domingo, 31 de dezembro de 2017

Opinião - Harry Potter e a Crianças Amaldiçoada

Ficha Técnica:
Autor: J. K Rowling, John Tiffany e Jack Thorne
Título Original: Harry Potter and the Cursed Child
Série: Harry Potter, #8
Páginas: 368
Editor: Editorial Presença
ISBN: 9722359053
Tradutor: Marta Fernandes e Helena Sobral

Sinopse:
A oitava história dezanove anos depois

Baseada numa nova história de J.K. Rowling, John Tiffany e Jack Thorne, Harry Potter e a Criança Amaldiçoada- a nova peça de teatro de Jack Thorne -, cuja estreia mundial decorreu no West End, em Londres, no passado dia 30 de julho, é a primeira história oficial de Harry Potter a ser apresentada na versão teatral.

Foi sempre difícil ser Harry Potter e não é mais fácil agora que ele se tornou num muito atarefado funcionário do Ministério da Magia, casado e pais de três crianças em idade escolar.
Enquanto Harry luta com um passado que se recusa a ficar para trás, o seu filho mais novo, Albus, tem de se debater com o peso de um legado que nunca desejou. Quando o passado e o presente se cruzam, pai e filho confrontam-se com uma desconfortável verdade: por vezes as trevas vêm de lugares inesperados.

Opinião:
É tão bom estar de volta a um mundo que me acompanhou de forma assídua durante tantos anos e que ainda me vai acompanhando. Levei mais tempo a pegar neste livro do que aquilo que queria, mas a realidade é que teatro não é propriamente a minha onda. Já tentei ler e por norma não consigo apreciar na totalidade aquilo que estou a ler.

Pegar num livro relacionado com Harry Potter é basicamente como voltar a casa depois de uma longa estadia fora. Gostei de cada momento passado com os personagens que já conhecemos. Gostei de ficar a conhecer a descendência dos personagens que amamos e daqueles que amamos odiar.

Gostei da história que a autora nos apresenta, gostei de ver como os personagens cresceram e o que é feito deles. Fico triste que alguns personagens se tenham deixado abater pelos acontecimentos e que de certa forma tenham perdido o norte. 

Mais uma vez ninguém pode ficar indiferente às lições que a autora nos tenta transmitir através da sua escrita. Que todos nós crescemos e que as dificuldades nos podem mudar. Que à vezes só queremos ser aceites e que isso pode trazer consequências terríveis se nos deixarmos levar pelo desespero. Que se todos fossemos mais humanos se calhar era mais difícil de o medo e o terror reinarem entre nós.

A grande revelação do livro deixou-me um pouco de pé atrás. Deixou-me de pé atrás porque a linha temporal deixou-me um pouco baralhada e não vejo como é que tal coisa possa ter acontecido. Mas como eu também sou péssima com linhas temporais vou acreditar que o problema seja mais meu que da história.

Para finalizar só posso dizer que achei que os diálogos estão bastante bem escritos e que dava tudo para poder estar em Londres a ver a peça!

Opinião - (Don't You) Forget About Me

Ficha Técnica:
Autor: Kate Karyus Quinn
Páginas: 352
Editor: HarperTeen
ASIN: B00FJ3158Y

Sinopse:
Welcome to Gardnerville.

A place where no one gets sick. And no one ever dies.

Except...
There’s a price to pay for paradise. Every fourth year, the strange power that fuels the town exacts its payment by infecting teens with deadly urges. In a normal year in Gardnerville, teens might stop talking to their best friends. In a fourth year, they’d kill them.

Four years ago, Skylar’s sister, Piper, was locked away after leading sixteen of her classmates to a watery grave. Since then, Skylar has lived in a numb haze, struggling to forget her past and dull the pain of losing her sister. But the secrets and memories Piper left behind keep taunting Skylar—whispering that the only way to get her sister back is to stop Gardnerville’s murderous cycle once and for all.

Opinião:
Algo um pouco diferente daquilo que estou habituada a ler. Um tom um pouco mais sombrio do que aquilo para que normalmente me inclino. Contudo a premissa da história chamou-me a atenção e pensei, porque não? Além de que acho extremamente engraçado, e ao mesmo tempo irritante, o facto de que cada vez que leio o título o ler como a música.

Basicamente a autora apresenta-nos um local onde existe magia, sendo que esta magia faz com que as pessoas que vivem naquele local durem muito mais anos e não sofram das doenças que os afligiam no mundo exterior. Contudo tudo isto tem um preço. De quatro em quatro anos os adolescentes enlouquecem, mortes acontecem e gente acaba por ir parar ao reformatório.

Todo o mistério da narrativa gira à volta da Skylar e da Piper. Aos poucos vamos descobrindo o que aconteceu no Verão em que Piper fez com que uma série de pessoas se afogassem, o que a levou a cometer esse acto. E a verdade é algo que vai doer como tudo a Skylar e que vai deixar o leitor um bocado atordoado. É mais fácil perdermo-nos no esquecimento do que enfrentar a realidade. É mais fácil não ter que lidar com aquilo que nos magoa, até ao momento em que algo acontece e nós levamos um estalo tão grande que nos obriga a abrir os olhos e enfrentar os segredos que enterrámos bem enterrados.

Este acaba por ser um livro de descoberta. Não propriamente de autodescoberta, mas de redescoberta. Na realidade a personagem já sabia ou deduzia muitas das coisas que posteriormente vimos a descobrir. Existem algumas reviravoltas que podem apanhar o leitor desprevenido, pelo menos eu fui surpreendida.

Se por um lado gostei bastante do livro e o li quase de uma assentada, por outro achei que havia ali alturas em que a autora se perdia um bocado e não se explicava muito bem. E num local com alguma complexidade acho importante que as coisas sejam percebidas. Nomeadamente a história daquele local e a maneira como opera. Achei a maior parte das explicações um pouco atabalhoadas. Não é que não se perceba, mas é preciso fazer algum esforço para conseguirmos seguir o que está a ser dito, quando no geral o livro até é bastante fácil de ler.

Enfim, tendo em conta que é apenas o segundo livro da autora, tenho esperança que vá evoluindo com o tempo.

sábado, 30 de dezembro de 2017

Opinião - Mission in the Dark

Ficha Técnica:
Autor: Bruno Martins Soares
Série: The Dark Sea War Chronicles, #2
Páginas: 121
Editor: ?
ASIN: B078BL8W3K

Sinopse:
In a distant solar system, a war breaks between the Webbur Union, its ally the Kingdom of Torrance, and their rival, the Axx Republic. Byllard Iddo is a young man who accidentally killed his father in a martial arts training session. He left to join the Space Navy.
As the Dark Sea War intensifies, Iddo takes command of the modified sloop-of-war Arrabat in a dangerous covert mission to cripple the operations of the illusive Silent Boats. Surviving or not, Byl and his elite crew are determined to change the face of the war.
This is the second volume of the action-packed series The Dark Sea War Chronicles, by award-winning Portuguese author Bruno Martins Soares.

Opinião:
Antes de mais tenho que dar os meus parabéns ao autor. Este livro está, sem dúvida, bem melhor que o anterior. Está muito mais equilibrado, completo e interessante. Um dos problemas que tive com o livro anterior, o facto de parecer que os personagens não tinham sentimentos, emoções, não se coloca neste livro. O que me parece ter elevado bastante a narrativa.

