quinta-feira, 30 de junho de 2016

Opinião - The Unexpected Everything

Ficha Técnica:
Autor: Morgan Matson
Páginas: 528
Editor: Simon & Schuster Books for Young Readers
ASIN: B015WNZ1KI

Sinopse:
From Morgan Matson, the bestselling author of Since You’ve Been Gone comes a feel-good story of friendship, finding yourself, and all the joys in life that happen while you’re busy making other plans.

Andie has a plan. And she always sticks to her plan.

Future? A top-tier medical school.
Dad? Avoid him as much as possible (which isn’t that hard considering he’s a Congressman and he’s never around).
Friends? Palmer, Bri, and Toby—pretty much the most awesome people on the planet, who needs anyone else?
Relationships? No one’s worth more than three weeks.

So it’s no surprise that Andie’s got her summer all planned out too.

Until a political scandal costs Andie her summer pre-med internship, and lands both she and Dad back in the same house together for the first time in years. Suddenly she’s doing things that aren’t Andie at all—working as a dog walker, doing an epic scavenger hunt with her dad, and maybe, just maybe, letting the super cute Clark get closer than she expected. Palmer, Bri, and Toby tell her to embrace all the chaos, but can she really let go of her control?

Opinião:
Este é o primeiro livro que leio da autora e tenho desde já a dizer que gostei bastante. Basicamente este conta a história de Andie, mas ao mesmo tempo conta a história do seu grupo de amigos e de como este grupo evolui ao longo do tempo.

Logo ao início dá para perceber que Andie é uma rapariga bem comportada que tem a vida toda planeada. Isto não quer dizer que não goste de se divertir e estar com os seus amigos, contudo por normal fá-lo de maneira responsável. Visto que Andie tem a vida toda planeada é um grande choque quando um acontecimento faz com que a sua vida dê uma volta de 180º. Andie perde o seu estágio de Verão e acaba por ter que arranjar emprego a fazer outra coisa qualquer, neste caso a passear cães. É assim que acaba por conhecer Clark, o seu futuro parceiro romântico.

De uma maneira gostei bastante dos personagens apresentados, não só dos principais como também dos secundários. A autora faz um retrato bastante real do que é a adolescência focando determinados aspectos que podem parecer mais complicados. Adorei a maneira como a relação deste grupo de amigos é apresentada e todas as dinâmicas que nos são apresentadas e a maneira como são exploradas.

Contudo o mais interessante não é o romance que se desenvolver entre Andie e Clark. O mais interessante foi ver como Andie cresce ao longo da narrativa, bem como a relação com o seu pai evolui. Ao início Andie quer controlar tudo. Quer controlar os seus sentimentos, tem uma política de não se envolver com ninguém para além do estritamente necessário, o que faz com que as suas relações não durem muito. Ao conhecer Clark as coisas começam a mudar e foi interessante ver como aos poucos ela foi mudando e se foi apercebendo do que é realmente estar apaixonado por alguém, saber que essa pessoa está lá para nós e que queremos estar lá para ela. Houve alturas em que a Andie se assustava com aquilo que se apercebia e houve alguns recuos da sua parte, mas ela sempre lutou por ultrapassar esses momentos e tirar o melhor partido daquilo que a vida lhe proporcionava. E aí outro aspecto da personalidade de Andie que esta teve que ultrapassar, a sua necessidade de controlar tudo. Aos poucos essa obsessão foi desaparecendo e foi engraçado ver como as suas acções iam mudando de forma coerente.

O retrato que a autora faz da relação entre Andie e o pai é também bastante real. Quantas vezes não acontece os pais deixarem de estar com os filhos e entregarem-se a sua educação a terceiros, para que mais tarde quando não têm nada que fazer se lembrem que são pais e que é suposto imporem regras? É fácil compreender a revolta de Andie para com um pai sempre ausente e que de repente se lembra que tem uma filha. Principalmente quando até existia anteriormente uma relação boa e de um momento para o outro uma pessoa se fica a sentir abandonada. Claro que acabou por haver explosão, mas a partir daí as coisas foram melhorando e gostei de ver como se estabelecia uma nova harmonia entre pai e filha.

Para finalizar não posso deixar de referir o final. Gostei dele, não gostei foi da maneira como a autora o foi construindo. Desde o início da história que foi fácil perceber qual a catástrofe que iria acontecer e que eventualmente iria separar o casal, e isto foi a única coisa que me desagradou durante o livro. O facto de ser de caras o que se estava a passar e ninguém percebia. Contudo não estava à espera que afectasse de forma tão proeminente a amizade de duas das personagens. Foi assustador, mas ao mesmo tempo real. Infelizmente por vezes verdadeiras amizades estragam-se pelas mais diversas situações. Neste caso foi um acumular de várias coisas, não propriamente coisas más que tenham acontecido, mas as personagens em questão eram tão chegadas que acabavam por se perder uma na outra. Para as outras pessoas elas funcionavam quase como uma entidade e no final cada uma teve que perceber qual era o seu caminho e quem é que realmente eram quando separadas. Foi algo doloroso, mas ao mesmo tempo real. E por isso um dos momentos mais marcante do livro para mim.

