domingo, 28 de fevereiro de 2016

Sunday's Quotes (131)

“I can't imagine a man really enjoying a book and reading it only once.”― C.S. Lewis

Opinião - My True Love Gave to Me

Ficha Técnica:
Autor: Holly Black, Ally Carter, Matt de la Peña, Gayle Forman, Jenny Han, David Levithan, Kelly Link, Myra McEntire, Stephanie Perkins, Rainbow Rowell, Laini Taylor, Kiersten White
Páginas: 355
Editor: Macmillan
ISBN: 9781447272793

Sinopse:
On the first day of Christmas, my true love gave to me ...This beautiful collection features twelve gorgeously romantic stories set during the festive period, by some of the most talented and exciting YA authors writing today. The stories are filled with the magic of first love and the magic of the holidays.

Opinião:
Apesar de já não estarmos na época natalícia, apeteceu-me pegar neste livro de contos, que comprei o ano passado, com a intenção de ler pelo Natal. Como, obviamente, isso não aconteceu, ainda estamos no Inverno e ainda por cima no mês do dia de São Valentim, esta pareceu-me ser uma boa leitura temática para este Fevereiro.

Vamos então à opinião de cada conto?

Midnights de Rainbow Rowell
Apesar de não ter achado nada de especial, gostei de ler este conto. A história de Mags e Noel é engraçada: são dois melhores amigos que desde que se conheceram formalmente, andaram sempre juntos, até chegar o momento de ir para a faculdade (um momento crucial para o conto), e que na verdade sempre gostaram um do outro.
Achei piada aos "dramas alimentares" de Noel devido às suas inúmeras alergias e a autora tece algum humor em torno da situação. Para além disso também gostei da forma como a história nos é apresentada, contando-nos apenas o que se passou nas várias passagens de ano desta dupla, pelo ponto de vista de Mags. 

The Lady and the Fox de Kelly Link
Gostei deste conto, achei-o muito giro, mas a conclusão deixou a desejar, pareceu-me apressada e ficaram pontas por atar. Contudo, gostei de Miranda e Fenny. Sendo que este último é-nos apresentado como uma personagem muito misteriosa, sem idade, que surge apenas na noite de Natal e quando neva, com o seu enigmático casaco, que dá ares do século XVIII. Já Miranda é uma rapariga com um grande gosto e talento para a costura, que vemos crescer até quase entrar na idade adulta
The Lady and the Fox, é uma história que se passa essencialmente no Natal e que tem uma agradável aura mágica, contudo um pouco mal aproveitada.

Angels in the Snow de Mat de la Peña
Neste terceiro conto acompanhamos alguns dias da vida de Shy, um rapaz de ascendência Mexicana, estudante universitário, que devido às dificuldades financeiras da família não pode ir passar o Natal a casa e por isso, se encontra a fazer catsiting, ou seja, a tomar conta da gata de um amigo. 
Apesar do personagem principal estar a passar por um momento complicado e um pouco triste, trata-se uma história com um cariz algo divertido, pois Shy tende a utilizar muito o calão, o que proporciona algumas passagens engraçadas.
A personagem feminina, Halley, não me disse muito, apesar de ser uma jovem com bom coração. No entanto achei piada à interacção destes dois, que se dava essencialmente com a partilha de pequenas histórias sobre as suas vidas, com a finalidade de se conhecerem melhor.

Polaris is Where You'll Find Me de Jenny Han
Este foi o primeiro conto do livro, escrito por uma autora que eu já tinha lido antes, e por sinal adorado. Curiosamente, ou não, também adorei esta pequena história de Jenny Han.
Criei facilmente empatia com a personagem principal, Natalie, uma rapariga Coreana de 15 anos, que imagine-se, foi adoptada pelo Pai Natal, quando a encontrou, recém-nascida, abandonada numa cestinha e que desde então vive no Polo Norte com o seu pai e os Elfos. Por diversos motivos, Natty acaba por se sentir um pouco sozinha e sem amigos, exceptuando o seu único amigo, um Elfo chamado Flynn, por quem ela sempre teve uma paixoneta.
Achei este conto mesmo muito giro e aconchegante, só tive pena que não fosse mais longo, especialmente porque fiquei a querer saber o que terá acontecido depois.

It's a Youletide Miracle, Charlie Brown de Stephanie Perkins
Neste conto de Stephanie Perkins conhecemos a história de Marigold e North, que foi um prazer ler. Gostei bastante desses dois personagens, das suas personalidades e dos seus diálogos, maioritariamente divertidos. A história das suas vidas foi interessante de se ler e deu-me algumas surpresas. Em suma, gostei de ler todos aqueles momentos, desde o encontro na loja de árvores de Natal, às situações caricatas com a vizinha de Marigold e às arrumações... Sem dúvida uma leitura muito agradável, que despertou o meu interesse e vontade em investir noutras histórias da autora.

Your Temporary Santa de David Levithan
Este conto pouco me disse. Ao contrário das outras histórias, em Your Temporary Santa, não vemos um casal a formar-se, mas sim um já formado há algum tempo. Trata-se de um casal gay, onde um dos rapazes, Connor, pede ao outro para se vestir de Pai Natal na noite de Natal para a sua irmã mais nova, continuar a acreditar por mais um ano.
Gostei do humor presente no conto, mas não o achei muito claro. Existe, obviamente, toda uma questão em torno de quem costumava vestir o dito fato, e o autor permite-nos imaginar quem seria e o que eventualmente lhe aconteceu, mas ficou-se por aí. David Levithan lança-nos um mistério, que se espelha nas diversas personagens e seus diálogos, mas no fim não o conclui satisfatoriamente.

Krampuslauf de Holly Black
Já tinha ouvido falar de Holly Black e se antes tinha curiosidade em experimentar certos livros dela, depois deste conto ficou assente que o irei fazer. Gostei bastante da história criada, do ambiente e simbolismo do Krampuslauf e simpatizei facilmente com a personagem que nos narra a história, que me deixou até ao final curiosa por saber o seu nome, Hanna. 
Krampuslauf é um conto mágico, bem construído, com o seu toque de fantasia, o género da autora (e também o meu), que me prendeu a atenção do início ao fim.

What the Hell Have You Done, Sophie Roth? de Gayle Forman
Ora aqui está um conto que me deu um grande prazer ler. Gostei muito das personagens principais (Sophie e Russell) e do seu humor irónico. 
Foi bom ver duas pessoas que se sentiam tão isoladas, juntarem-se e por momentos, na presença um do outro, conseguirem ser elas próprias e sentirem-se bem com isso. O sentimento terá sido, no mínimo, libertador.

Beer Buckets and Baby Jesus de Myra McEntire
Mais uma escritora que nunca ouvi falar e que me apresentou um conto que foi uma delícia de se ler.
Gostei de Vaughn, o rapaz das partidas, sempre metido em sarilhos e também da sua paixoneta, Gracie, a rapariga certinha, filha de pastor de igreja. Ambos formam um casal engraçado, já que em conjunto, trazem ao de cima o melhor das personalidades de cada um.
Foi um conto giro, que retrata a importância das segundas oportunidades e que nos mostra, como um rapaz perito em partidas, também consegue empregar o seu talento para trazer felicidade aos que o rodeiam.

Welcome to Chistmas, CA de Kiersten White
Achei este conto adorável. As personagens são fáceis de gostar e a história acaba por girar, um pouco, em torno das boas e confortáveis refeições preparadas por Ben, e como estas podem melhorar o dia de alguém. Para além disso, e apesar de secundário, gostei do facto de também abordar um importante tema como os relacionamentos abusivos, mostrando que com coragem e o apoio das pessoas certas é possível sair deles. 
Outra questão que me agradou ver abordada, foi a importância do diálogo, nomeadamente no seio familiar, já que a sua ausência pode levar a grandes mal entendidos, que felizmente, nesta história, foram esclarecidos antes de poderem causar maiores desgostos. 