Pegando neste aspecto, gostei muito mais do Byl deste livro do que do anterior. Este tem garra, tem alma. O do primeiro livro parecia uma pessoa completamente apática e sem qualquer espinha. De qualquer modo acho que poderia ter sido introduzida alguma passagem onde ele reflectisse e explicasse a sua mudança de atitude. Nem que seja porque diz que já não tem nada a perder e porque depois do que aconteceu já não quer saber do que pensam dele. Eu percebo o porquê de ele ter mudado, principalmente depois do livro anterior, mas é repentino, sem explicação. No final do livro anterior ele ainda estava bastante em baixo e agora de repente parece uma pessoa completamente diferente. Acho que ele merecia ter tido um espaço no livro onde reflectia sobre a sua condição.

A estrutura do texto é algo que na minha opinião também podia ter sido um pouco trabalhado. No primeiro livro temos interlúdios e aqui não. O que faz com que sinta que não estou a ler dois livros que se complementem. Se é que isso faz algum sentido. Não posso também deixar de referir que achei que algumas passagens do texto podiam ter sido melhor trabalhadas porque estão um pouco confusas ou porque não transmitem ao leitor os sentimentos que eram supostos.

Contudo não me posso queixar. Apesar destes pequenos pormenores a realidade é que o livro está cheio de aventuras desde o início até ao fim. Os personagens tornaram-se mais cativantes e o leitor sente-se integrado na narrativa. Já li o livro por duas vezes e posso dizer que das duas vezes me senti emocionada em algumas passagens mesmo já sabendo o que aí vinha.

Fica agora a faltar o terceiro livro que se for tão bom como este será um final mais que apropriado.

sábado, 16 de dezembro de 2017

Opinião - Imriels's Trilogy

Ficha Técnica:
Autor: Jacqueline Carey
Série: Imriel's Trilogy, #1, #2 e #3
Páginas: 944, 880 e 653
Editor: Grand Central Publishing
ASIN: 044661002X, 0446610143 e 0446500046

Sinopse:
KIushiel's Scion:
Imriel de la Courcel's blood parents are history's most reviled traitors, but his adoptive parents, the Comtesse Phèdre and the warrior-priest Joscelin, are Terre d'Ange's greatest champions.

Stolen, tortured, and enslaved as a young boy, Imriel is now a Prince of the Blood, third in line for the throne in a land that revels in art, beauty, and desire. It is a court steeped in deeply laid conspiracies ... and there are many who would see the young prince dead. Some despise him out of hatred for his birth mother Melisande, who nearly destroyed the realm in her quest for power. Others because they fear he has inherited his mother's irresistible allure - and her dangerous gifts. And as he comes of age, plagued by dark yearnings, Imriel shares their fears.


At the royal court, where gossip is the chosen poison and assailants wield slander instead of swords, the young prince fights character assassins while struggling with his own innermost conflicts. But when Imriel departs to study at the famed University of Tiberium, the perils he faces turn infinitely more deadly. Searching for wisdom, he finds instead a web of manipulation, where innocent words hide sinister meanings, and your lover of last night may become your hired killer before dawn. Now a simple act of friendship will leave Imriel trapped in a besieged city where the infamous Melisande is worshiped as a goddess; where a dead man leads an army; and where the prince must face his greatest test: to find his true self.

Kushiel's Justice:

The son of Terre d'Ange's most infamous traitors and the adopted son of its greatest champions, Imriel de la Courcel returns from his year at university a little older and a little wiser. But perhaps not wise enough. He and Sidonie, the Queen's daughter and heir to the throne, begin a torrid, forbidden affair—until Imriel's obligations as a royal family member compel him to marry an Alban princess. By choosing duty over love, Imriel and Sidonie transgress their religion's central precept: Love as thou wilt. And when dark powers in Alba, who fear an invasion by Terre d'Ange, seek to use the lovers' passion to bind Imriel, the gods themselves take notice.

Before the end, Kushiel's justice will be felt in heaven and on earth.


Kushiel's Mercy:
Having learned a lesson about thwarting the will of the gods, Imriel and Sidonie publicly confess their affair, only to see the country boil over in turmoil. Younger generations, infatuated by their heart-twisting, star-cross romance, defend the couple. Many others cannot forget the betrayals of Imriel's mother, Melisande, who plunged their country into a bloody war that cost the lives of their fathers, brothers, and sons.

To quell the unrest, Ysandre, the queen, sets her decree. She will not divide the lovers, yet neither will she acknowledge them. If they marry, Sidonie will be disinherited, losing her claim on the throne.

There's only one way they can truly be together. Imriel must perform an act of faith: search the world for his infamous mother and bring her back to Terre d'Ange to be executed for treason.

Facing a terrible choice, Imriel and Sidonie prepare ruefully for another long separation. But when a dark foreign force casts a shadow over Terre d'Ange and all the surrounding countries, their world is turned upside down, alliances of the unlikeliest kind are made, and Imriel and Sidonie learn that the god Elua always puts hearts together apurpose.

Opinião:
Já à alguns anos que tinha esta trilogia por casa, mas nunca tinha conseguido pegar nela. Por diversas vezes tentei, mas acabava sempre por nem sequer abrir o livro e passar para outras leituras. Ao início era mais por saber que me ia sentir um bocado perdida com tantos nomes, terras, casas e afins (a minha memória é péssima), depois começou a ser também porque andando a fazer pesquisa pela net me deparei com aquilo que parecia ser magia, e achei que isso era impossível de encaixar no livro, logo eu não iria gostar. A realidade é que por um lado estava certa e por outro errada.

Gostei bastante dos dois primeiros livros, o modo como o Imriel vai crescendo, as verdades que é obrigado a aprender, os medos que aprende a ultrapassar e as amizades que acaba por forjar. O seu caminho enquanto pessoa é extraordinário. Apesar de todas as adversidades acaba por chegar ao fim da sua jornada como uma pessoa com princípios e bondosa, que sabe que tem escuridão dentro de si, mas que sabe que a mesma contrabalança a luz que também existe e que cabe a ele usá-la da melhor maneira.

O primeiro livro é mais focado no desenvolvimento sexual do Imriel, como ele lida com o facto de se sentir excitado, como lida com a proximidade do outro sexo e afins. Parecendo que não este ponto é bastante importante tendo em conta tudo aquilo porque ele passou na trilogia anterior. Por outro lado ficamos a conhecer um mistério que vem desde o início dos livros que é onde é que o Anafiel aprendeu tudo aquilo que sabia acerca de espionagem. Gostei dessa parte porque se veio a mostrar importante no decorrer da história.

O segundo livro seria aquele que poderia mostrar que os meus receios eram fundados, contudo fui surpreendida pela positiva. É uma realidade que existe uma espécie de magia, mas essa magia está bem contextualizada. Além disso faz-me lembrar as magias mais ligadas à terra, como as relacionadas com a mãe natureza. E assim consegui seguir a leitura bastante agradada. Fiquei a conhecer um pouco mais deste mundo que a autora criou, mais um povo com as suas lendas e crenças e consegui ver o nosso mundo reflectido naquele que Carey me apresenta.

