quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Opinião - Pivot Point Series

Ficha Técnica:
Autor: Kasie West
Série: Pivot Point, #1 e #2
Páginas: 352 e 360
Editor: HarperTeen
ASIN: B0089LOGF2 e B00DB30K8K

Sinopse:
Pivot Point:
Knowing the outcome doesn’t always make a choice easier . . .

Addison Coleman’s life is one big “What if?” As a Searcher, whenever Addie is faced with a choice, she can look into the future and see both outcomes. It’s the ultimate insurance plan against disaster. Or so she thought. When Addie’s parents ambush her with the news of their divorce, she has to pick who she wants to live with—her father, who is leaving the paranormal compound to live among the “Norms,” or her mother, who is staying in the life Addie has always known. Addie loves her life just as it is, so her answer should be easy. One Search six weeks into the future proves it’s not.

In one potential future, Addie is adjusting to life outside the Compound as the new girl in a Norm high school where she meets Trevor, a cute, sensitive artist who understands her. In the other path, Addie is being pursued by the hottest guy in school—but she never wanted to be a quarterback’s girlfriend. When Addie’s father is asked to consult on a murder in the Compound, she’s unwittingly drawn into a dangerous game that threatens everything she holds dear. With love and loss in both lives, it all comes down to which reality she’s willing to live through . . . and who she can’t live without.


Split Second:
Life can change in a split second.

Addie hardly recognizes her life since her parents divorced. Her boyfriend used her. Her best friend betrayed her. She can’t believe this is the future she chose. On top of that, her ability is acting up. She’s always been able to Search the future when presented with a choice. Now she can manipulate and slow down time, too... but not without a price.

When Addie’s dad invites her to spend her winter break with him, she jumps at the chance to escape into the Norm world of Dallas, Texas. There she meets the handsome and achingly familiar Trevor. He’s a virtual stranger to her, so why does her heart do a funny flip every time she sees him? But after witnessing secrets that were supposed to stay hidden, Trevor quickly seems more suspicious of Addie than interested in her. And she has an inexplicable desire to change that.

Meanwhile, her best friend, Laila, has a secret of her own: she can restore Addie’s memories... once she learns how. But there are powerful people who don’t want to see this happen. Desperate, Laila tries to manipulate Connor, a brooding bad boy from school—but he seems to be the only boy in the Compound immune to her charms. And the only one who can help her.

As Addie and Laila frantically attempt to retrieve the lost memories, Addie must piece together a world she thought she knew before she loses the love she nearly forgot... and a future that could change everything.

Opinião:
Não haja dúvida que a premissa do primeiro livro é bastante interessante. Ter a capacidade de quando confrontada com uma decisão poderes pesquisar o futuro e decidires qual dos dois te agrada mais é algo que sem dúvida muitos de nós gostaríamos de ser capazes. Num mundo onde existem pessoas com várias aptidões esta é a aptidão de Addie. Uma rapariga que sempre foi bastante bem comportada e cumpridora das regras impostas, até que os seus pais se decidem separar e ela tem que decidir entre ficar no sitio que conhece e onde cresceu, ou partir para o mundo normal.

O livro é contado de forma alternada, ou seja, os capítulos vão alternando entre a vida da Addie com a mãe, no "interior", e a vida da Addie com o pai, no "exterior". Estava à espera que fosse um livro algo piegas, mas a verdade é que o desenvolvimento da relação amorosa da Addie com o Trevor foi bem trabalhada e progressiva, ao mesmo tempo que tínhamos o mistério do que se estaria a passar com a Laila para ela se estar a tornar numa pessoa tão diferente daquilo que víamos na outra realidade.

Confesso que descobrir o que realmente se estava a passar foi algo assustador, e que a Addie se mostrou uma pessoa bastante corajosa por tomar a opção que tomou. Não é qualquer pessoa que tem a capacidade de colocar as necessidades os outros à frente das suas. A Addie sacrifica-se completamente por aqueles que ama e acho que não existe prova de coragem maior.

Quanto ao segundo livro, achei que deixava um pouco a desejar. Já conhecia a Laila do livro anterior, mas aqui ficamos a conhecer o ponto de vista dela sobre os acontecimentos. A Laila é uma pessoa muito mais radical do que a Addie, principalmente por causa da vida que tem. A sua capacidade é apagar memórias, mas acaba por se tornar em muito mais que isso.