Star of Bethlehem de Ally Carter
Para mim este foi, sem qualquer dúvida o pior conto deste livro. Muito absurdo e irreal, sem qualquer lógica ou credibilidade. Vejamos, assim só para começar: Duas adolescentes desconhecidas, em plena porta de embarque, trocam os seus bilhetes de avião. Até me deu vontade de rir perante tamanha estupidez, já que para além de ser impossível algo assim dar certo, isto passa-se num aeroporto dos EUA. No entanto, contra toda a lógica do mundo real, elas não só conseguem fazê-lo, como a protagonista não faz ideia para onde vai! Como não sabe?! Não está escrito no bilhete? Na porta de embarque? Não anunciam no avião? E melhor! Tem de ser a assistente de bordo a acordá-la, porque já tinham aterrado há tempos e toda a gente já tinha saído... Nem tenho palavras para o quão irreal isto é.
E o conto desenrola-se, disparate atrás de disparate até ao final. Nem o romance convenceu, já que nem dei por ele acontecer. Só gostei e achei amorosos os momentos da tia Mary.

The Girl Who Woke the Dreamer de Laini Taylor 
Para uma leitora de fantasia como eu, este último conto foi a cereja no topo do bolo. O seu conceito é excelente e super cativante. Quer as personagens, quer o mundo criado são muito interessantes, bem como toda a história. Só é pena a autora ter optado por pegar nesta belíssima ideia e ter construído apenas um conto, em vez de uma história maior e mais desenvolvida.
Gostaria imenso de saber mais sobre os Dreamers e sobre aquele mundo e todos os acontecimentos narrados. Agradar-me-ia bastante se, um dia, a autora resolvesse revisitar esta ideia e com ela construísse algo maior e mais complexo.

Para concluir, e porque a opinião já vai longa, quero dizer que, no geral, este livro de contos proporciona bons e agradáveis momentos de leitura, já que apesar de existir um conto ou outro menos bem conseguido, a grande maioria é de qualidade e cativa o leitor.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Opinião - O Sino Entre Mundos

Ficha Técnica:
Autor: Ian Johnstone
Título Original: The Bell Between Worlds
Série: Crónicas do Espelho, #1
Páginas: 482
Editor: Lápis Azul
ISBN: 9789898730138
Tradutor: Guilherme Borges

Sinopse:
Desde que a mãe morreu que Sylas Tate é um solitário.
Mas o toque dum sino gigante vai arrastá-lo para um mundo diferente, conhecido como O Outro, onde ele irá descobrir não só que possui um talento natural para a magia, como também que a sua mãe pode ter vindo desse estranho mundo paralelo.

Entretanto, as forças do mal não param e uma revelação assombrosa espera por Sylas: é que O Outro é um espelho do nosso mundo. À medida que a violência e as dificuldades vão aumentando, Sylas vai ter que encontrar uma rapariga que poderá ser a outra metade da sua alma - caso contrário, o universo inteiro pode desaparecer...

Opinião:
Sylas é um rapaz um pouco isolado, que vive sozinho com o seu desagradável tio, desde a suposta morte de sua mãe. Os seus dias passam-se, sem grande novidade, a fazer recados e outro tipo de tarefas, até ao dia em que se desvia do seu caminho, intrigado com uma nova loja, vinda do nada: a Loja das Coisas. E é aí, nessa loja, ao conhecer o misterioso Sr. Zhi, que tudo muda para Sylas.
Num piscar de olhos, a sua vida corriqueira fica para trás das costas, tornando-se possuidor de um livro muito especial de runas, o Samarok, e começa uma desenfreada fuga, de estranhas e maléficas criaturas, que o leva a um Sino que o transporta para um mundo paralelo.

O Sino Entre Mundos é um livro de fantasia, dirigido a um público mais juvenil, mas capaz de agradar e entreter leitores mais maduros.
A história é interessante e bem conseguida e desenrola-se a bom ritmo: há muita acção, aventura, magia e mistério pelo meio, um conjunto de ingredientes no mínimo cativante, e melhor que isso, encontram-se bem equilibrados.

No entanto, não é uma história muito fácil de entrar de início, pois são-nos introduzidos muitos conceitos novos, criados pelo autor, nomes de espécies de criaturas, de certos grupos de pessoas, de vários tipos de magia, de categorias de praticantes da mesma, etc. Por isso dei por mim um pouco perdida em certos momentos, algo que me acontece muito raramente, o que me faz achar que o autor pode ter caído no erro de criar demasiados nomes para várias coisas e/ou tê-os introduzido na história, sem muito cuidado, praticamente uns atrás dos outros. Felizmente, apesar de levarem o seu tempo a interiorizar, todas estas palavras novas, inventadas, acabam por fazer sentido. 

As personagens destas crónicas, acabam por ser algo simples, ou são totalmente boas, como Sylas e a sua amiga Simia, ou totalmente más, como o vilão Thoth e seus fieis seguidores, não há nenhuma que seja mais dúbia ou neutra, mais realista. 
Estamos, portanto, perante uma clássica história do bem contra o mal, cujos traços gerais não nos trazem grande novidade, mas que tem as suas particularidades: como os diversos tipos de magia, o transporte entre mundos através de um sino ou círculos mágicos, os mitos e lendas presentes, como o Mito do Reflexo, que me parece de particular interesse, e que basicamente diz, que cada pessoa tem alguém no outro mundo que é o seu reflexo e que juntos se complementam. Pegando neste último detalhe, quero ainda dizer que gostei particularmente da ideia dos dois mundos desta obra serem o espelho um do outro: quando num é dia, no outro é noite; se num é Inverno, no outro é Verão; se um tem indústria e ciência, o outro é mais natural e com magia. 

Posto isto, fica a intenção de continuar a seguir as Crónicas do Espelho e saber mais sobre a recém apresentada Naeo, descobrir o que sucedeu a à mãe de Sylas, Bowe e Espen, e claro, saber para onde irão Sylas e os seus companheiros e que rumo tomará a sua grande aventura.

(Livro gentilmente cedido para opinião pela Individual Editora)



quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Opinião - The Sleeper and the Spindle

Ficha Técnica:
Autor: Neil Gaiman
Ilustrador: Chris Riddell
Páginas: 69
Editor: Bloomsbury
ISBN: 9781408859643

Sinopse:
A thrillingly reimagined fairy tale from the truly magical combination of author Neil Gaiman and illustrator Chris Riddell – weaving together a sort-of Snow White and an almost Sleeping Beauty with a thread of dark magic, which will hold readers spellbound from start to finish. 

On the eve of her wedding, a young queen sets out to rescue a princess from an enchantment. She casts aside her fine wedding clothes, takes her chain mail and her sword and follows her brave dwarf retainers into the tunnels under the mountain towards the sleeping kingdom. This queen will decide her own future – and the princess who needs rescuing is not quite what she seems. Twisting together the familiar and the new, this perfectly delicious, captivating and darkly funny tale shows its creators at the peak of their talents.

Lavishly produced, packed with glorious Chris Riddell illustrations enhanced with metallic ink, this is a spectacular and magical gift.

Opinião:
The Sleeper and the Spindle foi o livro escolhido como desafio de leitura de Fevereiro, do meu frasquinho de desafios literários, de onde saiu um papelinho que indicava que, este mês, teria de ler "Um livro comprado este ano". 
The Sleeper and the Spindle trata-se de uma pequena história, ricamente ilustrada, que mistura dois famosos contos de fadas: A Bela Adormecida e Branca de Neve. Contudo, não esperem encontrar grandes semelhanças com ambas as histórias, pois apenas os seus traços gerais (muito gerais) se verificam. 

