terça-feira, 29 de abril de 2014

Opinião - Manual do Iniciado

Ficha Técnica:
Autor: P. C. Cast & Kim Doner
Título Original: The Fledgling Handbook 101
Páginas: 208
Editor: Saída de Emergência
ISBN: 9789896373757
Tradutor: Susana Serrão

Sinopse:
Bem-vindo, iniciado da Casa da Noite, a uma nova vida, a um novo mundo, a um novo eu. Ao começar a tua jornada pelos antigos corredores da Casa da Noite, este Manual indispensável irá ajudar-te na transição de humano para iniciado vampyro. Nestas páginas irás encontrar informação valiosa sobre a história dos vampyros. E compreenderás melhor as transformações do teu corpo, assim como lerás palavras de esperança dos grandes vampyros do passado enquanto recebes os ensinamentos dos rituais. Uma nova vida espera por ti, o teu caminho para esse futuro mágico começa aqui!

Atreve-te a entrar na Casa da Noite.

Opinião:
O meu primeiro comentário a este livro é que é uma excelente arma de arremesso. Com 208 páginas deveria ser levezinho, mas na verdade pesa mais que muitos livros de 800 páginas que já li. Provavelmente por causa da composição das páginas, que são plastificadas. Mas posso garantir que um dos primeiros pensamentos que tive foi que se mandasse com ele à cabeça de alguém o mais provável era matar a pessoa, ou pelo menos deixá-la sem sentidos. Após este pequeno devaneio vamos ao que interessa.

O Manual do Iniciado terá sido criado de modo a contextualizar uma série de conhecimentos que vamos adquirindo enquanto lê-mos os livros, bem como compilar uma série de informação que estará dispersa. Ao mesmo tempo permite-nos visualizar muitas coisas que apenas podemos imaginar, como as runas e os símbolos utilizados em cada casa da noite. Gostei principalmente desta parte. Ou seja, o melhor do livro são mesmo as imagens. As imagens e as histórias, pois mostram-nos de forma detalhada determinados pormenores da história dos vampyros aos quais só tinham havido pequenas alusões. Além disso mostra-nos ainda de onde vêm uma série de rituais que são praticados.

O livro é engraçado e lê-se bem, apesar de não ser nada de especial, mas é um bom complemento à série. Não é que se vá perder realmente algo se não o ler-mos, mas caso seja possível adquiri-lo valerá a pena por todos os pormenores gráficos que nos apresenta.

domingo, 27 de abril de 2014

Opinião - À Boleia pela Galáxia

Ficha Técnica:
Autor: Douglas Adams
Título Original: The Hitchhiker's Guide to the Galaxy
Páginas: 191
Editor: Saída de Emergência
ISBN: 9789728839130
Tradutor: António Vilaça

Sinopse:
Segundos antes da Terra ser destruída para dar lugar a uma auto-estrada inter-galáctica, o jovem Arthur Dent é salvo pelo seu amigo Ford Prefect, um alienígena disfarçado de actor desempregado. Juntos, viajam pelo espaço na companhia do presidente da galáxia (ex-hippie, com 2 cabeças e 3 braços), Marvin (robot paranóico com depressão aguda), e Veet Voojagig (antigo estudante obcecado com todas as canetas que comprou ao longo dos anos). Onde estão essas canetas? Porque nascemos? Porque morremos? Porque passamos tanto tempo entre as duas coisas a usar relógios digitais? Se quer obter estas respostas, estique o polegar e apanhe uma boleia pela galáxia.

Opinião:
Neste momento sinto-me a pessoa mais idiota por nunca ter lido Douglas Adams. Como é que eu pude ignorar durante tanto tempo um autor que é simplesmente genial?

Cada momento desta leitura foi uma aventura alucinante. Cada um dos seus personagens é completamente excêntrico, com personalidades surreais, os acontecimentos descritos pelo autor são inacreditáveis, e no entanto tudo se conjuga na perfeição dando um sentido surpreendente à narrativa. O melhor do livro são simplesmente os diálogos. Completamente surreais e desconexos dão respostas a determinadas questões que nos colocamos todos os dias, respostas essas que não são nada daquilo que estamos à espera, mas que do ponto de vista da narrativa fazem todo o sentido. Adorei o humor do autor. Foi algo que me cativou desde o início. O humor está presente no diálogo de todas as personagens, no entanto este humor adequa-se perfeitamente ao personagem com que estamos a lidar de momento.

Os personagens são simplesmente geniais. Arthur, um simples terráqueo que se vê catapultado para uma galáxia da qual não tinha conhecimento aquando da exterminação do seu planeta é a personagem de certo modo mais "normal" que temos ao longo da narrativa, fazendo o contraponto perfeito para as restantes. Ford Perfect é um viajante intergaláctico que se viu preso na Terra durante mais de 15 anos, o que quase o levou à loucura. É um personagem um pouco obcecado pela "rectidão". Temos ainda direito a conhecer Marvin, um robô completamente depressivo e destrutivo que consegue deixar qualquer um desmoralizado. As situações que surgem devido aos seus eternos monólogos deprimentes são deveras engraçadas. Falta-me apenas falar do presidente Zaphod, um personagem bastante inteligente e bastante estúpido ao mesmo tempo. Isto pode parecer algo contraditório, mas garanto-vos que na narrativa do autor não o é. É simplesmente um facto de que torna o personagem tão interessante.

