literatura fantástica.

Opinião:
Já estava a faltar o desafio do mês, não é verdade? Pois então, para este mês de Abril, o papelinho tirado à sorte do meu frasco de desafios literários, indicava que teria de ler "O 1º livro de uma nova série/trilogia".
Assim sendo, e visto que já tinha os livros da saga do Tigre por ler há anos, A Maldição do Tigre de Colleen Houck pareceu-me ser uma boa escolha.

Ora, a verdade é que esta leitura foi diferente do que eu esperava e, apesar de chegar à conclusão, que até gostei, deixou-me dividida. Se por um lado me senti logo cativada pelo ambiente da história - a Índia, seus templos e selvas, mitologia e aventuras estilo Indiana Jones/Tomb Raider (embora mais soft) - por outro lado tive problemas com a escrita da autora, essencialmente no que respeita aos diálogos, que achei, muitas vezes, básicos e disparatados. 

Para além disso, existiram momentos nada credíveis e fracamente conseguidos: por exemplo, logo nos primeiros capítulos vemos Kelsey, a nossa personagem principal, no seu trabalho temporário de Verão num circo, cuja tarefa, no meio de tantas outras, consiste em cuidar de um tigre. Surge então um indivíduo indiano, Mr. Kadam, que consegue comprar o dito tigre (que sabemos não ser o que aparenta) para o libertar na selva indiana. Este pede a Kelsey que o acompanhe à Índia, para cuidar do tigre, sob a promessa de um grande salário e todas as despesas pagas. Ninguém parece achar isto mega suspeito, porque é assim se deixa uma miúda de dezoito anos acabadinhos de fazer, ir para a Índia sozinha com um homem desconhecido, realizar um trabalho no qual tem apenas duas semanas de experiência com supervisão, e pelo qual irá receber um bom dinheiro. Enfim... Acho que nem a própria escritora ficou convencida, porque não só põe Kelsey a fazer anos naquela altura de modo a ser maior de idade, como vemos Mr. Kadam ser descrito como sendo alguém sério e com ar de ter boas intenções e não o contrário...

Posto isto, penso que nem vale a pena falar de toda a ostentação desnecessária que vamos tendo ao longo do livro, seja por via de carros, casas, roupas etc. Mas pelo menos, apesar de mal conseguidos, certos momentos acabam por ser esclarecidos e justificados de forma minimamente satisfatória, o que torna tudo um pouco melhor.

No entanto, houve algo ou melhor dizendo, alguém, que me irritou acima de tudo neste livro: Kelsey. 
Não foi automático, foi um sentimento que se foi instalando e desenvolvendo até eu chegar à recta final da obra completamente passada com esta criatura! Não sei como é que é suposto sentir empatia por uma personagem assim... De início parecia só um pouco irritante e chata com tantas perguntas, mas depois aquela constante desvalorização que ela gosta de fazer de ela própria e o facto de começar a criar problemas que não existem e a lamentar-se deles tiraram-me do sério. A miúda não pode aceitar e ficar simplesmente feliz com aquilo que começa a surgir entre ela e Ren, tem de pôr entraves e fazer uma novela mexicana de pôr os nervos em franja a qualquer pessoa!

Não fosse o facto de ter gostado de Ren, Mr. Kadam e até Kishan (apesar de tótós por admirarem tanto aquela idiota) e acima disso de ter gostado tanto do ambiente e de tudo o que já mencionei no início desta opinião, da história da maldição, da demanda e seus enigmas para a quebrar, esta teria sido uma leitura nada agradável. Em vez disso, consegui apreciar todos os pontos que considerei positivos e empolguei-me com os mistérios apresentados e momentos de aventura, que conseguiram inflamar a minha imaginação. 

Posto isto, apesar dos pontos negativos, considero A Maldição do Tigre um livro razoável e interessante para os fãs de mitologia e aventura, que se não ficarem completamente assoberbados com o drama adolescente, ficarão certamente com vontade de continuar a acompanhar esta grande demanda pela quebra da maldição do tigre.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Opinião - Êxtase

Ficha Técnica:
Autor: J. R. Ward
Título Original: Rapture
Série: Fallen Angels, #4
Páginas: 468
Editor: Quinta Essência
ISBN: 9789897260773
Tradutor: Filipa Aguiar

Sinopse:
Mels Carmichael, jornalista do Caldwell Courier Journal, apanha o maior choque da sua vida quando um homem se atravessa à frente do seu carro junto ao cemitério local. Depois do acidente, a amnésia dele é o tipo de mistério que ela gosta de solucionar, mas em breve descobre que o passado é demasiado misterioso... e que está a apaixonar-se pelo estranho. Enquanto as sombras oscilam entre a realidade e o outro mundo, e a memória do seu amante começa a voltar, os dois aprendem que nada está realmente morto e enterrado. Em especial quando se está preso numa guerra entre anjos e demónios. Com a alma em jogo, e o coração de Mels em risco, o que irá ser preciso para salvar ambos?

Opinião:
Já li o livro anterior à pelo menos um ano, o que significa que algumas coisa já se encontravam meio apagadas da minha memória. Com a ajuda da autora lá fui conseguindo lembrar-me onde é que o Matthias entrava e qual o seu papel. Houve algumas referências que me escaparam, mas não é nada a que já não esteja habituada.

Uma vez mais Jim Heron tem que tentar influenciar uma alma a fazer a escolha correta. E desta vez a questão pode ser ligeiramente mais complicada visto que essa alma já teve uma oportunidade e deu cabo dela. O que é que a impede de voltar a cair nos mesmos erros? Afinal de contas dificilmente uma pessoa consegue mudar de completamente maquiavélica para boa só porque sim.

O casal da narrativa é então Mels e Matthias. Ela é uma jornalista e ele é um assassino sem escrúpulos que perdeu a memória quando regressou à terra. Tanto ela como ele passam por períodos de descoberta em que ficam a perceber-se melhor a si mesmos. Através da sua relação com Matthias, Mels acaba por perceber que a morte do pai ainda a afecta e que de certa forma a fez pôr a sua vida em standby. Já Matthias acaba por se aperceber que uma pessoa tem sempre a capacidade para fazer o que está certo, independentemente daquilo que fomos ou daquilo que os nosso instintos nos dizem. A decisão de que caminho tomar é sempre nossa, e podemos optar por fazer aquilo que é certo ou aquilo que é fácil.

Foi fácil gostar de Mels, ela é uma rapariga cheia de genica, que sabe tomar conta de si própria e que não deixa que lhe passem a perna. Ao mesmo tempo é extremamente inteligente e quando agarra não larga mais o osso. Matthias foi um personagem um pouco mais dúbio, não me lembro muito dele do livro anterior em que apareceu, e a verdade é que as coisas que são reveladas neste livro não me fizeram propriamente sentir repugnada com as suas acções. Acho que aqui me ficou a faltar a sensação de que ele lutou pela sua redenção.