Gostei dos novos personagens apresentados, principalmente o irmão da Laila é super engraçado! O que me deixou algo desapontada foi o modo como a relação entre a Laila e o Connor se desenvolveu. Achei que faltava ali qualquer coisa! Ao mesmo tempo achei que o mistério não foi tão bem concebido e foi um pouco mais disparatado. É pena, porque até tinha achado o primeiro livro bastante interessante. Por fim, a Addie ganha novos poderes, mas em parte alguma explicam como é que isso aconteceu, se foi alguma consequência do que aconteceu no primeiro livro ou não. Também no primeiro livro achei que a autora fazia uma grande bagunça ao explicar porque é que o mau fazia o que fazia e como é que conseguir atingir os resultados que atingia.

Já tinha lido outros livros da autora, mas nenhum que tivesse um pouco de fantástico/FC à mistura. Fiquei a achar que a autora se move bem nos dois tipos de história e que podia optar mais vezes por algo mais diferente.

sábado, 24 de fevereiro de 2018

Opinião - Turtle Bay

Ficha Técnica:
Autor: Tiffany King
Páginas: 165
Editor: A.T. Publishing LLC
ASIN: B00UW081MW

Sinopse:
If you're a teenager in a small, rural area, how do you exist when your eccentric, free-spirited parents are the town freaks everyone laughs at?

For sixteen-year-old Rainbow Honeywell—or Rain, as she insists on being called—the answer was to become the queen of all pranks. She never wanted to be a troublemaker, but the label quickly stuck when everyone in Huntsville, Kansas, became a target. All she wanted was to deflect the negative attention off her parents, but Rain's plan backfired to the max, landing her in a heap of trouble with the local authorities and expelled from high school.

An unexpected inheritance offers Rain an opportunity for a new beginning when she and her family move across the country to the quaint beach community of Turtle Bay, Florida.

Determined to make the best of her second chance, Rain vows to walk the straight and narrow, hoping her parents will fly under the radar while she soaks up some fun in the sun, sandy beaches, and hot, tanned guys. Unfortunately, she picks the wrong new friends, and a late night party lands her back in the kind of trouble she had been hoping to avoid. As the newbie in town with a record, Rain takes the brunt of the punishment when an unforgiving judge chooses to make an example out of her and slaps her with enough community service hours to keep her busy until she is old and gray.

Facing the harsh reality of paying for the actions of others while atoning for her own past sins, Rain is paired up with Josh Shaw, a judgmental local lifeguard whose love for the beach and the environment is eclipsed only by his distaste for those who trash it. As far as Josh is concerned, Rain is guilty and got what she deserved, regardless of her side of the story. To make matters worse, a tropical storm sits in the Atlantic, threatening to wreak havoc on the small beach community.

Things slowly change as Rain begins to appreciate her surroundings through Josh's eyes, proving she is not the person he thinks she is. Their feelings for one another blossom as the tropical storm grows into a hurricane and bears down on Turtle Bay. With impending danger looming, the small beach community must come together in order to ride out the storm.

Opinião:
Este é um livro adequado para se passar algum tempo descontraído. É um daqueles romances fofinhos que apesar de não terem propriamente um desenvolvimento fantástico por algum motivo nos deixam satisfeitos no final da leitura.

Em Turtle Bay ficamos a conhecer Rain, uma rapariga que tem um apetite voraz por pregar partidas e que graças a essas ditas partidas se vê colocada em grandes sarilhos. É a partir daqui que a sua relação com Josh se começa a desenvolver. Tendo em conta que passam grande parte do tempo juntos por obrigação, acabam por perceber que na realidade aquilo que achavam um do outro não se coaduna com a realidade.

Confesso que achei um pouco disparatado o motivo da rebeldia de Rain. É sem dúvida um bocado infantil e mal pensado. Tendo em conta que ela parece ter uma relação tão aberta com os pais não compreendo porque é que nunca abordou a situação com eles. Porque é que foi necessário as coisas chegarem a determinado extremo para que tudo se resolvesse.

