domingo, 9 de outubro de 2016

Opinião - The Beast

Ficha Técnica:
Autor: J. R. Ward
Série: Black Dagger Brotherhood, #14
Páginas: 521
Editor: NAL
ASIN: B0125VU8YY

Sinopse:
Nothing is as it used to be for the Black Dagger Brotherhood. After avoiding war with the Shadows, alliances have shifted and lines have been drawn. The slayers of the Lessening Society are stronger than ever, preying on human weakness to acquire more money, more weapons, more power. But as the Brotherhood readies for an all-out attack on them, one of their own fights a battle within himself…

For Rhage, the Brother with the biggest appetites, but also the biggest heart, life was supposed to be perfect—or at the very least, perfectly enjoyable. Mary, his beloved shellan, is by his side and his King and his brothers are thriving. But Rhage can’t understand—or control—the panic and insecurity that plague him…

And that terrifies him—as well as distances him from his mate. After suffering mortal injury in battle, Rhage must reassess his priorities—and the answer, when it comes to him, rocks his world...and Mary’s. But Mary is on a journey of her own, one that will either bring them closer together or cause a split that neither will recover from...

Opinião:
Feelings feelings feelings, so many feelings! Quem segue fielmente a autora já reparou que dos três últimos livros que saíram desta série, pelo menos dois deles revisitam personagens já anteriormente apresentados. Gosto disso, gosto mesmo muito disso. E gosto disso simplesmente pelo facto de que ao pegar novamente nestes personagens a autora nos mostra que as coisas não são perfeitas. Que por muito que amemos uma pessoa há sempre conflitos e problemas por resolver. Há sempre situações que nos quebram e que a felicidade não é absoluta. Tudo isso torna os personagens muito mais "humanos".

Uma vez mais gostei bastante da história dos personagens. Tanto a Mary como o Rhage estão numa fase complicada, não entre eles, mas a nível pessoal. O Rhage tem ataques de pânico e não sabe bem porquê, enquanto a Mary se apega de mais a uma rapariga que vive  em  Safe Place. Tudo isto faz com que exista algum afastamento entre os personagens, mas em momento algum a autora me fez sentir que não houvesse amor entre eles. Ao mesmo tempo foi interessante ver como a Mary lida com os problemas, o facto de ser uma espécie de terapeuta/psicóloga, faz com que seja sempre sincera com o Rhage e que aborde os problemas de forma frontal sem ser insensível. O mesmo acontece com o Rhage que quando finalmente se sente preparado acaba por contar o que se passa e ambos resolvem o problema em conjunto.

Continuamos a ter vários POV. Basicamente temos POV da Layla, um ou outro do Xcor, do Assail e de uma nova personagem que é a Jo. Existe também um ou outro POV do ponto de vista do V e da Jane. Quanto aos POV da Layla só posso dizer que ela me irritou solenemente. É frustrante ver como supostamente se preocupa com o Xcor e saber o quanto ele mudou e não ser capaz de o defender nem de assumir os seus supostos erros porque tem receio que a Irmandade se vire contra ela ou que lhe faça algo. É ridículo.  Não sei como é que a autora vai colocar os personagens a reagir, mas a verdade é que daquilo que já os conheço será óbvio ver que por muito que as coisas sejam complicadas ao início acho-os sensatos o suficiente para chegarem a um compromisso. Cada vez que lia os capítulos da Layla só conseguia pensar: cobarde. Espero que isso mude brevemente, nomeadamente no próximo livro. Se não acho que tenho uma coisinha má.

Quanto aos POV do V, estes servem essencialmente para mostrar o que acontece com a Virgem Escrivã, e o que acontece fica pouco aquém de surpreendente. Não estava nada à espera. Ao mesmo tempo o V questiona-se algumas vezes sobre a sua relação com a Jane, não acho que seja uma situação que mereça um livro inteiro novamente sobre eles, mas gostava de ver um pouco mais sobre a sua relação. O Assail muda completamente a sua cantiga e passa a ajudar a Irmandade. Foi interessante ver como ele tenta usar o seu poder e maus hábitos para fazer o bem e como isso o faz sentir que se está a redimir. Ao mesmo tempo gostei bastante de ver a sua atitude quando descobre um determinado macho num determinado estado. Não estava nada à espera de o ver ter uma relação tão forte e quero ver a relação dos dois a desenvolver-se. Ao mesmo tempo espero sinceramente ver o Assail limpo da droga e de como isso o vai afectar, espero positivamente.

Quanto à Jo, é uma nova personagem feminina, humana e relacionada com dois dos protagonistas presentes nos livros anteriores. Quando soube fiquei extremamente curiosa e com vontade de saber mais. Até porque algumas opiniões que li chamaram-me a atenção para uma passagem do livro na qual eventualmente não teria reparado e que ainda traz panos para mangas. Para finalizar falta-me falar na Bitty. É um doce de miúda. Apesar de ao início se mostrar fria e distante a verdade é que o faz para se proteger. Ao mesmo tempo é extremamente inteligente, perspicaz e directa nas suas abordagens. Sem ter medo de interpelar seja quem for deixa toda a gente rendida pela sua honestidade e maturidade.

Não me querendo alongar muito mais que a opinião já vai longa, não posso deixar de referir os pontos que menos me agradaram no livro. Um deles foi o facto de acontecer algo inexplicável, nomeadamente o Dragão salvar a vida do Rhage, e ninguém colocar hipóteses para o como isso ser possível! Foi do género: Yaaah, muito fixe! Passa para outra. What the Hell? Estava à espera de mais questões e teorias e morreu tudo um bocado. Também não fiquei muito convencida com o motivo dado para os ataques de pânico do Rhage. Não achei que se adequasse aos acontecimentos que despoletam os ataques. Estava à espera de outra coisa mais "justificável". Mais coisinhas, achei que determinados personagens têm ficado muito esquecidos. Nomeadamente o Phury e a Cormia, o Rhev e a Ehlen, e o iAm e o Trez. Por favor, eles entraram no último livro. Foi dado a entender que com o apoio dos Sombras as coisas iam mudar para melhor, que era uma aliança importante! E depois aparecem uma vez muito brevemente. Tsk tsk, muito triste.

Esqueci-me de dizer que aquando do nascimento dos filhos da Layla temos direito a ficar a conhecer um pouco mais das tradições desta raça, o que adorei! Ao mesmo tempo não posso deixar de falar do Lassiter. Aquele anjo maluco é o melhor. Tem aquele ar badass e está sempre a dar cabo do juízo a toda a gente, mas a realidade é que gosta de toda a gente profundamente e se preocupa com todos eles, e quando é realmente necessário ele sabe sempre o que dizer.

Agora é esperar pelo próximo livro para ver como as coisas correm para a Layla e o Xcor.

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