Pela opinião que vai extensa dá para perceber que foi um livro que gostei bastante e que recomendo.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Opinião - The One and Only Ivan

Ficha Técnica:
Autor: Katherine Applegate
Ilustrador: Patricia Castelao
Páginas: 325
Editor: HarperCollins
ASIN: B005DIB6GG

Sinopse:
Ivan is an easygoing gorilla. Living at the Exit 8 Big Top Mall and Video Arcade, he has grown accustomed to humans watching him through the glass walls of his domain. He rarely misses his life in the jungle. In fact, he hardly ever thinks about it at all.

Instead, Ivan thinks about TV shows he’s seen and about his friends Stella, an elderly elephant, and Bob, a stray dog. But mostly Ivan thinks about art and how to capture the taste of a mango or the sound of leaves with color and a well-placed line.

Then he meets Ruby, a baby elephant taken from her family, and she makes Ivan see their home—and his own art—through new eyes. When Ruby arrives, change comes with her, and it’s up to Ivan to make it a change for the better.

Katherine Applegate blends humor and poignancy to create Ivan’s unforgettable first-person narration in a story of friendship, art, and hope.

Opinião:
Damn it. Pensava que já tinha passado a opinião para aqui e afinal não tinha. Assim sendo peço imensa desculpa a quem tentou ler uma opinião e apanhou com uma página em branco.

Este livro foi-me recomendado pela p7 do Bookeater/Booklover porque não sabia o que havia de ler para o desafio deste mês. Confesso que ao início não me sentia muito entusiasmada com a sinopse do livro, mas ao iniciá-lo tudo isso mudou.

Antes de mais o modo como a história é contada coaduna-se exactamente com aquilo que o Ivan nos tenta dizer ao longo dessa mesma história. No geral o Ivan está sempre a referir como os humanos complicam tudo, como falam de mais e a narrativa é pontuada por essa ideia. O Ivan conta-nos a sua história em frases simples e directas, sem rodeios e adjectivações necessárias. E eu adorei esse cuidado que a autora teve. Fez-me sentir muito mais próxima deste gorila muito especial.

A história dele e dos seus amigos não é propriamente bonita, e algumas tristezas acontecem durante a narrativa, contudo o Ivan é perseverante. Ele compromete-se a fazer algo e através da sua paixão pelo desenho acaba por consegui-lo e muda a sua vida e dos seus amigos. Mas mais ainda, ele consegue erguer-se acima do medo e lembrar-se daquilo que era suposto ser e tornar-se novamente num animal formidável apesar de todos os anos de encarceramento.

Adorei a sua personalidade pachorrenta. A maneira como interage com os outros personagens é simplesmente deliciosa. Sejam eles humanos ou animais. Sim, porque aqui também existem humanos bons, que apreciam as obras do Ivan e que acabam por ajudar. Porque é assim, os artistas compreendem-se de uma maneira que a maior parte das pessoas não consegue.

E pronto, este livro foi a coisa mais fofa de se ler. Além do mais a sua leitura faz-se num instantinho, o que ajuda a que os sentimentos se acumulem e nos transformem numa bola de fofura. 

sábado, 18 de junho de 2016

Opinião - Uprooted

Ficha Técnica:
Autor: Naomi Novik
Páginas: 465
Editor: Del Rey
ASIN: B00KUQIU7O

Sinopse:
Naomi Novik, author of the bestselling and critically acclaimed Temeraire novels, introduces a bold new world rooted in folk stories and legends, as elemental as a Grimm fairy tale.

“Our Dragon doesn’t eat the girls he takes, no matter what stories they tell outside our valley. We hear them sometimes, from travelers passing through. They talk as though we were doing human sacrifice, and he were a real dragon. Of course that’s not true: he may be a wizard and immortal, but he’s still a man, and our fathers would band together and kill him if he wanted to eat one of us every ten years. He protects us against the Wood, and we’re grateful, but not that grateful.”

Agnieszka loves her valley home, her quiet village, the forests and the bright shining river. But the corrupted Wood stands on the border, full of malevolent power, and its shadow lies over her life.

Her people rely on the cold, driven wizard known only as the Dragon to keep its powers at bay. But he demands a terrible price for his help: one young woman handed over to serve him for ten years, a fate almost as terrible as falling to the Wood.

The next choosing is fast approaching, and Agnieszka is afraid. She knows—everyone knows—that the Dragon will take Kasia: beautiful, graceful, brave Kasia, all the things Agnieszka isn’t, and her dearest friend in the world. And there is no way to save her.

But Agnieszka fears the wrong things. For when the Dragon comes, it is not Kasia he will choose.

Opinião:
Desde que este livro foi lançado que me apercebi da quantidade de pessoas que falavam bem dele. No geral foi um livro bastante bem recebido pelos leitores e que foi alvo de reviews bastante positivas. Assim sendo foi com algum entusiasmo que iniciei o livro, e se por um lado gostei bastante da premissa, achei que o desenvolvimento da mesma deixou bastante a desejar. Principalmente na recta final da narrativa. Tendo em conta que não estou propriamente dentro do folclore que foi usado como base para a história, ainda pensei que o desenvolvimento que a autora deu à narrativa poderia daí advir. Contudo começo a duvidar um pouco dessa ideia.

Basicamente esta é a história de Agnieszka. Desde pequena que ela sempre soube que a sua melhor amiga, Kasia, iria ser escolhida para ir morar durante 10 anos com o Dragão. Não só ela é bonita, como também é bastante capaz, inteligente e corajosa. Tudo aquilo que o Dragão parece admirar. Contudo no dia da escolha toda a gente é surpreendida quando em vez de Kasia o Dragão escolhe Agnieszka.