Basicamente tudo no livro está bem conseguido e cativa o leitor, desde aos cenários apresentados, à acção que se desenrola, a maneira como se desenrola e os personagens criados pelo autor. No final ficou uma grande vontade de seguir para o próximo livro e uma grande tristeza pelo próximo ser o último traduzido para português.

Sunday's Quotes (41)

“I'm the one that's got to die when it's time for me to die, so let me live my life the way I want to.” ― Jimi Hendrix, Jimi Hendrix - Axis: Bold as Love

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Opinião - Tríptico

Ficha Técnica:
Autor: Karin Slaughter
Título Original: Triptych
Páginas: 448
Editor: TopSeller
ISBN: 9789898626288
Tradutor: Pedro Garcia Rosado

Sinopse:
Três pessoas com segredos perturbadores.
Um assassino sem nada a perder.
Quando Michael Ormewood, detetive da Polícia de Atlanta, é chamado à cena de um homicídio num bairro social, depara-se com uma das mortes mais brutais de toda a sua carreira: o corpo de Aleesha Monroe jaz nas escadas de um prédio, numa poça formada pelo seu próprio sangue e horrivelmente mutilado.

Enquanto incidente isolado, este já seria um crime chocante. Mas quando se torna evidente que é apenas o mais recente de uma série de ataques violentos, o Georgia Bureau of Investigation é chamado a intervir — e Michael vê-se obrigado a trabalhar com o agente especial Will Trent, com quem antipatiza de imediato.

Vinte e quatro horas mais tarde, a violência a que Michael assiste todos os dias explode nas traseiras da sua própria casa. Percebe-se, então, que talvez o mistério da morte de Aleesha Monroe esteja indissoluvelmente ligado a um passado que se recusa a ficar esquecido…

Opinião:
Ao ler esta sinopse nada nos prepara para aquilo que vamos encontrar.

A sensação com que ficamos é que a história tem como personagem central o detective Michael Ormewood, na verdade, nada poderia ser mais incorrecto e ao mesmo tempo correcto. A verdade é que inicialmente a história nos começa a ser contada do ponto de vista deste detective, mas cedo nos apercebemos que não é ele que irá fazer a ligação para as próximas histórias que aí hão-de vir. Ao longo do livro vamos conhecendo a história de John, de Will e de Angie. Cada um deles extremamente marcados pelos acontecimentos da sua infância e adolescência.

Além de uma caracterização muito real das suas personagens a autora consegue mergulhar-nos completamente num estado de receio e incerteza. Esta incerteza deve-se ao facto de não conseguirmos perceber qual a natureza real de cada personagem, de há medida que nos vai sendo apresentado o ponto de vista dos diferentes intervenientes todas as conclusões que retiramos começam a ser alteradas e deixamos de conseguir perceber o que é real e o que não é. Para mim este é sem dúvida o maior trunfo da autora.

A partir de uma certa parte da narrativa é fácil de perceber quem é o assassino e como é que tudo vai terminar, e a partir dessa altura senti que a autora estava a enrolar um pouco a história. Achei que poderia ter optado por um percurso mais directo a partir de determinada altura. De qualquer modo esses momentos finais acabaram por se mostrar importantes na medida em que são essenciais para conseguirmos perceber o assassino e o nojo e a aversão que sentíamos por ele ficar ainda mais enraizada em nós. E sem dúvida que a autora consegue que nos sintamos completamente repugnados com o que está a acontecer.

Além de toda a componente policial e thriller presente no livro, podemos ainda discernir uma vertente mais "humana", em que muitas vemos os personagens a lidar com as consequências dos seus actos, bem como a analisar o modo como levam a sua vida e como é que acontecimentos passados interferem com as suas atitudes na actualidade. Gostei de ver este luta das personagens, a tentativa de dominarem os seus demónios.

Recomendo. Irei aguardar para o próximo, tanto para ver no que os personagens se vão meter a seguir, mas também para ficar a conhecer mais dos seus passados.

(Livro lido em parceria com o Segredo dos Livros)

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Opinião - Cultos Inomináveis

Ficha Técnica:
Autor: Robert E. Howard
Páginas: 256
Editor: Saída de Emergência
ISBN: 9789896376222
Tradutor: Susana Clara, José Manuel Lopes, Luís Lamancha e Ana Margarida Canelas

Sinopse:
Os contos lovecraftianos de Robert E. Howard são aqui apresentados numa coletânea onde dominam criaturas que habitam os cantos mais recônditos e negros da Terra, criaturas inomináveis saídas da imaginação de um autor que foi também uma grande influência nos principais mestres de horror. Entre nas ruelas e mansões sombrias de Robert E. Howard e mergulhe na loucura de Chtulhu. Se tiver coragem.

Opinião:
A primeira experiência que tive com este autor foi ao ler os contos do Conan, depois veio o Solomon Kane, e quando soube que a SdE ía publicar este livro de contos do autor sabia que tinha que o ler. É verdade que o tipo de história destes contos não tem nada a ver com aquilo que li até agora do autor, mas senti uma imensa curiosidade sobre este livro após ter lido a sinopse.

Antes de mais não posso deixar de referir a capa. Sei que à primeira vista não parece nada de especial, mas é. Adorei os pequenos detalhes das imagens e achei que estas estavam perfeitamente adequadas ao tom do livro e das histórias. Perdi imenso tempo a observar cada uma e a deliciar-me.