Claro que as coisas para o Jim e o Aidan não estão nada fáceis. A morte do Eddie ainda os afecta bastante e é difícil viver sem a voz da razão. Contudo ambos estão a aprender a lidar com a sua ausência. Principalmente Aidan começa a mostrar qual a sua verdadeira fibra, e gostei de ver que ele é capaz de fazer sacrifícios e pensar racionalmente. Só espero que aquilo que ele fez não tenho implicações permanentes. Já o Jim está cada vez mais num buraco sem fundo. A sua obsessão com a Sissy é bastante irritante e a maneira como ele deixa que a Devina o afecte está a passar de moda. Ao mesmo tempo é notório que cada vez menos a Devina tem papel de má. A sensação com que fico é que o vilão aqui é a própria alma a ser salva e a obsessão do Jim. A Devina está ali apenas como uma desculpa para os empurrões nas devidas direcções. Além de que é sempre interessante ver as sessões de terapia que a Devina tem. Apesar de toda a sua maldade ela tem também problemas, problemas esses que acredito serem desmoralizantes, principalmente para um demónio...

Tirando o facto de existirem vários momentos em que achei que a autora se andava a arrastar, este até foi um livro que me agradou. Faltam apenas dois para acabar a série e saber que lado vai ganhar.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Opinião - Ventos do Norte e Presságios de Inverno

Ficha Técnica:
Autor: David Anthony Durham
Título Original: The War With the Mein
Série: Acacia, #1
Páginas: 339 e 341
Editor: Saída de Emergência
ISBN: 9789896373238 e 9789896373955
Tradutor: Maria Correia

Sinopse:
Ventos do Norte:
Um assassino enviado das regiões geladas do norte numa missão.
Um império poderoso cercado pelo seu mais antigo inimigo.
Quatro príncipes exilados, determinados a cumprir um destino.
Prepara-te, leitor, para entrar no mundo deslumbrante de Acácia.

Leodan Akaran, rei soberano do Mundo Conhecido, herdou o trono em aparente paz e prosperidade, conquistadas há gerações pelos seus antepassados. Viúvo, com uma inteligência superior, governa os destinos do reino a partir da ilha idílica de Acácia. O amor profundo que tem pelos seus quatro filhos, obriga-o a ocultar-lhes a realidade sombria do tráfico de droga e de vidas humanas, dos quais depende toda a riqueza do Império. Leodan sonha terminar com esse comércio vil, mas existem forças poderosas que se lhe opõem. Então, um terrível assassino enviado pelo povo dos Mein, exilado há muito numa fortaleza no norte gelado, ataca Leodan no coração de Acácia, enquanto o exército Mein empreende vários ataques por todo o império. Leodan, consegue tempo para colocar em prática um plano secreto que há muito preparara. Haverá esperança para o povo de Acácia? Poderão os seus filhos ser a chave para a redenção?



Presságios de Inverno:
Um rei assassinado pelo seu mais antigo inimigo.
Um império dominado por um povo austero e intolerante.
Quatro príncipes exilados determinados a cumprir um destino.
Recuperar o trono de Acácia poderá ter consequências devastadoras.

Há muito que o Reino de Acácia deixou de ser governado em paz a partir de uma ilha Idílica por um rei pacificador e pela dinastia Akaran. O cruel assassinato do rei trouxe muitas mudanças e grande sofrimento. Com a conquista do Trono do Mundo Conhecido por parte de Hanish Mein, os filhos de Leodan Akaran são forçados a refugiarem-se em zonas longínquas que desconhecem. Sem tempo para fazer o luto pelo seu pai, os jovens príncipes são separados e jogados à sua sorte num mundo cada vez mais hostil. E é entre piratas, deuses lendários, povos guerreiros e espíritos de feiticeiros que encontram a sua força e a sua verdadeira essência. Entretanto, Hanish continua empenhado na sua missão de libertar os seus antepassados e finalmente entregar-lhes a paz depois da morte. Mas para isso, os Tunishnevre precisam de derramar o sangue dos príncipes herdeiros…
Conseguirá Hanish capturar os filhos do falecido rei Akaran? Voltarão a cruzar-se os caminhos dos quatro irmãos? Estará o coração de Corinn corrompido e rendido à paixão por Hanish ou dormirá com o inimigo apenas para planear a reconquista do Trono de Acácia? E se, de olhos postos na vitória, os herdeiros de Akaran voltarem a sofrer o mais duro dos golpes?

Opinião:
Decidi escrever a opinião dos dois livros em conjunto porque no original trata-se de apenas um. O primeiro livro faz-nos a introdução do mundo em que a acção de se passa. Ao mesmo tempo apresenta-nos os personagens principais enquanto o Rei Leodan é vivo, e os acontecimentos que levam à sua morte e ao separar dos seus filhos. A segunda parte passa-se essencialmente 9 anos depois da morte do Rei Leodan e mostra-nos aquilo em que os personagens se tornaram e o seu reencontro que dá início à tentativa de recuperar o poder em Acácia.

A história é contada do ponto de vista de vários personagens o que é benéfico pois ajuda-nos a ter um melhor entendimento daquilo que cada um é e da maneira como evolui ao longo do tempo. Achei que a maior parte dos personagens estava bem construído e caracterizado, sendo que cada um deles tem várias nuances, não sendo intrinsecamente bom ou mau. Isto aplica-se essencialmente a Hanish, que supostamente é o vilão. É ele que maquina a queda de Acácia e que acaba por ocupar o trono em lugar dos Akaran. Tudo isto porque os Tunishnevre pretendem voltar a caminhar sobre a terra. De certa forma é triste ver como uma pessoa tão capaz e inteligente acaba por se moldado pelas crenças e pelos desejos dos outros. As dúvidas com que ele se depara ao longo da narrativa fizeram-me sentir triste porque senti que era um personagem que tinha tanto para dar. Até ao último momento acreditei que ainda houvesse redenção para ele.

Sem dúvida que grande parte do foco acaba por ser direccionado para os filhos de Leodan, Aliver, Corinn, Mena e Dariel. De todos eles não posso deixar de dizer que a minha personagem preferida foi Mena. Desde criança que mostra uma sabedoria extrema e aquilo porque passou levou a que fosse temperada como aço. O seu percurso não foi um dos mais fáceis porque a realidade é que cresceu rodeada de desconhecidos, sem ninguém que a conhecesse ou que tivesse como função tomar conta dela. A sua personalidade e aquilo em que se transforma é simplesmente extremamente cativante no meu ponto de vista. Aliver e Dariel são outros dois personagens de que gostei. Apesar de completamente diferentes Dariel tem uma adoração enorme pelo irmão mais velho e é fácil perceber que o amor entre ambos é bastante forte. Enquanto Alive cresceu para ser um guerreiro e um líder nato, Dariel tem uma postura mais descontraída, mas que ao mesmo tempo inspira confianças e lealdade.

