domingo, 30 de março de 2014

Mini-Opinião - Ember

Ficha Técnica:
Autor: Bettie Sharpe
Páginas: 94 (Kindle Edition)
ASIN: B004P1J20E

Sinopse:
Charm is a curse. Love is a fire. This story is no fairytale.

Everyone loves Prince Charming. They have to—he’s cursed. Every man must respect him. Every woman must desire him. One look, and all is lost.

Ember would rather carve out a piece of her soul than be enslaved by passions not her own. She turns to the dark arts to save her heart and becomes the one woman in the kingdom able to resist the Prince’s Charm.

Poor girl. If Ember had spent less time studying magic and more time studying human nature, she might have guessed that a man who gets everything and everyone he wants will come to want the one woman he cannot have.

Warning: This story contains sex, violence, and naughty words. It’s based on a fairytale, but it isn’t for kids. You must be over 18 to read.

Opinião:
Obrigada à Patrícia do Chaise Longue por sem se aperceber me ter dado a conhecer uma autora que fiquei a adorar. Esta é a história da Cinderela, mas contada de uma forma completamente diferente daquilo a que estamos habituados. Aqui a bela orfã não é bela e não é de todo inocente. É uma rapariga que sabe o que quer e que é amiga da sua madrasta e meias irmãs. O príncipe não tem nada de propriamente cavalheiro e charmoso, um pouco pelo contrário. De qualquer modo, a premissa resulta bastante bem e autora conta a história de uma maneira genial. Ember é sem dúvida uma protagonista capaz de nos conquistar com o seu humor e a sua natureza. Uma alma cheia de força e que não se deixa manipular por quem quer que seja. A escrita da autora é deliciosa, e enquadra-se perfeitamente no tipo de história que nos é apresentado. As questões morais levantadas ao longo da narrativa levam-nos a que nos apercebamos que nem tudo o que parece é. O único aspecto que me aborreceu um pouco foi a previsibilidade da história. A partir de um determinado momento é bastante fácil de ver o que vai acontecer a seguir. De qualquer modo a autora faz com que enquanto estamos a ler a história nos consigamos isolar um pouco da sensação que essa previsibilidade nos transmite. Uma autora que irei continuar a ler com gosto.

Sunday's Quotes (37)

“No matter where you go or what you do to distract yourself, reality catches up with you eventually.” ― Kody Keplinger, The DUFF: Designated Ugly Fat Friend

sexta-feira, 28 de março de 2014

Opinião - Cress

Ficha Técnica:
Autor: Marissa Meyer
Páginas: 551 (Kindle Edition)
Editor: Feiwel & Friends
ASIN: B00F1QX7W6

Sinopse:
Rapunzel’s tower is a satellite. She can’t let down her hair—or her guard.

In this third book in the bestselling Lunar Chronicles series, Cinder and Captain Thorne are fugitives on the run, with Scarlet and Wolf in tow. Together, they’re plotting to overthrow Queen Levana and her army.

Their best hope lies with Cress, who has been trapped on a satellite since childhood with only her netscreens as company. All that screen time has made Cress an excellent hacker—unfortunately, she’s just received orders from Levana to track down Cinder and her handsome accomplice.

When a daring rescue goes awry, the group is separated. Cress finally has her freedom, but it comes at a high price. Meanwhile, Queen Levana will let nothing stop her marriage to Emperor Kai. Cress, Scarlet, and Cinder may not have signed up to save the world, but they may be the only ones who can.

Opinião:
É impossível não ter gostado de Cress. Uma vez mais a autora conseguiu tranformar um conto de fadas numa história fenomenal.

Nesta história é-nos apresentada Cress (a nossa Rapunzel) e o seu príncipe (que até já conhecíamos). Gostei bastante da personalidade de Cress, a sua ingenuidade, a maneira como vê o mundo e como sente tudo pela primeira vez. A sua mania de transformar as situações em histórias em que desempenha um papel é extremamente fofa e faz-nos sorrir. A sua relação e obsessão com o Thorne é algo digno de se ver. Eu não acho que o Thorne seja má pessoas, mas acho que a Cress faz dele uma pessoa um pouco mais "estável". Além disso é hilariante vê-los juntos. Desta vez dei-me um pouco mais ao trabalho de tentar discernir os pormenores que reportam para a história da Rapunzel, e acho que devo ter conseguido identificar a maioria.