Claro que no meio disto tudo tinha que haver uma desgraça, que na realidade até foram duas. Não haja dúvida de que sentirmo-nos perdidos, desamparados e que ninguém sente a nossa falta é lenha para a fogueira da autodestruição. Claro que na maior parte das vezes essa autodestruição acaba por afectar aqueles à nossa volta e por vezes de modos irremediáveis.

Como disse ao início, este foi um livro fácil e simples de se ler e que foi de encontro à sua função.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Opinião - A Quinta de Blackwood

Ficha Técnica:
Autor: Anne Rice
Título Original: Blackwood Farm
Série: The Vampire Chronicles, #9
Páginas: 516
Editor: Europa-América
ISBN: 9721052892
Tradutor: Inês Gromicho

Sinopse:
Bem vindos à Quinta de Blackwood. Nas profundezas dos pântanos da Louisiana ergue-se uma mansão senhorial de elevadas colunas brancas, salões espaçosos e jardins inundados pela luz solar. Este é o mundo de Quinn Blackwood, um jovem brilhante, assombrado desde a nascença por Goblin, um espírito vindo de um mundo de sonhos. Movendo-se através do tempo, desde a infância de Quinn até à Nova Orleães da actualidade, desde a antiga Atenas até à Nápoles do século XIX, Quinn procura o lendário vampiro Lestat, pois só este o pode libertar deste espectro que o atrai para o pântano de Sugar Devil e para os horrendos segredos que este esconde.

Opinião:
Sei que é um bocado mau dizer isto, mas sinto-me extremamente feliz com o facto de só me faltar mais um livro da colecção da Europa-América para ficar com os livros que tenho da autora lidos. Atenção, não é que não goste da história ou da escrita da autora ou algo do género. Simplesmente são livros com uma escrita mais complexa, livros nos quais demoro mais tempo a entrar no ritmo e que muitas vezes tenho que me forçar um pouco a lê-los até ganhar balanço, o que quer dizer que muitas vezes me ponho a procrastinar.

Passando agora ao livro em si. Este é contado sobre o ponto de vista de um novo vampiro, vampiro esse que não fazemos a mais pálida ideia de quem é e de qual a sua relação com os personagens que conhecemos. Na realidade não existe propriamente uma relação. Quinn foi criado por um(a) vampiro(a) do(a) qual também nunca ouvimos falar (pelo menos que me recorde), e vai à procura de Lestat porque é assombrado por uma entidade, Goblin, que se torna cada vez mais perigoso. A história começa com uma carta de Quinn para Lestat, a explicar por alto o motivo do seu contacto, mas rapidamente passa para uma história mais detalhada quando Lestat fica curioso e pede para conhecer a sua história na integra.

Se por um lado Quinn teve uma infância cheia de amor, a realidade é que também teve uma infância bastante solitária, onde as pessoas nunca acreditaram nele completamente. Apesar disso Quinn nunca perdeu o seu entusiasmo, a sua inocência. Esta acaba por lhe ser roubada aos poucos quando o seu avô morre, tornando-o o homem da casa. É nesta altura que Quinn começa a ficar curioso com a história das sua família, o que acaba por levar a que seja transformado num vampiro contra a sua vontade.

Uma vez mais o que é interessante de se ler é a evolução do personagem, o caminho que percorreu desde a sua formação até àquele momento. Os sentimentos que tem e que viveu e que o transformaram. Acho que ainda não tinha visto nenhum vampiro a amar um humano da mesma maneira que Quinn ama a sua família. É algo que permanece do seu tempo de humano e que espero que nunca venha a perder.

O que menos gostei no livro foi sem dúvida o final. Aquele final deu cabo de mim. Achei-o precipitado, sem nexo e sem qualquer contextualização. Não sei se alguma vez vou ter aquilo que mereço, mas tenho a sensação que não.

Por aquilo que li algures este livro acaba por fazer a ligação entre a série das Mayfair Witches e das Vampire Chronicles, como não li a série das Mayfair Witches não sei o que isso quer propriamente dizer. Contudo também já li algures que no próximo livro eles explicam tudo do início ao fim por isso não devo ter muitos problemas.