É a partir daqui que a história se desenvolve e que começamos a perceber o que se passa. Praticamente a floresta tem vida e não só "caça" pessoas como também está a começar a tentar invadir as aldeias que vivem nela. Quanto às pessoas caçadas, estas podem voltar, mas contaminadas e diferentes ou podem não voltar de todo.

Ao ir viver com o Dragão, Agnieszka acaba por descobrir qual a particularidade em si que levou o Dragão a escolhê-la. E enquanto ao início parece que ela é algo totó, a verdade é que ela simplesmente não está preocupada em agradar e nem sequer tem a noção daquilo de que é capaz. Contudo à medida que a história se vai desenrolando Agnieszka começa a crescer e começamos a perceber que na realidade ela é bastante inteligente e com uma capacidade surpreendente para se adaptar às mais variadas situações. Ao mesmo tempo é uma personagem com um coração enorme que não mede os riscos a correr desde que o seu objectivo seja ajudar os outros.

Quanto ao Dragão, é um personagem mais distante e parece algo frio e desdenhoso, contudo ao longo da narrativa e através das explicações da Agnieszka o leitor começa a perceber o seu feitio e a gostar dele. Quanto à Kasia, esta tem um papel bastante importante na história e torna-se em algo bastante especial.

A floresta em si é bastante assustadora, tanto pela maneira como age como pelos objectivos que tem. Conhecer a história do que ela é e de como foi formada foi bastante gratificante. No final fica uma sensação de tristeza pelo que poderia ter sido. Contudo ao mesmo tempo o leitor sente-se reconfortado com o final que a autora nos dá. Mostrando que o importante é a bondade, a compreensão e a aceitação.

E por tudo isto poderia ter adorado o livro, e a verdade é que gostei bastante dele até mais de metade. Contudo chegou uma altura em que achei que a autora começava a enrolar a narrativa. Isto foi a partir do momento em que Agnieszka partiu para a corte. Não só a autora começou a enrolar como a partir daí os acontecimentos foram completamente descabidos, não se enquadrando no tipo de história que estava a ser contada. Havia situações que apareciam do nada sem qualquer tipo de explicação ou sentido, o que me deixou cada vez mais frustrada porque não existia qualquer raciocínio lógico para o que estava a acontecer ou a maneira de agir dos personagens.

Assim sendo um final que poderia ter sido sublime e cheio de sentimento deixou-me algo insatisfeita porque já estava tão impaciente por chegar ao final que nem sequer consegui aproveitá-lo. Neste momento logicamente consigo ver como o final encaixa no todo da narrativa e como foi bem pensado e conseguido, mas continuo a sentir que não foi suficiente porque os meus sentimentos negativos continuam a influenciá-lo.

Só posso dizer que apesar de ter gostado, fiquei um bocado desiludida. Contava gostar muito deste livro e acabei por achar que é engraçado, mas nada de especial.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Peek-a Book #2



E visto que já passaram três meses desde o último Peek-a Book está na altura de cada uma espreitar a estante da outra e escolher um livro para a outra ler.


[Joana] - Este mês decidi que a Rita iria ler algo que considero um pouco diferente. O escolhido foi A Canção de Kali. Foi um livro do qual tinha ouvido falar maravilhas e só posso constatar que todas elas são realidade. Achei-o um livro soberbo, com descrições magníficas, que fazem com que o leitor acredite que está a acompanhar os personagens de tão vividas as descrições são. Além disso é um livro que tem um tom sombrio e que prende o leitor dos acontecimentos terríveis que vão acontecendo. Uma pessoa sente que está constantemente a caminhar em pontas de pés. Assim sendo achei que seria a leitura perfeita para uma mudança de ares. 

[Rita] - Já eu este mês vou ser um pouco mázinha (ou talvez não, quem sabe?!), pois decidi que a Joana irá ler um livro que me deixou dividida entre a qualidade da escrita e potencial da trama e a seca que apanhei em diversos momentos. Trata-se de Jonathan Strange & Mr Norrell de Susanna Clarke e estou muito curiosa para saber o que ela vai achar. Será que vai sentir o mesmo que eu ou vai pertencer ao grupo das pessoas que ficaram maravilhadas com esta obra? Não sei, mas cá estaremos para descobrir :)



quarta-feira, 15 de junho de 2016

Feira do Livro 2016

E mais uma Feira do Livro chegou e partiu. Que me recorde este terá sido o ano em que mais vezes fui à feira. Não só para comprar, mas também para passear. A maior parte das compras foram programadas. Mas também houve algumas completamente inesperadas. Posso ainda acrescentar que excedi largamente o orçamento que tinha para este ano, mas conto para o ano ter muito menos coisas para comprar. Sei que sendo leitora é algo estranho estar a fazer uma observação destas, mas a realidade é que cada vez compro menos em português, e o pouco que compro é para acabar colecções que já iniciei ou livros que encontro a preços irrisórios.

Não poderia deixar de aparecer no dia de abertura da feira para fazer o que chamo de reconhecimento. Assim sendo fui de caneta e lista em punho desbravar terreno e ver o que me compensava comprar. Acabei por fazer algumas aquisições:

O Alias estava em pré venda e por isso teve que vir comigo para casa porque andava à mais de um mês à espera que ele saísse. Os outros três são da Saída de Emergência. Assim que vi que o do Stephen Hunt estava na banca dos 5€ decidi que tinha que vir de oferta comigo, assim sendo trouxe o segundo da Bishop para casa e também o último do Acácia visto que contava comprar o 5º na hora H.