A única personagem de quem não consegui gostar foi Corinn. Achei-a simplesmente calculista, vingativa e alguém que apenas pensa no que é bom para si. Ignorou e desdenhou completamente daquilo que os irmãos queriam para Acácia. Apesar daquilo porque passou achei-a de uma frieza extrema, e as ideias que tem para o futuro são algo assustadoras.

Existem outros personagens secundários aos quais me afeiçoei pela sua bravura e pelo seu bom coração. Muitos deles não chegaram ilesos ao final do livro e houve até alguns que achei a morte desnecessária. 

Para finalizar posso dizer que o primeiro livro é mais parado e dá uma sensação de introdução, enquanto que o segundo livro tem muito mais acção. Ver como as jogadas de cada personagem influenciam o resultado final foi interessante, mas não achei que existisse assim tanta intriga como fui levada a crer.

Se por um lado tenho curiosidade por saber o que vai acontecer depois, por outro lado acho que este final funcionaria perfeitamente e não ficaria insatisfeita se não soubesse o que vem a seguir.

domingo, 24 de abril de 2016

Sunday's Quotes (137)

“In times of storm and tempest, of indecision and desolation, a book already known and loved makes better reading than something new and untried ... nothing is so warming and companionable.”― Elizabeth Goudge

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Mini-Opinião - Four: A Divergent Collection

Ficha Técnica:
Autor: Veronica Roth
Série: Divergent, #0.1 - #0.4
Páginas: 304
Editor: Katherine Tegen Books
ASIN: B00IRCZGXY

Sinopse:
Fans of the Divergent series by #1 New York Times bestselling author Veronica Roth will be thrilled by these four stories, each between fifty and seventy-five pages long, told from the perspective of the immensely popular character Tobias. The four pieces included in this ebook bundle—“Four: The Transfer,” “Four: The Initiate,” “Four: The Son,” and “Four: The Traitor”—give readers an electrifying glimpse into the history and heart of Tobias, and set the stage for the epic saga of the Divergent trilogy.

Two years before Beatrice Prior made her choice, the sixteen-year-old son of Abnegation’s faction leader did the same. Tobias’s transfer to Dauntless is a chance to begin again. Here, he will not be called the name his parents gave him. Here, he will not let fear turn him into a cowering child.

Newly christened “Four,” he discovers during initiation that he will succeed in Dauntless. Initiation is only the beginning, though; Four must claim his place in the Dauntless hierarchy. His decisions will affect future initiates as well as uncover secrets that could threaten his own future—and the future of the entire faction system.

Two years later, Four is poised to take action, but the course is still unclear. The first new initiate who jumps into the net might change all that. With her, the way to righting their world might become clear. With her, it might become possible to be Tobias once again.

Opinião:
Nesta compilação de quatro contos ficamos a conhecer um pouco mais da história de Tobias e de como ele se tornou naquilo que é durante os acontecimentos da série Divergente.

São-nos apresentados alguns momentos chave da vida de Tobias, como a cerimónia de escolha da facção, o seu tempo enquanto iniciado. a descoberta de que nem tudo o que parece é e o modo como a sua relação com Tris se desenvolve.

Não posso dizer que achei que estas histórias me fizeram ficar a conhecer melhor o Tobias e a sua maneira de pensar porque na realidade não senti que trouxessem algo de novo para a mesa. Isto talvez aconteça porque na realidade nunca achei muita piada à história e aos personagens e com certeza que não foram estes contos que me fizeram ficar a gostar deles.

O que senti ao terminar o livro foi basicamente uma sensação de alívio por finalmente ter lido tudo o que podia acerca deste mundo e poder ter uma opinião formada. Neste momento não existe mais nada que eu possa ler e que por isso me possa levar a acreditar que ainda tenho hipótese de vir a ser redimida. Li tudo o que havia para ler e posso dizer sem qualquer receio que não achei a história e os personagens nada de especial.

terça-feira, 19 de abril de 2016

Mini-Opinião - Queen Song + Steel Scars

Ficha Técnica:
Autor: Victoria Aveyard
Série: Red Queen, #0.1
Páginas: 55
Editor: Harper Teen
ISBN: 9780062435316

Sinopse:
Queen Coriane, first wife of King Tiberias, keeps a secret diary—how else can she ensure that no one at the palace will use her thoughts against her? Coriane recounts her heady courtship with the crown prince, the birth of a new prince, Cal, and the potentially deadly challenges that lay ahead for her in royal life.

Opinião:
Gostei de saber um pouco mais acerca da mãe de Cal, Coriane, já que ela tem sido um pouco um tema tabu na história. No entanto, apesar de ter achado que teve o seu interesse, não achei esta novella nada de especial.

Foi engraçado vê-la na sua fase adolescente com o seu gosto por construir coisas e saber como é que as mesmas funcionam, tal como vemos no seu filho Cal através da sua sua mota. Ver Julian e Sara nessa mesma altura foi igualmente agradável, bem como acompanhar todos momentos de relevo até ao derradeiro dia da Rainha Coriane.

Contudo, exceptuando esses pequenos momentos, o facto de sabermos que tanto Coriane e Tiberias se casaram por estarem apaixonados, desprezando o Queenstrial e o facto desta ser realmente boa pessoa e se importar com os Vermelhos, vendo-lhes o seu valor, não achei que este conto trouxesse algo de novo e relevante para a trama de Red Queen. Tive especialmente pena de não ter sabido nada de mais concreto relativamente ao papel de Elara no triste final de Coriane, já que o que aqui é relatado é pouco mais explícito do que aquilo que já se sabia através dos livros principais da série.

Queen Song é uma novella que se lê bem e entretém minimamente, e que apesar de não me ter chegado a cativar, penso que não se perde nada em ler.


Ficha Técnica:
Autor: Victoria Aveyard
Série: Red Queen, #0.2
Páginas: 100
Editor: Harper Teen
ISBN: 9780062435330

Sinopse:
In this digital prequel novella set in the Red Queen world, Captain Farley exchanges coded transmissions with the resistance as she travels the land recruiting black market traders, smugglers, and extremists for her first attempt at an attack on the capital. She was raised to be strong, but planting the seeds of rebellion in Norta is a tougher job than expected—until she stumbles upon a connection that may prove to be the key to the entire operation: Mare Barrow.

Opinião:
Gostei mais desta novella do que da anterior, Queen Song. Foi mais interessante observar as movimentações de Farley e da Scarlet Guard, no geral, antes da descoberta de Mare Barrow e sua electricidade.

Para além disso temos o Shade e vemos quando e como começa o seu envolvimento com os rebeldes e também temos um cheirinho dos momentos iniciais de descoberta dos seus poderes.

No seu todo, mesmo não sendo extraordinária, penso que a leitura desta novella complementa um pouco a história que nos é apresentada em Red Queen e sacia-nos a curiosidade que poderíamos ter relativamente à Scarlet Guard e a Shade e Farley.











