Ficha Técnica:
Autor: Ken Follett
Título Original: The Pillars of the Earth
Páginas: 498
Editor: Presença
ISBN: 9789722337885
Tradutor: Alice Rocha
Sinopse:
Do mesmo autor do thriller "A Ameaça", chega-nos o primeiro volume de um arrebatador romance histórico que se revelou ser uma obra-prima aclamada pela comunidade de leitores de vários países que num verdadeiro fenómeno de passa-palavra a catapultaram para a ribalta. Originalmente publicado em 1989, veio para o nosso país em 1995, publicado por outra editora portuguesa, recuperando-o agora a Presença para dar continuidade às obras de Ken Follett. O seu estilo inconfundível de mestre do suspense denota-se no desenrolar desta história épica, tecida por intrigas, aventura e luta política. A trama centra-se no século XII, em Inglaterra, onde um pedreiro persegue o sonho de edificar uma catedral gótica, digna de tocar os céus. Em redor desta ambição soberba, o leitor vai acompanhando um quadro composto por várias personagens, colorido e rico em acção e descrição de um período da Idade Média a que não faltou emotividade, poder, vingança e traição. Conheça o trabalho de um autêntico mestre da palavra naquela que é considerada a sua obra de eleição.
Opinião:
Os Pilares da Terra é um daqueles livros de que toda a gente fala. Há muito tempo que ouço louvores relativamente a este autor. No entanto nunca me tinha sentido tentada a dar-lhe uma oportunidade. Foi por mero capricho que me decidi a comprar os dois volumes. Apanhei-os em segunda mão e pensei: Porque não? A verdade é que já à bastante tempo que estavam parados cá por casa. Sendo que ultimamente a maior parte das minhas leituras inserem-se nas categorias de Fantasia e Erótico apeteceu-me desta vez pegar em algo um pouco diferente. E foi assim que finalmente me estreei com Ken Follett. Neste momento a única questão que me coloco é: Porque demorei tanto tempo?
O livro conta-nos a história da construção de uma catedral. Os personagens de certa forma limitam-se a ser os veículos utilizados para contar a história da dita catedral. No entanto não é por isso que o autor se desleixa. Cada personagem está bem definido e caracterizado, no entanto vão-se transformando ao longo da narrativa, sendo que o autor vai vincando determinados traços de cada personagem. Fiquei assoberbada pelo facto de não haver quase personagens que fossem "boas". No geral têm todas um laivo de maldade e são capazes de surpreender com acções completamente inesperadas durante o desenvolvimento da narrativa. O Prior Philip e Tom pedreiro são as únicas que considero terem uma moral e serem pessoas que se regem por aquilo que acreditam e em função dos outros, não tomando propriamente atitudes que apenas sirvam os seus interesses.
O enredo parece bastante simples, mas não é. Em cada palavra ou acção que lê-mos está escondida uma segunda intenção, uma jogada politica, uma traição. E o autor vai-nos mostrando todas as tramóias aos poucos. No entanto o que mais gostei no livro foi a maneira como o autor vai mostrando os acontecimentos pelos olhos dos diferentes personagens. De como personagens que pensávamos não terem importância para a narrativa passam a ter um papel principal no desenvolvimento dos acontecimentos. A maneira como o autor interliga cada personagem é também bastante convincente, nada parece ser deixado ao acaso. O modo como Follett vai passando de um personagem para o outro está também excepcional. Basta que se cruzem na estrada, um simples olhar, e quando damos por isso já estamos a mergulhar na vida dessa nova personagem que para nós seria um simples transeunte.
A maior parte de vocês já sabe que o autor é fantástico, e que os seus livro são obras primas. Agora tenho também a possibilidade de me juntar ao rol de fãs e recomendar o livro por experiência própria.
O livro conta-nos a história da construção de uma catedral. Os personagens de certa forma limitam-se a ser os veículos utilizados para contar a história da dita catedral. No entanto não é por isso que o autor se desleixa. Cada personagem está bem definido e caracterizado, no entanto vão-se transformando ao longo da narrativa, sendo que o autor vai vincando determinados traços de cada personagem. Fiquei assoberbada pelo facto de não haver quase personagens que fossem "boas". No geral têm todas um laivo de maldade e são capazes de surpreender com acções completamente inesperadas durante o desenvolvimento da narrativa. O Prior Philip e Tom pedreiro são as únicas que considero terem uma moral e serem pessoas que se regem por aquilo que acreditam e em função dos outros, não tomando propriamente atitudes que apenas sirvam os seus interesses.
O enredo parece bastante simples, mas não é. Em cada palavra ou acção que lê-mos está escondida uma segunda intenção, uma jogada politica, uma traição. E o autor vai-nos mostrando todas as tramóias aos poucos. No entanto o que mais gostei no livro foi a maneira como o autor vai mostrando os acontecimentos pelos olhos dos diferentes personagens. De como personagens que pensávamos não terem importância para a narrativa passam a ter um papel principal no desenvolvimento dos acontecimentos. A maneira como o autor interliga cada personagem é também bastante convincente, nada parece ser deixado ao acaso. O modo como Follett vai passando de um personagem para o outro está também excepcional. Basta que se cruzem na estrada, um simples olhar, e quando damos por isso já estamos a mergulhar na vida dessa nova personagem que para nós seria um simples transeunte.
A maior parte de vocês já sabe que o autor é fantástico, e que os seus livro são obras primas. Agora tenho também a possibilidade de me juntar ao rol de fãs e recomendar o livro por experiência própria.