terça-feira, 25 de setembro de 2018

Opinião - Prodigy e Champion

Ficha Técnica:
Autor: Marie Lu
Série: Legend, #2 e #3
Páginas: 372 e 384
Editor: Putnam Juvenile
ASIN: B0087GIUTM e B00C5R7IBU

Sinopse:
Prodigy:
Injured and on the run, it has been seven days since June and Day barely escaped Los Angeles and the Republic with their lives. Day is believed dead having lost his own brother to an execution squad who thought they were assassinating him. June is now the Republic's most wanted traitor. Desperate for help, they turn to the Patriots - a vigilante rebel group sworn to bring down the Republic. But can they trust them or have they unwittingly become pawns in the most terrifying of political games?


Champion:
He is a Legend.
She is a Prodigy.
Who will be Champion?

June and Day have sacrificed so much for the people of the Republic—and each other—and now their country is on the brink of a new existence. June is back in the good graces of the Republic, working within the government’s elite circles as Princeps-Elect, while Day has been assigned a high-level military position.

But neither could have predicted the circumstances that will reunite them: just when a peace treaty is imminent, a plague outbreak causes panic in the Colonies, and war threatens the Republic’s border cities. This new strain of plague is deadlier than ever, and June is the only one who knows the key to her country’s defense. But saving the lives of thousands will mean asking the one she loves to give up everything.

With heart-pounding action and suspense, Marie Lu’s bestselling trilogy draws to a stunning conclusion.

Opinião:
Esta foi mais uma daquelas séries que na altura li o primeiro livro porque toda a gente cantava louvores ao mesmo e que quando eu cheguei ao fim a minha reacção foi Meh...

Uma vez mais penso que isso tenha acontecido por causa do todo o hype que se gerou à volta do mesmo. Eu ia à espera de uma coisa e acabei por apanhar outra e foi um balde de água fria. Na altura achei o livro agradável, mas não nada de extraordinário como muita gente me fazia querer.

Agora ao pegar na continuação já fui com uma ideia bastante diferente. Já fui capaz de aceitar que estes livros são agradáveis, mas não extraordinários, que não devo esperar deles nada transcendental. Começando a leitura com este pensamento as coisas correram muito melhor.

A história mantém-se mais ou menos ao nível do livro anterior, com Day e June a tentarem derrubar a República, no segundo livro, e posteriormente a tentarem salvá-la no terceiro livro. Houve algumas revelações ao longo destes dois livros que me deixaram algo triste. Ficamos a conhecer um pouco melhor a Tess e as suas motivações, ficamos também a conhecer o que realmente aconteceu com o Metias, ficamos a conhecer um pouco mais da própria história da República e vemos o Day e a June a perceber que nem sempre aquilo porque desejamos é uma realidade e que muitas vezes estamos a tentar sair de uma situação complicada usando um caminho que nos vai deixar ainda pior.

Durante estes dois livros existem bastantes reviravoltas, umas mais felizes e outras capazes de partir o coração aos leitores que conseguiram criar uma ligação com o Day e com a June. Ambos passam por situações complicadas, em que têm que decidir o que é mais importante, se a família se o país. Ver o irmão do Day a tomar a decisão que toma sendo ele tão novinho partiu-me o coração, mas serve também para lembrar o leitor que apesar de tudo o que nos possa acontecer, podemos optar por sermos melhores e fazer algo bom, ou podemos optar por deixar o ódio e o rancor arruinarem o que de melhor existe em nós.

Tenho que falar do Anden, o novo Elector. Este parece ser uma pessoa diferente do pai, que realmente se preocupa com o seu povo e que pretende fazer as coisas de uma maneira diferente. Há alturas em que a June vê o Anden muito do seu pai, principalmente quando ele se deixa levar pelas emoções. Mas sempre que isso acontece a June está lá para o relembrar de quem ele é realmente, até que de certa forma ele começa a perceber que não tem que ter medo de se perder. E já me ia esquecendo de falar da República da Antárctida! Não haja dúvida que a maneira como todo o seu sistema está construído é no mínimo não só inteligente como também curioso.

Isto tudo para dizer que acabei por até gostar da série. É verdade que continuo a não achar que seja uma obra prima. Continuo a achar que não existe propriamente uma ligação emocional entre o Day e a June e que tudo me parece mais físico do que outra coisa qualquer, mas isso não significa que não tenha sido capaz de apreciar os outros aspectos do livro. Só fico triste porque não tenho para ler o Life after Legend. Depois daquele final agridoce, mas acertado, gostava de ver se o Day e a June conseguiram encontrar aquilo porque procuravam.

domingo, 9 de setembro de 2018

Mini-opinião - The Language of Thorns e The Demon in the Wood

Ficha Técnica:
Autor: Leigh Bardugo
Série: The Grisha
Páginas: 290
Editor: Imprint
ASIN: B071F7FQN8

Sinopse:
Inspired by myth, fairy tale, and folklore, #1 New York Times-bestselling author Leigh Bardugo has crafted a deliciously atmospheric collection of short stories filled with betrayals, revenge, sacrifice, and love.