Antes de mais, o autor apresenta-nos dois reinos: Dorimar e Kanselair, separados por altas montanhas, intransponíveis para os habitantes de ambos os lados. Excepto, claro está, para um grupo de anões que, através das galerias que facilmente constroem, trilham o seu caminho por debaixo desta cordilheira. E é através desse caminho, que os três anões deste conto realizam diversas demandas para a sua Rainha, uma delas levando à descoberta de uma maldição que afecta o reino vizinho. Uma bela princesa há cerca de setenta anos adormecida num sono eterno, que alastra com o tempo, milha após milha, a todos os habitantes do reino. 

Esta descoberta faz com que a Rainha de Dorimar, uma jovem de cabelos do mais profundo negro e pele branca como a neve, nas vésperas do seu casamento, decida pegar no seu cavalo, espada e armadura e partir para o reino de Kanselair, com os seus companheiros anões, com a finalidade de acabar com a referida maldição. 

Só com esta última frase, é fácil perceber que não estamos na presença de um conto de fadas convencional. Temos antes uma Rainha forte, guerreira, com a sua personalidade e heroísmo, que prefere sair pelo mundo fora, enfrentar bruxas e quebrar maldições, a resignar-se à vida e deveres que lhe esperavam no seu reino, a um casamento com um belo príncipe e à gestação da sua prole. 


Acho que nem sei bem dizer o quanto adorei este pequeno livro... A história apresentada foi, sem qualquer dúvida, tecida com mestria. Gaiman pegou em dois contos bem conhecidos de todos nós e não só os combinou, como modificou de forma belíssima, dando-lhes o seu cunho pessoal. Transformou-os em algo bem diferente, o que muito me agradou, já para não falar da reviravolta incrível relacionada com a princesa adormecida, capaz de deixar qualquer leitor de boca aberta. 

Não posso também deixar de referir as lindíssimas ilustrações, a preto e dourado, de Chris Riddell, que tão bem acompanham e complementam a narrativa. São tão precisas e detalhas, que só por si, nos contam a história.

The Sleeper and the Spindle é um excelente pequeno livro, que me proporcionou uma maravilhosa tarde de leitura e que, certamente, fará as delícias de qualquer leitor, não só de fantasia, mas de todos os que sabem apreciar uma boa história.




terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Opinião - On The Fence

Ficha Técnica:
Autor: Kasie West
Páginas: 320
Editor: HarperTeen
ASIN: B00FOPPF74

Sinopse:
For sixteen-year-old Charlotte Reynolds, aka Charlie, being raised by a single dad and three older brothers has its perks. She can outrun, outscore, and outwit every boy she knows—including her longtime neighbor and honorary fourth brother, Braden. But when it comes to being a girl, Charlie doesn't know the first thing about anything. So when she starts working at chichi boutique to pay off a speeding ticket, she finds herself in a strange new world of makeup, lacy skirts, and BeDazzlers. Even stranger, she's spending time with a boy who has never seen her tear it up in a pickup game.

To cope with the stress of faking her way through this new reality, Charlie seeks late-night refuge in her backyard, talking out her problems with Braden by the fence that separates them. But their Fence Chats can't solve Charlie's biggest problem: she's falling for Braden. Hard. She knows what it means to go for the win, but if spilling her secret means losing him for good, the stakes just got too high.

Opinião:
Tendo em conta o quanto gostei do The Distance Between Us, a leitura deste livro era quase obrigatória. Infelizmente este fiquei um pouco aquém das minhas expectativas. Assim sendo considero que ele esteja num patamar semelhante ao do The Fill-In Boyfriend, o que quer dizer um patamar inferior ao livro que li antes deste.

Gostei de praticamente tudo neste livro. Dos personagens, da história, dos acontecimentos, a única coisa que não me convenceu por aí além foi o romance dos personagens principais. A Charlie é uma autêntica Maria rapaz. Adora tudo o que tenha a ver com desporto, seja ele qual for e não tem paciência para coisas de rapariga como roupa e maquilhagem. Até que um ligeiro contratempo a obriga a envolver-se nesse mundo. Charlie é então obrigada a começar a tomar atenção àquilo que veste. Ao mesmo tempo começa a perceber que afinal não é tão diferente das outras raparigas como julgava e que apesar de gostar de desporto isso não a impede de ter momentos femininos e de se dar com outras raparigas que têm personalidades diferentes das suas. Nesse aspecto Charlie cresceu bastante desde o início do livro, deixando de ser uma pessoa insegura e passando a aceitar as diferentes facetas da sua personalidade.

Quanto à sua contraparte masculina. Não o achei nada por aí além. Não senti que houvesse uma real preocupação da parte dele com o bem estar da Charlie. O seu comportamento parecia simplesmente egoísta, o que não deveria acontecer caso fosse bem fundamentado. Sinceramente não vejo o que é que o Braden tem, ou de que maneira especial trata a Charlie para tenha sido escolhido como o personagem principal. Resumindo, percebo o encanto da Charlie e porque é que qualquer rapaz se iria interessar por ela, mas não compreendo o que é que levou a Charlie a gostar do Braden. Sei que eles têm uma história longa de amizade, mas não senti qualquer química naquela relação.

Em contrapartida os personagens secundários enchem as medidas. Desde os irmãos da Charlie, até à Skye e à patroa da Charlie. Os irmãos são simplesmente fantásticos, super protectores e ao mesmo tempo super brincalhões e desafiadores. São os únicos que podem fazer a vida da Charlie num inferno e eu adoro-os por isso. Era gargalhada na certa cada vez que apareciam em cena, principalmente o Gage. Adoro a sua personalidade eufórica! Como já deu para perceber, a Sye volta a aparecer neste livro, e foi bom voltar a ver uma cara conhecida. Os momentos em que aparece nao são propriamente grandiosos, mas ela traz à narrativa uma sensação de familiaridade que nos faz sentir confortáveis.

No geral foi um livro agradável para passar o tempo, mas que tendo em conta o anterior deixou um pouco a desejar. Espero que o próximo livro que vai sair, e que tenciono ler, se mostre melhor que este. Afinal é suposto a escrita de um autor melhorar e não regredir...

domingo, 21 de fevereiro de 2016

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Opinião - The Distance Between Us

Ficha Técnica:
Autor: Kasie West
Páginas: 320
Editor: HarperTeen
ASIN: B00B0VZRWO

Sinopse:
Seventeen-year-old Caymen Meyers studies the rich like her own personal science experiment, and after years of observation she’s pretty sure they’re only good for one thing—spending money on useless stuff, like the porcelain dolls in her mother’s shop.

So when Xander Spence walks into the store to pick up a doll for his grandmother, it only takes one glance for Caymen to figure out he’s oozing rich. Despite his charming ways and that he’s one of the first people who actually gets her, she’s smart enough to know his interest won’t last. Because if there’s one thing she’s learned from her mother’s warnings, it’s that the rich have a short attention span. But Xander keeps coming around, despite her best efforts to scare him off. And much to her dismay, she's beginning to enjoy his company.

She knows her mom can’t find out—she wouldn’t approve. She’d much rather Caymen hang out with the local rocker who hasn’t been raised by money. But just when Xander’s attention and loyalty are about to convince Caymen that being rich isn’t a character flaw, she finds out that money is a much bigger part of their relationship than she’d ever realized. And that Xander’s not the only one she should’ve been worried about.