Dois dias depois acabei por voltar à feira para adquirir um dos livros do Martin que me falta, Histórias dos Sete Reinos. Aproveitar que estava como livro do dia visto que sendo a galinha dos ovos de ouro nunca entra na hora H.


A ida seguinte à Feira do Livro foi na primeira segunda-feira. Acabei por trazer apenas metade dos livros que queria da hora H visto que ainda eram alguns. Terminada a colecção da Anne Rice editada pela Europa-América fica-me a faltar O Príncipe Lestat que foi agora editado por outra editora. Ao ver a lista dos livros do dia fui relembrada de dois livros, Quando o Cuco Chama e Mary Poppins, acabei por trazer ambos para casa. E foram estas duas das compras inesperadas. Visto que passei pela Relógio d'Água, aproveitei e trouxe ainda o Lady Susan para se juntar à colecção incoerente de clássicos que tenho cá por casa.


Mais para o final da semana acabei por voltar à feira para comprar o primeiro livro do Arlidge que estava como livro do dia. Visto que o autor cá vinha dar autógrafos e eu tinha que ir decidi que tinha que adquirir um livro dele. Como oferta trouxe ainda o que penso ser uma novela de um outro autor e que precede o livro actualmente editado em Portugal. Entretanto nas minhas passeatas acabei por e visitas a algumas bancas cujo o pessoal já é conhecido fiquei curiosa com a BD do Tony Sandoval e trouxe As Serpentes de Água que estava em promoção. No dia a seguir voltei lá para ir buscar o Mil Tormentas que estava como livro do dia. Estas foram mais duas aquisições inesperadas. Adoro o tipo de desenho do autor e achei tanto o desenho da capa como a página inicial do livro lindíssima que pronto, teve mesmo que ser.



















Nova visita à feira para nova dose de hora H viu-me trazer os livros que me faltavam: o 5º volume do Acácia da Saída de Emergência, Na Sombra da Vida e a Viajante da Casa das Letras, Possessão da Quinta Essência e A Cidade das Almas Perdidas da Planeta. Este último não estava na hora H, mas tive sorte e consegui trazê-lo por um preço muito jeitoso.

Acabei por ainda fazer mais duas visitas à feira, uma delas fui mesmo só acompanhar uma amiga e passear e a outra foi para a sessão de autógrafos do M. J. Arlidge. O Senhor é extremamente simpático e conversador, sempre com um sorriso e dá autógrafos bastante personalizados. Para minha desgraça não resisti e acabei por comprar o terceiro livro do autor. Não é que tenha o segundo, mas esse já o li e achei que teria mais piada comprar um que ainda não tenha lido. 


 








E pronto, este ano foi assim. Repleto de novos livros e de muita diversão adorei cada momento que passei na feira, tenha ele sido sozinha ou acompanhada. Experimentei comer em alguns sítios e gostei bastante daquilo que provei, o Cachorro Vadio e as Tripas on Wheels. Agora é esperar e rezar para que 2017 chegue rápido rápido.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Novos na Estante (da Rita) #6 - Especial Feira do Livro de Lisboa de 2016


Olá minha gente, já tinham saudades de ver livros novos? :p 
Desta vez trago-vos um Novos na Estante extra: um especial Feira do Livro 2016! Como todos saberão, este é aquele evento imperdível para livrólicos como eu, logo seria impensável não participar desta grande e tão aguardada festa do livro.

Este ano deve ter sido aquele em que me desloquei mais vezes ao Parque Eduardo VII para me passear por entre as bancas das editoras e barraquinhas de street food, sempre muito bem acompanhada. Claro está, que de todas essas deslocações, quatro no total, resultaram novos moradores das estantes cá de casa. Vamos vê-los?

Primeiro dia de Feira, primeira visita, primeiras compras:
Acompanharam-me até casa os tão aguardados volumes três e quatro de Tony Chu de John Layman e Rob Guillory, bem como o quarto volume de Saga de Brian K. Vaughan e Fiona Staples, publicados pela G.Floy Studio.
O Uma Aventura na Madeira de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada também veio comigo, pois não podia faltar na minha colecção. Desta feita com um autógrafo de Ana Maria Magalhães que por lá andava para esse efeito.
Príncipe dos Espinhos de Mark Lawrence é um livro que já andava a namorar há que tempos em inglês e que agora com a sua publicação pela Topseller recebi de prendinha da Feira do namorado ^.^v
Génesis de Tom Fox foi oferta da simpática Topseller.


Na minha segunda visita à Feira do Livro fui em busca das pechinchas facultadas pela maravilhosa Hora H.
Do Grupo Porto Editora trouxe, por menos de 4€, A Evolução de Calpurnia Tate de Jacqueline Kelly.
Da Civilização Editora (que não faz Hora H) trouxe dois livrinhos por 3,50€ cada um: Minha Querida, Queria Dizer-te de Louisa Young e A Decisão Final do Major Pettigrew de Helen Simonson. Parecem-me dois interessantes romances.
No stand da Relógio D'Água trouxe, a metade do preço, os tão aguardados Guerra e Paz Volume I e II de Lev Tolstoi e Lady Susan de Jane Austen.
Da Devir e sem entrarem na Hora H, trouxe, por uma questão afectiva, os recentemente publicados volumes 1 e 2 de Kenshin, O Samurai Errante de Nobuhiro Watsuki, que já possuía em Inglês *cof, cof*
Na banca da Presença comprei, a metade do preço, os volumes I e II de Um Mundo Sem Fim de Ken Follett e Maze Runner - A Cura Mortal de James Dashner.
E da Clube do Autor, também a metade do seu valor, trouxe comigo O Grande Gatsby de F. Scott Fitzgerald e Mrs. Dalloway de Virginia Woolf.