Questiono-me se estes dois vampiros terão verdadeira importância no decorrer da série, visto que Lestat parece amar tanto Quinn como encantar-se pela Mona. Só as próximas leituras o dirão.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Opinião - When Dimple Met Rishi

Ficha Técnica:
Autor: Sandhya Menon
Páginas: 320
Editor: Simon Pulse
ASIN: B01LXQT5OB

Sinopse:
Dimple Shah has it all figured out. With graduation behind her, she’s more than ready for a break from her family, from Mamma’s inexplicable obsession with her finding the “Ideal Indian Husband.” Ugh. Dimple knows they must respect her principles on some level, though. If they truly believed she needed a husband right now, they wouldn’t have paid for her to attend a summer program for aspiring web developers…right?

Rishi Patel is a hopeless romantic. So when his parents tell him that his future wife will be attending the same summer program as him—wherein he’ll have to woo her—he’s totally on board. Because as silly as it sounds to most people in his life, Rishi wants to be arranged, believes in the power of tradition, stability, and being a part of something much bigger than himself.

The Shahs and Patels didn’t mean to start turning the wheels on this “suggested arrangement” so early in their children’s lives, but when they noticed them both gravitate toward the same summer program, they figured, Why not?

Dimple and Rishi may think they have each other figured out. But when opposites clash, love works hard to prove itself in the most unexpected ways.

Opinião:
Este foi um livro de que gostei bastante. Contado do ponto de vista de duas personagens bastante distintas, Dimple e Rishi, senti-me entretida desde o início até ao fim do livro.

Tanto Dimple como Rishi são indianos. Filhos de pais bastante conservadores, Dimple e Rishi têm maneiras bastante diferentes de lidar com a pressão que lhes é imposta. Dimple vê a tradição como um entrave à sua evolução enquanto pessoa e mulher. Para Dimple a ideia de se casar agora, ainda por cima um casamento arranjado é o oposto de tudo aquilo em que acredita. Dimple quer focar-se na sua carreira, evoluir enquanto programadora, ir para a faculdade, aprender e crescer. Não quer construir uma família para já. Já Rishi vive para a tradição. Sente-se reconfortado e acompanhado por todos os seus antepassados quando faz aquilo que é suposto fazer. Eu consigo perceber o ponto de vista dele, ao seguir a tradição acaba por sentir que faz parte de algo maior que ele, mas como vimos a descobrir esta tendência pode ser mais do que aquilo que parece.

A Dimple e o Rishi não podiam ser mais diferentes. A Rishi é uma pessoa que sabe o que quer, que luta por aquilo que quer e que tenta ser o mais possível fiel a si prórpia. Já o Rishi acaba por se tentar extinguir numa procura constante de tentar agradar aos outros. É através da sua relação com a Dimple que isto começa a mudar. Se bem que ele já tem uma tendência natural para ajudar quem está a sofrer injustiças, a verdade é que estando na companhia da Dimple ele é obrigado a adquirir novas experiências, a descobrir novas partes de si e a saber lutar por aquilo que realmente importa.

O amor deles foi um pouco insta. É verdade que não se apaixonam automaticamente um pelo outro, mas ao fim de poucas horas vemos uma Dimple que já se sente completamente à vontade ao pé dele e que já sente a necessidade de lhe dar a mão e afins. Além disso vê-se que a Dimple perde um bocado o foco quando se começa a aproximar do Rishi. Depois de todos os seus argumentos foi difícil vê-la a deslizar para o papel de "dona de casa" tão facilmente. Acho que a autora a poderia ter feito dar mais luta.

Gostei bastante dos personagens secundários. Cada um entretém o leitor à sua maneira e é impossível não ficarmos satisfeitos em ver o que lhes acontece ao longo da história. Gostei ainda da maneira como a Dimple e o Rishi se conhecem no início da história, simplesmente hilariante!

Um livro de que gostei bastante, que além de um romance fofinho que nos mostra que a vida não é justa, mas que não devemos desistir dos nossos sonhos porque um dia, mais tarde ou mais cedo, acabamos por ser recompensados.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Opinião - Letras Escarlates

Ficha Técnica:
Autor: Anne Bishop
Título Original: Written in Red
Série: Os Outros
Páginas: 495
Editor: Saída de Emergência
ISBN: 9789896377397
Tradutor: Luís Santos

Sinopse:
Ninguém tem a capacidade de criar novos mundos como Anne Bishop, autora bestseller do The New York Times. Nesta nova série somos transportados para um mundo habitado pelos Outros, seres sobrenaturais que dominam a Terra e cujas presas prediletas são os humanos. 