É-nos apresentada Winter, a personagem principal do próximo e último livro desta saga. Tenho desde já a dizer que a adorei. É completamente e literalmente maluca, mas não tem problemas em admiti-lo e lida com isso da sua própria maneira. Há uma passagem no livro que é deveras assustadora devido à descrição que ela faz do que a rodeia, e foi isso que me fez gostar tanto dela.

Relativamente aos outros personagens, vemos a Cinder a debater-se com aquilo que toda a gente espera dela e o que ela própria quer para ela. Até finalmente se aceitar por aquilo que é. Neste livro temos uma maior proximidade para com Kai e uma melhor percepção daquilo que se está a passar e como é que tudo o está a afectar. Infelizmente não temos muito do Wolf e da Scarlet, se bem que o meu coração se encontre apertado por causa desta personagem. Tenho medo do que lhe possa vir a acontecer.

Apesar de ter gostado bastante do livro este não me satisfez tanto como os anteriores. Achei que apesar de tudo o que aconteceu foi um livro mais parado, um posicionar das peças no tabuleiro de xadrez para o grande final, e que grande final este deve ser. Houve alguns pormenores que achei um pouco forçados, mas que consegui lidar bem com eles. E algumas informações assustadores são-nos apresentadas, sendo que não sei muito bem como é que os protagonistas vão acabar por lidar com elas no futuro.

No final temos direito a uma cena amorosa entre o Kai e a Cinder, algo para nos aquecer a alma, antes de tudo aquilo que pode vir a correr mal. Vou esperar ansiosamente o último livro, que para mal dos meus pecados, só sai para o ano.

terça-feira, 25 de março de 2014

Opinião - Primeiro Amor

Ficha Técnica:
Autor: James Patterson
Título Original: First Love
Páginas: 288
Editor: TopSeller
ISBN: 9789898626295
Tradutor: ?

Sinopse:
Baseado em acontecimentos reais da vida de James Patterson.

Axi Moore era uma aluna aplicada. Mas não gostava de dar nas vistas e não contava a ninguém que o que realmente desejava era fugir de tudo. A única pessoa no mundo em quem confiava era Robinson, o seu melhor amigo, por quem estava secretamente apaixonada.

Quando finalmente decide seguir os seus impulsos e quebrar as regras, Axi convida Robinson para a acompanhar na sua longa viagem. Uma jornada intempestiva, marcada pela paixão oculta e pelo desejo de descobrir o mundo. Mas o que no início era apenas uma aventura livre e despreocupada em breve vai tomar um rumo perigoso e incontrolável. Envolvidos numa sucessão de acontecimentos violentos e dramáticos, os protagonistas são colocados à prova das mais variadas formas. Poderá a primeira grande paixão das suas vidas sobreviver a tudo, até que a morte os separe?

Um romance notável e extraordinariamente comovente, inspirado no próprio passado de James Patterson. Um testemunho impressionante sobre a força do primeiro amor e as suas consequências para o resto das nossas vidas.

Opinião:
Quando li a sinopse deste livro, fiquei curiosa, até porque, apesar de nunca ter lido nada do autor, ouço falar bem dos seus outros livros publicados pela Topseller. Tendo em conta que não me apetecia meter em mais nenhuma série (e sei que este tipo de livro não tem nada a ver com os outros), pensei: porque não? A sinopse parece indicar algo relativamente épico, uma viagem com contratempos, dramatismo, violência e afins. A sensação com que fiquei é que fui completamente enganada.

Talvez o motivo para não ter gostado muito do livro seja o facto de ele não ser propriamente aquilo de que estava à espera, mas não me parece que essa tenha sido a única parcela na equação. Sinceramente, achei as personagens fraquinhas e não consegui sentir qualquer tipo de empatia com elas. Não é a primeira vez que leio um livro em que as pessoas têm uma doença ou passaram por algum problema na sua infância, como abandono ou pais alcoólicos. Caso fosse a primeira vez, poderia dizer que eu sou insensível, mas a verdade é que já li livros com estas características que me fizeram chorar baba e ranho. Por isso, o defeito não é meu.

É um livro com uma história simples, uma escrita simples e uma linguagem simples. Sinceramente, não houve nada que me fizesse sentir agarrada do início ao fim. As páginas passam rapidamente, mas, quando chegamos ao final, a sensação que fica é: "É isto?". Não há muito que eu possa dizer acerca do livro. Ele não é propriamente bom ou propriamente mau, é simplesmente um livro que achei extremamente básico na sua concepção. Estava à espera de mais verdades reveladoras, mas a verdade é que estas não acontecem. Os protagonistas fazem asneiras umas atrás das outras e justificam-no com viver a vida. Não é algo que ache anormal, tendo em conta que hoje em dia os jovens todos pensam assim. Mas, para mim, sempre foi e há de ser estúpida esta atitude de vamos fazer porcaria até cair para o lado, porque não é isso que é aproveitar a vida e o momento.

