Ficha Técnica:
Autor: L. C. Lavado
Páginas: 590
Editor: Marcador
ISBN: 9789898470867
Sinopse:
“Todos ficam sujos de sangue e há sempre alguém que morre.”
Este é o lema de Danton.
Filho de dois poderosos feiticeiros, inimigos de séculos, a existência de Danton é apenas mais um golpe de guerra entre os pais. Criado e aperfeiçoado por Amauri e Goulart, é temido por todos, incluindo os próprios.
Em Lisboa, uma misteriosa Caixa detém um poder que a família Santa-Bárbara guarda há gerações.
Isadora é a última descendente de uma linhagem de Paladinos, herdeira solitária de um império cultural e um legado que desconhece. Ela e o tio, Garrett, são tudo o que resta para proteger este grande segredo.
Mas Danton está decidido que é chegada a hora do poder da Caixa lhe pertencer, e as vidas dos Santa-Bárbara vão alterar-se para sempre.
Feitiçaria, magia, segredos e uma história de amor inesquecível, percorrem alguns dos lugares mais conhecidos de Lisboa e a zona mais sinistra de Paris.
O passado colide com o presente e tudo acontece… mas não como todos esperam.
Pela escritora revelação da fantasia urbana portuguesa.
Uma história cativante que vai fazer as delícias dos leitores mais exigentes.
Opinião:
Ouvi falar bastante bem deste livro, e sendo escrito por uma autora portuguesa, mais tarde ou mais cedo sabia que o teria que ler.
No geral é um livro bastante bom. Nota-se que é um primeiro livro, mas nota-se também um grande potencial na autora, potencial esse que sendo trabalhado iria tornar os seus futuros livros ainda melhores e mais coesos.
Houve vários aspectos que gostei no livro e outros que me deixaram um pouco desiludida, como de certo modo seria de esperar. Contudo o balanço final foi positivo. Gostei bastante dos personagens e das suas personalidades. Principalmente Isadora, vê-se um grande crescimento desta personagem a nível de personalidade. Enquanto que ao início a Isadora é uma pessoa bastante calma e distanciada da vida, ao longo do livro vemos como ela se vai abrindo mais para os outros, como começa a viver mais os seus sentimentos e deixa de se proteger atrás de paredes e paredes. A sua evolução foi natural ao longo da narrativa e em nenhum momento senti que estava a lidar com uma personagem completamente diferente da inicial.
Já o Danton é apresentado como alguém intratável, mas existe sempre ali uma sombra de dúvida sobre o que realmente se está a passar, e a verdade é que essas dúvidas acabam por se tornar certeiras quando nos apercebemos do tipo de pessoa que ele realmente é. Já a Andrea, a melhor amiga da Isadora é alguém que desde o início até ao fim sabe o que quer, pelo menos na maior parte das situações, está sempre no controlo e não tem qualquer tipo de problema em mostrar o que sente ou dizer o que pensa.
As restantes personagens são também bem pensadas e construídas. Muitas delas ficamos a conhecer melhor através de flashbacks que por sinal funcionaram bastante bem e deram uma dimensão muito maior à história. História essa que teve início à mais tempo do que se poderia imaginar. Não só a autora fez um bom trabalho a incorporar os flashbacks, como também fez um óptimo trabalho com os dois clímax que deu ao livro. Já me tinha acontecido anteriormente apanhar uma situação destas que resultou pessimamente e me tirou metade do gozo à leitura. Neste caso a autora optou por "dividir" a história em livro um e livro dois e colocou um clímax em cada uma das partes. Sendo que no final da primeira ficamos mesmo a sentir que chegamos ao fim da primeira parte da história.
Não posso deixar de falar das cenas de sexo que existem, quando a primeira apareceu fiquei algo receosa como seria descrita, mas acho que foi bastante bem trabalhada. Não pareceu em nada descabida, pelo contrário, pareceu-me bastante natural tendo em conta os personagens que eram. Os diálogos estão também bastante naturais e o mundo criado pela autora está bem estruturado e é interessante.
Quanto aos pontos menos positivos, têm essencialmente a ver com determinados assuntos que foram abordados, mas que me recorde nunca chegaram a ser devidamente esclarecidos. Nomeadamente o que é efectivamente a Isadora, tudo bem que percebemos que há ali algo, mas nunca nos chegam a dizer efectivamente o que esse algo é. Ao mesmo tempo há aqui toda uma história à volta da chave e da sua relação com a família da Isadora que teve uma explicação um pouco atabalhoada. Para finalizar, a situação da transferência das memórias do Danton. Pela explicação inicial pareceu-me que automaticamente ele iria ficar sem as ditas memórias, mas depois pareceu simplesmente que tanto ele como a Isadora passaram a partilhá-las. Eventualmente também podia estar meio a dormir quando terminei o livro e me ter escapado alguma coisa. Mas se escapou é porque eventualmente não estaria muito claro.