Meg é uma profetisa de sangue. Sempre que a sua pele é cortada, ela tem uma visão do futuro – um dom que mais lhe parece uma maldição. O Controlador de Meg mantém-na aprisionada de forma a ter acesso total às suas visões. Quando finalmente ela consegue escapar, o único sítio seguro para se esconder é no Pátio de Lakeside – uma zona controlada pelos Outros.

O metamorfo Simon Wolfgard sente alguma relutância em contratar a estranha que lhe pede trabalho. Sente que ela esconde algo e, para além disso, ela não lhe cheira a uma presa humana. Algo no seu íntimo leva-o a contratá-la, mas ao descobrir quem a jovem realmente é e que o governo a procura, ele terá de tomar uma decisão. Será que proteger Meg é mais importante do que evitar o confronto que se avizinha entre humanos e Outros?

Opinião:
Que saudades tão grandes de ler Bishop! Nem sei porque raio não li este livro mal ele saiu, mas o facto é que fui arrastando a sua leitura até agora há uns mesinhos atrás. E que boa leitura foi! Anne Bishop nunca me desilude e como muitos sabem, é uma das minhas escritoras favoritas.

Neste Letras Escarlates, a autora apresenta-nos uma nova série, Os Outros, desta feita dentro do estilo fantasia urbana. Aqui conhecemos Meg, uma humana com capacidades especiais, uma cassandra sangue ou profetisa de sangue, alguém que através de cortes precisos na pele, é capaz de tecer profecias. Esta jovem, era tida como propriedade de um homem, denominado de Controlador, alguém que possui um complexo onde mantém cativas profetisas de sangue de modo a vender profecias a potenciais interessados.

Este primeiro volume começa com uma Meg em fuga, que vai parar ao Pátio de Lakeside, local onde "a lei humana não se aplica", território dos Terra Indigene - os Outros.
Os Outros são, nada mais nada menos, que seres metamorfos. Temos os Corvos, curiosos, fascinados por coisas brilhantes, os sentinelas da comunidade; as poderosas Elementais e seus corceis, os Póneis; Ursos robustos, como Henry Beargard; Sanguinati ou vampiros, como o cativante Vlad; Lobos perspicazes e poderosos, como o fascinante Simon Wolfgard; entre outros. 

Neste universo criado por Bishop - Namid - temos por um lado os Terra Indigene, seres que controlam todos os recursos naturais, donos das zonas selvagens, e por outro lado os humanos, possuidores de engenho e tecnologia que os Outros não conseguem produzir. Entre estas duas facções existe, desde tempos imemoriais, uma relação de paz precária, limitando-se ambas as partes a tolerar a existência da outra, apenas por interesse. Uma é vista como alimento e a outra é vista com medo acompanhado de desprezo.
Por isso, existem os Pátios, zonas Terra Indigene dentro de cidades humanas, criadas para os Outros vigiarem os seres humanos  e interagirem com estes.

Foi interessante observar como a chegada de Meg ao Pátio de Lakeside, foi o ponto de viragem para  o início de uma melhoria no relacionamento entre Humanos e Outros. Graças a ela, polícias como Monty e Kowalski, começaram também a servir de intermediários no que toca a problemas que envolvam humanos e Outros.
Contudo, a forma como Meg conquistou estes últimos, a pouco e pouco, foi adorável: dando goluseimas aos ariscos póneis das Elementais; entregando as encomendas, quase esquecidas, do avô Erebus, líder temido dos Sanguinati (que me fez tanto lembar Saetan das Jóias Negras *.*); o tirar o lobacho Sam ao seu longo torpor após ter perdido a sua mãe... Até as Elementais, como Inverno, respeitadas e temidas pelos outros Terra Indigene, se renderam aos seus encantos e travaram amizade com esta humana especial, que não cheira a preza.

Achei linda a amizade entre Meg e Sam. E claro, aquela faísca entre ela e Simon... Adoro ver como este poderoso Lobo, líder do pátio, fica sem saber como se comportar ao pé dela, e é assoberbado por um instinto protector que não compreende.
E Tess? A misteriosa Terra Indigene, que muda o cabelo de cor e seu grau de enrolamento consoante o seu humor, e que ninguém sabe a que espécie pertence? Parece-me que podemos contar com uma revelação e pêras no próximo volume...

