Ficha Técnica:
Autor: Robin Hobb
Título Original: Golden Fool
Páginas: 364 e 372
Editor: Saída de Emergência
ISBN: 9789896373535 e 9789896373801
Tradutor: Jorge Candeias
Sinopse:
Os Dilemas do Assassino
O seu nome é murmurado com temor e respeito.
A sua figura move-se nas sombras da noite e das políticas.
Acaba de salvar o herdeiro do reino. Mas será suficiente?
Depois de salvar o príncipe das garras dos pigarços e de sofrer a mais devastadora perda possível ao fazê-lo, o lendário assassino regressa ao lugar a que em tempos chamou lar. Aí, esperam-no dias difíceis de adaptação, mas também o esperam oportunidades, velhos e novos amigos e até um filho adolescente. E espera-o também um príncipe, do seu sangue sem que o saiba, dotado com as magias desse sangue mas sem conhecimentos para lidar com elas, e prometido a uma princesa estrangeira. Como irá Fitz lidar com todos os desafios que o aguardam em Torre do Cervo? Que soluções encontrará para os seus dilemas?
Sangue do Assassino
Apesar de profundamente enredado nos seus conflitos pessoais, o Assassino tem de preparar uma expedição infalível às Ilhas Externas. Para isso há que ensinar ao príncipe dos Seis Ducados tudo o que conseguir sobre as duas magias - duas misteriosas e temidas magias inerentes ao sangue que ambos partilham. Mas na vida de Fitz nada é fácil, e o seu próprio desconhecimento de muito do que diz respeito a essas magias pode ter consequências catastróficas, tanto para si como para o herdeiro… e, em última instância, para o próprio reino.
Mas as ameaças não se ficam por aí: quem são realmente aqueles estranhos vilamonteses que apareceram inesperadamente em Torre do Cervo? E os manhosos, que resultará dos seus conflitos internos e que atitude tomará a respeito deles a coroa dos Seis Ducados?
Opinião:
Visto que li os dois livros seguidos e que no original eles são um único decidi juntar as duas partes portuguesas numa única opinião.
Os Dilemas do Assassino começa pouco depois da chegada da Narcheska aos Seis Ducados. Nesta altura ainda Fitz luta contra a dor e o luto de ter perdido Olhos-de-Noite. Esta é uma dor difícil de explicar e explorar, se bem que a autora tenta fazer-nos perceber tudo aquilo porque Fitz está a passar utilizando uma linguagem algo poética. Infelizmente a Fitz não lhe é dada propriamente a possibilidade de carpir as suas mágoas. Uma vez mais o reino precisa da sua ajuda e assim sendo Fitz trata de se tornar naquilo que precisam dele.
Uma vez mais muitas coisas acontecem durante o decorrer deste dois livros, sendo que cada vez mais perigos e intrigas são adicionados àqueles que já conhecemos. Neste caso à ameaça dos pigarços vem-se juntar a dúvida sobre as verdadeiras intenções da Narcheska e o medo do desafio que ela lança mais para o final da história. Outras variáveis entram na equação, nomeadamente o povo de que pretendem a ajuda dos Seis Ducados na sua guerra contra Calcede, e também o dragão Tintaglia que apesar de neste momento ainda não desempenhar um papel proeminente com certeza o virá a ter. Para finalizar Fitz tem ainda sobre si o peso de ser o actual Mestre do talento, sendo que está encarregado de ensinar tanto o Príncipe Respeitoso, como Breu e Obtuso, enquanto tenta que Urtiga continue sem saber o que representa realmente a capacidade que tem de moldas os sonhos.
Se bem que durante a narrativa somos defrontados com bastantes momentos de acção o forte da história continua a ser o mesmo. A capacidade que a autora tem para criar personagens tão reais. A sua capacidade para tornar as suas interacções algo que nos agarra e não nos larga mais. As dúvidas e incertezas de Fitz tocam o leitor de uma maneira inimaginável sendo que é impossível ficar indiferente ás suas dúvidas, à sua angústia e à sua felicidade. Como será de esperar as interacções mais carregadas de significado e profundidade são aquelas que ocorrem com o Bobo. Contudo é extraordinário ver o modo como Fitz tenta desempenhar o seu papel de pai de uma forma distante, ou como tenta ser para Respeitoso o amigo e a família que ele pensou nunca ter. Ou como começa a fazer frente a Breu quando achas que as decisões deste não são as mais correctas. Denota-se uma evolução na maneira de estar e agir de Fitz. Nota-se que ao longo da narrativa este se torna mais estável apesar de todas as dúvidas que tem, sendo que a sua maior falha talvez seja esconder de Urtiga quem ela realmente é e a verdade sobre aquilo que ela é capaz de fazer.