Houve muita coisa que sinto que perdi ao ler os contos. Isto por causa das inúmeras referências que são feitas ao mito de Chtulhu, criado por Lovecraft. Antes, durante e após a leitura do livro dei por mim por diversas vezes a ler referências na internet para melhor conseguir perceber as referências feitas e onde é que encaixava cada história. Além disso senti também a necessidade de conhecer mais profundamente os personagens criados pelo autor. Ficou uma imensa vontade de vir a ler Lovecraft.

Posso dizer de boca cheia que estes contos são os que mais gostei do autor. Sem sombra de dúvida senti-me agarrada desde o primeiro até ao último. O ambiente negro criado pelo autor, a maneira como nos apresenta os mistérios, as situações, os terrores que estão escondidos por esse mundo fora desde tempos imemoriais é simplesmente brilhante e cativante. Não vou falar de cada conto individualmente, não vale a pena. Cada um deles me encantou da mesma maneira e me deixou completamente rendida. Gostei de ver as ligações entre vários deles, e senti-me completamente fascinada por conseguir identificar o mesmo conjunto de seres na sua maioria. Seres esses saídos dos nossos piores pesadelos. O facto de na história os humanos serem seres bastante susceptíveis e sem capacidade para se defenderem (no geral) do mal do mundo está incrivelmente bem explorada. Houve contudo alguns contos que transmitiram um pouco de esperança na humanidade e na sua capacidade para superar determinados desafios.

Após ler este livro só posso dizer que ele merece ser lido. Imediatamente. Do que é que estão à espera?

(Livro lido em parceria com o Segredo dos Livros)

domingo, 20 de abril de 2014

Opinião - A Caixa

Ficha Técnica:
Autor: Richard Matheson
Título Original: The Box: Uncanny Stories
Páginas: 158
Editor: Saída de Emergência
ISBN: 9789896371838
Tradutor: David Soares

Sinopse:
E se lhe dissessem que podia ganhar uma imensa fortuna bastando para isso carregar no botão de uma caixa? Mas ao pressionar esse botão estaria a causar a morte a outro ser humano algures no mundo... alguém que não conhece. Carregaria na mesma no botão? A Caixa é um conto arrepiante sobre tentação e ganância, mas outros contos igualmente inesquecíveis fazem parte desta colectânea de um dos grandes mestres de terror e suspense, o aclamado autor de Eu Sou a Lenda. Os enredos originais e os retratos convincentes de pessoas vulgares enredadas por forças para além do seu controlo, demonstram a razão por que Stephen King considera Richard Matheson a sua maior influência.


Opinião:
O que é que poderei dizer acerca deste livro de contos? Na verdade não muito. É difícil falar de cada conto individualmente, e aquilo que poderia dizer acerca de um posso dizer acerca de todos. Pois todos eles me transmitiram a mesma sensação.

O autor tem a capacidade de nos deixar completamente em suspenso ao longo das suas narrativas. Sendo elas curtas ou longas. Em geral, no início de cada conto, somos confrontados com uma situação pouco explícita, que vai sendo desvendada ao longo da narrativa. A todo o momento senti-mos que estamos a caminhar para um abismo e que o autor não vai parar de nos empurrar até cair-mos por ele a baixo. Não há paninhos quentes com o autor, e de um modo geral as suas histórias não acabam em bem. O autor leva sempre tudo até às últimas consequências, sendo que se algo mau se está a passar não há propriamente um herói para salvar o dia. Simplesmente vai tudo por água a baixo e o autor não nos poupa o coração.

De uma forma geral o conto que mais gostei nem sequer foi o que dá o nome ao livro, mas sim o segundo, Pesadelo a 20.000 Metros de Altitude. Foi o conto que mais angustiada e nervosa me deixou. Toda a loucura que transpira ao longo do conto faz o leitor sentir-se completamente alienado, inseguro e com dificuldade em respirar. Confesso que tenho a sensação que não é a primeira vez que li este conto. Cada virar de página foi como o redescobrir um velho amigo. Não houve uma única ocasião em que isso me fizesse sentir menos apreensiva, pelo contrário. A sensação de que já conhecia o conto e fazia-me sentir ainda mais no limite, na tentativa de me tentar recordar do que aí vinha.

Posto isto só posso ordenar, aos apreciadores do género, que têm que ler este livro. Já.

Sunday's Quotes (40)

“Only enemies speak the truth; friends and lovers lie endlessly, caught in the web of duty.” ― Stephen King

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Mini-Opinião - Tortured e Secrets & Lies

Ficha Técnica:
Autor: Caragh M. O'Brien
Páginas: 32 (Kindle Edition)
Editor: Roaring Brook Press
ASIN: B00633W62I

Sinopse:
“But what about Leon?”
Now, in this new story that bridges the gap between Birthmarked and Prized, Caragh M. O’Brien answers her readers’ most common question with a tale of suffering and determination from Leon’s perspective. Be warned. The story is a spoiler for the first book in the award-winning trilogy.

Opinião:
Gostei deste pequeno conto em que ficamos a saber o que acontece a Leon depois de Gaia escapar ao Enclave. Além disso mostra-nos um pouco mais a relação que existe entre os diferente membros da família. Sinceramente não estava à espera de tanta emotividade por parte da madrasta do Leon. Gostei de a ver a determinação deste personagem em seguir o coração e ir à procura de Gaia. Estou curiosa para ver em que situação se vão voltar a encontrar. Sinceramente gostei mais deste conto do que gostei do livro.