A minha terceira deslocação ao parque Eduardo VII, foi para uma segunda dose de Hora H.
Voltei ao stand da Editorial Presença e trouxe comigo, a metade do preço, A Passagem I e II e Os Doze de Justin Cronin.
Na banquinha da Penguin Random House Portugal adquiri, também a metade do preço, Fogo de Kristin Cashore. Este último, infelizmente, pertencente a mais uma trilogia que não verá o seu fim no nosso país.

Por fim, na minha última deslocação à FdL, trouxe comigo da banca da Topseller, À Morte Ninguém Escapa de M. J. Arlidge e A Rapariga no Comboio de Paula Hawkins.
O Um, Dó, Li, Tá de M. J. Arlidge, eu já tinha pedido para mo comprarem noutro dia da Feira em que esteve a preço especial como livro do dia.

Trouxe ainda os livrinhos do Arlidge um pouco mais pesados com o seu autógrafo :)
Devo dizer que foi super simpático e que depois de ler estes seus dois livros, conto comprar os restantes.

E pronto, assim terminou para mim, esta 86ª edição da Feira do Livro de Lisboa. Rodeada de livros, de amigas leitoras e de bons petiscos.
Que venha rápido a próxima edição, que a nostalgia do fim já se começa a apoderar desta pobre leitora. Até breve! :)


domingo, 12 de junho de 2016

Novos na Estante (da Rita) #5 - Maio de 2016


Olá pessoal, sejam bem vindos a mais um Novos na Estante :) Como já vai sendo habitual, vou passar a mostrar-vos que livrinhos novos chegaram cá a casa no passado mês de Maio. Prontos? Então vamos a isso!

Vou então começar com os livros em Português:

Vendo bem, pode-se dizer que todos os livros da imagem me foram oferecidos. O Trono de Crânios de Peter V. Brett (um livro que mal podia esperar ter de um escritor que adoro) foi comprado com um cartão presente que me ofereceram; O Terra de Neve de Yasunari Kawabata foi prenda da Mãe; e O Pacto de Elle Kennedy e O Livro de Aron de Jim Shepard foram ganhos em passatempos :3

Os restantes livros adquiridos em português foram então os da imagem da direita:
Orlando de Virginia Woolf foi mais uma prendinha da Mãe :)
Tokyo Ghoul Vol. 1 de Sui Ishida é um novo manga a ser publicado cá em Portugal pela Devir e eu não pude deixar de o comprar. 
Assassination Classroom Vol. 3 de Yusei Matsui e Blue Exorcist Vol. 7 de Kazue Kato são dois mangas que adoro ler e tive de trazer para casa assim que chegaram às livrarias.
Por fim temos os dois primeiros volumes de Tony Chu de John Layman e Rob Guillory, que há muito queria experimentar e que já posso dizer que adorei!
No que respeita aos livros em Inglês, os primeiros a chegar cá a casa foram os três da foto à esquerda.

Wolfsbane e Bloodrose de Andrea Creamer são a continuação de Sombras da Noite, o primeiro volume da trilogia Nightshade, nunca concluída pela Bertrand. Consegui estas duas hardcovers no Amazon por 4€ cada, como novas e já com portes de envio. De referir ainda que são precisamente do mesmo tamanho que o 1º livro da trilogia em PT, por isso não destoam nada na estante.
O End of Days de Susan Ee é o último livro da trilogia Penryn & the End of Days, que já posso finalmente começar.
Os restantes livros adquiridos em Inglês foram então os da imagem da direita:
The Star Touched Queen de Roshani Chokshi e The Beating of His Wings de Paul Hoffman foram oferta de uma amiga livrólica ^.^
Tiger's Destiny de Colleen Houck e Darkest Mercy de Melissa Marr são dois livros de duas séries distintas que não foram concluídas cá em Portugal, pela Porto Editora e Saída de Emergência, respectivamente, e que obviamente tive de adquirir no original.
The Kiss of Deception é o primeiro livro da trilogia The Remnant Chronicles de Mary E. Pearson que apanhei com uma boa promoção no Book Depository, bem como Shadow Study (1º livro da trilogia Soulfinders) e Taste of Darkness (3º livro da trilogia Healer) de Maria V. Snyder.

E pronto, meus caros, dou assim por concluído mais um Novos na Estante. No entanto, fiquem atentos porque em beve terão um especial Feira do Livro de Lisboa 2016. Pois é, ainda faltam algumas comprinhas de fim de Maio :p

E por aí, quais foram as novidades nas vossas estantes? Já leram ou querem ler algum destes livros? Contem tudo, que por aqui gostamos de saber :)

Boas leituras!


sexta-feira, 10 de junho de 2016

Opinião - Brando I e II

Ficha Técnica:
Autor: JD Hawkins
Páginas: 139, 123
Editor: JD Hawkins Books
ASIN: B016WQUHMQ, B017UPRWZS

Sinopse:
Brando I
I know what you want, and I know exactly how to give it to you...