O terceiro livro foi a decepção. Não que tenha sido mau, mas teve aquela componente da magia que tinha receio. Enquanto que nos livros anteriores tudo estava extremamente bem fundado, fazia sentido na história tanto a nível religioso como a nível de desenvolvimento da acção, achei que neste livro tudo caiu do céu. Não consegui perceber porque é que de repente Terre d'Anges foi invadida, o motivo soava quase a só porque sim e isso é algo a que não estou habituada nesta autora. Ao mesmo tempo o modo como o "vilão" conseguiu esta proeza foi um pouco estranho. Parecia quase um feitiço daqueles que não fazem sentido nenhum e que mais parecem falsos do que outra coisa e não consegui encaixá-lo neste mundo que já venho conhecendo à alguns livros.

Compreendo que a autora tivesse que arranjar maneira do Imriel provar que nunca iria trair a coroa e que o amor dele e da Sidonie é verdadeiro e sincero, mas achei que o terceiro livro foi todo muito precipitado e sem pés nem cabeça. Claro que gostei do início ao fim, mas não me encheu as medidas como os anteriores.

Não posso deixar de referir que foi de derreter o coração ver personagens que já conhecia. Ver como estão e como continuam a viver a sua vida de forma simples e cheia de amor. Adorei conhecer novos personagens cheios de garra, e confesso que fiquei com lágrimas nos olhos quando me tive que despedir de alguns deles. Gostei de ver como o Imriel vai crescendo e vai passando a aceitar quem é e qual é o seu legado e não deixar que ele o domine.

Se irei ler a outra trilogia que se passa neste mundo? Não faço ideia. Possivelmente sim porque estamos a falar de uma descendente da Alais e eu adorei esta miúda. É aguardar para ver.

sábado, 9 de dezembro de 2017

Opinião - After the Game

Ficha Técnica:
Autor: Abbi Glines
Série: The Field Party, #3
Páginas: 320
Editor: Simon & Schuster UK
ASIN: B01MYT850I

Sinopse:
Three years ago Riley Young fled from Lawton, Alabama. After accusing the oldest Lawton son, Rhett, of rape the town turned against her and she had no option but to leave. Now, she’s back but she’s not at Lawton High finishing up her senior year. She’s at home raising the two year old little girl that no one believed was Rhett Lawton’s.
Rhett is off at college living the life he was afraid he’d lose with Riley’s accusation and Riley agrees to move back to Lawton so her parents can be near her grandmother who is suffering from Alzheimer’s. The town hasn’t forgot their hate for her and she hasn’t forgot the way they turned on her.
When Brady Higgens finds Riley and her daughter Bryony stranded on the side of the road in a rain storm he pulls over and gives them ride. Not because he cares about Riley but because of the kid.
But after that simple car ride he begins to question everything he thought he knew. Could he believe Riley and risk losing everything?

Opinião:
Tanto Riley como Brady são personagens já nossos conhecidos dos livros anteriores. Se já conhecíamos minimamente o Brady, a verdade é que pouco ou nada se sabia da personalidade de Riley. É verdade que era sabido o que aconteceu e o que a levou a sair de Lawton, mas não sabíamos ainda que tipo de pessoa esta era.

Foi uma agradável surpresa perceber que esta rapariga de 17 anos passou por algo completamente traumático e que mesmo assim foi capaz de se superar e seguir em frente. Com 17 anos Rileu volta à terra de onde foi expulsa, com a filha nos braços e pronta para ajudar a mãe a tomar conta da avé que tem Alzheimer.

É aqui que entra Brady, o rapaz perfeito que faz tudo como um verdadeiro cavalheiro. Ao início as suas interacções com Riley são impessoais, mas aos poucos este começa a ver que tipo de pessoa ela realmente é, através da maneira como lida com a filha, e começa a perceber que talvez tenha cometido um erro na altura em que Riley mais precisava de ajuda.

Tanto Brady como Riley crescem ao longo do livro. Riley aprende a confiar novamente e a socializar, enquanto que Brady finalmente percebe o que é ver-nos algo acontecer que nos transforma e aprende a lidar com a dor que daí advém. Quanto a esta situação tenho desde já a dizer que achei desnecessário. Aquilo que senti foi que a autora fez com que as coisas caíssem de para-quedas no meio da narrativa só para que finalmente acontecesse algo ao Brady e ele percebesse o que os amigos passaram. Sim, porque um dos pensamentos recorrentes dele era o como é que algum dia ia conseguir ajudar alguém se nunca nada lhe tinha acontecido de modo a que perceba a dor dos outros? Enfim...

De qualquer modo foi um livro bastante satisfatório. Gostei de rever os personagens dos livros anteriores, principalmente as personagens femininas. Das poucas vezes que apareceram tiveram sempre algo importante a dizer e a provar através das suas atitudes o que nos faz sentir nostalgia.

Fico a aguardar por notícias, perceber se vamos ficar a conhecer a história de mais casais de Lawton.

domingo, 26 de novembro de 2017

Opinião - Sangue e Ouro

Ficha Técnica:
Autor: Anne Rice
Título Original: Blood and Gold
Série: The Vampire Chronicles #8
Páginas: 438
Editor:Europa-América
ISBN: 9721051004
Tradutor: ?

Sinopse:
As Crónicas do Vampiro prosseguem agora com o regresso de Marius.
O belo e louro filho da Roma Imperial, antigo mentor do vampiro Lestat, revela-nos, com uma voz intensa mas intimista, os segredos da sua existência de dois mil anos. Cercada de luxo mas também de tragédia, a vida de Marius vai conhecer os cenários da queda do Império Romano, da nova civilização em Constatinopla e dos ambientes mágicos de Florença e Veneza. É nessa Itália renascentista que ele vai conhecer o misterioso Armand… E uma outra personagem que o vai enfeitiçar: o genial Botticelli…
Trágico, sensual e arrepiante, como sempre, Sangue e Ouro é Anne Rice no seu melhor.

Opinião:
Não há muito a dizer acerca deste livro. Essencialmente é-nos contada a história de Marius e parte dessa história já era nossa conhecida devido ao livro do Armand. Se bem que aqui ficamos a conhecer a história do ponto de vista de Marius, a realidade é que as ilações que o Armand fez acerca das acções que moviam o Marius são bastante aproximadas dos seus reais intentos, por isso acaba por ser um pouco o repetir de uma história que já conhecemos.

Claro que existem novas componentes que ficamos a conhecer um pouco melhor, como a sua relação com Pandora, e o modo como levou a sua vida solitária durante longos anos, apenas acompanhado pelo Pai e pela Mãe. Este é mais um livro de reflexão, e de recordação. Marius pretende não só contar a sua história como também revivê-la e de certo modo estudá-la tendo em conta os desenvolvimentos recentes.

Esta história é contada a um personagem que parece ter sido criado apenas com o propósito de ouvir Mário e de a seguir se sacrificar por ele ao mesmo tempo que consegue atingir o seu objectivo. Assim sendo não faço ideia se iremos ver algo mais dele, o que significa que sinto que este livro não trouxe nada novo que possa fazer propriamente a narrativa avançar. Vou assumir que este livro funciona um pouco como uma pausa na história, onde a autora apenas nos queria dar a conhecer um pouco mais das suas personagens.