Ficha Técnica:
Autor: Kody Keplinger
Páginas: 87 (Kindle Edition)
Editor: Poppy
ASIN: B00FOSQ0A2

Sinopse:
Kody Keplinger both returns to the halls of Hamilton High and explores new territory in her collection of two e-book exclusive novellas. In these short stories, the author revisits a familiar cast of characters from THE DUFF (Designated Ugly Fat Friend) and A Midsummer's Nightmare. Explore the uniquely teen world of high school drama, secrets, and romantic entanglements from completely fresh perspectives that will intrigue fans of Kody Keplinger and new readers alike.

Opinião:
Em Secrets & Lies revisitamos alguns personagens já conhecidos das obras The Duff e A Midsummer's Nightmare. No primeiro caso é-nos dado a conhecer como é que funciona a cabeça de Cassie e no segundo é-nos dado um vislumbre de uma Bailey crescida.

No primeiro conto vê-mos Cassie a apaixonar-se e o modo como toda esta situação a afecta, tendo em conta que o rapaz de quem gosta é ex-namorado da sua melhor amiga. Gostei do modo como a autora nos apresenta o raciocínio de Cassie e o dito código de raparigas que existe, que todas nós parecemos conhecer tão bem! Gostei dos pequenos momentos partilhados entre Tobi e Cassie e consegui nas poucas páginas que o conto tem ver esta relação a crescer. No entanto o que mais adorei foi sem dúvida a reacção da Bianca quando a Cassie lhe contou. É algo que simplesmente merece ser lido!

Quanto ao segundo conto, a história não está propriamente relacionada com um romance, afinal a Bailey ainda é novita, mas com a capacidade que os miúdos às vezes têm para ser maus uns para os outros. Gostei do modo como a Bailey resolveu a situação, confiando no Nathan e na Whitney e do modo como ultrapassou o medo de partilhar os segredos que tinha guardados. É sem dúvida uma miúda amorosa que acaba por perceber que o mais importante não é como nos vestimos ou com quem nos damos, mas quem somos por dentro.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Opinião - The Duff (Designated Ugly Fat Friend)

Ficha Técnica:
Autor: Kody Keplinger
Páginas: 300 (Kindle Edition)
Editor: Poppy
ASIN: B004P1J20E

Sinopse:
Seventeen-year-old Bianca Piper is cynical and loyal, and she doesn’t think she’s the prettiest of her friends by a long shot. She’s also way too smart to fall for the charms of man-slut and slimy school hottie Wesley Rush. In fact, Bianca hates him. And when he nicknames her “Duffy,” she throws her Coke in his face.

But things aren’t so great at home right now. Desperate for a distraction, Bianca ends up kissing Wesley. And likes it. Eager for escape, she throws herself into a closeted enemies-with-benefits relationship with Wesley.

Until it all goes horribly awry. It turns out that Wesley isn’t such a bad listener, and his life is pretty screwed up, too. Suddenly Bianca realizes with absolute horror that she’s falling for the guy she thought she hated more than anyone.

Opinião:
Adorei! Este foi um daqueles livros sobre o qual tinha um bom pressentimento, mas nunca pensei que viesse a gostar tanto dele como gostei.

Basicamente Bianca tem duas melhores amigas maravilhosas e apesar da ausência da mãe as coisas até não estão más em casa. No entanto de um momento para o outro tudo começa a descarrilar, e é aqui que entre em cena Wesley, o rapaz que Bianca mais detesta. Bianca é completamente cínica, não tem papas na língua, não apára golpes de ninguém e não acredita na maior parte das idiotices que os adolescentes de 17 anos acreditam. E é por todas essas razões que B odeia Wesley, ele representa tudo aquilo que ela detesta nos jovens, além de que (nas palavras dela) ele "fode tudo o que tenha pernas".

No entanto ao longo da narrativa começamos a ver que as coisas não são bem como parecem. Todos nós tentamos fugir de algo na nossa vida, e arranjamos maneiras de ter pequenos momentos de acalmia. No caso da maior parte dos jovens de hoje em dia muitas vezes o sexo é usado como escape para os problemas do dia a dia, e acaba por ser isso mesmo que B e Wesley encontram um no outro, um escape para tudo aquilo que corre mal nas suas vidas. Não digo que o sexo seja solução, mas compreendo o que eles procuram alcançar através do acto em si. Apesar de Bianca ao início tratar as pessoas que têm relações sexuais com várias pessoas como lixo acaba por se aperceber do quão hipócrita está a ser e começa a perceber que não sabe o que se passa na vida de quem a rodeia para que elas tomem determinadas atitudes. Gostei bastante de ver B a ganhar a percepção de determinadas verdades, sem no entanto perder a sua personalidade encantadora que dá vontade a qualquer pessoa normal de lhe apertar o pescoço. Quanto ao Wesley, ele tem o seu encanto, e aos poucos começa também a revelar-se uma pessoa diferente daquilo que nos é apresentado ao início. gostei de ir descobrindo as diferentes facetas deste personagem no decorrer do livro. Bem como consigo perceber perfeitamente como é que ambos se acabaram por um pelo outro.