It's why I've got a row of platinum records on my wall and girls lining up for a shot at fame. I'm the best. Now I just need to prove it.

The bet is simple: take a nobody and make her a star. I just didn't bet on HER.

She's not some wannabe, she's the real deal.

But fuck it, I want her. And I always come out on top.


Brando II
I gave you exactly what you wanted, and you still want more...

I thought I had everything: the fame, the money, and a girl on top — of the charts, that is.

But it turns out, it means nothing without her. The only girl who ever knew the real me. She doesn’t give a fuck about the platinum records or the VIP lounge, she wants more than that. She wants a future with me.

And I’m all in.
All the way in.

Opinião:
O Brando já é conhecido dos leitores que seguem JD Hawkins desde o início. Inicialmente Brando aparece na história do Jax, sendo que é o melhor amigo deste. Nesta primeira parte ficamos a conhecer um pouco mais da história de Brando. Tanto a passada como a actual. Não estava nada à espera que o Brando fosse manager de várias bandas e que estivesse tão dentro do mundo da música. Pelo pouco que tinha visto dele nunca imaginaria. E visto que gosto bastante de música fiquei bastante satisfeita.

Quanto à personagem feminina é um pouco diferente daquilo que estou habituada a ver neste autor. Normalmente as personagens femininas deste autor são bastante despachadas e refilonas. Bastante directas e algo sarcásticas. Contudo neste caso Haley não dá para trás a Brando, não tenta fugir ao que sente e não está constantemente a ser sarcástica e a fazer piadas. O que é cativante em Haley é que ela sabe o que quer da vida, sabe quais são os seus sonhos, luta por eles e não se deixa comprar mantendo-se fiel a si própria. Isso é extremamente difícil de encontrar hoje em dia e é algo refrescante de se ver. Alguém dar-nos esperança e fazer-nos acreditar que ainda é possível alcançar os nossos sonhos sem termos que nos vender é algo tranquilizador.

A relação dos dois começa aos poucos e não pareceu forçada, o que é sempre um ponto a favor do autor. Claro que teria de haver um drama que afecta a relação de Brando e Haley e é fácil perceber logo ao início o que é que os irá afectar. E não há dúvida que é fácil de compreender e aceitar a reacção de Haley após descobrir o que levou Brando a aproximar-se dela. Agora, a reacção de Brando é um pouco dúbia e difícil de aceitar na medida em que se queixa que Haley lhe partiu o coração tal como uma outra Senhora o fez, contudo parece esquecer-se que ele é que teve uma atitude menos correcta com Haley e que esta nunca lhe deu motivos para ele duvidar que ela realmente gostava dele e que acreditava nele incondicionalmente.

Como seria de esperar toda esta situação faz com que Haley acabe por alterar um pouco a sua maneira de estar. Torna-se mais fria com Brando e acaba mesmo por brincar com os sentimentos dele, o que não parece de todo adequado à sua personalidade. Ao mesmo tempo o facto de estar a vingar no mundo da música faz com que se torne uma pessoa mais desinibida e isso tem um certo encanto.

No final ambos acabam por ficar juntos e aqui tenho que confessar que não me agradou por aí além a maneira como ambos ultrapassaram a situação complicada em que se encontravam. Houve realmente um pedido de desculpas de Brando e a revelação (ou não) de que ele estava apaixonado por Haley, mas ela foi de o odiar para saltar para o colo dele aos beijos numa questão de segundos. Acho que a situação poderia ter sido um pouco melhor desenvolvida.

Brando é uma história fofa e interessante, que aborda um tema que adoro que é a música. Infelizmente não o considero a melhor história do autor até à data.

sábado, 4 de junho de 2016

Opinião - Summer Days & Summer Nights: Twelve Love Stories

Ficha Técnica:
Autor: Stephanie Perkins
Páginas: 400
Editor: Macmillan Children's Books
ASIN: B01CNAJ1YU

Sinopse:
Maybe it's the long, lazy days, or maybe it's the heat making everyone a little bit crazy. Whatever the reason, summer is the perfect time for love to bloom. Summer Days & Summer Nights: Twelve Love Stories, written by twelve bestselling young adult writers and edited by the international bestselling author Stephanie Perkins, will have you dreaming of sunset strolls by the lake. So set out your beach chair and grab your sunglasses. You have twelve reasons this summer to soak up the sun and fall in love.

Featuring stories by Leigh Bardugo, Francesca Lia Block, Libba Bray, Cassandra Clare, Brandy Colbert, Tim Federle, Lev Grossman, Nina LaCour, Stephanie Perkins, Veronica Roth, Jon Skovron, and Jennifer E. Smith.

Opinião:
Head, Scales, Tongue, Tail by Leigh Bardugo
Este conto é sobre um amor de Verão que se transforma em algo mais. Este conto passa-se todo praticamente durante o Verão, se bem que não apenas durante um, mas durante uma sucessão de Verões. Durante este período de tempo os dois personagens passam todo o tempo juntos e de uma amizade que começou inocentemente acaba por nascer um amor bastante bonito. Confesso que não estava à espera do final e que o mesmo foi uma autêntica revelação.