Não há muito que possa dizer, porque o livro, na verdade, não tem muito por onde se lhe pegar. Vou considerar ler outra obra do autor, para, pelo menos, não ficar com a ideia de que anda toda a gente a tentar enganar-me. Ao fim e ao cabo, todos merecem uma segunda oportunidade.

(Livro lido em parceria com o Segredo dos Livros)

domingo, 23 de março de 2014

Mini-Opinião - Vénus 12

Ficha Técnica:
Autor: Manuel Alves
Páginas: 72
Editor: smashwords
ISBN: 9781310357404

Sinopse:
Na segunda metade do século 21, ciborgues dotados de inteligência artificial são fabricados em Séries distintas. A Série Vénus é destinada a funções sexuais. A C12, a entidade privada mais poderosa do mundo, lidera a exploração comercial da Série Vénus e pretende dominar definitivamente o mercado com o lançamento de um novo modelo, o Vénus 12, que não se limitará a pensar.

Opinião:
E aqui está mais um conto deste autor que passei a admirar. Uma vez mais ele conseguiu deixar-me completamente cativada pelo mundo criado e pelas personagens e suas personalidades. Todo o contexto do VIC e da utilização de robôs para satisfação sexual está bem enquadrado no mundo apresentado. Adorei conhecer a história do Vénus 12 e também adorei conhecer a Ana, uma rapariga cheia de personalidade que pode parecer assustadora, mas que afinal até tem bom coração. Mais uma obra que aconselho.

Sunday's Quotes (36)

“You've gotta dance like there's nobody watching,
Love like you'll never be hurt,
Sing like there's nobody listening,
And live like it's heaven on earth.” ― William W. Purkey

sábado, 22 de março de 2014

Opinião - Wait for You

Ficha Técnica:
Autor: J. Lynn
Páginas: 332 (Kindle Edition)
Editor: Avon
ASIN: B00C3342T2

Sinopse:
Some things are worth waiting for…

Traveling thousands of miles from home to enter college is the only way nineteen-year-old Avery Morgansten can escape what happened at the Halloween party five years ago—an event that forever changed her life. All she needs to do is make it to her classes on time, make sure the bracelet on her left wrist stays in place, not draw any attention to herself, and maybe—please God—make a few friends, because surely that would be a nice change of pace. The one thing she didn’t need and never planned on was capturing the attention of the one guy who could shatter the precarious future she’s building for herself.

Some things are worth experiencing…

Cameron Hamilton is six feet and three inches of swoon-worthy hotness, complete with a pair of striking blue eyes and a remarkable ability to make her want things she believed were irrevocably stolen from her. She knows she needs to stay away from him, but Cam is freaking everywhere, with his charm, his witty banter, and that damn dimple that’s just so… so lickable. Getting involved with him is dangerous, but when ignoring the simmering tension that sparks whenever they are around each other becomes impossible, he brings out a side of her she never knew existed.

Some things should never be kept quiet…

But when Avery starts receiving threatening emails and phone calls forcing her to face a past she wants silenced, she’s has no other choice but to acknowledge that someone is refusing to allow her to let go of that night when everything changed. When the devastating truth comes out, will she resurface this time with one less scar? And can Cam be there to help her or will he be dragged down with her?

And some things are worth fighting for…

Opinião:
Há dias em que nos apetece ler um romance fofinho que nos aqueça o coração e em que as personagens se superem de forma a conseguir viver o seu verdadeiro amor. Já tinha ouvido falar muito bem deste livro a uma blogger que sigo com bastante atenção e por isso decidi pegar nele.