Opinião:
Visto que me apetecia ler algo fofinho, que me aquecesse o coração, e visto já ter lido anteriormente um livro desta autora e até ter gostado achei que The Distance Between Us seria um bom candidato. E que maravilhosa surpresa foi.

Sem sombra de dúvidas que este é um livro que derrete qualquer coração mais gelado. Adorei tudo nele, a história, os personagens, a química com que a autora nos presenteia, enfim. Foi um livro quase perfeito.

A Caymen é uma personagem bastante singular. É dona de um humor muito próprio, mordaz e sardónico. Nem toda a gente percebe as suas piadas e é engraçado ver como ela simplesmente não se preocupa. A Caymen nunca conheceu o pai porque este abandonou a sua mãe quando descobriu que ela estava grávida, e guess what? Ele abandonou-a porque era um menino rico quer não queria preocupações nem assumir as responsabilidades dos seus actos. Assim sendo a Caymen e a mãe têm um grande problema com pessoas ricas, pois consideram-nas no geral frívolas, condescendentes e com a mania que todos à sua volta são inferiores. É engraçado ver como a Caymen está constantemente a analisar tudo aquilo que os ricos fazem, principalmente tendo em conta o seu humor.

A mãe da Caymen tem uma loja de bonecas de porcelana, e é através desta que a Caymen acaba por conhecer o Xander. Ele é rico, destila confiança e ainda por cima é giro. Ao fim e ao cabo é tudo aquilo que a Caymen considera depreciativo. Contudo ele percebe o humor dela, e brinca com aquilo que ela diz. Ao mesmo tempo percebe a situação e as escolhas que a Caymen enfrenta porque ele mesmo está numa situação semelhante. Adorei ver como os dois se começam a relacionar, de como ele espera por ela quase todos os dias e partilha o seu chocolate quente, de como aos poucos e poucos com persistência e verdadeiro carinho ele a vai conquistando. A verdade é que a Caymen percebe que o Xander realmente se preocupa com ela e a tenta ajudar, que a vê e aceita por aquilo que ela é e isso é algo de que ela não estava à espera, tornando toda a situação ainda mais preciosa.

Os dois juntos são mesmo ternurentos. Adorei ver as suas picardias, o humor da Caymen dirigido ao Xander e a maneira como ele lida com ele. Adorei a maneira de como a autora nos faz sentir que o sorriso do Xander é especial por ser a Caymen a colocá-lo lá.

Claro está que algo teria que dar para o torto em algum ponto. De ter em atenção de que apesar de existir um ligeiro triângulo ele não é nada mais que isso, ligeiro. Contudo tenho que confessar que ao ler uma passagem entre a Caymen e este personagem pensei que ainda fossem andar durante algum tempo quando as coisas não estivessem bem para a Caymen e o Xander, e confesso que me senti algo defraudada quando este personagem foi simplesmente esquecido de um momento para o outro. Achei que ele merecia um final decente, o que não lhe foi dado de todo.

Quanto à reviravolta na história, não estava nada à espera, mesmo nada. Fiquei boqueaberta com as revelações que nos são feitas no final. Contudo estas estão completamente de acordo e justificam a mentalidade da mãe da Caymen quanto às pessoas ricas. Gostei que no final as coisas tivessem ficado bem e que uma oportunidade inesperada se tenha apresentado. Até porque foi possível ficar a conhecer mais familiares da Caymen e o avô tem um humor ainda mais refinado do que o dela.

De salientar também a amiga da Caymen, a Skye, com uma personalidade totalmente oposta. Mais pacata, mais zen, mas uma amiga verdadeira, que está lá nos bons e maus momentos e que de certo modo contrabalança a Caymen.

Resumindo, este foi um livro que simplesmente adorei. Bastante melhor que o anterior, que li da autora, The Fill-In Boyfriend. Tenciono brevemente ler um outro livro dela dentro do mesmo género, e espero sinceramente que seja tão bom como este.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Opinião - Christmas From Hell

Ficha Técnica:
Autor: R. L. Mathewson
Série: Neighbor From Hell, #7
Páginas: 239
Editor: Smashwords
ASIN: B018OP5AG6

Sinopse:
Duncan Bradford is used to putting other people first even the annoying little jinx that lives next door, but when the unexpected happens and he starts to see her in a whole new light, he decides that it's time that he acts more like a Bradford and takes what he wants.

Opinião:
Estava à espera que a próxima história a ser lida fosse a de Reese. Quando a autora anunciou este livro pensei que se tratasse de um conto de Natal enquanto não nos era apresentado o seguinte livro. Afinal estava redondamente enganada, pois este livro não é de todo um conto.

Como não podia deixar de ser foi rir desde o início até ao fim. O Duncan é tal e qual os outros homens da família, assim sendo sabemos que a risota está assegurada por causa da sua psicose com a comida e com o facto de estar constantemente a tentar culpar toda a gente menos a si próprio. Isto poderia ser um ponto negativo na autora, o facto de os seus personagens terem características bastante semelhantes o que os poderia tornar mais do mesmo. Felizmente a autora consegue introduzir de forma bastante capaz características intrínsecas a cada personagem. Assim sendo Duncan é aquela pessoa na família que se preocupa com os outros e que quer sempre ajudar, independentemente do facto de que quem precisa de ajuda ter acabado de quase o matar.

Relativamente à personagem feminina, só posso dizer que tenho bastante pena do Duncan. A Necie é um perigo para si própria e para todos aqueles que estão à sua volta. Completamente desastrada, tudo o que consideramos impossível lhe acontece. Infelizmente muitas das vezes Duncan está presente o que acaba por fazer com que esteja constantemente cheio de mazelas. Não é de admirar que fuja cada vez que vê Necie na rua. A única altura em que Necie está segura é quando está a cozinhar. Nessas alturas está completamente em controlo e tudo corre na perfeição.

Gostei bastante de ver Duncan a fugir de Necie, um Bradford a fugir é sempre algo que me faz rir às gargalhadas. Ao mesmo tempo adorei ver o Duncan a aperceber-se aos poucos do efeito que a Necie tinha sobre ele e o que isso significava. Vê-lo a lidar com emoções bastante contraditórias foi engraçado e achei que a autora sobe expressar bastante bem o seu estado de espírito. Quanto à Necie, ela desde o início que sabia o que queria e como se sentia e em algum momento o negou, algo que é um pouco diferente daquilo a que estamos habituados.

Não posso deixar de referir o avô da Necie, adorei aquele senhor tão refilão cuja única pessoa capaz de lhe fazer frente é a Necie. Ser um excelente cozinheiro, ter uma neta cozinheira, adorar doces e não poder comer nada por causa do coração é um castigo cruel!

Espero agora pelo próximo livro. Pergunto-me se a autora irá introduzir novos personagens depois de ter corrido todos os Bradford. Neste momento parece que o livro do Reese foi adiado e antes desse teremos o do Lucifer e o do Jared. Espero ansiosa!

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Opinião - Bootycall I & II

Ficha Técnica:
Autor: JD Hawkins
Páginas: 130 &
Editor: JD Hawkins Books
ISBN: B0125S1ZYE &

Sinopse:
Bootycall I:
Red carpet. Backstage. VIP all the way, baby.

When you're the prince of Hollywood, and everyone wants a piece of the action. I've got paparazzi stalking my every move, and supermodels lined up to spread their legs for a shot at fame. But this girl is different. She's been hired by the studio to keep me in line. One wrong move, and my comeback is going up in smoke.

I should keep my distance, but I've never played by the rules.

I'm going to show her just how good a bad boy can be.



Bootycall II:
I’m going to show her just how good a bad boy can be...