Enter the Grishaverse...


Love speaks in flowers. Truth requires thorns.

Travel to a world of dark bargains struck by moonlight, of haunted towns and hungry woods, of talking beasts and gingerbread golems, where a young mermaid's voice can summon deadly storms and where a river might do a lovestruck boy's bidding but only for a terrible price.

Perfect for new readers and dedicated fans, the tales in The Language of Thorns will transport you to lands both familiar and strange—to a fully realized world of dangerous magic that millions have visited through the novels of the Grishaverse.

This collection of six stories includes three brand-new tales, each of them lavishly illustrated and culminating in stunning full-spread illustrations as rich in detail as the stories themselves.

Opinião:
Uma das short stories eu há tinha lido, mas as outras eram completamente novas para mim. Acabei por lê-las todas depois de acabar a trilogia.

No geral gostei bastante dos contos. Gostei especialmente de os estar a ler e ir vendo várias características de contos conhecidos do público em geral. Gostei como a autora pegou em pequenos pormenores das histórias que tão bem conhecemos e as incorporou nas suas histórias que complementam o universo Grisha que já conhecemos. Não posso deixar de ficar agradada com o facto de algumas histórias serem de outros países que não Ravka, dando outro dimensão à história criada pela autora.

Um bom complemento a este mundo, pois apesar de não trazer nada de novo à história em si, dá uma nova dimensão ao mundo criado pela autora.

Ficha Técnica:
Autor: Leigh Bardugo
Série: The Grisha, #0.1
Páginas: 72
Editor: Henry Holt and Co.
ASIN: B012N6FAB2

Sinopse:
Before he ruled Ravka, before he was the Darkling, he was just a lonely boy with an extraordinary gift. In this prequel story to the New York Times-bestselling Grisha Trilogy, Leigh Bardugo takes us into Ravka's mysterious past, when Grisha lived as fugitives and the Darkling took his first steps on the path to power. Discover new territory in the Grishaverse, as well as two chapters from the soon-to-be-released Six of Crows.

Opinião:
Esta história mostra-nos um Darkling novinho, um Darkling que ainda não tinha sede de poder. Esta história é talvez a altura em a criança se começou a transformar no Darkling. É-nos revelado algo sobre o Darkling de que eu não estava nada à espera, mas que de certa forma até faz sentido quando penso naquilo que li da trilogia. É fácil de perceber o porquê da sua necessidade por paz, por controlar tudo. Aquilo que ele fez para ter que sobreviver acabou por o moldar desde novo, e a maneira como a mãe sempre o educou também não ajudou em nada.

Enfim, uma história algo triste, mas que serve para nos dar algum entendimento sobre quem é realmente o Darkling.

domingo, 2 de setembro de 2018

Opinião - Siege and Storm e Ruin and Rising

Ficha Técnica:
Autor: Leigh Bardugo
Série: the Grisha, #2 e #3
Páginas: 448 e 369
Editor: Henry Holt and Co
ASIN:B00AAYF8TY e B00GVRVEG0

Sinopse:
Siege and Storm
Darkness never dies.

Hunted across the True Sea, haunted by the lives she took on the Fold, Alina must try to make a life with Mal in an unfamiliar land. She finds starting new is not easy while keeping her identity as the Sun Summoner a secret. She can’t outrun her past or her destiny for long.

The Darkling has emerged from the Shadow Fold with a terrifying new power and a dangerous plan that will test the very boundaries of the natural world. With the help of a notorious privateer, Alina returns to the country she abandoned, determined to fight the forces gathering against Ravka. But as her power grows, Alina slips deeper into the Darkling’s game of forbidden magic, and farther away from Mal. Somehow, she will have to choose between her country, her power, and the love she always thought would guide her--or risk losing everything to the oncoming storm

Ruin and Rising
The capital has fallen.

The Darkling rules Ravka from his shadow throne.

Now the nation's fate rests with a broken Sun Summoner, a disgraced tracker, and the shattered remnants of a once-great magical army.