Mais do que uma "história de amor", este livro é interessante pelo modo como aborda determinadas situações que cada vez mais vemos nos jovens de hoje em dia. Foi um livro que me aqueceu o coração e me fez gostar um pouco mais desta autora.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Opinião - Birthmarked

Ficha Técnica:
Autor: Caragh M. O'Brien
Páginas: 369 (Kindle Edition)
Editor: Roaring Book Press
ASIN: B003GWX8TO

Sinopse:
IN THE ENCLAVE, YOUR SCARS SET YOU APART, and the newly born will change the future.

In the future, in a world baked dry by the harsh sun, there are those who live inside the walled Enclave and those, like sixteen-year-old Gaia Stone, who live outside. Following in her mother's footsteps Gaia has become a midwife, delivering babies in the world outside the wall and handing a quota over to be "advanced" into the privileged society of the Enclave. Gaia has always believed this is her duty, until the night her mother and father are arrested by the very people they so loyally serve. Now Gaia is forced to question everything she has been taught, but her choice is simple: enter the world of the Enclave to rescue her parents, or die trying.

A stunning adventure brought to life by a memorable heroine, this dystopian debut will have readers racing all the way to the dramatic finish.

Opinião:
Neste livro ficamos a conhecer Gaia, uma parteira de apenas de 16 anos que tem como função entregar as três primeiras crianças nascidas em cada mês ao Enclave. Ao início Gaia está mais que satisfeita com o seu papel, afinal sempre lhe disseram e mostraram que as crianças estavam melhor no Enclave do que fora dele, pois do lado de fora da muralha não há regalias e a vida é dura. No entanto tudo muda após o rapto dos seus pais.

Apesar de se verificar um desenvolvimento grande a nível da personagem, esta deixa de ser uma rapariga passiva e submissa para passar a ser alguém que sabe o que quer e luta por isso, esta não me deixou convencida. Senti que faltava profundidade na personagem. A sua transformação foi, a meu ver, muito repentina. Apesar de gostar da Gaia mais activa achei que esta sua atitude não estava muito de acordo com a sensação que a personagem me transmitia. Além disso Gaia esconde-se constantemente atrás da sua cicatriz, negando a quem gosta dela o prazer de gostar dela, pois está constantemente a rebaixar-se.

Leon é um caso completamente diferente. Gostei deste personagem, mas mais uma vez achei-o muito superficial. Penso que a relação e a atracção que ele desenvolve por Gaia surgem do nada. Não achei que houvesse momentos ou acontecimentos entre os dois que causassem a ligação que acaba por se formar entre os dois. Principalmente da parte do Leon, pois a Gaia sente por ele uma espécie de atracção física mais do que outra coisa. A nível de personagens secundárias estas estão relativamente bem conseguidas, e achei que algumas delas tiveram um melhor desempenho do que as personagens principais. Tenho desde já a dizer que o Protectorat e o Mabrother Iris são algo assustadores. Principalmente o segundo, devido a toda a calma e lógica que empregam enquanto são ruins como as cobras.

Outro ponto que me desapontam foi a capacidade descritiva da autora, para mim houve aqui uma falha imensa. Não consegui ao longo de toda a narrativa construir uma imagem mental muito nítida da paisagem dentro e fora do Enclave. Via tudo como que através do nevoeiro, e se há coisa que eu detesto é não conseguir apoiar-me nas descrições dos autores para visualizar o ambiente em que se desenrola a acção.

O que mais gostei no livro e a explicação do que aconteceu e do porquê da entrega das crianças. Bem como o motivo pelo qual a mãe da Gaia foi presa. Gostei que estivesse relacionado com a situação do inbreeding e o acumular de genes recessivos levando à morte de muitos dos bebés e dos adultos. Aqui o verdadeiro problema é a hemofilia. Vê-se que a autora percebe daquilo que está a falar e que tem o cuidado de explicar as coisas de forma a que toda a gente as consiga perceber.

No geral foi uma leitura agradável, mas que não marcou. Irei ler o próximo porque tenho curiosidade em saber o que vai acontecer aos personagens, e tenho esperança de que a minha relação com eles melhore.

domingo, 13 de abril de 2014

Sunday's Quotes (39)

“Two things are infinite: the universe and human stupidity; and I'm not sure about the universe.” ― Albert Einstein

sábado, 12 de abril de 2014

Opinião - Trust in Me

Ficha Técnica:
Autor: J. Lynn
Páginas: 352 (Kindle Edition)
Editor: William Morrow Impulse
ASIN: B00CKOVAV2

Sinopse:
It’s Wait for You as you’ve never seen it. Trust in Me lets you in on Cam’s side of the #1 New York Times Bestselling story.

Cameron Hamilton is used to getting what he wants, especially when it comes to women. But when Avery Morgansten comes crashing into his life – literally – he finally meets the one person who can resist his soulful baby blues. But Cam’s not ready to give up. He can’t get the feisty and intriguing girl out of his head.

Avery has secrets, secrets that keep her from admitting the feelings Cam knows she has for him. Will persistence (and some delicious homemade cookies) help him break down her barriers and gain her trust? Or will he be shut out of Avery's life, losing his first real shot at the kind of love that lasts forever?

Opinião:
Neste livro é nos dado a conhecer a história do romance de Cam e Avery do ponto de vista do Cam. Apesar de muitas cenas já serem nossas conhecidas outras que não tivemos oportunidade de testemunhar são-nos apresentadas trazendo novas subtilezas à história destes dois personagens.