No entanto tenho que admitir que me senti um pouco desiludida. E esta desilusão deriva principalmente da personagem principal. A Avery é uma rapariga que passou por um grande trauma na sua adolescência e ainda hoje toda essa situação lhe traz dissabores. Cam é um rapaz que de certa forma representa aquilo que ela mais detesta, mas que de alguma forma é o completo oposto daquilo que poderia ser. Se houve algo de que gostei foi do modo como a Avery vai deixando aos poucos de ser a rapariga completamente assustada, que não sabe o que é ter amigos e partilhar, que tem medo e foge de qualquer tipo de contacto, para aprender a começar a confiar, a partilhar o seu espaço e a ser tocada. E isso graças maioritariamente à sua relação com Cam, que apesar de tudo é sempre calmo, atencioso e que vai, aos poucos, fazendo com que Avery ultrapasse os seus receios. Tudo isto sem que ela se aperceba propriamente do que está a acontecer. Gostei ainda do facto de que a autora chegando ao fim não faz com que tudo fique bem apenas com um estalo dos dedos. O problema continua lá, e é algo que Avery vai ter que carregar toda a sua vida. Achei que este pormenor dava credibilidade à história.

Os personagens secundários são simplesmente deliciosos! Gostei bastante da Brit e do Jacob, ambos têm personalidades completamente espampanantes que nos divertem e que dão mais vida ao livro. Ao mesmo tempo são importantes no crescimento da Avery. Hei-de ler a história da Brit com o Ollie, e espero sinceramente que a autora pegue no Jacob e escreva o livro dele. Hoje em dia ainda há muitos autores que têm algum receio de escrever cenas gay, espero que a autora arrisque. Tive pena de não conhecer melhor os amigos do Cam, mas provavelmente isso irá acontecer no próximo livro (contado do ponto de vista do Cam).

Apesar de tudo houve algumas coisas das quais não consegui gostar. Apesar da relação do Cam e da Avery ser linda, a Avery passou metade do tempo a irritar-me. Achei-a um bocadinho pãozinho sem sal. Estar traumatizada não que dizer que não possas ter personalidade e achei que lhe faltava alguma. Quanto ao Cam irritou-me um pouco o facto de a Avery lhe estar sempre a dar com os pés do nada, e ele voltar sempre e perdoar-lhe tudo do pé para a mão. Enfim... Houve outra coisa que me deixou um pouco tristonha que foi o facto de a partir de uma altura ser bastante óbvio quem é que andava a mandar mensagens à Avery. Achei que a autora poderia ter criado um pouco mais de suspense.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Opinião - O Tormento dos Céus

Ficha Técnica:
Autor: Ursula K. Le Guin
Título Original: The Lathe of Heaven
Páginas: 180
Editor: Presença
ISBN: 9722331566
Tradutor: Carlos Grifo Babo

Sinopse:
E se, quando acordamos, descobrissemos que os nosso sonhos se tinham tornado reais? George Orr é um homem insignificante, em que ninguém repararia, ao passar. Mas quando Orr descobre que os seus sonhos podem mudar a realidade, começa a ter medo de sonhar, Ao tentar suprimir os sonhos, é enviado, por abuso indevido de medicação, a um psiquiatra que se dedica a investigar os diferentes estados de sono produzidos pela mente. O Dr. Haber, um homem autoconfiante e autocomplacente, que se acha capaz de conhecer e manipular a mente dos seus pacientes, depressa se apercebe de que Orr possui de facto a capacidade de alterar a realidade. Submete-o então a sucessivas experiências com máquinas cada vez mais sofisticadas para conseguir, através dele, alterar o que está mal no mundo, e chegar à criação de um verdadeiro "admirável mundo novo". Orr, porém, acha que toda esta cega manipulação é na verdade aberrante.

A partir deste enredo, Urusla K. Le Guin escreve uma obra-prima de complexidade e subtileza, datada de 1971 mas ainda hoje surpreendentemente actual na sua percepção do mundo relativamente a temas como ambiente, geopolítica, racismo, avanços da medicina e relação de todas estas coisas como o poder.

Opinião:
A par com Neil Gaiman, Ursula K. Le Guin tem-se tornado uma das minhas autoras preferidas. A imaginação da autora é simplesmente soberba, e a maneira como escreve e nos conta as suas histórias deixará qualquer leitor cativado. O Tormento dos Céus não é excepção.