The End of Love by Nina Lacour
Por mais que queira gostar realmente de uma história com personagens homossexuais há sempre qualquer coisa que não me deixa realmente apreciar a história. Por um lado gostei bastante deste conto, da inocência da personagem principal e o modo como finalmente encontra o amor, do modo como aborda o tema divórcio que é uma constante hoje em dia e que afecta de maneiras bastante negativas a forma de estar dos filhos de casais divorciados. Por outro lado, e apesar de a autora não ser explicita, fiquei com a sensação que mais uma vez os pais são contra e que as relações entre pais e filhos mudaram por causa da homossexualidade dos segundos. Assim sendo o intuito de mostrar que uma relação homossexual é algo normal sai um pouco defraudado, pelo menos na minha opinião.

Last Stand At the Cinegore by Libba Bray
Posso dizer que detestei este conto. Apesar de ter uma história de amor a verdade é que o conto se foca muito mais no filme de terror que vai roubar as almas de quem o vê. É uma premissa que já está cansada de velhice e por isso não surpreende. Ao mesmo tempo a história em si é bastante confusa e muitas das vezes perdia o fio à meada. Já não percebia o que estava a acontecer e já não percebia quem é que estava a narrar a história. Sem dúvida um dos contos mais fracos da antologia.

Sick Pleasure by Francesca Lia Block
Este conto é um pouco estranho. A voz do narrador, que por sinal é a personagem principal, é algo mecanizada. Assim sendo as descrições de momento e sentimentos parecem ser feitas de uma forma distante. Ao mesmo tempo não estava nada à espera daquele final. É sem dúvida um conto triste que algumas não pessoas conseguirão apreciar. No meu caso o mesmo não me disse nada o que me deixou um pouco triste.

In Ninety Minutes Turn North by Stephanie Perkins
Adorei! Nesta história a autora pega nos mesmos personagens do conto que entram no My True Love Gave to Me. Ao início fiquei bastante triste com a situação em que os personagens se encontravam, contudo a autora conseguiu fazer-me acreditar outra vez no amor conforme a história se foi desenvolvendo. Um conto muito fofo e cheio de nostalgia por pegar em personagens que eu já tinha gostado tanto da primeira vez.

Souvenirs by Tim Federle
Uma vez mais é possível encontrar neste conto um casal homossexual. Desta vez dois rapazes. É um conto que me deixou algo dividida. Por um lado é fácil compreender a adoração que um dos personagens sente pelo outro, visto a história ter muito do contorno de um primeiro romance. As personalidade de ambos chocam bastante por serem tão diferentes, um completamente introvertido e o outro completamente extrovertido. Aqui a homossexualidade foi tratada como algo normal e efectivamente é essa a sensação com que o leitor fica. Contudo a maneira de contar a história não me cativou propriamente, daí não ter gostado tanto como poderia.

Inertia by Veronica Roth
Este conto fala-nos essencialmente de depressão. Mais que uma história de amor esta é uma história de auto-descoberta e de aceitação. As várias referências que a autora faz a esta doença são bastante vividas e bem descritas, sendo fácil ao leitor perceber aquilo porque a personagem principal está a passar. Gostei do final e de como as coisas se pareciam estar a encaminhar e da mensagem que a autora deixa em como devemos aproveitar as segundas oportunidades que nos são dadas.

Love is the Last Resort by Jon Skovron
Adorei este conto. Talvez um dos meus preferidos de toda a antologia. Adorei o facto de o autor estar constantemente a insistir que aquela não é uma história de amor. E adorei ainda mais a voz com que o conto é contada. Uma das personagens principais parece ser extremamente gélida e racional e é engraçado ler a sua voz visto que todos os outros personagens são tão emotivos. É um conto que nos deixa com um sorriso na cara desde o início até ao fim porque todas as suas personagens e a história em si é extremamente engraçada.

Good Luck and Farewell by Brandy Colbert
Este conto é um pouco mais triste. A personagem principal já passou por alguns contratempos na sua vida que a marcaram profundamente. E a separação que está prestes a sofrer é mais um deles. É fácil sentir-mos pena da personagem e a vontade que fica é de a poder confortar. Ao mesmo tempo o personagem masculino está bastante bem construído e encaixa perfeitamente na personalidade de Raisha. Achei que os dois faziam um casal doce e é prova que às vezes de um contratempo pode surgir imensa felicidade.

Brand New Attraction by Cassandra Clare
Este é talvez o conto mais dark da antologia. Passa-se num Carnaval dos horrores, Carnaval esse que é powered up by um demónio. Gostei do conceito da história, gostei da personagem principal e gostei que em determinados momentos a autora nos surpreendesse com pormenores inesperados.

A Thousand Ways this Could All Go Wrong by Jennifer E. Smith
Um dos contos mais fofinhos da antologia. Temos uma paixão que existe à imenso tempo e uma rapariga que tem receio em dar o primeiro passo e convidar o rapaz para sair. A maneira como a autora expões esta situação é bastante cativante porque nos demonstra perfeitamente o receio em falhar, em não ser perfeita, em achar que existe algum problema connosco quando as coisas não correm bem. Claro que a história não poderia deixar de ter um twist qualquer que lhe desse uma outra dimensão, e esse twist reflecte-se na forma do personagem masculino. Este tem algumas características marcadamente diferentes, e apesar de o leitor ter uma ideia do que poderá ser a verdade é que só mais para o fim é que é definitivamente revelado. Adorei cada momento.