Everything’s riding on my comeback, but suddenly, Hollywood is the last thing on my mind. Gemma Clark was supposed to keep me out of trouble, but now I’m in way over my head. What we have is real — too real. It’s just a matter of time before it all comes crashing down.

I need to face my demons, but what happens when she discovers the truth?

Opinião:
Na parte um são-nos apresentadas as personagens principais tal como a situação em que ambas se conhecem.

Dylan é um actor, uma estrela de cinema que está em decadência devido às suas más escolhas e mau comportamento (mulheres, álcool e porrada). É também alguém que se sente sozinho e que almeja por algo real na sua vida. Procura uma conexão com alguém, uma oportunidade de mostrar que é mais do que aquilo que aparenta. E é aqui que aparece Gemma. No início ela é apenas alguém real que Dylan conhece através da aplicação Bootycall. Contudo Gemma acaba por se manter na vida de Dylan a partir do momento que este aceita um novo contrato e que Gemma faz parte desse contrato. Nomeadamente a sua função é tomar conta de Dylan. Como seria de prever nada disto traz bons resultados. Apesar de existir uma intensa atracção entre ambos e a sensação de que a sua relação poderia ser algo mais ,a verdade é que Dylan está constantemente a meter os pés pelas mãos e a dar motivos a Gemma para não confiar nele. Bem como a dar também ainda mais motivos a quem já não acredita nele para continuarem a não fazê-lo.

Não deixar de salientar que apesar de Dylan por norma acabar por conseguir dar a volta a Gemma e ela acabar por acreditar sempre na palavra dele há momentos em que ambos se enfrentam de cabeça e esses são imperdíveis.

Na parte dois começamos a ver a relação de Dylan e Gemma a desenvolver-se. Devido ao tamanho do livro não nos são apresentados muitos momentos de companheirismo entre os dois, contudo o leitor sente e tem a percepção que esses momentos vão acontecendo. Aos poucos Dylan começa a tornar-se mais estável e a acreditar novamente nas suas capacidades devido a todo o apoio que sente da parte de Gemma. Ao mesmo tempo Gemma começa a ver que pode confiar em Dylan e que há mais nele do que aquilo que parece à primeira vista. Acho sinceramente que os dois fazem uma boa equipa. Existe um momento bastante emocional mais para o final do livro, mas o autor soube lidar com ele e a maneira como o resolveu foi bem conseguida. Como não poderia deixar de ser houve algumas cenas de sexo escaldante no decorrer da história, contudo não foram propriamente essas cenas que me ficaram na cabeça, mas sim os restantes acontecimentos.

Esta história foi de encontro às minhas expectativas e por isso sinto-me satisfeita. Um autor que tenciono continuar a seguir e aproveitar para descontrair entre leituras.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Opinião - P.S. I Still Love You

Ficha Técnica:
Autor: Jenny Han
Série: To All The Boys I've Loved Before, #2
Páginas: 352
Editor: Simon & Schuster
ASIN: B00KU4PWFE

Sinopse:
Lara Jean didn’t expect to really fall for Peter.
She and Peter were just pretending. Except suddenly they weren’t. Now Lara Jean is more confused than ever.
When another boy from her past returns to her life, Lara Jean’s feelings for him return too. Can a girl be in love with two boys at once?

In this charming and heartfelt sequel to the New York Times bestseller To All the Boys I've Loved Before, we see first love through the eyes of the unforgettable Lara Jean. Love is never easy, but maybe that’s part of what makes it so amazing.

Opinião:
Apesar de ter gostado do livro anterior, posso dizer que gostei bastante mais deste. Achei-o mais completo e mais real que o anterior.

Neste livro continuamos a seguir a história de Lara Jean e a sua relação com o Peter. Não posso dizer que a todos os momentos esta foi um mar de rosas, mas a verdade é que nenhuma relação o é. Qualquer relação tem altos e baixos, existem situações em que tem que se chegar a uma solução de compromisso e aceitar que as coisas nem sempre podem ser como queremos e às vezes vamos sair magoados.

Para mim o mais interessante foi o crescimento de Lara Jean ao longo da narrativa. É notório o modo como esta personagem evolui e cresce, tornando-se alguém mais confiante em si mesma e nas suas atitudes. Alguém que percebe que não precisa que a defendam e que aceita que por mais que sigamos em frente à determinadas relações e sentimentos que vão permanecer connosco para toda a vida. Esta ligação não tem propriamente que se positiva, mas está lá e há que aprender a aceitá-la e lidar com ela sem deixar que ela controle a nossa maneira de estar e viver a vida.

Outra questão que me agradou foi o facto de ser fácil metermo-nos na pele da Lara Jean, perceber as suas dúvidas e os seus receios, ao fim e ao cabo a maior parte de nós já os teve em alguma fase da nossa vida e deixou-se controlar por eles nem que fosse por breves instantes. Louvo a capacidade que esta personagem tem para perdoar e aceitar determinados acontecimentos apenas com meia dúzia de palavras e acontecimentos, se fosse eu teria feito um pé de vento desde o início. Claro que o que é de mais enjoa e chega a uma altura em que Lara Jean não consegue mais deixar passar tudo aquilo que a magoa em branco.

As personagens secundárias continuam interessantes, se bem que vemos pouco delas. Sem dúvida que a mais presente é a Kitty. É impossível não a adorar pela sua sagacidade e inteligência. Pela maneira como tem sempre uma palavra final e como não consegue ser mais nada a não ser sincera. Sem dúvidas que não tem nada a ver a personalidade da Lara Jean, que é mais calma, recatada e racional. Teria bastante interesse em ver um livro escrito do ponto de vista da Kitty, tentar perceber como é que ela lidaria com um amor adolescente, porque tenho a certeza que não teria nada a ver com o modo como a irmã ao fez.

Para finalizar, não posso deixar de falar do triângulo, ou quadrado, amoroso. Achei-o completamente dispensável, pelo menos o triângulo Lara Jean, Peter, John. A Lara Jean e o Peter já se deparavam com bastantes altos e baixos na relação antes de o John aparecer, e ele basicamente não trouxe nada de novo à história, a não ser talvez um motivo para o Peter ter ciúmes e tentar recuperar a Lara Jean. Foi a única coisa que me fez comichão, este triângulo amoroso sem sal e nada convincente.

Assim sendo, este é uma vez mais um livro fofinho, bom para passar o tempo quando se tenciona ler uma história simples, mas que nos faz aquecer o coração. O facto de ter aspectos menos bons não conseguiu arruinar por completo o resto do livro o que considero bastante bom.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Opinião - Northanger Abbey

Ficha Técnica:
Autor: Jane Austen
Páginas: 256
Editor: Headline Review
ISBN: 0755331443

Sinopse:
Catherine Morland should know better. She's the very ideal of a nice, normal girl. But Catherine is cursed with an overactive imagination. She is also obsessed with lurid Gothic novels, where terrible things happen to the heroine. Which gets her into all sorts of trouble...

When Catherine visits Bath and meets funny, sharp Henry Tilney, she's instantly taken with him. But when she is invited to the Tilneys' home, the sinister Northanger Abbey, fantasy starts to get in the way of reality. Will she learn to separate out the two?

With its loveable,impressionable heroine ans its themes of growing upand learning to live in the real world, Northanger Abbey remains one of Jane Austen's most irresistible and up-to-date novels.

Opinião:
Nothanger Abbey não é o primeiro livro que leio da autora, pelo contrário. Antes deste já li pelo menos mais três e posso dizer que achei este o mais diferente. Não por a temática abordada ser diferente, mas pela maneira como a autora a aborda.