Para mim é sempre difícil falar de um livro desta autora. Existe sempre tanto por dizer, mas quando chega a altura de falar é quase impossível traduzir tudo por palavras. Neste livro Le Guin faz-nos pensar acerca de questões como o racismo, o poder, a despreocupação com o meio-ambiente, mas acima de tudo faz-nos questionar se temos o direito de nos armar em Deus caso essa oportunidade nos seja dada. Se por um lado temos a noção que caso tenhamos a possibilidade devemos contribuir para um mundo melhor, até que ponto devemos interferir à escala global? Será que é correcto mudar-mos o mundo de uma forma completa, mesmo que alguns benefícios sejam encontrados? Ou será que ao fim e ao cabo acabamos por apenas alterar os problemas que havemos de enfrentar? Há certos aspectos da condição humana que não são passíveis de ser alterados, a nossa consciência e o nosso subconsciente fazem parte de quem somos, e a maneira como vivemos e crescemos condiciona-nos e condiciona o nosso pensamento. Assim sendo, tudo aquilo que fazemos para mudar o futuro para melhor adequa-se à nossa perspectiva do que é certo e errado, o que está bem ou mal. Isso é visível no facto de que as sugestões feitas por Haber raramente são levadas à letra, e muitas vezes as realidades não são completamente alteradas, mas sim modificadas de acordo com a maneira de pensar do sonhador.

Todo este dilema interior está bastante bem conseguido com a personagem de Orr, alguém que é completamente neutro, mas que na sua neutralidade encontra a sua força, pois percebe que apesar de ter o poder para mudar o mundo deverá deixá-lo seguir o seu próprio caminho sem o forçar a alterações bruscas e inesperadas.

Não há muito mais que possa dizer acerca deste livro, ele é bastante pequenino, e é difícil colocar os conceitos por palavras. Por isso vão lê-lo, não se vão arrepender.

terça-feira, 18 de março de 2014

TAG - Breaking The Spine


E porque fui "tagada" pela Cláudia do blog Uma Biblioteca em Construção aqui estou eu, muito bem comportada, a responder às 5 perguntinhas desta TAG:

1. Vincas/dobras as lombadas ou preferes manter o livro como novo? 

Vincar? Dobrar? Desconheço o significado dessas palavras aplicadas ao contexto físico de livro. Elas existem sequer? Para mim dobrar ou vincar uma lombada é um acto completamente atroz, que já me fez ter imensas birras, chorar baba e ranho e gritar com toda a gente que me aparecesse à frente (sim, sou um bocadinhooo alucinada).

2. Para quem não gosta de lombadas dobradas, já o fizeram acidentalmente? 

Já. E tenho vontade de cortar os pulsos cada vez que acontece. Normalmente acontece-me mais em livros algo volumosos e nos mass market paperback. Querer livros baratos e portáteis tem o seu inconveniente...

3. Se comprares um livro usado em que a lambada venha dobrada, como te sentes?

Depende da situação. Se for um livro que queira mesmo muito e que não consiga encontrar em mais lado nenhum acabo por aceitar a situação e mentalizo-me que a lombada dobrada é sinal de história e antiguidade. Se forem livros que eu compro só para acabar colecções, livros pelos quais já não tenho muito interesse, provavelmente também não me importo que estejam ligeiramente dobrados. Fora destas situações, quero livros sem estarem estragados.

4.Concordas ou discordas que um livro com a lombada estragada é um livro amado? 

Tal como a Cláudia respondeu originalmente depende da situação. Eu acredito que um livro que tem a lombada dobrada pode contar duas histórias, ou quem o leu não soube ter cuidado com ele, ou é um livrodo qual gostamos tanto, que o lemos vezes sem conta e o queremos mostrar a toda a gente o que acaba por estragar a lombada. Os meus livros raramente estão estragados na lombada, até porque eu não abro os livros na totalidade para os ler (já me chamaram doente), principalmente se for um livro que realmente goste. No entanto tenho um problema muito grande, gosto de ler várias vezes determinadas passagens de determinados livros, o que leva a que fiquem vincados na lombada. Assim sendo concordo com a afirmação, mas não acho que seja uma verdade absoluta.

5. Como as lombadas nos hardbacks são mais difíceis de estragar ou nota-se menos, preferes comprar hardbacks ou paperbacks

Paperbacks. Se calhar se for um autor que venere, ou um livro especial que queria comprar compro o hardback. No entanto a tendência é para o paperback, afinal é mais leve e desde que tenhamos algum cuidado males de lobada são possíveis de evitar. 

domingo, 16 de março de 2014

Sunday's Quotes (35)

“There is only one god and his name is Death. And there is only one thing we say to Death: “Not today.”” ― George R.R. Martin, A Game of Thrones

sábado, 15 de março de 2014

Mini-Opinião - O Mundo de Rocannon

Ficha Técnica:
Autor: Ursula K. Le Guin
Título Original: Rocannon's World
Páginas: 168
Editor: Livros do Brasil
ISBN: ?
Tradutor: Eurico Fonseca

Sinopse:
uma obra de Urusla K. Le Guin é sempre um hino è liberdade e à dignidade humana. O Mundo de Rocannon não podia ser uma excepção. É a história de um pacífico planeta, povoado por humanóides de pele escura e cabelos dourados, em que o antropólogo Rocannon trabalha calmamente - até que o planeta é invadido por forças com uma tecnologia superior, que os nativos de modo algum podem igualar. O único factor que os invasores não tomaram em conta é a presença de Rocannon. Reunindo os nativos, ele consegue voltar o poder do inimigo contra as suas próprias forças, provando que a tecnologia da guerra nada pode contra a coragem e o amor pela liberdade.