Tenho que admitir desde já que gostei muito mais dos acontecimentos contados do ponto de vista do Cam. Provavelmente devido à sua personalidade e à maneira como a história é contada. Estar dentro da cabeça de Cam foi para mim muito mais interessante do que estar dentro da cabeça da Avery. Gostei que de que nos tenha sido mostrado o quão sensível Cam é relativamente às necessidades da Avery e como ele parece percebê-la tão bem. Saber o nickname que ele dá à Avery desde o dia em que a conhece (shortcake) deixou-me a sorrir o livro todo. Foi fantástico ver o que o leva a ter determinadas acções que já tinhamos presenciado anteriormente. E não foi tão frustrante para mim o facto de ele estar sempre a perdoar a Avery, pois tive uma melhor percepção daquilo que se estava a passar.

Por outro lado foi extremamente gratificante ficar a conhecer um pouco mais o Jase e o Ollie, porque temos acesso a muito mais cenas passadas entre eles. O que nos permite ver o quão chegados eles realmente são e o quão se apoiam mutuamente. Além disso temos ainda oportunidade de conhecer um pouco melhor a família do Cam, principalmente a irmã, que é a protagonista do próximo volume.

Basicamente foi um livro que vem colmatar algumas falhas que senti na história anterior.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Opinião - World After

Ficha Técnica:
Autor: Susan Ee
Páginas: 336 (Ebook Edition)
Editor: Hodder & Stoughton
ISBN: 1444778544

Sinopse:
In this sequel to the bestselling fantasy thriller, Angelfall, the survivors of the angel apocalypse begin to scrape back together what's left of the modern world.

When a group of people capture Penryn's sister Paige, thinking she's a monster, the situation ends in a massacre. Paige disappears. Humans are terrified. Mom is heartbroken.

Penryn drives through the streets of San Francisco looking for Paige. Why are the streets so empty? Where is everybody? Her search leads her into the heart of the angels' secret plans where she catches a glimpse of their motivations, and learns the horrifying extent to which the angels are willing to go.

Meanwhile, Raffe hunts for his wings. Without them, he can't rejoin the angels, can't take his rightful place as one of their leaders. When faced with recapturing his wings or helping Penryn survive, which will he choose?

Opinião:
E uma vez mais Susan Ee conseguiu deixar-me completamente enredada no seu mundo. Este livro tem início exactamente onde o outro terminou, com a Penryn como morta, o Raffe completamente alucinado e a família dela em sofrimento. Mas não é durante muito tempo que esta situação se mantém. Poucas páginas depois a autora já conseguiu arranjar maneira de colocar novos obstáculos no caminho desta personagem impressionante. Uma vez mais quem leva ao despoletar da jornada é Paige. Mas desta vez as coisas são diferentes, a Penryn não consegue ver para lá do exterior da irmã. Não consegue compreender que ela é a mesma pessoa que era antes, e isso abre uma brecha na família, brecha essa que precisa de ser colmatada. É ao longo do caminho que a Penryn se vai apercebendo disso, ainda que há ocasiões em que têm que lho esfregar na cara...

Neste livro pouco vemos do Raffe, em contra partida somos agraciados com a presença da Pooky Bear, a espada do Raffe. Esta funciona basicamente como uma personagem secundária, com sentimentos e estados de espírito e é incrível ver como a autora nos transmite essa ideia. Além disso foi uma maneira excelente de nos mostrar mais acerca de Raffe, da sua maneira de pensar e agir, da sua maneira de estar. Mas não é só a Pooky Bear que é excelente, os gémeos Dee e Dum, e Clara, são personagens que nos deixam completamente presos à narrativa, pelos mistérios que escondem, ou pela força de vontade e o espírito lutador que demonstram.

Há algumas questões que vemos respondidas ao longo da narrativa, mas há muitas questões e dúvidas que vão surgindo ao longo do caminho e que deixam o leitor completamente à deriva e sem qualquer noção sobre qual o caminho que a história vai tomar. Será que o Gabriel está mesmo morto? Será sequer que era suposto a vinda dos anjos à Terra ser uma catástrofe, ou será que há alguém por trás a puxar uns cordelinhos?

Vou esperar ansiosamente pelo próximo livro.

terça-feira, 8 de abril de 2014

Opinião - Legend


Ficha Técnica:
Autor: Marie Lu
Título Original: Legend
Páginas: 296
Editor: ASA
ISBN: 9789892325415
Tradutor: ?

Sinopse:
Outrora conhecida como a costa ocidental dos Estados Unidos, a República é agora uma nação em guerra permanente com as vizinhas, as Colónias.

Nascida numa família de elite num dos distritos mais abastados da República, June, aos quinze anos, é um prodígio militar. Obediente, entusiasmada e dedicada ao seu país, está a ser aperfeiçoada para fazer parte dos círculos mais elevados da República.

Nascido num dos bairros de lata do Setor Lake da República, Day, também com quinze anos, é o criminoso mais procurado da República. Mas talvez os seus motivos não sejam tão maliciosos quanto parecem.

Pertencendo a mundos muito diferentes, não há motivo algum para que os caminhos de June e Day se cruzem - até ao dia em que o irmão de June, Metias, é assassinado, e Day se torna o principal suspeito. Agora, apanhado no derradeiro jogo do gato e do rato, Day corre pela sobrevivência da sua família, enquanto June tenta desesperadamente vingar a morte do irmão.