Deep in an ancient network of tunnels and caverns, a weakened Alina must submit to the dubious protection of the Apparat and the zealots who worship her as a Saint. Yet her plans lie elsewhere, with the hunt for the elusive firebird and the hope that an outlaw prince still survives.

Alina will have to forge new alliances and put aside old rivalries as she and Mal race to find the last of Morozova's amplifiers. But as she begins to unravel the Darkling's secrets, she reveals a past that will forever alter her understanding of the bond they share and the power she wields. The firebird is the one thing that stands between Ravka and destruction—and claiming it could cost Alina the very future she’s fighting for.

Opinião:
E ao fim de tanto tempo finalmente decidi terminar esta série. Uma das muitas que tinha parada cá por casa à espera da sua vez. Na altura em que o primeiro livro saiu acabei por não pegar nos seguintes porque me fiquei a sentir bastante desiludida. Toda a gente falou louvores acerca do livro e do Darkling e eu cheguei ao fim e achei que o livro era fixe mas que não era nada de extraordinário. a não ser, eventualmente, o Darkling. É quase impossível ficar impassível perante o Darkling. Apesar de ser um vilão, o homem exala charme e quase que consegue fazer os outros acreditar que aquilo que está a fazer é o correcto.

No segundo livro a Alina e o Mal andam fugidos, mas rapidamente são encontrados pelo Darkling, e o problema é que ele voltou mais forte do que era e com uns quantos truques novos bastante assustadores. É neste livro que ficamos a conhecer Nikolai, o príncipe mais novo de Ravka. Não haja duvida de que ele é bastante carismático. É impossível uma pessoa ficar-lhe indiferente. É um personagem irónico, que parece nunca estar a falar a série, mas que ao mesmo tempo dá para perceber que é bastante sábio, e que se se tenta aproveitar das pessoas é só para que possa salvar o seu país, não para seu próprio interesse.

Também adorei conhecer os gémeos, Tolya e Tamar. Tão diferentes na maneira de estar e na sua aparência, mas tão semelhantes nos seus valores. São duas pessoas que não me importava de ter sempre junto de mim a proteger-me.

É também neste segundo livro que a Alina adquire o segundo amplificador, o que faz com que cada vez mais se torne algo obcecada por tentar arranjar o último. Não só para tentar salvar Ravka e destruir o Darkling, mas porque infelizmente quanto mais poder uma pessoa tem, mais quer e isso acaba por a afectar. O Mal torna-se um bocado irritante durante este livro e também em parte do terceiro porque não percebe a necessidade da Alina em ajudar e em querer lutar. Não entende a necessidade dos jogos políticos e está constantemente a fazer birra por tudo e por nada. Por um lado enquanto se percebe que a Alina amadureceu, percebe-se que o Mal de certa forma regrediu.

O livro acaba de uma forma que achei bem conseguida, de uma forma que causa impacto para o leitor e que é fácil perceber que de certa forma vai mudar o jogo no futuro.

Quanto ao terceiro livro, a história avança, de forma lenta, principalmente enquanto a Alina está presa de baixo de terra, protegida contra a sua vontade. Depois de ser libertada as coisas começam a melhorar. Claro que muita coisa acontece durante o terceiro livro. O ataque do Darkling ao esconderijo do Nikolai é um dos pontos altos do livro. Em consequência desse ataque há diversas coisas que acontecem e marcam o leitor, sendo que a que a mim mais me tocou foi quando a mãe do Darkling decidi enfrentá-lo. A maneira como essa cena acaba é simplesmente de partir o coração.

Depois dessa cena o que resta é tentar encontrar o terceiro amplificador. Quando finalmente o descobrem é uma surpresa. Se pelo que percebi houve quem tenha adivinhado o que ou quem era o talismã a verdade é que eu nunca teria lá chegado. Mas tal como a autora queria, após essa descoberta, muitas coisas se tornaram bem mais claras.

O final foi também algo inesperado, a maneira como a escuridão é destruída mostra que Ilya Morozova, a pessoa que criou os amplificadores, tinha um sentido de humor bastante retorcido, e sinceramente gostei disso. Ao mesmo tempo, quando finalmente ficamos a conhecer a sua história percebemos o quão triste realmente foi e o quão injusta também. Não é fácil ser-se um génio.

O final acaba por ser um bocado agridoce, mas não é nada de que não se estivesse à espera pelo tom que o livro estava a tomar. De qualquer maneira acho que o epílogo faz um bom trabalho ao mostrar como é que a vida da Alina e do Mal ficou, como apesar dos bons momentos de vez em quando ainda aparece aquela tristeza por tudo o que foi perdido.