Opinião:
Tendo em conta o tamanho do livro esta opinião traduz-se mais numa mini-opinião do que outra coisa. Sinceramente não há muito a dizer acerca do livro, temos o herói e a sua companhia de amigos que vão em busca dos maus para os derrotar, sendo que estão em desvantagem pois são poucos e as suas armas rudimentares ao contrário da situação em que os seus inimigos se encontram. Sim, esta história é um completo cliché, mas a maneira como a autora a conta torna-a única. Não há cá passagens onde a autora enrola e ao longo de todo o livro há aquela sensação de tragédia, o que agrada ao leitor. Houve pequenos pormenores que acho que poderiam ter sido melhor fundamentados, mas no geral é uma história agradável e que se lê rapidamente. Há quem fale um pouco mal das traduções da Argonauta, mas não a achei pior do que muitas traduções e revisões que tenho visto ultimamente. Mais um livro de Le Guin que recomendo sem reservas.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Opinião - Tenho o Teu Número

Ficha Técnica:
Autor: Sophie Kinsella
Título Original: I've Got Your Number
Páginas: 320
Editor: Quinta Essência
ISBN: 9789897260988
Tradutor: Maria João Vieira

Sinopse:
Dez dias antes do casamento, Poppy perde o anel de noivado. Desesperada, Poppy começa a telefonar a toda a gente para pedir ajuda e alguém lhe arranca o telemóvel da mão! Também o roubaram! Como irão agora avisá-la se encontrarem o anel? E, imediatamente, Poppy vê um telemóvel num caixote do lixo, um telemóvel abandonado de que ela precisa urgentemente. Poppy dá o seu novo número a todos os amigos e também atende as chamadas recebidas e lê as mensagens endereçadas à anterior proprietária, a secretária (que acaba de se demitir) de Sam Roxton, um empresário importante. Enquanto continua à procura do anel, Poppy mantem-se em contacto com Sam Roxton, o novo proprietário do telefone. Sam vai deixá-la ficar com o aparelho, desde que ela lhe reencaminhe todas as mensagens que receber, mas às vezes Poppy responde por Sam em assuntos profissionais e também pessoais. Não se contém. Sam também começa a opinar sobre a vida de Poppy, o seu casamento, sobre os sogros e até sobre o noivo, que talvez, não seja tão maravilhoso como ela pensava.

Opinião:
Poppy parece ter saído na rifa ao azar. Não só perdeu o anel de noivado a 10 dias do casamento, como ainda por cima lhe roubaram o telemóvel onde esperava receber informações caso este fosse encontrado. Mas nem tudo está perdido, pois encontra um telemóvel num caixote do lixo e este torna-se a sua salvação.

Este não é propriamente um livro que fica na memória durante um longo tempo ou que marca especialmente o leitor. No entanto não deixa de ser uma leitura agradável e que serve para desanuviar quando se acabou de ler um livro mais pesado ou quando precisamos de uma leitura mais leve para descontrair.

Poppy é basicamente uma rapariga que parece ainda não ter saído da adolescência, não que tenha atitudes idiotas, simplesmente lembra aquelas miúdas mais envergonhadas e que de certa forma se deixam subjugar, dizendo sempre que sim a tudo e achando que conseguem certos feitos mais por sorte que por mérito próprio. Já Sam é exactamente o contrário. Sabe o que quer, não tem papas na língua, nem sequer tenta agradar às pessoas. Limita-se a ignorar todos aqueles que o rodeiam sem se preocupar com os seus sentimentos, ou mesmo tentar conhecê-los. Estes são os personagens principais, e encontram-se bem caracterizados e conseguidos. Já os personagens secundários achei-os extremamente fracos. A caracterização que Poppy faz das suas amigas e dos familiares do seu noivo pretendem dar a conhecer os mesmos. Mas as palavras não são suficientes, há que caracterizar as personagens com acções, e nesse aspecto a autora falha um pouco.