Opinião livro 1Red Queen (Red Queen, #1)
Opinião livro 2: Glass Sword (Red Queen, #2)

domingo, 17 de abril de 2016

sábado, 16 de abril de 2016

Peek-a Book (Rita) - Orgulho e Preconceito




Ficha Técnica:
Autor: Jane Austen
Título Original: Pride and Prejudice
Páginas: 359
Editor: Civilização Editora
ISBN: 9789722635899
Tradutor: José da Natividade Gaspar

Sinopse:
Uma clássica história de amor e mal-entendidos que se desenrola em finais do século XVIII e retrata de forma acutilante o mundo da pequena burguesia inglesa desse tempo. Um mundo espartilhado por preconceitos de classe, interesses mesquinhos e vaidades sociais, mas que, no romance, acabam por ceder lugar a valores mais nobres: o amor.

As cinco irmãs Bennet, Elizabeth, Jane, Lydia, Mary e Kitty, foram criadas por uma mãe cujo único objetivo na vida é encontrar maridos que assegurem o futuro das filhas. Mas Elizabeth, inteligente e sagaz, está decidida a ter uma vida diferente da que lhe foi destinada. Quando Mr. Bingley, um jovem solteiro rico, se muda para uma mansão vizinha, as Bennet entram em alvoroço…

Opinião:
Antes de começar a tecer a minha opinião, fica o meu agradecimento à Joana pela escolha tão acertada que fez, ao seleccionar este livro para eu ler. Até parece que adivinhou que me andava a apetecer pegar num clássico!

Passando ao livro em si, devo dizer me apaixonei: pelas personagens, pela história, pela escrita da autora. Os diálogos são deliciosos, de tão inteligentes e quando tocados pela ironia tornam-se qualquer coisa de extraordinário.
Adorei assistir a esta, tão bem tecida, crítica à sociedade da época, onde o valor de cada um se mede pela quantidade de libras ganhas anualmente, pelas propriedades possuídas e posição na sociedade. Uma época em que os mais abastados, dentro dos já abastados, se encontravam habituados a ser bajulados e a ser vistos como superiores e jamais a serem contrariados. Uma época onde o mais importante era fazer bons casamentos e discutir que filha de quem tinha melhor partido. Uma época repleta de vaidades, ostentação e máscaras, já que a sinceridade no meio desta elite era algo pouco observado, no meio de tantas falsas delicadezas e amabilidades.

E é então, no meio de tudo isto, que temos uma personagem como Elizabeth. Uma jovem mulher que não se deixa enganar pelas aparências, educada, inteligente e espirituosa. Capaz de elaborar as suas próprias ideias e opiniões sobre o que a rodeia, não se deixando levar por outrem, mesmo que, por vezes, alguns mal entendidos a façam tecer conclusões pouco certas. No entanto, são precisamente todos esses mal entendidos que dão corpo a esta belíssima narrativa e nos transportam para tão cativante história de amor.
Mr. Darcy é sem dúvida um personagem apaixonante, que sofre uma grande transformação com o decorrer dos capítulos e cujas acções, especialmente mais para o final do livro, me roubaram tantos sorrisos. É um personagem que nos mostra como o amor tem o poder de nos mudar e tornar pessoas melhores; que deita por terra orgulhos e que não liga a preconceitos.

Orgulho e Preconceito foi uma leitura maravilhosa e que me deu imenso prazer. É uma história intemporal, que marca e que guardarei em mim com especial carinho. Orgulho e Preconceito foi a primeira obra de Jane Austen que li e um bom prenúncio para todas as outras que quero vir a ler.



quarta-feira, 13 de abril de 2016

Opinião - Blood Kiss

Ficha Técnica:
Autor: J. R. Ward
Páginas: 424
Editor: Signet
ASIN: B00UG8RBGC

Sinopse:
Paradise, blooded daughter of the king’s First Advisor, is ready to break free from the restrictive life of an aristocratic female. Her strategy? Join the Black Dagger Brotherhood’s training center program and learn to fight for herself, think for herself...be herself. It’s a good plan, until everything goes wrong. The schooling is unfathomably difficult, the other recruits feel more like enemies than allies, and it’s very clear that the Brother in charge, Butch O’Neal, a.k.a. the Dhestroyer, is having serious problems in his own life.

And that’s before she falls in love with a fellow classmate. Craeg, a common civilian, is nothing her father would ever want for her, but everything she could ask for in a male. As an act of violence threatens to tear apart the entire program, and the erotic pull between them grows irresistible, Paradise is tested in ways she never anticipated--and left wondering whether she’s strong enough to claim her own power...on the field, and off.

Opinião:
Quando descobri que Ward iria lançar uma spin-off fiquei algo curiosa por dois motivos:
1º pela explicação dada para a existência desta série spin-off;
2º porque iria pegar em duas personagens apresentadas no livro anterior.

A história foca-se essencialmente em Paradise e Crage. Contudo é também dada alguma relevância ao Butch e à Marissa. Apesar de estes dois últimos não estarem propriamente com sérios problemas estão numa situação algo inconfortável e com necessidade de chegar a uma solução de compromisso. A autora tenta ainda mostrar-nos um ambiente um pouco mais semelhante àquele que encontrávamos nos primeiros livros. Assim sendo temos mais momentos de companheirismo e atrofio entre os machos.

No geral achei o livro um pouco mais fraco que os da série original. Apsar de gostar da Paradise pela sua determinação e vontade de ser algo mais do que a filha do "conselheiro do Rei". Já Craeg é um querido apesar dos seus modos bruscos. Por mais que tente não consegue deixar de se preocupar com a Paradise e tentar ajudá-la e protegê-la.

Quanto ao antagonista, a história volve acerca do abuso sexual e foi fácil para mim perceber quem seria o perpetuador, o que levou a que perdesse algum do entusiasmo no livro. Quanto aos personagens secundários o que mais interesse me despertou foi a Novo. De certa maneira lembra-me a Xhex e  quero ver o que vai sair dali.

Fica a curiosidade de saber se os recrutamentos vão continuar bem como os treino destes  personagens. Quero saber como é que Paradise e Craeg se vão desenrascar, e se vão conseguir atingir os seus objetctivos, Paradise ser independente e Craeg ser capaz de se proteger e proteger os outros. Adorava ver Craeg a fazer parte da irmandade porque ele tem tudo para ser uma excelente adição, tanto a nível de destreza como de personalidade.

É agora uma questão de aguardar pelo próximo livro para perceber que seguimento a autora vai dar à história.

sábado, 9 de abril de 2016

Mini-Opinião - Hansel & Gretel

Ficha Técnica:
Autor: Neil Gaiman
Ilustrador: Lorenzo Mattotti
Páginas: 49
Editor: Bloomsbury
ISBN: 9781408861981

Sinopse:
The enduring story of the children, the breadcrumb trail and the gingerbread house is brought to life by master storyteller, Neil Gaiman. Who better to retell the Brothers Grimm's greatest, and perhaps darkest, fairy tale, Hansel and Gretel? Coupled with breathtakingly haunting illustrations from Lorenzo Mattotti, you will be enticed into the world and into the woods . . . so beware. 