Letras Escarlates foi um livro que me deu imenso gosto ler. Encontrei tudo aquilo que contava numa história contada por Bishop: um mundo fantástico, com seres sobrenaturais, personagens bem construídas e cativantes, momentos enternecedores, de acção, mistério, e grande humor, que me fizeram soltar boas gargalhadas. Convenhamos, só o facto de haverem nomes de lojas como "Trincadela" e "Ler e Uivar por Mais" nos fazem soltar um risinho... Típico de Bishop!
Siga o próximo volume!



quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Opinião - The Victorya in My Head

Ficha Técnica:
Autor: Janelle Milanes
Páginas: 400
Editor: Simon Pulse
ASIN: B06ZYQZLKD

Sinopse:
A shy, rule-following teen winds up joining a local rock band in this laugh-out-loud, heartfelt coming-of-age novel.

Victoria Cruz inhabits two worlds: In one, she is a rock star, thrashing the stage with her husky voice and purple-streaked hair. In the other, currently serving as her reality, Victoria is a shy teenager with overprotective Cuban parents, who sleepwalks through her life at the prestigious Evanston Academy. Unable to overcome the whole paralyzing-stage-fright thing, Victoria settles for living inside her fantasies, where nothing can go wrong and everything is set to her expertly crafted music playlists.

But after a chance encounter with an unattainably gorgeous boy named Strand, whose band seeks a lead singer, Victoria is tempted to turn her fevered daydreams into reality. To do that, she must confront her insecurities and break away from the treadmill that is her life. Suddenly, Victoria is faced with the choice of staying on the path she’s always known and straying off-course to find love, adventure, and danger.

From debut author Janelle Milanes comes a hilarious and heartfelt tale of the spectacular things that can happen when you go after what you really want.

Opinião:
Eu queria mesmo muito ter gostado bastante deste livro. Achei que estava bastante bem construído e pensado, contudo não me consegui apegar a ele a nível sentimental.

Victoria é uma rapariga que vive para agradar os pais. Que faz de tudo para tirar boas notas e ser uma menina exemplar, mesmo que isso signifique ser infeliz ou deixar que a monotonia tome conta da sua vida. É apenas quando por impulso se inscreve como vocalista numa banda que a sua vida começar a mudar. Victoria acaba por conhecer uma parte da sua personalidade que estava escondida, torna-se numa pessoa mais confiante. Claro que o caminho não é fácil e muitas vezes existem retrocessos e ela volta a ser a rapariga que era, mas o bichinho da inconformidade está sempre lá.

De um modo geral achei que os personagens estavam bem construídos e que todos tinham personalidades bastante distintas. Não foi só a Victoria que foi evoluindo ao longo da narrativa, também os restantes membros da banda e a sua melhor amiga vão evoluindo e descobrindo novas facetas acerca de si mesmos. Ao mesmo tempo os próprios personagens, principalmente a Victoria, vai percebendo que é fácil julgar os outros, mas que na na maior parte das vezes não conhecemos realmente essa pessoa. Gostei ainda que a autora tivesse a coragem de dizer que quando uma relação acaba a culpa não é desta ou daquela pessoa, é dos dois. E se formos a ver é uma realidade, normalmente a culpa é de ambas as partes e raramente somos capazes de admitir isso.

Como disse anteriormente o livro teria tudo para resultar, se não fosse pelo facto de não me conseguir sentir ligada emocionalmente aos personagens. Este é um aspecto que a autora terá que trabalhar melhor porque de resto o livro foi praticamente impecável. Fiquei apenas um pouco aborrecida porque, tendo em conta a sinopse, esperava ver a Victoria a construir várias cenas na sua cabeça. Contudo isso só acontece uma ou duas vezes. Fiquei também aborrecida devido ao facto de não ter a certeza se estava defronte de um triângulo amoroso que mais tarde realmente se acabou por tornar numa espécie de triângulo amoroso.

Assim sendo considero um livro razoável, mas que podia ter mais sentimento. sou capaz de dar mais uma hipótese à autora.