Mais uma vez, mais que os acontecimentos, são os personagens que pretendem a atenção do leitor. Como já dito nos livros anteriores, todos eles são bastante complexos e todos buscam algo. Algo esse que é uma perfeita comunhão com outro ser. Contudo por alguma motivo este objectivo parece acabar sempre por ser mais do que os personagens conseguem suportar porque acabam sempre por meter os pés pelas mãos e fazer alguma coisa que acabe por os impedir de atingir o seu objectivo.

Fico agora a aguardar o próximo livro.

domingo, 19 de novembro de 2017

Opinião - Merrick

Ficha Técnica:
Autor: Anne Rice
Título Original: Merrick
Série: The Vampire Chronicles #7
Páginas: 348
Editor: Europa-América
ISBN: 9789721049680
Tradutor: ?

Sinopse:
Neste romance hipnótico, a autora das Crónicas do Vampiro e da saga das Bruxas Mayfair demonstra mais uma vez o seu dom para a criação do mito e da magia.

Desta vez ela vai juntar vampiros e bruxaria para criar um ambiente verdadeiramente arrepiante.

No centro da história encontra-se Merrick, a «Bruxa de Endor», a bela e misteriosa feiticeira, descendente de uma sociedade mestiça de Nova Orleães familiarizada com as cerimónias de voodoo. Entre os seus ancestrais encontram-se também as grandes Bruxas Mayfair — de quem ela nada conhece senão o poder e a magia que herdou.

E a ela junta-se David Talbot — vampiro, herói, aventureiro e contador de histórias, companheiro dos já conhecidos Vampiros Lestat e Louis de Point du Lac. É ele quem vai narrar a lenda de Merrick, uma lenda que nos leva da Nova Orleães do passado e do presente às selvas da Guatemala, das ruínas Maias a civilizações ainda mais antigas e inexploradas.

Esta é, assim, uma história cheia de tensão, onde dois seculares poderes ocultos se juntam numa dança de sedução, morte e renascimento.

Opinião:
Antes de prosseguir com a minha opinião tenho que confessar que os últimos livros que tenho lido da autora têm sido lidos em inglês apesar de ter as versões portuguesas. O que tenho verificado é que tem sido muito mais fácil ler na língua original que na língua traduzida. Enquanto que os primeiros livros li em português e me custou imenso a avançar na história, os últimos têm sido lidos em inglês e têm sido lidos com uma fluidez imensa. Talvez um dia tenha paciência para ler um dos livros metade em português e metade em inglês para perceber se o problema é realmente da tradução.

Quanto a este livro, é-nos introduzida uma nova personagem, Merrick. A Merrick é uma bruxa, uma bruxa muito poderosa que trabalha para a Talamasca e que foi estudante directa do David. É devido ao facto de o Louis pretender entrar em contacto com Claudia que Merrick nos é apresentada. E é através de David que ficamos a saber da sua história. Uma história complexa, cheia de personagens interessantes e com grande poder.

Mas uma vez Rice escreve um livro que intriga o leitor desde o início até ao fim. Não porque existam aventuras incontáveis, ou uma constância de acção, mas sim porque os personagens apresentados são extremamente cativantes nas suas dualidades. Ao mesmo tempo a autora apresenta-nos algo novo, as bruxas Mayfair, sendo que existe uma vertente "branca" e uma vertente "negra" e estas designações têm a ver com a cor da pele.  Aqui o que me deixou aborrecida foi o facto de a autora dar a entender que as Mayfair "brancas" são más, mas não o explicar. Se isso não acontecer nos próximos livros vou ficar bastante chateada porque não me apetece ser obrigada a ir ler a série dedicada às mesmas.

No final acabamos por perceber que existe muito mais acerca da história da Merrick do que aquilo que o David sabe e nos conta. As suas atitudes vão influenciar os próximos movimentos dos vampiros, visto que estes são obrigados a sair de Nova Orleães quando são ameaçados pela Talamasca. Ao mesmo tempo existe uma alteração na condição do Louis que pode alterar a relação que este tem com os outros personagens. Estou para ver se as coisas se vão manter ou se o bando se vai acabar por dispersar, principalmente agora que Lestat decidiu voltar à vida. Sim, porque no livro anterior e na maior parte deste o Lestat estava simplesmente num estado moribundo. Duvido que venhamos a saber exactamente o que se passou na sua cabeça depois de ter voltado da viagem com Memnock, mas quem sabe?

Assim sendo só me resta aguardar a oportunidade de ler o próximo livro para saber o que vai acontecer agora com os nossos personagens.

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Opinião - Once Upon a Tower e With this Kiss

Ficha Técnica:
Autor: Eloisa James
Série: Fairy Tales, #5 e #5.5
Páginas: 416 e 202
Editor:Avon
ASIN: B009NFMBH8 e B00BW3AYB4

Sinopse:
Once Upon a Tower:
Once upon a time…
A duke fell in love


Gowan Stoughton of Craigievar, Duke of Kinross, values order and self-control above all else. So when he meets a lady as serene as she is beautiful, he promptly asks for her hand in marriage.

With a lady

Edie—whose passionate temperament is the opposite of serene—had such a high fever at her own debut ball that she didn’t notice anyone, not even the notoriously elusive Duke of Kinross. When her father accepts his offer… she panics.

And when their marriage night isn’t all it could be, she pretends.

In a tower

But Edie’s inability to hide her feelings makes pretending impossible, and when their marriage implodes, she retreats to a tower—locking Gowan out.

Now Gowan faces his greatest challenge. Neither commands nor reason work with his spirited young bride. How can he convince her to give him the keys to the tower…

When she already has the keys to his heart?


With This Kiss:
With This Kiss: Part One
Lady Grace Ryburn, the daughter of the Duke and Duchess of Ashbrook, has fallen wildly in love with Colin Barry, a dashing young lieutenant serving his country in the Royal Navy. When he returns home to exuberant celebrations, will he even notice the quiet wallflower he grew up with … or will he fall for Grace's sparkling, gorgeous sister?

With This Kiss: Part Two
Lady Grace Ryburn has accepted another man's proposal after the love of her life, Lieutenant Colin Barry, asked for her own sister's hand in marriage.

But when Colin returns home from the wars, injured in body and spirit, will she be able to turn her back and marry another? Or will she throw away every rule her mother taught her and try to seduce a man who has shown no interest in her kisses?

With This Kiss: Part Three
Lieutenant Colin Barry returns from the wars knowing that he has no right to steal Grace from the arms of her fiancé. Yet the same warrior's spirit that won so many battles at sea is prompting him to throw propriety to the winds, imitate his pirate father, and simply take what he most desires!

Opinião:
Em Once Upon a Tower ficamos a conhecer Edie e Gowan. Ambos com personalidades bastante fortes e ambos pessoas que sabem exactamente aquilo que querem. E ambos com um vício. Ela o de tocar música e ele o de trabalhar e ter tudo programada. Como devem calcular o vício de um deles não é propriamente muito saudável. Enquanto que Edie precisa da música para se sentir completa e a utiliza também para dar prazer aos outros, Gowan utiliza o trabalho para se manter afastado das pessoas e para pouco ter que se relacionar com elas. Claro que isto acaba por dar raia. É impossível manter um casamento sem que haja tempo para as duas pessoas estarem juntas e se conhecerem melhor enquanto casal.