Contudo, numa reviravolta chocante, os dois descobrem a verdade daquilo que verdadeiramente os levou a encontrarem-se, e a que ponto a nação de ambos está disposta a chegar para manter os seus segredos.

Repleto de ação imparável, suspense e romance, o fascinante primeiro romance de Marie Lu irá certamente comover e arrebatar os leitores.

Opinião:
Se, há um ou dois anos, a moda, na literatura fantástica, eram os vampiros, agora (e cada vez mais) a moda parece ser livros distópicos. A sorte está em encontrarmos um realmente bom, não só a nível de caracterização, mas também de worldbuilding e encadeamento de acontecimentos.

Neste livro, ficamos a conhecer June e Day, duas pessoas muito diferentes, mas ao mesmo tempo bastante iguais. June pertence à elite. É um dos soldados mais jovens da República, com um score perfeito no exame de 1500. Já Day é um delinquente, uma espécie de Robin Wood, que rouba aos ricos para dar aos pobres. O encontro com ele faz com que June aprenda coisas acerca de si mesma e da República que nunca pensou vir a descobrir.

De um modo geral, achei o livro agradável. As personagens estão bem caracterizadas. Tanto June como Day agem de acordo com aquilo em que acreditam, e ambos têm personalidades bastante distintas e que se complementam. Enquanto June tem um personalidade mais revoltada e descontrolada, Day é uma pessoa mais calma, que ajuda os outros e que põe a sua segurança sempre em último lugar. Não é muito normal vermos um criminoso como ele. Relativamente às personagens secundárias, houve umas de que vi muito pouco, mas achei que estavam bem conseguidas, como a Tess e o Metias, e houve outras que, apesar de ter visto muito delas, não me afectaram, como o Tomas. Fiquei um pouco desiludida com a autora, porque, apesar de tudo aquilo que descobrimos e depois de vermos o que realmente é a República, não conseguiu fazer-me odiar por completo este estado e as pessoas que o seguem. Não conseguiu fazer-me odiá-los ao ponto de os querer ver destinados à ruína.

Apesar disso, um dos pontos positivos é a carga emocional do livro. Principalmente o Day, que é um rapaz completamente sentimental, consegue descrever muito bem o que lhe vai na cabeça e no coração, deixando-nos sempre com um sorriso no canto da boca. Já June é mais contida nos seus sentimentos e, só mais para o fim, quando se começa a revoltar, é que temos vislumbres daquilo que sente. Fiquei apenas um pouco triste por não ter sentido a ligação entre June e Day a formar-se. Bem, a autora dá-nos uns momentos em que June olha para Day e vice-versa e se sentem fascinados um com o outro. Mas é mais a nível físico. A nível psicológico, achei que vimos muito pouco do tempo que passaram juntos (enquanto se apaixonavam) e, do pouco que vimos, foram coisas que senti não serem propriamente importantes para estabelecer uma relação. Não é que sinta que duas pessoas como eles não se podem apaixonar. Pelo contrário, compreendo perfeitamente o porquê de serem perfeitos um para o outro. Simplesmente, gostava de ter sentido isso a acontecer...

No geral, é um livro agradável e interessante, mas que não acho nada de extraordinário. Tem umas ideias e personagens engraçadas, mas não sinto que tenha trazido algo de novo. No entanto, vou aguardar pelo próximo.

(Livro lido em parceria com o Segredo dos Livros)

domingo, 6 de abril de 2014

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Mini-Opinião - Free Four: Tobias Tells the Divergent Story and The Transfer

Ficha Técnica:
Autor: Veronica Roth
Páginas: 16 (Kindle Edition)
Editor: Katherine Tegen Books / HarperCollins
ASIN: B008B11K04

Sinopse:
#1 New York Times bestselling author Veronica Roth retells a pivotal Divergent scene (chapter 13) from Tobias's point of view. This thirteen-page scene reveals unknown facts and fascinating details about Four's character, his past, his own initiation, and his thoughts about new Dauntless initiate Tris Prior.

Opinião:
Ao ler este conto fiquei a perceber um pouco melhor o que é que o Four vê na Tris, e por isso mesmo a paixão que ele tem por ela já não me faz tanta confusão. Acho que foi uma opção inteligente da parte da autora mostrar-nos um pouco de como funciona a cabeça do Four, dando uma outra dimensão ao personagem e à hsitória.

Ficha Técnica:
Autor: Veronica Roth
Páginas: 30 (Kindle Edition)
Editor: Katherine Tegen Books / HarperCollins
ASIN: B00DG261BG

Sinopse:
More Four! Fans of the Divergent series by #1 New York Times bestselling author Veronica Roth will be thrilled by "The Transfer," the first of four new short stories told from Four’s perspective. Each brief story explores the world of the Divergent series through the eyes of the mysterious but charismatic Tobias Eaton, revealing previously unknown facets of his personality, backstory, and relationships.