Esta continua a ser uma história acerca de uma rapariga de boas famílias que, neste caso, viaja até Bath e lá encontra o rapaz que virá a ser o seu companheiro. Um dos motivos que torna esta história diferente é o facto de que a personagem principal não tem propriamente características de destaque na sua personalidade. Não é propriamente inteligente, ou dona de uma grande sagacidade, ou de uma personalidade pautada pela bondade. A verdade é que esta é a personagem mais básica que alguém poderia encontrar e isso só por si é algo bastante incomum. 

Outro ponto que torna o livro tão interessante é que este é uma sátira aos romances góticos que na altura tanto se liam. Neste caso a personagem principal é dona de grande imaginação e deixa-se influencia por aquilo que lê, quando na realidade o que acontece nas novelas góticas dificilmente irá acontecer na realidade.

Mas o que sem sombra de dúvida mais me agradou foi o facto de a autora falar directamente com o leitor durante toda a narrativa. A autora dirige-se ao leitor com explicações e desde o início que o seu discurso é extremamente irónico e sarcástico. Não é que nos livros anteriores tal não acontecesse, mas era um humor mais requintado e aqui dá um tom gozão à história.

Não posso deixar de referir as personagens secundárias. A que mais se distingue é sem dúvidas Isabella, com a sua personalidade traiçoeira e interesseira que facilmente é percebida pelo leitor, mas que a nossa personagem principal leva algum tempo a perceber devido ao facto de ser tão inocente. Inocência essa que vai sendo perdida ao longo da história. Outro ponto a favor da Catherine é o facto de ser uma possa com valores e com um sentido de honra apurado. Gostei bastante destas suas características.

Mais um livro de que gostei bastante. É continuar a ler a autora, pois acredito que dificilmente sairei desapontada.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Opinião - Stars Above


Ficha Técnica:
Autor: Marissa Meyer
Série: The Lunar Chronicles, #0.5, #0.6, #1.5, #3.1 e #3.6
Páginas: 400
Editor: Feiwel & Friends
ASIN: B00Z65S3NU

Sinopse:
The Keeper: A prequel to the Lunar Chronicles, showing a young Scarlet and how Princess Selene came into the care of Michelle Benoit.

Glitches: In this prequel to Cinder, we see the results of the plague play out, and the emotional toll it takes on Cinder. Something that may, or may not, be a glitch….

The Queen’s Army: In this prequel to Scarlet, we’re introduced to the army Queen Levana is building, and one soldier in particular who will do anything to keep from becoming the monster they want him to be.

Carswell’s Guide to Being Lucky: Thirteen-year-old Carswell Thorne has big plans involving a Rampion spaceship and a no-return trip out of Los Angeles.

After Sunshine Passes By: In this prequel to Cress, we see how a nine-year-old Cress ended up alone on a satellite, spying on Earth for Luna.

The Princess and the Guard: In this prequel to Winter, we see a young Winter and Jacin playing a game called the Princess and the Guard…

The Little Android: A retelling of Hans Christian Andersen’s “The Little Mermaid,” set in the world of The Lunar Chronicles.

The Mechanic: In this prequel to Cinder, we see Kai and Cinder’s first meeting from Kai’s perspective.

Something Old, Something New: In this epilogue to Winter, friends gather for the wedding of the century…

Opinião:
Estava algo ansiosa para deitar as mãos a esta beleza. Depois do final que tivemos Winter esta antologia é a cereja no topo do bolo. Não só dá a possibilidade ao leitor de poder ter em mãos todos os contos anteriores como ainda tem direito a 5 contos novinhos em folha acerca dos nosso adorados personagens. Ainda por cima sendo o último conto relativo ao casamento do século é de esperar grande ansiedade da parte dos leitores.

Podem encontrar as opiniões relativas aos contos já editadas clicando sobre o título dos mesmos na sinopse. Só não tenho a opinião do Glitches porque na altura ainda não tinha o blog, e como não reli o conto também não poderei dar uma opinião apropriada.

Passando agora para os contos novos. Basicamente estes mostram-nos acontecimentos já conhecidos, mas com mais detalhe, mais realismo. O 1º, 5º e 6º contam episódios da vida de Scarlet, Cress e Winter. Contudo o conto de Scarlet não se foca tanto nela como seria de esperar. É verdade que ficamos a conhecer mais do que a tornou o que é, como é que desenvolveu a sua destreza com armas, o porquê de ter uma personalidade tão forte, mas o conto em si foca-se mais na sua avó e de como esta lidou com o aparecimento de Selene. A única coisa que me desagradou neste conto foi ter sentido que a personagem da avó se encontrava "apagada". Depois de tudo aquilo que ouvi acerca desta esperava uma personalidade mais rezingona e inesquecível. Em contrapartida adorei ver uma jovem Scarlet cheia de vida e determinação.

Os contos da Cress e da Winter focam-se cada um na respectiva personagem. No caso da Cress é-nos contextualizada a sua vida sendo que posteriormente nos é contado o episódio em que esta vai viver para o satélite. Se já tinha sido triste saber o que tinham feito à Cress pior foi vivê-lo completamente. Acontecer a uma criança sonhadora, cheia de amor, alegria e vontade de agradar, alguém que acredita e espera o melhor, o que aconteceu a Cress é de partir o coração a qualquer pessoa.

Quanto ao conto da Winter, este mostra-nos também um episódio mencionado durante os livros, o motivo pelo qual a Winter deixou de usar o seu glamour. Foi difícil ver a Winter perder a sua inocência. Desde pequena que a Winter acreditava que poderia usar as suas capacidades para fazer o bem, para ajudar os outros. Quando descobre que aquilo que julgava ser o seu maior feito, afinal foi o seu maior erro, fica completamente estilhaçada e recusa-se a voltar a usar a sua capacidade para influenciar os outros, aceitando as consequência que daí advém. Ficamos ainda a saber como é que a Winter realmente ganhou as cicatrizes que têm na cara, e só posso dizer que foi de uma coragem extrema aquilo que ela fez. Posso dizer que senti orgulho na sua coragem e perseverança. Claro que as decisões de Winter acabam por afectar Jacin e aqui vê-mos como é que ele chegou ao posto de guarda que ocupava durante a série.

No oitavo conto a autora conta-nos o episódio em que o Kai e a Cinder se conhecem, mas desta vez do ponto de vista do Kai. Adorei ficar a conhecer os acontecimentos do seu ponto de vista. Achei que ele tem uma maneira de se aperceber do que o rodeia de uma forma bastante singular e isso agradou-me. Ao mesmo tempo adorei ver a sua reacção inicial à Cinder e o facto de que desde o início que houve algo que o atraiu nela, a sua personalidade. Fiquei contente por ter tido a oportunidade de ver como ela admira a Cinder, mesmo antes de se envolverem.

Quanto ao último conto, não vou falar muito acerca dele porque o que interessa é mesmo lê-lo. É aí que está a piada. Não vou dizer qual o casal que se casa, mas posso dizer que fiquei surpreendida com a escolha. Se bem que se pensar no assunto a escolha é um pouco óbvia tendo em conta o ponto de situação em que ficaram as coisas no final do Winter. Ao mesmo tempo que celebramos um casamento cheio de peripécias e bons momentos ficamos a conhecer um pouco do que tem sido feito destes personagens desde que se separaram e foi bom ver como as coisas melhoraram. Posso dizer que gostava um dia de ler um conto passado bem mais à frente no tempo, onde fosse possível ver os filhos dos diferentes casais. Adoraria ver um filho do Thorne, principalmente se ele fosse parecido com o pai. Provavelmente isto é sonhar alto de mais, mas há sempre esperança.