Não deixa de ser engraçado o facto de que ao início o Gowan pensar que a Edie era uma rapariga calada e recatada, quando ela é tudo menos isso. A verdade é que ela tinha uma febre imensa e mal se conseguia aguentar. Gostei também bastante da madrasta de Edie e do seu pai. A relação de ambos é hilariante com tantos mal entendidos.

Em With This Kiss ficamos a conhecer a história de Grace e Colin. Estes são filhos de personagens cujas histórias foram contadas em livros anteriores. Grace é a filha perfeita, bem comportada, inteligente, uma pessoa que pensa primeiro na felicidade dos outros e só depois em si mesma. Desde pequenina que é apaixonada por Colin e que o conhece melhor que ninguém. A única pessoa que não o vê é Colin. Este ainda leva a maior parte da história a aperceber-se dos seus sentimentos. 

Existe também o facto de que as sinopses parecem indicar que é o Colin que vai seduzir a Grace, quando na realidade é mais o contrário que acontece. Pela primeira vez na vida ela decidi lutar por algo e fazer algumas loucuras, o que não haja dúvida transforma-a completamente. 

No geral ambas as histórias foram satisfatórias. Dentro do mesmo registo a que já estava habituada pela autora. Logo nesse aspecto não há nada a acrescentar. Fiquei satisfeita por ter um vislumbre do futuro de alguns personagens e da sua prole. É sempre divertido ver como é q são os filhos de personagens que por norma têm personalidades tão fortes. 

sábado, 4 de novembro de 2017

Opinião - O Vampiro Armand

Ficha Técnica:
Autor: Anne Rice
Título Original: The Vampire Armand
Série: The Vampire Chronicles, #6
Páginas: 440
Editor: Europa-América
ISBN: 9789721048508
Tradutor: ?

Sinopse:
Em mais um volume das «Crónicas do Vampiro», Anne Rice invoca mundos deslumbrantes para nos trazer a história de Armand, eternamente jovem, com o rosto de um anjo de Botticelli. Armand surgiu pela primeira vez há trinta anos, em toda a sua glória negra, no já clássico Entrevista com o Vampiro, primeiro volume de «Crónicas do Vampiro», romance que tornou a autora famosa em todo o mundo como magnífica contadora de histórias e criadora de reinos mágicos. Acompanhamos assim, nesta obra, Armand através dos séculos até à Kiev Rus da sua infância — uma cidade em ruínas sob o domínio mongol — e à antiga Constantinopla, onde os assaltantes tártaros o vendem como escravo. Num magnífico palazzo da Veneza do Renascimento, encontramo-lo em escravidão emocional e intelectual com o vampiro Marius, que se disfarça entre os humanos como pintor misterioso e recluso e o qual confere a Armand o dom do sangue vampírico. À medida que o enredo se aproxima do seu ponto culminante, atravessando cenários de luxo, elegância, emboscadas, incêndios e adoração ao demónio, passando pela Paris do século XIX e pela Nova Orleães da actualidade, veremos este herói romântico, eternamente vulnerável, ser forçado a escolher entre a imortalidade na escuridão ou a salvação da sua alma.

Opinião:
Não há muito mais a acrescentar sobre a escrita da autora e os temas que foca para além daquilo que já foi dito nos livros anteriores.

Basicamente a autora continua a focar-se na condição humana, no certo e errado, na beleza das coisas mais simples e naquilo que é considerado o amor na sua forma mais pura. Desta vez ficamos a conhecer o ponto de vista de Armand acerca destes assuntos, e como ele lida com tudo aquilo que lhe vai acontecendo ao longo dos séculos. Ao contrário dos outros personagens, Armand tem uma relação muito estreita com a religião devido à educação que teve enquanto criança. Essa relação é explorada e serve para justificar as suas atitudes no final do livro anterior.

Houve alguns aspectos que me fizeram alguma confusão. Nomeadamente a componente de relação sexual e afins muito mais explícita e libertina do que nos livros anteriores. A relação física entre Marius e Armand antes de o último se tornar num vampiro deixou-me algo desconfortável pela sua carnalidade ausente nos livros anteriores. Outra situação que não me agradou por aí além foi o facto de existir um acontecimento no livro para o qual não recebemos uma explicação. O próprio Armand diz que não sabe como tal coisa foi possível. Assim sendo questiono-me se a própria autora não soube muito bem como descalçar a bota, ou se fui eu que não consegui perceber muito bem o que estava subentendido.

Assim sendo este foi mais um livro do qual gostei bastante. Foi uma leitura relativamente rápida comparada aos primeiros que li da autora. Estou curiosa para ver o que mais virá.

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Novos na Estante (da Rita) #16 - Novidades perdidas desde o Verão


Olá a todos! Cá estamos com mais um post na rubrica Novos na Estante. Desta vez tenho para vos mostrar as novidades que cá chegaram a casa o Verão passado.

Quanto a compras em Inglês temos:
- Roar de Cora Carmach. Não conheço a escritora, mas fui atraída pela capa e pela temática do livro: violentas tempestades mágicas e aqueles que as conseguem controlar. Roar é o primeiro volume de uma trilogia (?);

- Before She Ignites de Jodi Meadows. É o primeiro livro de uma nova trilogia de uma autora que tenho vindo a acompanhar.


Continuando com as aquisições em Inglês:
- Windwitch de Susan Dennard. Segundo volume da série Witchlands;

- A Darker Shade of Magic + A Conjuring of Light de V. E. Schwab. Primeiro e terceiro livros da trilogia Shades of Magic, que consegui encontrar, finalmente, a bom preço.
Por último e em Português, comprei:
- Monstress, Despertar de Marjorie Liu e Sana Takeda. Uma graphic novel espectacular que recomendo a todos os amantes de fantasia;

- Blue Exorcist vol. 12 e 13 de Kazue Kato. Uma obra que nunca desilude;

- Assassination Classroom vol. 9 de Yusei Matsui. Uma série de mangá que continua a dar-me muito prazer ler;

- Uma Coluna de Fogo de Ken Follett. O livro que dá continuidade a Os Pilares da Terra e Um Mundo Sem Fim, com direito a autógrafo da vinda do autor a Lisboa.

Por agora é tudo, até ao próximo Novos na Estante. Boas leituras!


segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Novos na Estante (da Rita) #15 - Novidades perdidas desde Junho de 2017...


Olá a todos, sejam bem-vindos a mais um Novos na Estante :) 
Neste 15º post da rubrica irei mostrar os livros que chegaram cá a casa por altura da espectacular Feira do Livro de Lisboa.
Todos os livros da foto ao lado foram adquiridos durante a imperdivel Hora H, a metade do preço:
- 1Q84 Volumes 1, 2 e 3 de Haruki Murakami. Nunca li nada deste famoso autor e esta trilogia tão conhecida pareceu-me uma boa aposta;
- A Viajante de Diana Gabaldon, um livro da série Outlander;
- Em Busca do Livro da Vida de Deborah Harkness;
- Sensibilidade e Bom Senso + Mansfield Park de Jane Austen, dois clássicos que faltavam na minha estante.
Por altura da presença da escritora Paula Hawkins na Feira do Livro, trouxe comigo Escrito na Água, autografado e como prenda da Mãe :)

Fiz ainda uma paragem na banquinha da Devir e trouxe dois mangás novos:
- Platinum End, vol. 1 dos mesmos autores de Death Note, Takeshi Obata e Tsugumi Ohba;
- One-Punch Man, vol. 2 de ONE.