O mais engraçado do livro é sem dúvida as interacções entre Sam e Poppy, a maneira como aos poucos se vão conhecendo melhor, se vão aceitando e se vão transformando em pessoas melhores através do convívio mútuo. Poppy começa a tornar-se uma mulher mais determinada e capaz sem medo de enfrentar os outros e Sam começa a dar mais atenção às pessoas e aos pormenores, tornando-se mais liberto e mais afectuoso. A maneiro como o seu relacionamento se vai aprofundando e crescendo está bem conseguida, com um passo calmo que nos permite ir observando as pequenas mudanças.

Das poucas coisa que realmente não gostei no livro foi do constante Ai meu Deus! de Poppy, principalmente ao início torna-se bastante irritante. Posteriormente torna-se mais fácil lidar com esta expressão pois começa a aparecer com mais raridade.

Um livro engraçado, que serve para descontrair, mas que apesar de ter gostado não me deixou fã da autora.

(Livro lido em parceria com o Segredo dos Livros)

domingo, 9 de março de 2014

Sunday's Quotes (34)

“If you trust yourself, any choice you make will be correct. If you do not trust yourself, anything you do will be wrong. - Kung Fu, The Legend Continues” ― David Carradine

sábado, 8 de março de 2014

Opinião - A Vida de Pi

Ficha Técnica:
Autor: Yann Martel
Título Original: Life of Pi
Páginas: 321
Editor: Presença
ISBN: 9789722344876
Tradutor: António Pescada

Sinopse:
Publicado em Portugal pela Difel em 2003, A Vida de Pi valeu a Yann Martel o Man Booker Prize de 2002, entre outros prémios, e figurou como bestseller do New York Times durante mais de um ano. Sete anos após a primeira edição, a obra ocupa a 74ª posição no top de ficção da Amazon americana e o 99º lugar na tabela de vendas da amazon inglesa. A Vida de Pi encontra-se publicada em mais de 40 países.

Quando Pi tem dezasseis anos, a família decide emigrar para a América do Norte num navio cargueiro juntamente com os habitantes do zoo. Porém, o navio afunda-se logo nos primeiros dias de viagem. Pi vê-se na imensidão do Pacífico a bordo de um salva-vidas acompanhado de uma hiena, um orangotango, uma zebra ferida e um tigre de Bengala. Em breve restarão apenas Pi e o tigre.

Opinião:
Apesar de só agora estar a publicar a minha opinião, este livro foi lido em Fevereiro para os desafios 2014 Monthly Motif Reading Challenge e Monthly Key Word 2014.

O filme do livro foi visto já há algum tempo, mas a verdade é que ainda me lembro de bastantes aspectos do mesmo. Foi com algum receio que comecei a ler o livro, pois como qualquer leitor tive receio de ficar extremamente decepcionada ou aborrecida com o livro (afinal já vi o filme), ou então ficar a pensar que o filme deixava muito a dever ao livro. No geral achei que ambos se complementam.

É um livro sobre o qual não há muito a dizer. Não quero com isto dizer que o livro é mau ou deixa a desejar. Simplesmente não há propriamente uma história que possamos contar ao ler o livro. Ele é basicamente a junção de pensamentos desconexos de alguém que viveu durante muito tempo no mar, tendo apenas como companhia um tigre. Inicialmente é-nos apresentado Pi, e a sua maneira de lidar com o mundo. Gostei principalmente do seu equilíbrio. Da aceitação que demonstra para com as três religiões que segue, como dentro dele conseguiu harmonizar todos os ensinamentos, porque mais importante do que definirmos a nossa religião é perceber que o importante é estar grato a "Deus", é amá-lo incondicionalmente.

Posteriormente entramos na parte do naufrágio. Foi desta parte que mais gostei. Os pensamentos desconexos, as descrições dos momentos passados no mar. A capacidade de adaptação do ser humano para com as condições adversas, e a necessidade de companheirismo em qualquer das suas formas estão constantemente presentes ao longo da segunda parte do livro. A maneira como o autor nos vai apresentando os acontecimentos e os pensamentos de Pi deixa o leitor completamente agarrado durante o seu percurso no mar. E apesar de a história ser muito pouco provável, a verdade é que aos nosso olhos nos parece real.