The Map of Tiny Perfect Things by Lev Grossman

Este foi um dos contos que também não achei nada de especial.O conceito é engraçado e assim, mas a maneira como a história foi apresentada, uma vez mais, não me cativou por aí além. Basicamente o tempo parou no dia 04 de Junho e os personagens dedicam-se a encontrar momentos de perfeição nesta paragem de modo a que a vida não se torne aborrecida. Afinal de contas são as únicas duas pessoas que se apercebem da situação. Sinceramente passei o livro todo a pensar que se o autor não me justificasse aquela paragem temporal muito bem explicada me ía passar de vez. Mas ele lá explicou tudo e a explicação até foi fofinha. O que tendo em conta o autor me surpreendeu bastante. Eu realmente odiei o único livro dele que tentei ler, por isso acho que a nível do conto até fez um bom trabalho.

Chegando ao fim o que posso dizer? Que efectivamente achei esta antologia muito mais triste que a anterior e que a qualidade dos contos foi um pouco inferior. No geral achei que as histórias tinham todas uma componente mais triste. Não havia nenhuma propriamente alegre ou baseada noutro sentimentos que não a tristeza. Além disso achei que no geral houve menos contos que me cativaram realmente e me deixaram com um sentimento de encanto quando terminados. Fiquei um pouco decepcionada porque gostei realmente da antologia anterior e no final desta senti que esta ficava aquém do desejado. Mas se a autora quiser continuar a explorar as outras estações irei ler com todo o gosto as seguintes antologias.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Opinião - Tony Chu, Detective Canibal Vol III e IV

Ficha Técnica:
Autor: John Layman
Ilustrador: Rob Guillory
Título Original: Just Desserts e Flambé
Páginas: 128 e 120
Editor: G Floy
ISBN: 9788416510047 e 9788416510085
Tradutor: Filipe Faria

Sinopse:
Vol III, Enfarda Brutos
As coisas parecem estar a melhorar para Tony Chu, o agente federal cibopata com o poder de receber impressões psíquicas daquilo que come. Arranjou uma namorada. Tem um parceiro em que confia. E até se está a entender com o idiota do seu chefe. Mas o seu antigo e implacável parceiro continua à solta, a operar à margem da lei, apostado em cumprir as ameaças que fez a Tony. É só uma questão de tempo até às suas investigações colidirem, até ser derramado sangue e, inevitavelmente, serem comidos pedaços de corpos humanos!


Vol IV, Sopa de Letras
As coisas complicaram-se para Tony Chu, o detective cibopata com a habilidade de obter impressões psíquicas de tudo o que come. Estranhas letras extraterrestres surgiram nos céus da Terra. Há quem pense que chegaram os Tempos do Fim, e todos parecem ter deixado de se importar com as leis da F.D.A., que já foi a mais poderosa agência da autoridade do mundo, e agora começa a tornar-se irrelevante. O que vai acontecer ao seu melhor agente, Tony Chu?

Opinião:
E agora? Agora eventualmente terei que esperar cerca de 6 meses até poder ter na minha posse o próximo Tony Chu. Não acho nada bem uma pessoa ter que esperar tanto tempo para poder saber o que acontece a seguir numa história tão interessante.

Para quem leu a minha primeira opinião, já sabe que eu adorei o grafismo da BD. Continuo a adorar e a achar que este representa espectacularmente não só o tipo de história como os personagens. Os desenhos são tão expressivos que é impossível alguém ficar indiferente.

Quanto à história em si, estes dois livros são cheios de revelações. Antes de mais adorei saber que o Tony tem uma família bastante numerosa e que nessa família toda a gente tem um ar bastante peculiar e uma personalidade bastante acentuada. Há duas revelações em concreto relativamente à sua família que me deixaram de boca aberta, e que por isso não vou contar, mas que são simplesmente surreais e que levam o leitor numa viagem mirabolante.

Outra coisa que adorei advém de um acontecimento do 2ª livro. O Tony e o Colby não têm sorte nenhuma e cada vez mais as suas vidas são colocadas em risco por uma estupidez. O que vale é que toda a situação está repleta de humor. Acabamos por rever alguns dos personagens dos livros anteriores, e aquele que mais gostei de rever foi sem dúvida o Poyo. Aquele animal tem algo de cativante!

Mais coisas interessantes, novos poderes que nos são apresentados. Não haja dúvida que é preciso creativadade, e uma suspeita de que uma determinada personagem também há-de ter poderes. Tenho curiosidade para saber quais em concreto. 

Há que referir que no Vol IV, a F.D.A. perde um bocadinho da sua glória para uma outra companhia e por tanto todo o controlo do frango fica um pouco esquecido. Não sei que tipo de consequências isto irá trazer para o Chu e o Colby, mas não me parece que sejam boas de todo...

Não me posso esquecer de referir que ficamos a conhecer um pouco do passado do Chu, algo que não tinha acontecido anteriormente. Espero que ainda existam mais loucuras para descobrir porque depois das revelações feitas de certeza que há ali muita coisa estranha para se contar!

E pronto, agora é esperar pelos próximos volumes. Quero saber mais acerca do Chu e da sua família, quero saber o que é que vai acontecer com a proibição das galinhas e quais os poderes que a baga galsa parece ter. Quero saber se situações que parecem não ter relação são mesmo sem relação ou se há ali alguma coisa escondida. Só espero até lá não morrer de curiosidade...