Opinião:
Muito pouco nos é revelado da vida de Four antes de ele escolher qual a facção a que se iria juntar. Neste conto ficamos a conhecer os momentos antes, durante e após este acontecimento. Gostei do modo como a autora nos apresentou as situações e gostei de ver o rapaz que o Four e de perceber como cresceu enquanto personagem. Vou aguardar pelos próximos contos da autora sobre o ponto de vista deste personagem, de modo a poder ficar a conhecer melhor o caminho que percorreu até se tornar em quem é no livro.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Opinião - Divergent

Ficha Técnica:
Autor: Veronica Roth
Páginas: 501 (Kindle Edition)
Editor: Katherine Tegen Books
ASIN: B004CFA9RS

Sinopse:
In Beatrice Prior's dystopian Chicago world, society is divided into five factions, each dedicated to the cultivation of a particular virtue--Candor (the honest), Abnegation (the selfless), Dauntless (the brave), Amity (the peaceful), and Erudite (the intelligent). On an appointed day of every year, all sixteen-year-olds must select the faction to which they will devote the rest of their lives. For Beatrice, the decision is between staying with her family and being who she really is--she can't have both. So she makes a choice that surprises everyone, including herself.

During the highly competitive initiation that follows, Beatrice renames herself Tris and struggles alongside her fellow initiates to live out the choice they have made. Together they must undergo extreme physical tests of endurance and intense psychological simulations, some with devastating consequences. As initiation transforms them all, Tris must determine who her friends really are--and where, exactly, a romance with a sometimes fascinating, sometimes exasperating boy fits into the life she's chosen. But Tris also has a secret, one she's kept hidden from everyone because she's been warned it can mean death. And as she discovers unrest and growing conflict that threaten to unravel her seemingly perfect society, Tris also learns that her secret might help her save the ones she loves . . . or it might destroy her.
 
Opinião:
Da próxima vez que houver histerismo acerca e determinado livro lembrem-me de tapar os ouvidos e falar bem alto para não ouvir nada daquilo que me dizem. Depois de andar a adiar a leitura imenso tempo,e porque o filme está a sair, decidi ler o raio do livro sobre o qual tanta gente andava a falar. Deixem-me só acrescentar uma coisa, nunca mais volto a ver o trailer de um filme baseado num livro sem primeiro ter lido o raio do livro. Mais à frente já explico porquê.

Acerca do mundo distópico que a autora nos apresenta posso dizer que gostei dele. Gostei da ideia das facções, dos desafios que cada iniciado tem que ultrapassar de modo a poder fazer parte da sua nova facção e do que acontece a quem não se consegue integrar. Não digo que concordo, com o que lhes acontece, mas consigo perceber onde a autora quis chegar e ajuda-nos a fazer perceber uma das mensagens que ela quer fazer passar, que é o facto de que o ser humano tem a necessidade de viver em grupo, de formar comunidades. No entanto existem pessoas neste mundo que não são capazes de integrar em nenhuma das facções apresentadas e esses são chamados divergentes. E é aqui que o trailer entra. Depois de o ver tinha ficado com uma ideia do que era ser divergente, e afinal essa ideia está quase completamente errada. E isso deixou-me irritada durante toda a leitura do livro, não gosto de me sentir enganada. Eu sei que a autora não tem culpa do que os cineastas decidem fazer com a sua história, mas a verdade é que foi algo que me afectou.

Passando aos personagens principais. Detesto ser desmancha prazeres, mas não consegui gostar da Tris. A autora tenta pintá-la como uma pessoa altruísta, mas as atitudes dela não me mostram alguém altruísta. Cada vez que a Tris tinha este tipo de atitudes a vibe que eu recebia da personagem era de egocentrismo, de vontade de mostrar que é melhor, de se exibir. Peço desculpa, mas não consegui engolir a ideia que a autora nos tenta transmitir porque as atitudes da personagem não se adequam. ao início até posso dizer que gostava da Tris, mas desde que ela se torna iniciada dauntless começa a mudar, e na minha opinião não é para melhor. Não é que não ache que não seja importante tomar-mos atitudes e mostrar-mos que ninguém nos espezinha, mas a maneira como a Tris o faz deu-me vontade de lhe dar dois pares de estalos. Houve alturas em que ela quase me assustou com os pensamentos que tem acerca de determinadas personagens e acontecimentos.

Quanto ao Four, consegui gostar um pouco mais dele, mas a verdade é que acabamos por ver muito pouco dele, ao fim e ao cabo ele passa muito pouco tempo com a Tris, mas do pouco que vi até gostei dele. No entanto achei todo o afecto que ele tem por ela algo forçado. A atracção dela por ele eu consigo perceber, mas o contrário não. Provavelmente se tiver oportunidade de ler algo do ponto de vista do Four consiga perceber o que ele vê na Tris e o porquê da sua atracção por ela. Quanto aos antagonistas, não houve nenhum que me fizesse realmente ter medo, ou que a autora me tenha feito detestar ao longo da leitura, o que acho que não é muito positivo. Quanto aos personagens secundário, gostei principalmente da mãe da Tris, fiquei surpreendida com os segredos que guarda e daquilo que é capaz. Esta personagem trouxe-me sorrisos por diversas vezes.

Nem tudo é mau, a verdade é que o livro se lê rapidamente. Quando damos por isso já estamos quase a chegar ao fim. No entanto quando terminei a sensação com que fiquei foi de insatisfação e tristeza, pois tinha expectativas tão altas que acabaram por não ser atingidas. Creio que o que menos me fez apreciar a história foi o facto de não me consegui fazer gostar muito da Tris. Pode ser que nos próximos volumes esta situação venha a mudar.