A terceira parte do livro é basicamente os acontecimentos após Pi ter conseguido chegar ao México, não achei nada de impressionante nesta parte, mas gostei bastante dos dois japoneses que foram entrevistar o nosso pequeno sobrevivente. Ao longo do livro temos ainda pequenos vislumbres da vida actual de Pi, e da maneira como o escritor vê o personagem. é gratificante ver como ele conseguiu refazer a sua vida, mas mais que isso é gratificante ver como o rapaz que ele foi e o homem que é vivem através das mesmas bases. São feitos do mesmo material. Muita coisa poderia ter dado errado, mas com o seu jeito de amar e o facto de aceitar o que não pode ser mudado o personagem acaba por encontrar paz na sua vida adulta.

Uma história que merece ser lida.

terça-feira, 4 de março de 2014

Opinião - Cross My Heart, Hope to Die & Seven Minutes in Heaven

Ficha Técnica:
Autor: Sara Shepard
Título: Cross My Heart, Hope To Die e Seven Minutes in Heaven
Páginas: 336 e 371 (Kindle edition)
Editor: HarperTeen
ASIN: B0089LOMF6 e B009NFFUIA

Sinopse:
Cross My Heart, Hope to Die is the fifth title in the suspenseful and twisted Lying Game series by Sara Shepard, author of the #1 New York Times bestselling series Pretty Little Liars.

Ever since Sutton Mercer's murderer tricked her long-lost twin, Emma, into coming to Tucson, Emma has been trying to solve the mystery of Sutton's death. And now someone else is back in town—Becky, Sutton and Emma's birth mother. As Emma gets closer to discovering what exactly happened the night Sutton was killed, she learns that Becky isn't all that she seems. Turns out Sutton wasn't the only Mercer girl with dark secrets...



Seven Minutes in Heaven is the nail-biting conclusion to Sara Shepard's killer series, The Lying Game. Like her #1 New York Times bestselling Pretty Little Liars books, The Lying Game has also been adapted into an ABC Family TV show.

Sutton Mercer had the perfect life, great friends, and a gorgeous boyfriend…until someone murdered her. Then the killer forced Sutton's long-lost twin sister, Emma, to pretend to be her.

Now Sutton can only watch from beyond the grave as Emma frantically tries to figure out who killed her sister, and why. But when Sutton's body is discovered, Emma's time is up—and she becomes the number-one suspect herself.

In this final volume of The Lying Game, Emma learns the chilling truth about her sister's murder…but the killer will do whatever it takes to make sure Emma never breathes a word.

Opinião:
Decidi comentar os dois últimos livros numa única opinião pois li-os de seguida e assim é mais fácil para mim organizar ideias.

Tenho desde já a dizer que adoro o título do quinto livro. Adoro a expressão utilizada. Não sei porquê, mas fascina-me. Este livro mantém-se ao mesmo nível dos outros. Após as revelações do livro anterior Emma tem uma nova pista sobre que poderá ser o assassino da sua irmão. No entanto nem tudo corre como esperado, e mais um peso é colocado sobre os ombros de Emma. Esta vai passar a sentir-se extremamente culpada por algo que irá acontecer, o que a vai levar cada vez mais numa espiral de medo e premência na resolução do crime da sua irmã.

Relativamente ao último livro tenho a dizer que foi um final perfeito. É um livro mais emocional que os anteriores, onde muita lágrima é derramada e o próprio leitor fica comovido com determinadas situações que vão aparecendo ao longo da narrativa. E este foi o ponto do livro que mais gostei, o facto de me ter feito lacrimejar quase desde o início até ao fim. Mais uma vez Emma tem um possível suspeito, contudo quase no fim ficamos a saber que é realmente o verdadeiro assassino, tenho a dizer que fiquei de queixo caído. Tudo aquilo que eu pensava que tinha um determinado sentido passou a ter outro completamente diferente. Além disso a autora demonstrou ter jeito para criar personagens completamente psicopatas e amorais. Contudo não foi só o resolver do mistério que foi emocionante. O próprio final do livro e a despedida de Sutton tocam bastante o leitor e a autora escreveu uma bela cena de despedida.

No geral é uma série mediana com um final fantástico. Não posso deixar de comparar os livros à série televisiva, mas posso dizer que gosto muito mais dos livro do que da série. Não foi propriamente uma leitura fantástica, mas posso dizer que gostei de conhecer estes personagens, vê-los amadurecer e descobrir com a Emma quem era o sociopata que matou a Sutton e que fazia dela gato sapato. Uma série que recomendo.

domingo, 2 de março de 2014