Na Saída de Emergência, aproveitei dois livros do dia:
- Eleanor & Park de Rainbow Rowell;
- Histórias de Aventureiros e Patifes de vários autores.
Ainda na banca da SdE, adquiri por 5€ cada:
- Alex 9 de Bruno Martins Soares, por recomendação aqui da Joana;
- Titus o Herdeiro de Gormenghast de Mervyn Peake;
- Cultos Inomináveis de Robert E. Howard;
- A Corte do Ar + O Reino Mais Além das Ondas de Stephen Hunt.
E para terminar, já fora da FdL, trouxe para casa, por esta altura, estas quatro Graphic Novels:
- Tony Chu, Vol. 6 Bolos Janados de John Layman e Rob Guillory;
- Mulher-Maravilha, Terra Um por Morrison/Paquette;
- Mulher-Maravilha, Um Por Todos por Moeller;
- Mulher-Maravilha, A Hiketeia por Rucka/Jones.







Até ao próximo Novos na Estante, boas leituras!


domingo, 29 de outubro de 2017

Opinião - My Favorite Mistake Trilogy

Ficha Técnica:
Autor: Chelsea M. Cameron
Série: ?My Favorite Mistake, #1, #2 3 #3
Páginas: 394, 398 e 248
Editor: Harlequin HQN
ASIN: B00C84GCNU, B00F12GZQU e B01EZL6QSO

Sinopse:
My Favorite Mistake:
Two secrets. One bet. Who will break first?

Taylor Caldwell can't decide if she wants to kiss her new college roommate or punch him.

On the one hand, Hunter Zaccadelli is a handsome blue-eyed bundle of charm. On the other, he's a tattooed, guitar-playing bad boy. Maybe that's why Taylor's afraid of falling in love with him, or anyone else. She doesn't want to get burned, so she needs him gone before it's too late.

Hunter himself has been burned before, but Taylor's sexy laugh and refusal to let him get away with anything make her irresistible. Determined not to be kicked out of her life without a fight, Hunter proposes a bet: if she can convince him she either truly loves or hates him, he'll leave the apartment—and leave her alone.

But when the man behind Taylor's fear of giving up her heart resurfaces, she has to decide: trust Hunter with her greatest secret, or do everything in her power to win that bet and drive him away forever.


My Sweetest Escape:
The past will always find you

Jos Archer was the girl with the perfect life—until the night it all came crashing down around her. Now, nine months later, she still hasn't begun to pick up the pieces. Even transferring to a new college and living under the watchful eye of her older sister, Renee, isn't enough to help her feel normal again.

And then she meets Dusty Sharp. For reasons Jos can't begin to fathom, the newly reformed campus bad boy seems determined to draw her out of her shell. And if she's not careful, his knowing green eyes and wicked smile will make her feel things she's no longer sure she deserves.

But even as Dusty coaxes Jos to open up about the past, he's hiding secrets of his own. Secrets about the night her old life fell apart. When the truth is finally revealed, will it bring them closer together—or tear them apart for good?


Our Favorite Days:
Hunter and Taylor's story continues...
Taylor Caldwell and Hunter Zaccadelli have weathered the early storms of their relationship and things are going great. They're almost done with college, living in a house with their best friends and engaged to be married after they graduate.
But life has other plans for Hunter and Taylor, and just when they've got a handle on things, a surprise rocks both of their worlds. Will their relationship be able to weather the storm, or will they be torn apart by the chaos?

Opinião:
Tendo em conta que li os três livros de uma assentada não faz muito sentido fazer as opiniões em separado. Assim sendo aqui fica a minha opinião à trilogia. Antes de mais sinto que a trilogia teria funcionado melhor como apenas uma duologia. As duas primeiras histórias eram mais que suficientes e a terceira serviu só para vender mais.

O primeiro e terceiro livros são acerca da Taylor e do Hunter enquanto que o segundo é acerca da Jos e do Dustin. Cada um destes quatro personagens passou por algo terrível que os marcou profundamente. Enquanto que no caso da Taylor e do Hunter estes se acabaram por ajudar mutuamente no caso da Jos e do Dustin tal não aconteceu. O Dustin já tinha aprendido a lidar com os acontecimentos e a dor e acabou por ajudar a Jos a fazer o mesmo.

Gostei bastante da personalidade da Taylor, apesar de haver quem a possa achar um bocadinho exagerada e "mimada", a verdade é que eu consigo perceber a personalidade áspera que ela tem. É mais fácil afastar as pessoas quando se diz o que se pensa e quando se é mázinha para todos aqueles que nos rodeiam. Mas quem gosta realmente dessa pessoa sabe que não é defeito, é feitio, e que as coisas não são ditas ou feitas com maldade. O Hunter é um amor de pessoa, apesar de ser perito em fazer a Taylor passar-se dos carretos, o que é sempre hilariante. Achei que o romance destes foi mais completo do que o da Jos e do Dustin. Achei que existiram mais momentos de conexão, mais momentos emocionalmente carregados que serviram para ligar os personagens.

Referente ainda à Taylor e ao Hunter, achei que o segundo livro em que os mesmos são protagonistas era desnecessário. Não se vê propriamente nada de novo ou aprende nada de novo. Existem alguns altos e baixos na relação, mas sabemos que vão ser ultrapassados pois já conhecemos ambos os personagens. Ao mesmo tempo sabemos que eles vão ser ultrapassados porque não existe muito a fazer tendo em conta a situação.

Quanto à história da Jos e do Dustin, não há muito a acrescentar. Gostei dos personagens, se bem que achei tanto a Jos como o Dustin um pouco mais apagados que o Hunter e a Taylor. Também achei o seu romance mais apagado. O que mais gostei no livro foi sem dúvida o aparecimento da Hannah. Esta rapariga tem uma personalidade que desarma qualquer pessoa. Divertida até dizer mais não e com uma capacidade incrível para enfrentar o que a vida lhe deu, Hannah traz uma lufada de ar fresco à narrativa sempre que entra em cena.

Uma trilogia que irá agradar a leitores menos exigentes ou que sejam aficionados pelo género.

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Opinião - Possessão e Immortal

Ficha Técnica:
Autor: J. R. Ward
Título Original: Possession
Série: Fallen Angels, #5 e #6
Páginas: 524 e 388
Editor: Quinta Essência e Piatkus Books
ISBN: 9789897261503 e 9780349405261
Tradutor: ?

Sinopse:
Possessão:
Redenção não é uma palavra que Jim Heron conheça muito bem. A sua especialidade é a vingança e, para ele, o pecado é relativo. Mas tudo muda quando se torna um anjo caído e é incumbido da tarefa de salvar sete pessoas dos sete pecados mortais... e o fracasso não é permitido.
Quando Cait Douglass decide recuperar do seu desgosto de amor, despojar-se das suas inibições e começar realmente a viver, não está preparada para os dois homens sensuais que se atravessam no seu caminho. Dividida entre eles, não sabe qual escolher - ou que tipo de consequências terríveis podem surgir.
Jim Heron, anjo caído e salvador relutante, está na guerra mas coloca tudo em risco quando tenta fazer um acordo com o diabo - literalmente. Quando mais uma alma é involuntariamente apanhada na batalha entre ele e o demónio Devina, a sua fixação numa inocente presa no inferno ameaça desviá-lo do seu dever sagrado...
Pode o bem ainda prevalecer se o amor verdadeiro enfraquece um salvador? E será que o futuro de uma mulher é a chave, ou a maldição, para toda a humanidade? Só o tempo, e os corações, dirão.