Assim sendo só tenho a concluir que foi um livro inicial do qual gostei bastante. Soube que eventualmente poderia ter vindo a existir um livro sobre a Andrea e o Claude que não chegou a acontecer e que não sei se alguma vez virá. Se vier é com toda a certeza que o lerei e com a esperança de que as arestas que faltaram limar neste livro se encontrei limadas.
No geral é um livro bastante bom. Nota-se que é um primeiro livro, mas nota-se também um grande potencial na autora, potencial esse que sendo trabalhado iria tornar os seus futuros livros ainda melhores e mais coesos.
Houve vários aspectos que gostei no livro e outros que me deixaram um pouco desiludida, como de certo modo seria de esperar. Contudo o balanço final foi positivo. Gostei bastante dos personagens e das suas personalidades. Principalmente Isadora, vê-se um grande crescimento desta personagem a nível de personalidade. Enquanto que ao início a Isadora é uma pessoa bastante calma e distanciada da vida, ao longo do livro vemos como ela se vai abrindo mais para os outros, como começa a viver mais os seus sentimentos e deixa de se proteger atrás de paredes e paredes. A sua evolução foi natural ao longo da narrativa e em nenhum momento senti que estava a lidar com uma personagem completamente diferente da inicial.
Já o Danton é apresentado como alguém intratável, mas existe sempre ali uma sombra de dúvida sobre o que realmente se está a passar, e a verdade é que essas dúvidas acabam por se tornar certeiras quando nos apercebemos do tipo de pessoa que ele realmente é. Já a Andrea, a melhor amiga da Isadora é alguém que desde o início até ao fim sabe o que quer, pelo menos na maior parte das situações, está sempre no controlo e não tem qualquer tipo de problema em mostrar o que sente ou dizer o que pensa.
As restantes personagens são também bem pensadas e construídas. Muitas delas ficamos a conhecer melhor através de flashbacks que por sinal funcionaram bastante bem e deram uma dimensão muito maior à história. História essa que teve início à mais tempo do que se poderia imaginar. Não só a autora fez um bom trabalho a incorporar os flashbacks, como também fez um óptimo trabalho com os dois clímax que deu ao livro. Já me tinha acontecido anteriormente apanhar uma situação destas que resultou pessimamente e me tirou metade do gozo à leitura. Neste caso a autora optou por "dividir" a história em livro um e livro dois e colocou um clímax em cada uma das partes. Sendo que no final da primeira ficamos mesmo a sentir que chegamos ao fim da primeira parte da história.
Não posso deixar de falar das cenas de sexo que existem, quando a primeira apareceu fiquei algo receosa como seria descrita, mas acho que foi bastante bem trabalhada. Não pareceu em nada descabida, pelo contrário, pareceu-me bastante natural tendo em conta os personagens que eram. Os diálogos estão também bastante naturais e o mundo criado pela autora está bem estruturado e é interessante.
Quanto aos pontos menos positivos, têm essencialmente a ver com determinados assuntos que foram abordados, mas que me recorde nunca chegaram a ser devidamente esclarecidos. Nomeadamente o que é efectivamente a Isadora, tudo bem que percebemos que há ali algo, mas nunca nos chegam a dizer efectivamente o que esse algo é. Ao mesmo tempo há aqui toda uma história à volta da chave e da sua relação com a família da Isadora que teve uma explicação um pouco atabalhoada. Para finalizar, a situação da transferência das memórias do Danton. Pela explicação inicial pareceu-me que automaticamente ele iria ficar sem as ditas memórias, mas depois pareceu simplesmente que tanto ele como a Isadora passaram a partilhá-las. Eventualmente também podia estar meio a dormir quando terminei o livro e me ter escapado alguma coisa. Mas se escapou é porque eventualmente não estaria muito claro.
Assim sendo só tenho a concluir que foi um livro inicial do qual gostei bastante. Soube que eventualmente poderia ter vindo a existir um livro sobre a Andrea e o Claude que não chegou a acontecer e que não sei se alguma vez virá. Se vier é com toda a certeza que o lerei e com a esperança de que as arestas que faltaram limar neste livro se encontrei limadas.