Ficha Técnica:
Autor: Susanna Clarke
Páginas: 1006
Editor: Bloomsbury Publishing PLC
ISBN: 1596910534
Sinopse:
Susanna Clarke's brilliant first novel is an utterly compelling epic tale of nineteenth-century England and the two very different magicians who, as teacher and pupil and then as rivals, emerge to change its history. Sold in 21 languages, with a major motion picture from New Line on the way, "Jonathan Strange & Mr Norrell "is a tour de force that has captured the imagination of readers worldwide.
Opinião:
Começar este livro foi uma guerra. Como eu e a Rita temos gostos muito parecidos e a opinião dela ao livro não foi propriamente positiva a vontade que eu tinha de pegar no livro era quase nula. Tinha receio de que começando a lê-lo não fosse gostar e que por isso se fosse arrastando ao longo do tempo, ainda por cima o livro é enorme! Como tinha outros livros para ler para os desafios andei a ler esses e este foi ficando para trás. Como o "prazo" para o desafio do Peek-a Book estava a terminar lá peguei nele muito contra a vontade. Tenho que confessar que não deveria ter esperado tanto tempo.
A realidade é que contra tudo aquilo que esperava a verdade é que gostei bastante do livro. Foi um alívio quando comecei a ler e percebi que gostava realmente da história e dos personagens. Tanto o Mr. Norrell como o Jonatha Strange têm personalidades bastante interessantes e particulares, e bastante diferentes também. Assim sendo é engraçado ver como ambos têm abordagens tão diferentes à mesma situação e como ambos têm uma aproximação diferente à pratica de magia.
Enquanto o Norrell vê a magia como algo que deve ser controlado e tornado civilizado, já o Strange acha que se deve voltar às origens e recuperar a magia e certo modo selvagem que era praticada pelo Raven King. Gostei bastante destes dois personagens e da maneira como lidam um com o outro. Gostei bastante da maneira como a autora apresentou ambos os personagens e como acabou por os unir. Gostei do facto de a autora nos apresentar acontecimentos históricos através de uma nova luz, e de ter tido a capacidade de fazer com que a prática de magia parecesse tão natural e adequada aos acontecimentos que fazem parte da nossa história.
Gostei bastante dos personagens secundários apresentados, principalmente do Childermass. Um personagem extremamente misterioso e inteligente, que faz o leitor pensar constantemente o que é que ele anda a tramar, o que é que ele sabe o que é que ele vai fazer. Também Vinculus é um poço de mistério, e só mesmo no final é que conseguimos perceber o quão importante ele é.
Não posso deixar também de referir que adorei a linguagem do livro. É uma linguagem mais antiga e rebuscada, as construções frásicas têm aquela construção que lembra protocolo. Existem palavras que são escritas de maneiras diferentes e adorei identificar estas diferenças. Há também que referir que por todas estas características a nível de escrita o livro não é lido de forma célere. É um livro que tem que ser lido devagar, porque deixa o leitor mais cansado psicologicamente. De certo modo lembra-me um pouco Hobb, eu sei que não tem nada a ver, mas Hobb é uma autora que adoro e que contudo parece que levo sempre uma eternidade a ler os livros dela. Não consigo ler mais que um determinado tempo sem precisar de fazer uma pausa.
Algo que me sinto na obrigação de focar é que não li as notas do livro. Depois de ter debatido este facto com a Rita, chegamos à conclusão que eventualmente esse terá sido um motivo para eu ter gostado tanto do livro. Pelo que percebi as notas por vezes são longas e acabam por quebrar o ritmo da leitura levando a que o leitor perca o interesse. Não sei se isto é um facto ou não, mas foi a sensação com que fiquei. Sim, houve ali uma altura ou outra em que senti que uma explicação era necessária, mas é para isso que serve a internet.
Resumindo, foi um livro que gostei bastante e que me deixou a sentir mal comigo mesma por ter andado tanto tempo a procrastinar. Li por aí algures que a autora estaria a pensar ou teria começado a escrever um segundo livro. Pelo que percebi foi realmente editado um segundo livro onde Jonathan Strange aparece, mas não faço ideia se dá seguimento aos acontecimentos deste livro. Será ler para ver.
A realidade é que contra tudo aquilo que esperava a verdade é que gostei bastante do livro. Foi um alívio quando comecei a ler e percebi que gostava realmente da história e dos personagens. Tanto o Mr. Norrell como o Jonatha Strange têm personalidades bastante interessantes e particulares, e bastante diferentes também. Assim sendo é engraçado ver como ambos têm abordagens tão diferentes à mesma situação e como ambos têm uma aproximação diferente à pratica de magia.
Enquanto o Norrell vê a magia como algo que deve ser controlado e tornado civilizado, já o Strange acha que se deve voltar às origens e recuperar a magia e certo modo selvagem que era praticada pelo Raven King. Gostei bastante destes dois personagens e da maneira como lidam um com o outro. Gostei bastante da maneira como a autora apresentou ambos os personagens e como acabou por os unir. Gostei do facto de a autora nos apresentar acontecimentos históricos através de uma nova luz, e de ter tido a capacidade de fazer com que a prática de magia parecesse tão natural e adequada aos acontecimentos que fazem parte da nossa história.
Gostei bastante dos personagens secundários apresentados, principalmente do Childermass. Um personagem extremamente misterioso e inteligente, que faz o leitor pensar constantemente o que é que ele anda a tramar, o que é que ele sabe o que é que ele vai fazer. Também Vinculus é um poço de mistério, e só mesmo no final é que conseguimos perceber o quão importante ele é.
Não posso deixar também de referir que adorei a linguagem do livro. É uma linguagem mais antiga e rebuscada, as construções frásicas têm aquela construção que lembra protocolo. Existem palavras que são escritas de maneiras diferentes e adorei identificar estas diferenças. Há também que referir que por todas estas características a nível de escrita o livro não é lido de forma célere. É um livro que tem que ser lido devagar, porque deixa o leitor mais cansado psicologicamente. De certo modo lembra-me um pouco Hobb, eu sei que não tem nada a ver, mas Hobb é uma autora que adoro e que contudo parece que levo sempre uma eternidade a ler os livros dela. Não consigo ler mais que um determinado tempo sem precisar de fazer uma pausa.
Algo que me sinto na obrigação de focar é que não li as notas do livro. Depois de ter debatido este facto com a Rita, chegamos à conclusão que eventualmente esse terá sido um motivo para eu ter gostado tanto do livro. Pelo que percebi as notas por vezes são longas e acabam por quebrar o ritmo da leitura levando a que o leitor perca o interesse. Não sei se isto é um facto ou não, mas foi a sensação com que fiquei. Sim, houve ali uma altura ou outra em que senti que uma explicação era necessária, mas é para isso que serve a internet.
Resumindo, foi um livro que gostei bastante e que me deixou a sentir mal comigo mesma por ter andado tanto tempo a procrastinar. Li por aí algures que a autora estaria a pensar ou teria começado a escrever um segundo livro. Pelo que percebi foi realmente editado um segundo livro onde Jonathan Strange aparece, mas não faço ideia se dá seguimento aos acontecimentos deste livro. Será ler para ver.
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