Immortal:
The Creator invented the game. The stakes were nothing less than the immortal fate of mankind. Yet when fallen angel Jim Heron was challenged to play, he had no idea the voracious demon Devina would be so formidable an adversary-or that the carnal depths to which he was willing to go could prove so fatal.

Devina's more than ready to claim victory in this war and has her next scheme already underway: Sissy, a defenseless woman under the influence and an unwitting player in the fight for Heron's heart.

At the defining crossroads between salvation and damnation, Heron is ready to do anything it takes to succeed-a suicide mission that will take him into Heaven and Hell, and into the darkest and most sensual shadows that lie in wait at the end of the world . . .

Opinião:
E com estes dois livros termino finalmente esta série. Andei a ver o que tinha achado dos livros anteriores e posso dizer que a minha opinião não difere muito daquilo que já disse. Essencialmente ficamos a conhecer as três últimas almas a ser jogadas. E devido ao Jim decidir trocar uma bandeira pela liberdade de Sissy as coisas tornam-se um bocado tremidas. O que leva a consequências que acho que ninguém estava bem à espera.

Não achei os protagonistas nada de especial, não achei que havia uma ligação entre eles.Não me importo quando a relação começa por ser sexual e depois evolui. Mas gosto que essa evolução tenha conteúdo, que seja notória, que haja partilha de momentos. Aqui não senti isso e portanto não me preocupava propriamente o que pudesse acontecer aos personagens.

Quanto ao último livro, enfim. Acho que era um bocado óbvio. Pelo menos eu acho que a autora o fez um bocado óbvio com todas as alusões a algo que só a Sissy consegue ver. Não podia estar ser mais esfregado nos olhos do leitor e contudo ninguém na história se apercebeu disso, o que para mim se tornou bastante frustrante e estúpido. Para além de não falar como as almas foram salvas. Não houve uma decisão consciente em que se pesava os prós e os contras. Simplesmente estalou-se os dedos e pronto, questão resolvida. Nhe, comigo não pegou.

A única coisa que ainda foi salvando os livros foi a Devina, com as suas psicoses e a ideia ridícula que o Jim realmente gosta dela. E a minha suspeita de que dois personagens completamente inconspícuos eram na realidade representações de Deus. E claro, o facto de aparecerem dois personagens da outra série da autora e de ser mencionada uma outra. Vamos ver o que sai daqui.

No geral achei que a série foi fraquinha, e por isso o final foi-lhe adequado porque também ele foi fraquinho. O que é uma pena, visto que adoro a outra série dela. Simplesmente esperava mais.

domingo, 22 de outubro de 2017

Opinião - O Reino Mais Além das Ondas

Ficha Técnica:
Autor: Stephen Hunt
Título Original: The Kingdom Beyond the Waves
Série: Jackelian, #2
Páginas: 492
Editor: Saída de Emergência
ISBN: 9789896373962
Tradutor: Alberto Simões

Sinopse:
A Professora Amelia Harsh está obcecada em encontrar a civilização perdida Camlante, a cidade lendária cuja sociedade perfeita terá acabado com a fome, guerra e doença. Mas quando regressa a casa de uma aventura arqueológica fracassada, descobre que a Universidade a despediu em retaliação pela sua investigação herética.
Sem fundos oficiais, Amelia não tem escolha senão aceitar o auxílio de um homem que culpa pelo suicídio do seu pai, o incrivelmente poderoso Abraão Quest. Este acaba de encontrar provas de que as ruínas camlantes poderão estar enterradas sob os estranhos lagos das selvas de Gelileão
Amelia embarca então numa expedição ao coração negro da selva, na companhia de velhos amigos e uma tripulação de caçadores lunáticos, mulheres mercenárias e presidiários. Mas o que ela desconhece é que a busca pela sociedade perfeita pode levar à destruição do seu próprio mundo…

Opinião:
Este é um daqueles livros que provavelmente iria ficar eternamente na estante caso não tivesse a sorte de se enquadrar num dos meus desafios literários. Isto acontece, essencialmente, porque o primeiro livro não me cativou minimamente e foi uma dor de cabeça tentar perceber o que quer que fosse que estava a ler.

Não haja dúvida que este livro continua a ser uma grande bagunça. Vários povos e mitos são apresentados ao leitor, sem contudo existir uma explicação racional ou um contexto, ou seja, mais uma vez cai-nos tudo de pára-quedas no colo e o leitor não tem nenhuma base para se tentar situar na narrativa. Basicamente andei à cabeçada aí com 1/3 do livro até decidir que não valia a pena o esforço de tentar contextualizar aquilo que estava a ler e tentar perceber as relações entre os personagens a leitura começou a correr ligeiramente melhor e a tornar-se ligeiramente mais interessante.

Dois dos personagens principais entraram no livro anterior, e, para mal dos meus pecados, só me lembro de um deles. Basicamente só me lembro da Professora Harsh, talvez por causa da sua profissão ou da característica estranha dos seus braços. O outro personagem, tenho a ideia de ter tido um papel até importante no livro anterior, mas sinceramente não me consigo lembrar de nada. Ao mesmo tempo sinto que me faltam algumas referências e existe um personagem que eu não consigo localizar e que tenho a sensação que deveria ser capaz de o fazer.

Foi interessante ficar a conhecer um pouco mais da história deste mundo, ao mesmo tempo que o autor explora a questão se a guerra alguma vez é resposta e se é mais importante morrer pelos nossos ideais ou ir contra ele de modo a poder mantê-los.

O vilão é bastante interessante. Ao início não se percebe muito bem o que ele quer e quais os seus motivos, mas ao longo do tempo acabamos por perceber o quão deturpada a sua maneira de ser é. Acho que o autor fez um trabalho ligeiramente melhor neste livro. Ao contrário do anterior eu consegui relacionar-me com os personagens e gostar deles, o que não aconteceu no livro anterior. Pode ser que isso faça com que numa próxima leitura me consiga lembra de um pouco mais deste mundo.

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Opinião - Delectable

Ficha Técnica:
Autor: R. L.Mathewson
Série: Neighbor from Hell, #9
Páginas: 315
Editor: Rerum Industries, Inc.
ASIN: B071ZW5GST

Sinopse:
Reese Bradford is a typical Bradford, he enjoys his food, is easy on the eyes, and has a killer smile, but there's one thing about him that he doesn't want anyone to know about, which of course is the first thing that his ex-fiance makes sure that everyone finds out about after she leaves him for his best friend. Out of options, he reluctantly heads out of town to spend the summer in the cottage that he'd rented for his honeymoon only to find himself tormented by a woman that never should have crossed his mind twice.

More intrigued than he'd ever thought possible, he can't help but wonder about the woman that made him smile.