Opinião:
Tive muitas duvidas acerca da compra este livro, tendo em conta diversos comentários que li que diziam que não traz nada de novo à já conhecida história de Hansel & Gretel. Mas acabei por encontrar um exemplar a bom preço e ainda por cima tinha lido há pouco tempo The Sleeper and the Spindle e resolvi arriscar.

Se por um lado fiquei desiludida por esses comentários se confirmarem, por outro não posso dizer que me surpreendeu pois tinha sido avisada. A história é a mesma, muda apenas a prosa e as ilustrações, por isso desenganem-se aqueles, que tal como eu, tinham a esperança de um qualquer twist, de uma versão deste conto que surpreendesse.

No entanto, apesar de tudo, não posso negar que foi um livro que cumpriu com o seu papel de proporcionar entretenimento e que foi uma leitura agradável que vale essencialmente pela escrita de Gaiman, já que até as ilustrações, demasiado escuras e pouco nítidas, não tiveram o poder de me cativar.



sexta-feira, 8 de abril de 2016

Opinião - Allegiant

Ficha Técnica:
Autor: Veronica Roth
Série: Divergent, #3
Páginas: 544
Editor: Harper Collins Children's Books
ASIN: B00FIUO8MI

Sinopse:
The faction-based society that Tris Prior once believed in is shattered - fractured by violence and power struggles and scarred by loss and betrayal. So when offered a chance to explore the world past the limits she's known, Tris is ready. Perhaps beyond the fence, she and Tobias will find a simple new life together, free from complicated lies, tangled loyalties, and painful memories.

But Tris's new reality is even more alarming than the one she left behind. Old discoveries are quickly rendered meaningliess. Explosive new truths change the hearts of those she loves. And once again, Tris must battle to comprehend to complexities of human nature - and of herself - while facing impossible choices about courage, allegiance, sacrifice, and love.

Told from a riveting dual perspective, ALLEGIANT, by #1 New York Times best-selling author Veronica Roth, brings the DIVERGENT series to a powerful conclusion while revealing the secrets of the dystopian world that has captivated millions of readers in DIVERGENT and INSURGENT.

Opinião:
É impressionante. Foi preciso chegar ao último livro para não ter vontade de arrancar os cabelos constantemente. Possivelmente porque ao longo da história a autora não me tenta fazer acreditar que a Tris é muito boazinha, e que faz tudo para ajudar os outros porque é o certo a ver e blá blá blá. Não me vou estar a repetir porque é algo que eu tenho vindo a dizer ao longo dos três livros. Ainda bem que a autora desta vez trocou o disco e situações deste género já não acontecem constantemente. Para dizer a verdade acontecem apenas uma ou duas vezes (pelo menos que me recorde).

Assim sendo o livro começa pouco tempo depois dos acontecimentos dos anteriores. A Tris está a aguardar julgamento juntamente com os seus companheiros e Tobias está a tentar arranjar uma maneira de salvar a Tris visto o mais provável é esta ser executada por traição. Como é óbvio lá acabam por conseguir fugir, nomeadamente utilizando os Allegiant. É um bocado parvo, na minha opinião, o nome do livro. Ao fim e ao cabo a relevância dos Allegiant não é grande e estes não são propriamente um ponto de viragem.

De qualquer modo, visto que o que mais me irritou nos livros anteriores não estava presente neste livro fui capaz de o apreciar um pouco mais. Claro que continuo a não perceber toda a loucura e furor que se gerou à volta desta história, mas isso são outros quinhentos. Posso dizer de forma confiante que gostei mais deste último livro do que dos dois anteriores juntos. Gostei que a autora tivesse introduzido o ponto de vista do Tobias, mas não achei que trazia nada de muito relevante para a mesa. É verdade que ficamos a conhecer melhor como funciona a cabeça do Tobias e a verdade é que não é algo bonito. Ele está constantemente arrasado por tudo o que aconteceu e descobre, toma decisões parvas umas atrás das outras e não faz mais nada a não ser ter pena de si próprio. Já a Tris mostra-se mais segura nas suas decisões.

Quanto ao final que toda a gente, ou a maior parte das pessoas detestou, não me fez assim muita confusão, tendo em conta que a autora passou os dois livros anteriores a tentar fazer-me acreditar que a Tris era uma pessoa altruísta aquilo que acontece no final não é de admirar. Contudo não achei o raciocínio que a levou àquele ponto propriamente convincente. Mas o mais provável é isso acontecer porque eu não acredito em nada que seja altruísta e que parta da Tris. Ao mesmo tempo existem determinados raciocínios tidos por alguns dos personagens que não me convencem, como o facto de eles dizerem a si próprios que não tem problema apagarem as memórias de um grupo de pessoas, mas já não faz mal apagar as outras. 

Ao mesmo tempo toda aquela explicação acerca das experiências, dos genes danificados e afins é um bocadinho surreal e mandada para ali às três pancadas. Achei que a situação se resolveu muito depressa. Todo este novo mundo é apresentado e resolvido num livro, não acho isso de todo coerente e não percebo porque é que a autora decidiu fazê-lo. Como opinião pessoal preferia que a sociedade com as facções fosse o que realmente existia e que neste último livro a Tris e o Four tentassem arranjar maneira de trazer um mínimo de paz e estabilidade para este mundo. E as mortes? Parecem não ter qualquer sentido e serem apenas uma desculpa para os personagens andarem em sofrimento e serem capazes de se relacionar uns com os outros através da dor.

Resumindo, não achei a trilogia nada do outro mundo, pelo contrário, até a achei bastante medíocre. Só a terminei porque sou extremamente teimosa e os filmes é uma boa desculpa para a ler. Ainda terei que ponderar se irei ler os contos ou não.

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Opinião - Glass Sword

Ficha Técnica:
Autor: Victoria Aveyard
Série: Red Queen, #2
Páginas: 464
Editor: Harper Teen
ISBN: 9780062455321

Sinopse:
The electrifying next installment in the Red Queen series escalates the struggle between the growing rebel army and the blood-segregated world they've always known-and pits Mare against the darkness that has grown in her soul.Mare Barrow's blood is red-the color of common folk-but her silver ability, the power to control lightning, has turned her into a weapon that the royal court tries to control. The crown calls her an impossibility, a fake, but as she makes her escape from Maven, the prince-the friend-who betrayed her, Mare uncovers something startling: she is not the only one of her kind.Pursued by Maven, now a vindictive king, Mare sets out to find and recruit other Red-and-Silver fighters to join in the struggle against her oppressors. But Mare finds herself on a deadly path, at risk of becoming exactly the kind of monster she is trying to defeat.Will she shatter under the weight of the lives that are the cost of rebellion? Or have treachery and betrayal hardened her forever?