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Opinião - Shark Killer

Ficha Técnica:
Autor: Bruno Martins Soares
Série: Dark Sea War Chronicles, #3
Páginas: ?
Editor: Amazon Digital Services LLC
ASIN: B07CK5QT6S

Sinopse:
In a distant solar system, a war breaks between the Webbur Union, its ally the Kingdom of Torrance, and their rival, the Axx Republic. Byllard Iddo is a young man who accidentally killed his father in a martial arts training session. He left to join the Space Navy.
As the daring mission of the sloop-of-war Arrabat comes to a breathtaking close, Iddo and his companions will play a surprisingly important role in the fate of the Dark Sea War. Iddo will have to rise to his full potential to pull them through, as intense battles in deep Space threaten to destroy them all.
This is the final volume of the action-packed series The Dark Sea War Chronicles, by award-winning Portuguese author Bruno Martins Soares.

Opinião:
E aqui chegamos ao final desta trilogia. Não há muito a acrescentar tendo em conta o que disse acerca do livro anterior. Acerca dos acontecimentos não me vou pronunciar se não ao fim e ao cabo acabaria por estar a contar a história o que não tem piada nenhuma!

E digo que não há nada a acrescentar porque sinto que este livro está ao nível do segundo. Ou seja, temos tanto personagens como uma história interessante. Existem algumas mortes, o que seria de esperar numa guerra, mas mesmo assim fiquei triste tendo em conta os personagens de que tive que me despedir. Havia alguns deles com personalidades bastante próprias de que fiquei a sentir falta.

Este foi também um livro de desenvolvimento principalmente para a Mira. Depois de tudo o que passou é difícil recuperar, mas ela mostrou-se à altura dos acontecimentos, e quando as coisas apertaram ela saiu da sua zona de conforto para ajudar quem precisava.

Houve apenas um coisa que me deixou ligeiramente decepcionada, mas com a qual consigo perfeitamente viver. Não vou especificar o que é, mas gostava que tivesse tido mais drama, mais suspense. Mais daquela sensação de "ohmeudeusohmeudeusohmeudeus". Infelizmente não se pode ter tudo...

Fico assim a aguardar por novos trabalhados do autor que normalmente não decepciona.

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Opinião - We Were Liars

Ficha Técnica:
Autor: E. Lockhart
Páginas: 242
Editor: Delacorte Press
ASIN: B00FPOSDGY

Sinopse:
A beautiful and distinguished family.
A private island.
A brilliant, damaged girl; a passionate, political boy.
A group of four friends—the Liars—whose friendship turns destructive.
A revolution. An accident. A secret.
Lies upon lies.
True love.
The truth.

We Were Liars is a modern, sophisticated suspense novel from New York Times bestselling author, National Book Award finalist, and Printz Award honoree E. Lockhart. Read it. And if anyone asks you how it ends, just LIE.

Opinião:
Já tinha ouvido falar bastante deste livro, mas na realidade nunca tinha tido interesse em tentar perceber sobre o que se tratava até que um desafio para o qual andava a pesquisar me empurrou na sua direcção. Depois de ler a sinopse, a ideia com que fiquei do livro foi exactamente a mesma que tinha, nenhuma. A sinopse não dá nenhuma ideia ao leitor sobre o que é a história, e ainda bem.

Quando mencionei o livro a uma amiga, a primeira coisa que ela me disse foi que não devia ir pesquisar acerca do livro, porque o interessante era mesmo lê-lo sem nenhum conhecimento. Confesso que fiz batota, não fui propriamente pesquisar o que acontece no livro, mas depois de ler dois ou três capítulos, achei que estava na hora de ir ler o último capítulo.

Se isto me estragou o final do livro, não de todo. Apesar de ter uma ideia bastante clara do que aconteceu a realidade é que não sabia como tinha acontecido. Ao mesmo tempo, o facto de saber o que aconteceu, permitiu-me prestar atenção a certos pormenores que de outra forma não teria prestado atenção. Se os outros leitores chegaram ao final e ficaram em choque por se aperceberem das implicações daquilo que estava a ser lido, eu senti-me um bocado para o creeped out desde o início da leitura até ao final.

Não vou dizer nada acerca da história em si, porque acho que lhe tiraria o encanto. O interessante é começar a ler sem se saber nada e ir descobrindo aos poucos o que aconteceu. Ao mesmo tempo existem vários sinais disponíveis, para mim eles eram óbvios, mas pode ter sido porque já sabia o que aí vinha. Caso não soubesse, talvez não me tivesse apercebido do que se estava a passar mesmo de baixo do meu nariz.

Saúdo a autora pela maneira como contou esta história, porque não há dúvida que está bastante bem construída.