Opinião:
Mais um Bradford, e que saudades eu já tinha! Desta vez ficamos a conhecer a história de Reese, que verdade seja dita passou por um mau bocado recentemente. Ser traído pela mulher com quem ia casar e pelo seu melhor amigo não é fácil. Ainda pior é ter todo o mundo ficado a saber o porquê de isso ter acontecido.

Entram então umas merecidas férias com uma vizinha bastante peculiar. É a primeira vez que a autora tem uma protagonista feminina que já tem uma filha e que neste caso é viúva e que ainda por cima teve uma vida bastante complicada. Não é que muitas das outras protagonistas da autora não tenham uma vida complicada, simplesmente achei interessante o facto de estar ter uma filha. Não estava à espera que esta se viesse a tornar a mulher ideal para o Reese, mas a verdade é que foi.

A situação precária em que ela se encontra acaba por dar ao Reese a oportunidade de se descobrir a si mesmo e àquilo que quer para a vida. Ao mesmo tempo Kaysey é alguém que apesar de já ter passado por muita coisa encara a vida com um sorriso na cara, é cheia de alegria e não deixa que ninguém a diminua. Acho que esta acabou por se tornar um bom exemplo para o Reese, ajudando-o a apreciar mais as coisas boas que a vida tem.

Como não podia deixar de ser adorei voltar a ver alguns dos personagens que já tão bem conhecemos. É hilariante ver as interacções entre Bradfords. A maneira como se apoiam enquanto família é algo digno de se ver. Fiquei ainda curiosa com o que aí vem para um dos gémeos do Trevor. Acho que existe ali algo por explorar. Não tinha a ideia que ele teria uma personalidade tão diferente do irmão, mas consigo ver que a questão teve uma boa introdução porque o próprio Reese sempre foi atrás do gémeo sem pensar naquilo que realmente lhe dava prazer.

No final fica sempre o desejo de ter já outro livro da autora à mão. Não vejo a hora de ler a história dos restantes personagens da família. Espero sinceramente que esteja para próximo o livro do Aidan.

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Opinião - A Rapariga no Comboio

Ficha Técnica:
Autor: Paula Hawkins
Título Original: The Girl on the Train
Páginas: 319
Editor: Topseller
ISBN: 9789898800541
Tradutor: José João Leiria

Sinopse:
Todos os dias, Rachel apanha o comboio...

No caminho para o trabalho, ela observa sempre as mesmas casas durante a sua viagem. Numa das casas ela observa sempre o mesmo casal, ao qual ela atribui nomes e vidas imaginárias. Aos olhos de Rachel, o casal tem uma vida perfeita, quase igual à que ela perdeu recentemente.

Até que um dia... 

Rachel assiste a algo errado com o casal... É uma imagem rápida, mas suficiente para a deixar perturbada. Não querendo guardar segredo do que viu, Rachel fala com a polícia. A partir daqui, ela torna-se parte integrante de uma sucessão vertiginosa de acontecimentos, afetando as vidas de todos os envolvidos.

Opinião:
Finalmente resolvi-me a ler este livro que foi tão falado há uns tempos atrás. Estava a apetecer-me uma leitura com mistério, suspense, estilo policial e pensei: porque não?

A Rapariga no Comboio é uma historia que nos transporta para um ambiente depressivo, qual dia cinzento e triste. Conta-nos a história de Rachel, Megan e Anna, centrando-se no desaparecimento da segunda. Estas três mulheres que nos vão narrando os acontecimentos são todas elas, à sua maneira, depressivas e paranóicas, que mesmo sem se aperceberem vivem ou viveram relações abusivas que acabam por ter correlação entre si.

Rachel é uma mulher que caiu no fundo do poço depois do seu divórcio, vive e revive no seu passado com o ex-marido Tom, assediando-o e à sua família de tempos a tempos. Está completamente deprimida, com a auto-estima a zeros e há muito que se virou para a bebida, pois não tem qualquer propósito na vida. É um pouco triste acompanhar esta personagem quase sempre sob o domínio do álcool. Ver como alguém se transforma numa sombra de si mesmo, incapaz de tomar as rédeas da sua vida e seguir em frente. Rachel projectou as suas fantasias de casal ideal em Jess (Megan) e Jason (Scott), um casal que observa com interesse nas suas travessias de comboio entre casa e Londres. 
Acabei por ir ganhando algum apreço por Rachel, com o decorrer da história, notou-se um crescimento, um recuperar de força de vontade, apesar desta se dever à obsessão que tem vindo a desenvolver por Megan e Scott. Mas descobrir perto do final, que na realidade, aquilo que a foi deitando abaixo e a transformou no farrapo que a autora descreve capítulo a capítulo, era afinal toda uma cruel manipulação de acontecimentos, enche-nos de compaixão.

Megan é, por sua vez, a nossa "protagonista" secundária desaparecida (se é que a posso chamar assim). Revela-se alguém muito instável, que tanto está feliz com o que tem com o seu marido Scott, como sente a sua relação insuficiente e embarca em busca de algo mais. Por outro lado, é alguém que vive intensamente as suas paixões, mesmo quando de um momento para o outro é assoberbada por um grande sentimento de culpa. À sua maneira, tal como Rachel, é alguém infeliz, que vive presa a erros e mágoas do passado, que a impedem de aproveitar a vida em pleno e dar o próximo passo.

Anna é a actual mulher de Tom, ex-marido de Rachel, com o qual tem uma filha bebé. Tem direito a menos capítulos, logo menos destaque que as outras duas mulheres. É alguém frio, sem remorsos, algo malvada até, diria eu. Gostou de ser a amante e inclusivamente tirava prazer em ver Tom enganar a mulher, em saber o sofrimento que os seus actos lhe causariam, gosta inclusivamente de recordar esses momentos. Agora é alguém que vive sempre alerta, com medo de Rachel, sempre a sentir-se perseguida e observada, que apesar de se sentir realizada como mãe, almeja os tempos em que era simplesmente a amante.

É interessante irmos acompanhando o momento presente através de Rachel e Anna e ao mesmo tempo ver momentos passados através dos olhos de Megan. Paula Hawkins oferece-nos bocadinhos de informação capítulo após capítulo através destas mulheres, informações essas que se vão interligando e permitem ao leitor ir montando o puzzle do desaparecimento de Megan. 

Tive pena de ter desvendado o assassino mais cedo do que seria o ideal. Se até cerca de metade do livro isso era tarefa impossível, pouco depois tornou-se evidente que certa personagem era a hipótese mais viável. Foi interessante, no entanto, acompanhar as descobertas de Rachel e chegar ao desfecho da narrativa.

Achei A Rapariga no Comboio uma obra bem conseguida, com personagens sólidas, com problemas reais e bem actuais. Contudo, por ter uma personalidade tão díspar de Rachel, Anna e Megan, não me consegui identificar em algum momento com elas e sentir alguma ligação. Isso e o facto de ter achado tudo muito deprimente, fez-me pensar que este não é o meu tipo de livro e foi o meu entrave para não ter apreciado a história tanto quanto gostaria, apesar de ter gostado do livro e de lhe reconhecer o mérito. Com este livro Paula Hawkins tornou-se uma autora a ter debaixo de olho, para quando apetecer uma história dentro do género.