Opinião:
Vou ter de começar esta opinião a dizer que gostei mesmo MUITO de ler este livro. Foi daqueles que não fui capaz de começar logo a escrever o que achei, pois precisei de um tempo para assimilar e encaixar tudo o que aconteceu, especialmente na recta final.
Sim, fiquei danada por ainda não existir o terceiro livro da série e confesso que emiti uns grunhidos (de desespero? irritação? nem sei!) mal virei a última página deste Glass Sword. Assim sendo, caros leitores, se não suportam um cliffhanger ou não querem ficar "passados" como fiquei, aguentem e esperem pelo próximo ano, que será quando o terceiro livro da série será publicado. Se caso contrário, estiverem ansiosos por saber o que acontece depois do final de Red Queen, arrisquem como eu e embarquem nesta belíssima leitura, mas preparem-se para o momento em que ficarem sem mais páginas. Just sayin'!

Quanto à história propriamente dita, achei que este segundo volume começou a divergir um pouco do primeiro. Isto na medida em que, deixamos toda aquela vida na corte e intrigas palacianas e passamos mais à acção propriamente dita, e acreditem, este livro está cheio dela. Assistimos ao desenrolar dos acontecimentos do lado dos rebeldes, nomeadamente de Mare, Cal e seus companheiros de armas.
A autora apresenta-nos várias novas personagens, essencialmente newbloods, com capacidades extraordinárias e que muito podem fazer por esta série. 

No que respeita a Mare, a nossa protagonista vê-se a braços com uma grande luta interior, com todas as escolhas que tem de fazer tendo em vista um bem maior. Como é que ela pode manter-se igual ao que sempre foi e 100% fiel ao que é visto como sendo o "bem", quando o mundo é mais cinzento do que preto e branco? Quando há tantas decisões difíceis para tomar e tão pouca gente em quem confiar? Especialmente quando estamos, em certa medida, sozinhos? É verdade, as coisas não estão nada fáceis para a nossa lightning girl, mas uma coisa é certa, ela está mais sombria e a sofrer uma evolução interessante de se acompanhar.

Quanto aos vilões desta trama, pouco deles vimos, para além do resultado das suas acções hediondas, mas aquilo que efectivamente vimos é de arrepiar, especialmente aquele final. De momento nem consigo imaginar que atrocidades virão do lado de Maven, mas mal posso esperar para ver o desenrolar dos acontecimentos.

Sem querer adiantar muito mais, apenas quero dizer que Red Queen está a ser uma série muito boa de se acompanhar. Muita acção, intriga, traições e essencialmente uma boa trama, bem contada e com boas personagens, que até agora não desilude e nos cativa. Recomendo!











Opinião livro 1: Red Queen (Red Queen, #1)

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Opinião - One Night Of Scandal

Ficha Técnica:
Autor: Teresa Medeiros
Série: Fairleigh Sisters, #2
Páginas: 390
Editor: Amber House Books
ASIN: B00B2BMK5O

Sinopse:
Proper decorum has never come easily to Carlotta Anne Fairleigh—not even tonight, when the lovely, impetuous miss is finally making her debut. As she waits to make her entrance, she can't help wondering about the darkened house next door, the supposedly abandoned home of Hayden St. Clair, the man society has dubbed the "Murderous Marquess." Certainly one small peek through his window before the festivities would be harmless . . .

And, naturally, this latest "adventure" ends in disaster, thoroughly compromising the budding debutante's reputation and leaving her suddenly, unthinkably . . . betrothed! Soon she's en route to the wilds of Cornwall in the company of the handsome, mysterious marquess whose name the ton whisper with fear and loathing.

Yet there is something thrilling—and surprisingly tender—about her dark, unreachable groom, and the desire in his eyes is undeniable. But before Lottie will surrender to the yearnings in her heart, she must unlock the secrets of Hayden's past, no matter how scandalous—or perilous—they may be.

Opinião:
Aqui estou eu com mais um romance histórico. Tenho que confessar que ultimamente tenho lido bastantes destes livros, como também romances fofinhos. Tenho andado algo cansada e nada mais eficaz para descontrair e estar entretida sem ter que esforçar muito a cabeça.

Já li o livro anterior à algum tempo, contudo ainda me lembro de algumas coisas que nele aconteceram. Nomeadamente lembro-me que Lottie era um terror e pelos vistos isso não mudou. Neste momento Lottie já está com 21 ou 22 anos (não me recordo ao certo) e continua a ser um terror, só se metendo em sarilhos. O último em que se meteu foi ser apanhada numa situação comprometedora com o M. M. (Murderous Marquess). Vendo que as coisas não estão a correr bem para o lado da sua família, Lottie decide tomar as rédeas da situação e convence o Marquês a casar com ela para calar as bocas da sociedade.

Ao chegar à casa do Marquês Lottie descobre que este tem uma filha do casamento anterior. Filha esta que testa os limites da paciência de Lottie. Esta tentar sempre comportar-se da melhor maneira possível, bastante educada e paciente, Lottie faz de tudo para não perder as estribeiras com a sua enteada, bem como não se deixar afectar pela indiferença que o Marquês demonstra para com ela. Como é óbvio a coisa não corre bem e foi hilariante ver Lottie passar-se dos carretos e colocar a criança no seu lugar. A partir daí as duas tornaram-se inseparáveis e a verdade é que as coisas começaram a melhorar. Foi um mimo ver a relação entre Lottie e Allegra desenvolver-se e tornar-se algo sólido em que existe verdadeiro afecto e respeito entre as partes.

Como seria de esperar tem que existir sempre algum contratempo e neste caso elefanta na sala, literalmente, é a ex-mulher de Hayden que terá morrido por acidente, apesar de toda a gente acreditar que foi ele que a matou. Hayden sente que não merece ser feliz e não sabe como lidar com a situação, muito menos consegue lidar com os sentimentos que começa a desenvolver por Lottie por causa do medo de voltar a amar e a perder. É fácil de perceber os seus receios, apesar de às vezes uma pessoa ter vontade de lhe dar um sermão para ele deixar de ser teimoso. Gostei de como Lottie faz de tudo para o ver feliz, pequenos gestos que o acabam por aproximar da filha e acabam também por o ajudar a sarar.

O desentendimento de ambos acaba por acontecer porque Lottie quer ser escritora e a história que está a escrever dá buraco. Contudo a maneira como a autora deu a volta à situação foi não só inteligente como bem conseguida.