Além disso novas personagens são-nos apresentadas, nomeadamente Teio, que ficamos a conhecer como consequência de uma reunião entre Manhosos e Ketricken. Teio é um personagem bastante peculiar, que parece ser dono de uma grande sabedoria e capacidade para inspirar confiança e paz aqueles que o rodeiam. Parece ser especialmente uma pessoa bastante conhecedora das tradições e do que significa ser Sangue Antigo, o que considero bastante importante para que tanto o leitor como os personagens que não têm esse conhecimento possam ficar a conhecer melhor o que significa realmente ser-se Manhoso.
Fica o desejo de ler o mais breve possível a continuação da história. Saber o que há-de acontecer entre Fitz e o Bobo, saber se existe realmente um Dragão enterrado no gelo e qual seria a decisão de Fitz quando o encontrar, saber quais os motivos que levam a Narcheska a ir para a frente com o casamento quando é claro que é algo que a mesma não deseja. Tantas questões que quero ver esclarecidas rapidamente.
Os Dilemas do Assassino começa pouco depois da chegada da Narcheska aos Seis Ducados. Nesta altura ainda Fitz luta contra a dor e o luto de ter perdido Olhos-de-Noite. Esta é uma dor difícil de explicar e explorar, se bem que a autora tenta fazer-nos perceber tudo aquilo porque Fitz está a passar utilizando uma linguagem algo poética. Infelizmente a Fitz não lhe é dada propriamente a possibilidade de carpir as suas mágoas. Uma vez mais o reino precisa da sua ajuda e assim sendo Fitz trata de se tornar naquilo que precisam dele.
Uma vez mais muitas coisas acontecem durante o decorrer deste dois livros, sendo que cada vez mais perigos e intrigas são adicionados àqueles que já conhecemos. Neste caso à ameaça dos pigarços vem-se juntar a dúvida sobre as verdadeiras intenções da Narcheska e o medo do desafio que ela lança mais para o final da história. Outras variáveis entram na equação, nomeadamente o povo de que pretendem a ajuda dos Seis Ducados na sua guerra contra Calcede, e também o dragão Tintaglia que apesar de neste momento ainda não desempenhar um papel proeminente com certeza o virá a ter. Para finalizar Fitz tem ainda sobre si o peso de ser o actual Mestre do talento, sendo que está encarregado de ensinar tanto o Príncipe Respeitoso, como Breu e Obtuso, enquanto tenta que Urtiga continue sem saber o que representa realmente a capacidade que tem de moldas os sonhos.
Se bem que durante a narrativa somos defrontados com bastantes momentos de acção o forte da história continua a ser o mesmo. A capacidade que a autora tem para criar personagens tão reais. A sua capacidade para tornar as suas interacções algo que nos agarra e não nos larga mais. As dúvidas e incertezas de Fitz tocam o leitor de uma maneira inimaginável sendo que é impossível ficar indiferente ás suas dúvidas, à sua angústia e à sua felicidade. Como será de esperar as interacções mais carregadas de significado e profundidade são aquelas que ocorrem com o Bobo. Contudo é extraordinário ver o modo como Fitz tenta desempenhar o seu papel de pai de uma forma distante, ou como tenta ser para Respeitoso o amigo e a família que ele pensou nunca ter. Ou como começa a fazer frente a Breu quando achas que as decisões deste não são as mais correctas. Denota-se uma evolução na maneira de estar e agir de Fitz. Nota-se que ao longo da narrativa este se torna mais estável apesar de todas as dúvidas que tem, sendo que a sua maior falha talvez seja esconder de Urtiga quem ela realmente é e a verdade sobre aquilo que ela é capaz de fazer.
Além disso novas personagens são-nos apresentadas, nomeadamente Teio, que ficamos a conhecer como consequência de uma reunião entre Manhosos e Ketricken. Teio é um personagem bastante peculiar, que parece ser dono de uma grande sabedoria e capacidade para inspirar confiança e paz aqueles que o rodeiam. Parece ser especialmente uma pessoa bastante conhecedora das tradições e do que significa ser Sangue Antigo, o que considero bastante importante para que tanto o leitor como os personagens que não têm esse conhecimento possam ficar a conhecer melhor o que significa realmente ser-se Manhoso.
Fica o desejo de ler o mais breve possível a continuação da história. Saber o que há-de acontecer entre Fitz e o Bobo, saber se existe realmente um Dragão enterrado no gelo e qual seria a decisão de Fitz quando o encontrar, saber quais os motivos que levam a Narcheska a ir para a frente com o casamento quando é claro que é algo que a mesma não deseja. Tantas questões que quero ver esclarecidas rapidamente.