Ficha Técnica:
Autor: Jolene Perry and Nyrae Dawn
Páginas: 320 (Ebook)
Editor: Entlanged: Teen
ISBN: 9781622660117
Sinopse:
Rock star drummer Bishop Riley doesn't have a drug problem. Celebrities—especially ones suffering from anxiety—just need a little help taking the edge off sometimes. After downing a few too many pills, Bishop wakes up in the hospital facing an intervention. If he wants to stay in the band, he’ll have to detox while under house arrest in Seldon, Alaska. Hockey player Penny Jones can't imagine a life outside of Seldon. Though she has tons of scholarship offers to all the best schools, the last thing she wants is to leave. Who'll take care of her absentminded gramps? Not her mother, who can’t even be bothered to come home from work, let alone deal with their new tenants next door. Penny’s not interested in dealing with Bishop’s crappy attitude, and Bishop’s too busy sneaking pills to care. Until he starts hanging out with Gramps and begins to see what he’s been missing. If Bishop wants a chance with the fiery girl next door, he’ll have to admit he has a problem and kick it. Too bad addiction is hard to kick…and Bishop’s about to run out of time.
Opinião:
Adoro as newsletters do goodreads. É sempre uma excelente maneira de conhecer novos autores e saber o que anda na berra e a despertar a curiosidade dos leitores por esse mundo fora. Desta vez, na Young Adult newsletter de Agosto, o livro que me despertou maioritariamente o interesse foi este. As reviews eram bastante boas e a sinopse pareceu-me interessante, levando-me a ficar bastante curiosa. Assim sendo decidi arriscar. Posso dizer que valeu muito a pena.
O livro conta a história de Penny e Bishop, alternando entre o ponto de vista dos dois. A acção passa-se num espaço de tempo relativamente curto, cobrindo o tempo que Bishop passa no Alaska enquanto passa por uma desintoxicação. É a sua viagem que nos permite conhecer Penny, a única rapariga a jogar hóquei na equipa de rapazes, sendo que consegue ser melhor que eles e que é uma daquelas pessoas que desde muito nova sabe aquilo que quer e luta por isso. Ao contrário de Bishop, que basicamente se deixou arrastar pelo mundo da fama e se tornou em alguém que não era.
Os protagonistas são jovens adultos, por volta dos 18 anos, mas não considerei, de todo, que esta fosse uma história YA. A mentalidade dos personagens não é de jovens irracionais e irresponsáveis, não há grandes dramas acerca do amor nem uma inocência que raia o ridículo. Ambos os personagens principais como os secundários foram construídos, caracterizados e apresentados com cuidado e inteligência. Penny é uma rapariga extraordinária. Desde sempre que sabe o que quer. No entanto parece que ninguém consegue perceber ou aceitar a sua decisão, tentando forçá-la a seguir um caminho que ela sente não ser o seu. É alguém que não se deixa intimidar pelos desafios, tendo sempre uma resposta sarcástica pronta. Adorei as suas interacções com os rapazes da sua equipa, onde se percebe que todos a temem e respeitam pela sua personalidade e não apenas por ser uma rapariga gira. Brandon por outro lado tem um dom natural para a bateria, fazendo parte de uma banda bastante famosa. No entanto sofre de ataques de ansiedade, que o levam aos poucos a ficar viciado em comprimidos. Brandon é o complemento perfeito para a personalidade de Penny. Tem também um humor mordaz, e responde a Penny na mesma moeda a todo o tempo. Ao mesmo tempo é das poucas pessoas que realmente a percebe e a apoia, pois já passou por situações extremamente complicadas na vida. Desde o início que Brandon aceita Penny pelo que ela é, ao mesmo tempo que demonstra um grande coração, sendo basicamente adoptado pelo avô de Penny.
Além de todas as características dos protagonistas que nos fazem sentir próximos deles a maneira como as autoras nos apresentam as situações e constroem o cenário é muita boa. A todo o momento nos sentimos completamente relacionados com as personagens e tocados pelos sentimentos que nos vão apresentando. O romance que as autoras nos apresentam, e que serve de eixo à história, não sendo no entanto o mais importante, está bastante bem construído. Não é enjoativo como normalmente acontece nas histórias YA, nem sequer é lamechas. É dado tempo às personagens para realmente se conhecerem, e as suas picardias são hilariantes. É fantástico ver como eles se começam a apaixonar quase sem se aperceberem.
Em suma, um livro que recomendo sem qualquer reserva. Intenso, mas ao mesmo tempo divertido e de fácil leitura.
O livro conta a história de Penny e Bishop, alternando entre o ponto de vista dos dois. A acção passa-se num espaço de tempo relativamente curto, cobrindo o tempo que Bishop passa no Alaska enquanto passa por uma desintoxicação. É a sua viagem que nos permite conhecer Penny, a única rapariga a jogar hóquei na equipa de rapazes, sendo que consegue ser melhor que eles e que é uma daquelas pessoas que desde muito nova sabe aquilo que quer e luta por isso. Ao contrário de Bishop, que basicamente se deixou arrastar pelo mundo da fama e se tornou em alguém que não era.
Os protagonistas são jovens adultos, por volta dos 18 anos, mas não considerei, de todo, que esta fosse uma história YA. A mentalidade dos personagens não é de jovens irracionais e irresponsáveis, não há grandes dramas acerca do amor nem uma inocência que raia o ridículo. Ambos os personagens principais como os secundários foram construídos, caracterizados e apresentados com cuidado e inteligência. Penny é uma rapariga extraordinária. Desde sempre que sabe o que quer. No entanto parece que ninguém consegue perceber ou aceitar a sua decisão, tentando forçá-la a seguir um caminho que ela sente não ser o seu. É alguém que não se deixa intimidar pelos desafios, tendo sempre uma resposta sarcástica pronta. Adorei as suas interacções com os rapazes da sua equipa, onde se percebe que todos a temem e respeitam pela sua personalidade e não apenas por ser uma rapariga gira. Brandon por outro lado tem um dom natural para a bateria, fazendo parte de uma banda bastante famosa. No entanto sofre de ataques de ansiedade, que o levam aos poucos a ficar viciado em comprimidos. Brandon é o complemento perfeito para a personalidade de Penny. Tem também um humor mordaz, e responde a Penny na mesma moeda a todo o tempo. Ao mesmo tempo é das poucas pessoas que realmente a percebe e a apoia, pois já passou por situações extremamente complicadas na vida. Desde o início que Brandon aceita Penny pelo que ela é, ao mesmo tempo que demonstra um grande coração, sendo basicamente adoptado pelo avô de Penny.
Além de todas as características dos protagonistas que nos fazem sentir próximos deles a maneira como as autoras nos apresentam as situações e constroem o cenário é muita boa. A todo o momento nos sentimos completamente relacionados com as personagens e tocados pelos sentimentos que nos vão apresentando. O romance que as autoras nos apresentam, e que serve de eixo à história, não sendo no entanto o mais importante, está bastante bem construído. Não é enjoativo como normalmente acontece nas histórias YA, nem sequer é lamechas. É dado tempo às personagens para realmente se conhecerem, e as suas picardias são hilariantes. É fantástico ver como eles se começam a apaixonar quase sem se aperceberem.
Em suma, um livro que recomendo sem qualquer reserva. Intenso, mas ao mesmo tempo divertido e de fácil leitura.
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