Assim sendo este foi um livro de que gostei bastante dentro do género. Quem sabe se não voltarei a ler algo da autora.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Opinião - Something Reckless

Ficha Técnica:
Autor: Jess Michaels
Série: Albright Sisters, #2
Páginas: 274
Editor: HarperCollins
ASIN: B0015DPX5I

Sinopse:
Prim, headstrong, and beautiful Penelope is determined to expose the licentious affairs of the ton's randiest rakes. Now one of their powerful number—the unrepentant libertine Jeremy Vaughn, Duke of Kilgrath—has been selected to put an end to the prudish lady's interference. Jeremy's plan is devilishly clever: He will join Penelope's war against immorality, fighting passionately by her side, all the while showering her with anonymous erotic missives designed to titillate even the coldest, most unwilling maid. He will break down her defenses and inflame her repressed desires by escorting her (in the interests of their "noble campaign") to London's most notorious pleasure palaces. And he will visit her boudoir—masked—during the night to school her in the deliciously sinful arts she wishes to abolish. Then he will expose her hypocrisy to the world.

But the handsome rogue's scheme is doomed to go awry, even as the lovely Penelope sheds her every inhibition and freely gives in to his every whim. For in this sensuous game of hearts, it's the seducer who becomes seduced . . .

Opinião:
Só quando reparei que me faltava ler um livro desta série é que me apercebi que o livro que me faltava ler era o segundo. Depois de dar voltas ao miolo para tentar perceber porque raio é que tinha lido tudo menos este livro lá me apercebi que li a série em português e que a editora não lançou os livros por ordem *face palm*

De qualquer modo, daquilo que me recordo este é um livro muito na onda dos anteriores, ou seja, mas virado para as cenas eróticas do que propriamente para a história. Assim sendo temos Penelope, uma das irmãs Albright, que se encontra numa cruzada contra os prazeres carnais, ou seja, a luxúria. Do outro lado temos o Jeremy, que basicamente é um libertino sem vergonha na cara, e que foi desafiado a acabar com a cruzada em que Penelope se encontra. E como é que ele o decide fazer? Despertando a própria Penelope para o prazer e as sensações que uma boa cambalhota podem trazer.

Tendo em conta a altura em que a acção decorre é fácil perceber porque é que a Penelope é tão contra o prazer e o facto de os homens poderem terem amantes e fazerem o que lhes apetece. Principalmente porque o prazer que a mulher pode tirar de relações sexuais não era algo que fosse propriamente discutido. Assim sendo esta cruzada de Penelope prende-se mais com ignorância do que com outra coisa qualquer. É aqui que entra Jeremy. Aos poucos e poucos ele vai-lhe mostrando que é possível e correto, que não é nenhum crime sentir-se prazer. Uma mulher pode ser sensual e gostar de ter relações sexuais sem que isso tenha que ser algo mau. Óbvio que é mau caso uma das partes seja obrigada, ou no caso de esta partilha de prazer não acontecer entre marido e mulher, mas o sentimento em si não é propriamente algo horrendo.

Gostei de ver como Penelope se vai apercebendo destas noções aos poucos e as vai interiorizando e aceitando. Ao mesmo tempo foi algo revoltante perceber o porquê de algumas ideias de Penelope. Nenhuma mulher merece ser tratada de determinada maneira seja em que época for. Já Jeremy não é um personagem tão complexo, não tem propriamente um problema que tenha que ultrapassar, a não ser a sua profunda cegueira, mas não deixa de ser um personagem que também sofre com os seus dilemas e incertezas.

Claro que o livro tem imensas cenas sensuais e sexuais. São interessantes, bem contextualizadas e é fácil perceber o clima de tenção que emana dos personagens em determinadas alturas.

Houve, no entanto, alguns aspectos que não me agradaram no livro. Nomeadamente a rapidez com que tudo acontece. A amizade e o modo como Penelope passa a depender de Jeremy foi muito rápido. O modo como esta cede à tentação ou é levada a ceder é bastante célere, parece não existir uma real renitência da parte da protagonista. Ao mesmo tempo a resolução é rápida de mais. Ninguém perdoa uma coisa como a que o Jeremy aprontou do dia para a noite, literalmente. Achei que a autora poderia ter feito o protagonista esforçar-se mais um pouco.

Foi então uma leitura agradável para passar o tempo e descontrair um pouco.

domingo, 3 de abril de 2016

Sunday's Quotes (135)

“Imperfection is beauty, madness is genius and it's better to be absolutely ridiculous than absolutely boring.”― Marilyn Monroe

sábado, 2 de abril de 2016

Mini-Opinião - Classified Material e A Gallagher Wedding

Ficha Técnica:
Autor: Ally Carter
Série: Gallagher Girls, #4.5
Páginas: ? e 14

Sinopse:
Only Ally knows the secrets that lie within the world of the Gallagher Girls.

And the biggest secret of all? In Out of Sight, Out of Time, the fifth installment in the Gallagher Girls series, Cammie “The Chameleon” Morgan has awoken in an alpine convent with one very important thing missing — her memory. So what happened to Cammie over the summer? Did her friends manage to find her before it was too late?

Opinião:
Neste conto são-nos apresentadas as diferentes reacções dos diferentes personagens após o desaparecimento da Cammie. Cada um arranja a sua maneira de lidar com a situação e foi interessante ver essas mesmas reacções. Ao mesmo tempo deu para ver como é que a ausência da Cammie afecta estes personagen, principalmente a maneira como afecta o Zach visto que é o personagem mais dúbio no meio de toda a série. Contudo sem dúvida que a reacção que mais gostei de ver foi a da Liz. Como é que é possível que um ser tão inteligente não seja capaz de seguir uma receita e fazer um simples bolo? Priceless.


Ficha Técnica:
Autor: Ally Carter
Série: Gallagher Girls, #6.5
Páginas: 14

Sinopse:
None Found

Opinião:
Neste pequeníssimo conto é-nos dado um pequeno vislumbre do casamento da mãe da Cammie com um dos professores, o Joe Solomon, o sonho de qualquer rapariga. Foi um conto mesmo muito curtinho, que não acrescenta nada de novo à história, mas que nos permite ver que as pessoas estão a sarar após os acontecimentos do último livro. Claro que foi impossível não ficar rendida À eficácia militar com que a Macey trata dos preparativos do casamento.

Novos na Estante (da Rita) #3 - Março de 2016



Prontos para mais um Novos na Estante? Aqui vai então, o correspondente ao mês de Março :)
Tal como fiz o mês passado, vou começar por falar dos livros que chegaram à estante em Português. Dos quatro presentes na foto ao lado, apenas um foi comprado por mim: Sexta Campa Além do Abismo de Darynda Jones. 

O DUFF de Kody Keplinger e O Amante de Lady Chatterley de D. H. Lawrence foram ganhos num passatempo.

O A Ilha do Tesouro de Robert Louis Stevenson é um livro que já andava a namorar desde que saiu esta nova edição da Guerra e Paz e que o namorado resolveu oferecer de presente ^.^

Passando agora para os livrinhos em Inglês que chegaram à minha estante neste passado mês de Março, temos então os seguintes:
- Tower of Thorns de Juliet Marillier, o 2º livro da nova série Blackthorn & Grim, que eu decidi que ia passar a ler em inglês, visto não ter gostado nada da tradução de O Lago dos Sonhos. Este livrinho também foi um presente do namorado :)

- Shifting Shadows de Patricia Briggs, uma colectânea de histórias da série Mercy Thompson, que finalmente consegui encontrar a bom preço.