Resumindo, esta antologia é um bom complemento à série. Deixa-nos ver episódios da história dos personagens que tinham sido referidos anteriormente, mas que nunca foram aprofundados. Ao mesmo tempo o último conto serve como epílogo para os leitores que preferem uma história em que seja possível ver como as coisas correm no futuro.

domingo, 7 de fevereiro de 2016

sábado, 6 de fevereiro de 2016

Opinião - Noite Silenciosa

Ficha Técnica:
Autor: Sherrilyn Kenyon
Título Original: One Silent Night
Série: Dark-Hunter, #15
Páginas: 224
Editor: Saída de Emergência
ISBN: 9789897101120
Tradutor: Rita Carvalho e Guerra

Sinopse:
No mundo dos Predadores da Noite, o inferno está prestes a chegar…

Stryker já avisou que está a reunir as suas forças. Enquanto o mundo avança inconsciente, Stryker, que lidera um exército de demónios e vampiros, conspira para lançar uma ofensiva contra os seus inimigos — que, infelizmente para nós, incluem toda a raça humana.

Para vingar a sua irmã, Stryker prepara-se para aniquilar os Predadores da Noite. Mas as coisas começam a correr mal quando o seu inimigo mais antigo regressa. Eis que chega a sua ex-mulher, Zephyra. Precisamente quando achava que nada o poderia parar, vê-se embrenhado numa guerra secular com uma mulher que dá um novo significado à palavra «dor».

Estão a ser traçadas novas linhas de batalha, enquanto os Predadores da Noite se reúnem para uma novo confronto, numa NOITE SILENCIOSA.

Opinião:
Ora portanto, cá estamos uma vez mais a comentar um livro da série Dark-Hunter da Sherrilyn Kenyon. Ao fim de 16 livros (incluindo o Amante de Sonho) a verdade é que já não existe muito que se possa dizer. A maneira de escrever e contar a história da autora permanece a mesma, e por isso quem gosta deste aspecto da autora não vai ficar decepcionado.

Quanto à história deste livro, esta roda em torno de Stryker e Zephira. Assim sendo ficamos a conhecer a história que o tornou naquilo que é actualmente. Neste momento não considero que o Stryker seja uma má pessoa em si, ele tem um código de honra próprio e que respeita e não deixa para trás ninguém. Não deixa de ser um inimigo para Acheron, por razões um bocado parvas, mas não o considero uma má pessoa, ou uma pessoa sem escrúpulos. Quanto à Zephira, ela é um bocado cabra, mas dá para perceber o porquê da sua atitude e a verdade é que gostei da sua personalidade porque ela não se submete a ninguém nem papa grupos de quem quer que seja.

Contudo o mais interessante no livro não é a história destes dois, mas sim todos os acontecimentos que advém do facto de Stryker libertar a Guerra para que esta possa matar Acheron e Nick. Isto leva a que sejam postas em movimento novas forças até ao momento desconhecidas, forças essas que acredito terão bastante significado nos próximos livros. Ficamos então a conhecer Jared e uma nova faceta de Nick. Faceta essa que espero ver ser desenvolvida nos próximos livros. Espero também que com tudo o que aconteceu Nick seja capaz de chegar a um entendimento com o Acheron, afinal de contas ambos têm culpas no cartório. Outro aspecto que achei emocionante é o facto de os daemon terem descoberto uma forma de ultrapassar as barreiras que os impedem de sair à rua durante o dia, ao mesmo tempo que descobrem como sobreviver sem terem que se alimentar de humanos. Acho que estas situações irão trazer muitas mudanças para os próximos livros. Outro ponto positivo do livro que não podia deixar de referir é o facto de termos direito a ver uma Apollymi, capaz de mostrar sentimentos para com mais alguém além do seu filho. Gostei de ver este seu lado mais terno e desprotegido.

Algo de que me arrependo é de não ter lido os livros por ordem. tenho a sensação que houve algumas coisas relativamente à mitologia que me escaparam, nomeadamente a ordem em que os Panteões funcionam bem como quem é que policia quem e quem é que criou quem. A ver se descubro por aí algures alguma informação acerca disto.

Assim sendo considero que este foi um bom livro para o desenvolvimento da história, com muitos acontecimentos que irão influenciar grandemente o que por aí há-de vir. Gostava apenas de ter tido oportunidade de ver um pouco mais dos predadores que foram apresentados nos primeiros livros porque tenho a sensação que não sei nada deles há imenso tempo.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Opinião - Os Leões de Al-Rassan

Ficha Técnica:
Autor: Guy Gavriel Kay
Título Original: The Lions of Al-Rassan
Páginas: 548
Editor: Saída de Emergência
ISBN: 9789896370510
Tradutor: João Henrique Pinto

Sinopse:
Imagine uma Península Ibérica de fantasia, durante o período sangrento e apaixonante da Reconquista, onde realidade e fantasia se entrelaçam numa história poderosa e comovente.

Inspirado na História da Península Ibérica, Os Leões de Al-Rassan é uma épica e comovente história sobre amor, lealdades divididas e aquilo que acontece aos homens e mulheres quando crenças apaixonadas conspiram para refazer – ou destruir – o mundo. Lar de três culturas muito diferentes, Al-Rassan é uma terra de beleza sedutora e história violenta. A paz entre Jaddites, Asharites e Kindath é precária e frágil, mas é precisamente a sombra que separa os povos que acaba por unir três personagens extraordinárias: o orgulhoso Ammar ibn Khairan – poeta, diplomata e soldado, o corajoso Rodrigo Belmonte – famoso líder militar, e a bela e sensual Jehane bet Ishak – física brilhante. Três figuras cuja vida se irá cruzar devido a uma série de eventos marcantes que levam Al-Rassan ao limiar da guerra.

Opinião:
Os Leões de Al-Rassan foi um daqueles livros que esteve encostado durante imenso tempo e que se não fosse uma certa pessoa quase me ter "espancado" iria continuar encostado durante não sei bem quanto mais tempo. E uma vez mais o facto de andar a procrastinar determinada leitura foi um dos maiores erros que cometi.

Os Leões de Al-Rassan são baseados na história da Península Ibérica e por isso para quem conhecer esta parte da história o "entrar" na narrativa é capaz de ter sido bem mais pacífico que o meu. História não é de todo o meu forte e a verdade é que o autor também não faz grande introdução ou contextualiza com pormenor a história que nos vai contar. Assim sendo ao início senti-me um bocado à deriva sem saber quem era quem e a que religião correspondiam. Finalmente lá consegui ler algures que os Jaddites correspondem aos Cristãos, os Asharites aos Muçulmanos e os Kindath aos Judeus. Depois deste esclarecimento tudo se tornou muito mais fácil para mim.

A história é-nos contada de vários pontos de vista, todos eles bastante interessantes. Tanto tendo em conta as personagens que no-los contam como os próprios acontecimentos em si. Se a verdade é que os personagens principais são Rodrigo Belmonte, Ammar ibn Khairan e Jehana bet Ishak, também é verdade que todos os outros personagens que vamos conhecendo e que são considerados como secundários foram bastante bem trabalhados pelo autor. Todos eles sendo principais ou não são personagens bastante interessantes, carismáticas, pessoas que tentam fazer o melhor que podem com aquilo que a vida lhes apresenta naquele momento.

Sem dúvidas que a mais valia do autor são as personagens que cria e o ambiente que as rodeia. As descrições feitas pelo autor levam a que tudo pareça tão real e as próprias personagens têm dúvidas e medos tão semelhantes aos nossos que é impossível não nos relacionar-mos com elas. Poderia descrever os pontos fortes de cada uma das personagens, mas seria uma perda de tempo tendo em conta todas as suas nuances e genialidade.

