segunda-feira, 4 de abril de 2016

Opinião - Something Reckless

Ficha Técnica:
Autor: Jess Michaels
Série: Albright Sisters, #2
Páginas: 274
Editor: HarperCollins
ASIN: B0015DPX5I

Sinopse:
Prim, headstrong, and beautiful Penelope is determined to expose the licentious affairs of the ton's randiest rakes. Now one of their powerful number—the unrepentant libertine Jeremy Vaughn, Duke of Kilgrath—has been selected to put an end to the prudish lady's interference. Jeremy's plan is devilishly clever: He will join Penelope's war against immorality, fighting passionately by her side, all the while showering her with anonymous erotic missives designed to titillate even the coldest, most unwilling maid. He will break down her defenses and inflame her repressed desires by escorting her (in the interests of their "noble campaign") to London's most notorious pleasure palaces. And he will visit her boudoir—masked—during the night to school her in the deliciously sinful arts she wishes to abolish. Then he will expose her hypocrisy to the world.

But the handsome rogue's scheme is doomed to go awry, even as the lovely Penelope sheds her every inhibition and freely gives in to his every whim. For in this sensuous game of hearts, it's the seducer who becomes seduced . . .

Opinião:
Só quando reparei que me faltava ler um livro desta série é que me apercebi que o livro que me faltava ler era o segundo. Depois de dar voltas ao miolo para tentar perceber porque raio é que tinha lido tudo menos este livro lá me apercebi que li a série em português e que a editora não lançou os livros por ordem *face palm*

De qualquer modo, daquilo que me recordo este é um livro muito na onda dos anteriores, ou seja, mas virado para as cenas eróticas do que propriamente para a história. Assim sendo temos Penelope, uma das irmãs Albright, que se encontra numa cruzada contra os prazeres carnais, ou seja, a luxúria. Do outro lado temos o Jeremy, que basicamente é um libertino sem vergonha na cara, e que foi desafiado a acabar com a cruzada em que Penelope se encontra. E como é que ele o decide fazer? Despertando a própria Penelope para o prazer e as sensações que uma boa cambalhota podem trazer.

Tendo em conta a altura em que a acção decorre é fácil perceber porque é que a Penelope é tão contra o prazer e o facto de os homens poderem terem amantes e fazerem o que lhes apetece. Principalmente porque o prazer que a mulher pode tirar de relações sexuais não era algo que fosse propriamente discutido. Assim sendo esta cruzada de Penelope prende-se mais com ignorância do que com outra coisa qualquer. É aqui que entra Jeremy. Aos poucos e poucos ele vai-lhe mostrando que é possível e correto, que não é nenhum crime sentir-se prazer. Uma mulher pode ser sensual e gostar de ter relações sexuais sem que isso tenha que ser algo mau. Óbvio que é mau caso uma das partes seja obrigada, ou no caso de esta partilha de prazer não acontecer entre marido e mulher, mas o sentimento em si não é propriamente algo horrendo.

Gostei de ver como Penelope se vai apercebendo destas noções aos poucos e as vai interiorizando e aceitando. Ao mesmo tempo foi algo revoltante perceber o porquê de algumas ideias de Penelope. Nenhuma mulher merece ser tratada de determinada maneira seja em que época for. Já Jeremy não é um personagem tão complexo, não tem propriamente um problema que tenha que ultrapassar, a não ser a sua profunda cegueira, mas não deixa de ser um personagem que também sofre com os seus dilemas e incertezas.

Claro que o livro tem imensas cenas sensuais e sexuais. São interessantes, bem contextualizadas e é fácil perceber o clima de tenção que emana dos personagens em determinadas alturas.

Houve, no entanto, alguns aspectos que não me agradaram no livro. Nomeadamente a rapidez com que tudo acontece. A amizade e o modo como Penelope passa a depender de Jeremy foi muito rápido. O modo como esta cede à tentação ou é levada a ceder é bastante célere, parece não existir uma real renitência da parte da protagonista. Ao mesmo tempo a resolução é rápida de mais. Ninguém perdoa uma coisa como a que o Jeremy aprontou do dia para a noite, literalmente. Achei que a autora poderia ter feito o protagonista esforçar-se mais um pouco.

Foi então uma leitura agradável para passar o tempo e descontrair um pouco.

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