- Throne of Glass de Sarah J. Maas, o primeiro livro da série com o mesmo nome, da qual já tenho ouvido maravilhas e estou ansiosa por conhecer. Mas antes quero ter mais alguns livros para não ficar sofrer depois por não ter a continuação. Este livro também foi adquirido por muito bom preço, coisa que andava difícil de se proporcionar.

E pronto, caros leitores, foram estes os estragos do mês que vendo bem foram pouquinhos, já que destes sete apenas três foram comprados por mim.
E por aí, quais foram as novidades nas vossas estantes? Já leram ou querem ler algum destes livros? Contem tudo, que por aqui gostamos de saber :)

Boas leituras!


sexta-feira, 1 de abril de 2016

Opinião - Only the Good Spy Young, Out of Sight, Out of Time e United We Spy

Ficha Técnica:
Autor: Ally Carter
Série: Gallagher Girls, #4, #5 e #6
Páginas: 273, 304 e 304
Editor: Disney Hyperion
ASIN: B003CV7SLI, B007FNGGDA e B00CB5CTN8

Sinopse:
Only the Good Spy Young
When Cammie Morgan enrolled at the Gallagher Academy, she knew she was preparing for the dangerous life of a spy. What she didn’t know was that the serious, real-life danger would start during her junior year of high school. But that’s exactly what happened two months ago when she faced off against an ancient terrorist organization dead set on kidnapping her.

Now the danger follows her everywhere and even Cammie “The Chameleon” can’t hide. When a terrifying encounter in London reveals that one of her most-trusted allies is actually a rogue double-agent Cammie no longer knows if she can trust her classmates, her teachers—or even her own heart.

In this fourth installment of the New York Times best-selling series, the Gallagher Girls must hack, spy, steal, and lie their way to the truth as they go searching for answers, recognizing that the key to Cammie’s future may lie deep in the past....


Out of Sight, Out of Time
The last thing Cammie Morgan remembers is leaving the Gallagher Academy to protect her friends and family from the Circle of Cavan--an ancient terrorist organization that has been hunting her for over a year. But when Cammie wakes up in an alpine convent and discovers months have passed, she must face the fact that her memory is now a black hole. The only traces left of Cammie’s summer vacation are the bruises on her body and the dirt under her nails, and all she wants is to go home.

Once she returns to school, however, Cammie realizes that even the Gallagher Academy now holds more questions than answers. Cammie, her friends, and mysterious spy-guy Zach must face their most difficult challenge yet as they travel to the other side of the world, hoping to piece together the clues that Cammie left behind. It’s a race against time. The Circle is hot on their trail and willing stop at nothing to prevent Cammie from remembering what she did last summer.

United We Spy
Cammie Morgan has lost her father and her memory, but in the heart-pounding conclusion to the best-selling Gallagher Girls series, she finds her greatest mission yet. Cammie and her friends finally know why the terrorist organization called the Circle of Cavan has been hunting her. Now the spy girls and Zach must track down the Circle’s elite members to stop them before they implement a master plan that will change Cammie—and her country—forever.

Opinião:
Decidi escrever a opinião aos últimos três livros em conjunto porque os li de seguida, sem qualquer tipo de intervalo e como não tirei notas existem certos acontecimentos que já não me recordo exactamente em que livro aconteceram. Eu sei, shame on me, mas é o que acontece quando fico completamente absorvida numa história e a verdade é que fiquei completamente absorvida com a história destes livros.

Depois da revelação do terceiro livro da série as coisas deixaram de ser as mesmas para a Cammie. Quando anteriormente ninguém a via, agora toda a gente anda em cima dela. É ela o centro das atenções. Por um lado existe uma organização que a quer apanhar, por outro existem as pessoas que a estão a tentar proteger e que não a deixam respirar. É fácil perceber as reacções da Cammie aos diferentes acontecimentos e como é que estes acontecimentos acabam por levar a que tome determinadas decisões.

Durante estes livros Cammie acaba por questionar a relação que tem com Zach devido a tudo aquilo que ele lhe esconde, afinal de contas ele não deixa de ser um espião. E a verdade é que determinadas revelações são difíceis de digerir. Mas não é só a sua relação com Zach que sofre. Cammie acaba por quase arruinar a sua amizade de longa data com Bex quando decide fugir para a proteger. Acaba ainda por começar a duvidar das suas capacidades e de toda a gente que a rodeia levando a que se feche um pouco em si própria. Tudo isto acaba por pesar bastante nos ombros de Cammie, o que a leva a questionar tudo aquilo que é e que acredita e a redescobrir-se.

Ao mesmo tempo enquanto Cammie tenta perceber o que é que o Círculo quer dela, vai sendo contada a história do seu pai. Isto ajuda a que de certa forma esta faça as pazes com o passado e seja capaz de seguir em frente. Dos três livros acho que o mais brutal e assustador acaba por ser o do meio. Neste Cammie perde as suas memórias e tem que seguir o caminho já por si trilhado de modo a perceber o que é que aconteceu e a reunir novamente as pistas e as descobertas que fez acerca do Círculo. Mas isto não é o mais importante, o mais assustador é ver que Cammie não sabe aquilo em que se tornou, não saber como é que certas coisas parecem tão naturais. É não saber o que é que pode ter feito ou o que lhe pode ter acontecido. Acho que psicologicamente deve ser horrível viver na incerteza.

Quanto aos personagens secundários, todos eles foram fantásticos tal como nos livros anteriores. Liz, Macey, Bex, Zach e Preston mostraram-se à altura das situações e souberam lidar com os acontecimentos conforme foram aparecendo. Ao mesmo tempo a autora não se esqueceu de os desenvolver e dar-lhes profundidade. O que mais gostei de ver foi a capacidade que Preston tem para aceitar Cammie e Macey sem questões e sem tentar obter toda a informação que elas têm. Ao fim e ao cabo Preston está ali e apoia-as incondicionalmente e isso é extremamente importante. Adorei ainda ver como a Academia Galagher se revolta quando tentam prender a Cammie e o Zach. Foi hilariante ver os professores e os alunos a darem cabo de todos aqueles agentes.

Não posso deixar de referir o final. Apesar de triste pelos acontecimentos, a verdade é que o leitor termina com uma sensação de nostalgia e aconchego. Principalmente durante o discurso de Liz, em que esta reitera aquilo que nos apercebemos ao longo da história. Não é o facto de existir ou não um edifício que faz com que exista uma Academia, são as pessoas que lá estiveram, que lá estão e que hão-de estar que fazem a Academia. É a união e o apoio entre todos os membros da Academia que impede que esta deixe de existir. E isto é algo que não se aplica apenas a esta história, é uma realidade que podemos ver no nosso dia-a-dia.