Outro aspecto que adorei na maneira do autor contar a história, e ao mesmo tempo me deu vontade de o esganar, é o facto de o autor estar constantemente a tentar conduzir os nossos pensamentos por determinado caminho, e conseguir, para depois nos tirar o tapete de debaixo dos pés quando nos apercebemos que determinados acontecimentos que atribuíamos a determinada personagem afinal não lhe pertencem de todo. Só não chorei baba e ranho muitas das vezes porque me encontrava nos transportes públicos e não dava muito jeito. Até ao final do livro o autor mantém esta maneira de contar acontecimentos. E quanto digo até ao final é mesmo até ao prólogo onde mais uma vez ele nos conta determinados acontecimentos fazendo-nos pensar que já percebemos tudo para depois nos apercebermos que afinal fomos tomados por parvos...

A única coisa de que senti falta foi de Ammar. Gostava de ter visto mais dele, da sua maneira de estar. Quanto ao Rodrigo e à Jehane sinto que fiquei a saber o que devia, a compreendê-los. Que vi praticamente todas as nuances das suas personalidades. O mesmo não aconteceu com o Ammar. Achei que ainda haveria ali muito para descobrir para perceber. De certo modo ele pareceu-me um personagem um pouco mais complexo, possivelmente por causa do seu passado e gostava de ter visto mais de perto o que esse passado fez com ele.

Aguardo agora ansiosamente para ler o que ainda tenho cá por causa deste autor, porque ele conquistou-me de forma definitiva.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Novos na Estante (da Rita) #1 - Janeiro de 2016


Olá a todos :)

Com a chegada deste novo ano, resolvi começar a fazer um post no fim/inicio de cada mês, sobre as minhas aquisições literárias mensais. Esses posts terão a finalidade não só de vos mostrar os meus livrinhos novos, mas também de promover trocas de impressões sobre os mesmos. E claro, será uma boa forma de eu, simultâneamente, ir controlando essas compras. Vamos a isso?

Comecemos então com os livros que foram chegando de passatempos que ganhei e que recebi de presente:
Fiquei muito contente com o Mandalas e outros desenhos de Natal para colorir, já que não só gosto muito destes livros, mas também sou maluquinha pelo Natal. Logo, este livrinho é perfeito para mim.


Quanto ao Dominadas de Sylvia Day e ao Guia Astrológico para Corações Partidos de Silvia Zucca, não sei muito bem o que esperar, já que nunca li nada de nenhuma das autoras. No entanto, gosto muito da ideia de serem livros únicos, sem continuação (mais fácil para mim pegar neles para ler e ver se gosto). Também ainda não conheço o autor de Desejo de Vingança, Jussi Adler-Olsen, mas parece-me que vou gostar, apesar de agora ter de ver se arranjo o primeiro livro desta série Departamento Q.

Já A Manopla de Cobre de Holly Black e Cassandra Clare era um livro que tinha na minha wishlist, mas tal como o livro anterior, ainda me falta conseguir o primeiro volume da série.

Para terminar, seguem os livros comprados por mim (todos de capa dura, curiosamente), que chegaram durante o mês de Janeiro:
O Kushiel's Mercy de Jacqueline Carey é o terceiro livro da segunda trilogia de Kushiel (Imriel's Trilogy) que não foi publicada por cá e que estou muito curiosa para ler, já que adorei a primeira trilogia (série cá em Portugal, publicada pela Saída de Emergência).


Os três livros de Darynda Jones da série das campas, foram conseguidos, com alguma sorte em segunda mão, mas como novos. É uma série que me despertou o interesse recentemente, pois tenho ouvido opiniões muito positivas e é fantasia urbana, portanto um ramo da fantasia que gosto muito e por isso não me podiam escapar (apesar destas edições não serem nada fáceis de conseguir em PT).

Por último, mas não menos importante, está esta beldade de livro: The Sleeper and the Spindle de Neil Gaiman. Um retelling da história da Bela Adormecida com ilustrações fantásticas, que mal posso esperar para ler.

E por aí, quais foram as novidades nas vossas estantes de Janeiro? Já leram algum destes livros? Recomendam ou nem por isso? Contem tudo, que por aqui gostamos de saber :)

Boas leituras!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Opinião - Where She Went

Ficha Técnica:
Autor: Gayle Forman
Série: If I Stay, #2
Páginas: 297
Editor: Speak
ASIN: B004H4XDBI

Sinopse:
It's been three years since the devastating accident . . . three years since Mia walked out of Adam's life forever.

Now living on opposite coasts, Mia is Juilliard's rising star and Adam is LA tabloid fodder, thanks to his new rock star status and celebrity girlfriend. When Adam gets stuck in New York by himself, chance brings the couple together again, for one last night. As they explore the city that has become Mia's home, Adam and Mia revisit the past and open their hearts to the future - and each other.

Told from Adam's point of view in the spare, lyrical prose that defined If I Stay, Where She Went explores the devastation of grief, the promise of new hope, and the flame of rekindled romance.

Opinião:
Se esperava gostar tanto deste livro como gostei? Nem por sombras! Apesar de já ter ouvido dizer que este era melhor que o anterior não estava à espera de o achar tão profundo como achei. Se não fosse pelas últimas páginas do livro acho que o livro teria sido perfeito.

A história passa-se três anos depois do acidente de Mia. Vamos encontrar um Adam famoso devido às suas músicas e à sua banda. Contudo este Adam não é nada daquilo que esperaríamos. Não é uma pessoa a quem a música continue a trazer felicidade e o seu sonho transformou-se num pesadelo. A realidade é que Adam está completamente arrasado psicológica e sentimentalmente desde que Mia o deixou.

Uma vez mais a história passa-se em cerca de 24h. Inicialmente vemos o que aconteceu a Adam e Mia depois do acidente e como é que se separaram, apesar de nem o próprio Adam o perceber muito bem. A verdade é que o desaparecimento de Mia deixou um vazio em Adam que este nunca conseguiu apagar. Enquanto que ele esteve lá para a Mia a verdade é que ninguém esteve lá para o apoiar depois de ele perder Mia e a família dela.

A dor do Adam e as suas incertezas tocam o leitor de uma maneira especial. Acho que a autora soube dar voz a tudo aquilo que se passa com ele. É fácil sentir a sua desorientação, o seu receio. O medo de não saber o que aconteceu e se terá sido ele que errou. Ao mesmo tempo foi gratificante vê-lo a ultrapassar grande parte daquilo que o impedia de seguir em frente depois de ter reencontrado Mia. Assim que se encontram dá para perceber que Mia ainda tem sentimentos por Adam e o tempo inesperado que passam juntos serve para que Adam se possa purgar de todos os pensamentos negativos e de todos os porquês que o assolam.

Este poderia ser um livro lamechas e deprimente, mas a verdade é que não o é. Achei bastante reais as dificuldades que o Adam sente, e o seu estado de espírito não será alheio a grande parte das pessoas. Foi fácil relacionar-me com ele, compreendê-lo e aceitar as suas limitações.

A única coisa que me desagradou um pouco foi o facto de, após o reencontro e de o Adam finalmente aceitar o papel que teve que desempenhar na recuperação da Mia, estes ficarem juntos. Três anos é bastante tempo, as pessoas mudam. Como é que ambos podem ter a certeza que gostam realmente um do outro? Como é que podem saber que aquilo que amam não é uma versão do passado que já não existe? Acho que a autora poderia ter demorado um pouco mais de tempo a juntá-los, deixá-los voltarem-se a conhecer e aproximar aos poucos. Acho que teria preferido um final um pouco mais aberto, em que o Adam se reencontrasse e ficássemos com a ideia de que eventualmente ele e a Mia pudessem voltar a ficar juntos.

De qualquer modo foi um livro que me surpreendeu bastante e que adorei. Acredito que será uma das melhores surpresas do ano.